sábado, 13 de dezembro de 2025

Câncer de pele: avanços na cirurgia ampliam opções de tratamento

O Dezembro Laranja volta a chamar atenção para o câncer de pele, tipo de tumor mais frequente no Brasil e responsável por cerca de 30% de todos os diagnósticos oncológicos, segundo o Ministério da Saúde. A doença ultrapassa 220 mil novos casos por ano no país, e o tratamento cirúrgico segue sendo o principal recurso, especialmente quando o tumor é identificado precocemente.

O coordenador do Núcleo de Oncologia do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), Cleydson Santos, lembra que a remoção cirúrgica continua sendo o pilar do tratamento. “Os carcinomas basocelular e espinocelular, que são os mais comuns, respondem muito bem à cirurgia. Quando conseguimos retirar totalmente a lesão com margens adequadas, o prognóstico costuma ser excelente”, afirma.

Além desses, há tumores menos frequentes, porém mais agressivos, como o melanoma — que se origina nos melanócitos e apresenta maior risco de disseminação — e o carcinoma de células de Merkel, considerado raro, mas altamente relevante devido ao seu comportamento agressivo. Ambos exigem atenção imediata e abordagem cirúrgica criteriosa, frequentemente associada a outros tratamentos.

A indicação cirúrgica vale para tumores pequenos, lesões suspeitas, áreas de crescimento acelerado e casos que não respondem a terapias tópicas. Em melanomas, no carcinoma de Merkel ou em tumores avançados, a cirurgia também integra a primeira linha de tratamento.

<><> Técnicas mais precisas

As opções cirúrgicas evoluíram e hoje incluem excisão convencional, exame de congelação, cirurgia micrográfica e ressecções ampliadas para tumores mais agressivos. A cirurgia micrográfica permite examinar as margens da lesão durante o procedimento, garantindo retirada total e preservação de tecido saudável, especialmente em áreas como nariz, pálpebras e orelhas.

Para avaliação com técnica de linfonodo sentinela e em casos mais avançados de linfadenectomia, o Mater Dei já utiliza cirurgias auxiliadas por robô. “Em algumas situações, como tumores com disseminação linfática, a cirurgia robótica oferece precisão, menor sangramento e recuperação mais rápida”, explica o cirurgião oncológico do HMDS, André Bouzas.

<><> Preparação e recuperação

A coordenadora do Núcleo de Oncologia do Hospital Mater Dei Emec (HMDE), Cíntia Andrade Costa, reforça que o planejamento é determinante para o sucesso cirúrgico. “A avaliação da profundidade da lesão, exames de imagem e escolha da técnica adequada orientam todo o procedimento. Cada paciente tem um plano terapêutico individualizado”, destaca a especialista.

Ela também ressalta a importância do pós-operatório. “O paciente precisa entender os cuidados com curativo, exposição solar e sinais de alerta. O acompanhamento regular reduz o risco de recidiva e permite identificar novas lesões precocemente”, completa.

<><> Diagnóstico e prevenção

O Ministério da Saúde estima que até 90% dos casos de câncer de pele poderiam ser evitados com medidas básicas de fotoproteção. Quando o diagnóstico é feito cedo, a cirurgia costuma ser simples e altamente eficaz. “Se o paciente procura avaliação ao notar mudanças na pele, as chances de cura são muito altas. Quanto antes operamos, melhores são os resultados”, conclui Bouzas.

Uso diário de protetor solar, barreiras físicas, evitar o sol intenso e observar alterações na pele continuam sendo as medidas mais confiáveis. O Dezembro Laranja reforça que prevenir ainda é o melhor caminho — e tratar cedo é determinante para salvar vidas.

•        Dezembro Laranja alerta para avanço do câncer de pele

O verão baiano se aproxima com uma lembrança urgente: o câncer de pele continua sendo o tipo mais frequente no Brasil e representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo o Ministério da Saúde. Em pleno Dezembro Laranja, especialistas reforçam que a combinação de radiação solar intensa, hábitos inadequados de exposição ao sol e baixa adesão ao protetor ainda impulsionam o crescimento da doença, que atinge mais de 220 mil brasileiros a cada ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Na capital baiana, dermatologistas observam aumento tanto dos carcinomas basocelular e espinocelular, formas mais comuns e geralmente menos agressivas, quanto do melanoma, tipo mais grave e potencialmente letal. Para a dermatologista Marilu Tiúba, do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), reconhecer cedo as alterações na pele é fundamental.

“Manchas que mudam de cor ou tamanho, feridas que não cicatrizam e pintas irregulares precisam ser avaliadas rapidamente. O tempo é um fator decisivo para obter altas taxas de cura”, explicou a especialista.

<><> Fatores de risco

A predominância de dias ensolarados na Bahia e a cultura das atividades ao ar livre elevam a exposição acumulada aos raios ultravioleta, principal fator associado ao surgimento de tumores cutâneos. Pessoas de pele clara, histórico familiar da doença, imunossuprimidos e indivíduos com muitas pintas merecem atenção redobrada.

Peles negras, apesar da proteção natural por possuir mais melanina, também não dispensam o uso de protetor solar. Elas recebem radiação UVB e UVA da mesma forma que peles de fototipos mais claros, e o câncer de pele também acontece nesse perfil de pacientes. “É um erro achar que a pele negra é imune ao câncer. A doença pode surgir e, muitas vezes, é diagnosticada tardiamente”, reforça Marilu.

<><> Evolução dos tratamentos

Além das medidas de proteção, os tratamentos avançaram e hoje combinam abordagens dermatológicas, cirúrgicas e oncológicas. No HMDS, a escolha terapêutica varia conforme o tipo e o estágio da lesão.

“Trabalhamos com terapias individualizadas, que podem incluir crioterapia, cirurgia micrográfica ou tratamentos sistêmicos, dependendo da necessidade do paciente”, explica Marilu.

A especialista também destaca a integração entre diferentes áreas. “A colaboração entre dermatologia, oncologia e cirurgia tem sido essencial para melhorar resultados e reduzir sequelas. Esse cuidado multidisciplinar faz toda a diferença no prognóstico”, afirma.

<><> Prevenção ainda é o melhor caminho

Protetor solar diário, reaplicação ao longo do dia, roupas com fator de proteção e evitar o sol entre 10h e 16h continuam sendo medidas essenciais. O autoexame regular é recomendado e qualquer alteração deve motivar consulta com especialista. A SBD estima que até 90% dos casos de câncer de pele poderiam ser evitados com fotoproteção adequada.

 

Fonte: Por Carla Santana - Assessoria de Imprensa

 

Nenhum comentário: