Câncer
de pele: avanços na cirurgia ampliam opções de tratamento
O
Dezembro Laranja volta a chamar atenção para o câncer de pele, tipo de tumor
mais frequente no Brasil e responsável por cerca de 30% de todos os
diagnósticos oncológicos, segundo o Ministério da Saúde. A doença ultrapassa
220 mil novos casos por ano no país, e o tratamento cirúrgico segue sendo o
principal recurso, especialmente quando o tumor é identificado precocemente.
O
coordenador do Núcleo de Oncologia do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS),
Cleydson Santos, lembra que a remoção cirúrgica continua sendo o pilar do
tratamento. “Os carcinomas basocelular e espinocelular, que são os mais comuns,
respondem muito bem à cirurgia. Quando conseguimos retirar totalmente a lesão
com margens adequadas, o prognóstico costuma ser excelente”, afirma.
Além
desses, há tumores menos frequentes, porém mais agressivos, como o melanoma —
que se origina nos melanócitos e apresenta maior risco de disseminação — e o
carcinoma de células de Merkel, considerado raro, mas altamente relevante
devido ao seu comportamento agressivo. Ambos exigem atenção imediata e
abordagem cirúrgica criteriosa, frequentemente associada a outros tratamentos.
A
indicação cirúrgica vale para tumores pequenos, lesões suspeitas, áreas de
crescimento acelerado e casos que não respondem a terapias tópicas. Em
melanomas, no carcinoma de Merkel ou em tumores avançados, a cirurgia também
integra a primeira linha de tratamento.
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Técnicas mais precisas
As
opções cirúrgicas evoluíram e hoje incluem excisão convencional, exame de
congelação, cirurgia micrográfica e ressecções ampliadas para tumores mais
agressivos. A cirurgia micrográfica permite examinar as margens da lesão
durante o procedimento, garantindo retirada total e preservação de tecido
saudável, especialmente em áreas como nariz, pálpebras e orelhas.
Para
avaliação com técnica de linfonodo sentinela e em casos mais avançados de
linfadenectomia, o Mater Dei já utiliza cirurgias auxiliadas por robô. “Em
algumas situações, como tumores com disseminação linfática, a cirurgia robótica
oferece precisão, menor sangramento e recuperação mais rápida”, explica o
cirurgião oncológico do HMDS, André Bouzas.
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Preparação e recuperação
A
coordenadora do Núcleo de Oncologia do Hospital Mater Dei Emec (HMDE), Cíntia
Andrade Costa, reforça que o planejamento é determinante para o sucesso
cirúrgico. “A avaliação da profundidade da lesão, exames de imagem e escolha da
técnica adequada orientam todo o procedimento. Cada paciente tem um plano
terapêutico individualizado”, destaca a especialista.
Ela
também ressalta a importância do pós-operatório. “O paciente precisa entender
os cuidados com curativo, exposição solar e sinais de alerta. O acompanhamento
regular reduz o risco de recidiva e permite identificar novas lesões
precocemente”, completa.
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Diagnóstico e prevenção
O
Ministério da Saúde estima que até 90% dos casos de câncer de pele poderiam ser
evitados com medidas básicas de fotoproteção. Quando o diagnóstico é feito
cedo, a cirurgia costuma ser simples e altamente eficaz. “Se o paciente procura
avaliação ao notar mudanças na pele, as chances de cura são muito altas. Quanto
antes operamos, melhores são os resultados”, conclui Bouzas.
Uso
diário de protetor solar, barreiras físicas, evitar o sol intenso e observar
alterações na pele continuam sendo as medidas mais confiáveis. O Dezembro
Laranja reforça que prevenir ainda é o melhor caminho — e tratar cedo é
determinante para salvar vidas.
• Dezembro Laranja alerta para avanço do
câncer de pele
O verão
baiano se aproxima com uma lembrança urgente: o câncer de pele continua sendo o
tipo mais frequente no Brasil e representa cerca de 30% de todos os tumores
malignos registrados no país, segundo o Ministério da Saúde. Em pleno Dezembro
Laranja, especialistas reforçam que a combinação de radiação solar intensa,
hábitos inadequados de exposição ao sol e baixa adesão ao protetor ainda
impulsionam o crescimento da doença, que atinge mais de 220 mil brasileiros a
cada ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Na
capital baiana, dermatologistas observam aumento tanto dos carcinomas
basocelular e espinocelular, formas mais comuns e geralmente menos agressivas,
quanto do melanoma, tipo mais grave e potencialmente letal. Para a
dermatologista Marilu Tiúba, do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), reconhecer
cedo as alterações na pele é fundamental.
“Manchas
que mudam de cor ou tamanho, feridas que não cicatrizam e pintas irregulares
precisam ser avaliadas rapidamente. O tempo é um fator decisivo para obter
altas taxas de cura”, explicou a especialista.
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Fatores de risco
A
predominância de dias ensolarados na Bahia e a cultura das atividades ao ar
livre elevam a exposição acumulada aos raios ultravioleta, principal fator
associado ao surgimento de tumores cutâneos. Pessoas de pele clara, histórico
familiar da doença, imunossuprimidos e indivíduos com muitas pintas merecem
atenção redobrada.
Peles
negras, apesar da proteção natural por possuir mais melanina, também não
dispensam o uso de protetor solar. Elas recebem radiação UVB e UVA da mesma
forma que peles de fototipos mais claros, e o câncer de pele também acontece
nesse perfil de pacientes. “É um erro achar que a pele negra é imune ao câncer.
A doença pode surgir e, muitas vezes, é diagnosticada tardiamente”, reforça
Marilu.
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Evolução dos tratamentos
Além
das medidas de proteção, os tratamentos avançaram e hoje combinam abordagens
dermatológicas, cirúrgicas e oncológicas. No HMDS, a escolha terapêutica varia
conforme o tipo e o estágio da lesão.
“Trabalhamos
com terapias individualizadas, que podem incluir crioterapia, cirurgia
micrográfica ou tratamentos sistêmicos, dependendo da necessidade do paciente”,
explica Marilu.
A
especialista também destaca a integração entre diferentes áreas. “A colaboração
entre dermatologia, oncologia e cirurgia tem sido essencial para melhorar
resultados e reduzir sequelas. Esse cuidado multidisciplinar faz toda a
diferença no prognóstico”, afirma.
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Prevenção ainda é o melhor caminho
Protetor
solar diário, reaplicação ao longo do dia, roupas com fator de proteção e
evitar o sol entre 10h e 16h continuam sendo medidas essenciais. O autoexame
regular é recomendado e qualquer alteração deve motivar consulta com
especialista. A SBD estima que até 90% dos casos de câncer de pele poderiam ser
evitados com fotoproteção adequada.
Fonte:
Por Carla Santana - Assessoria de Imprensa

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