domingo, 30 de agosto de 2009

PERFIL DO BOM POLITICO


Estamos próximo a 2010, ano que será determinante para a vida dos brasileiros. Lá estaremos elegendo o futuro presidente, os governadores estaduais, 2/3 do senado, deputados federais e estaduais. Diante de tantas mazelas e escândalos praticados por aqueles que elegemos, pensando que para lá iriam para defender os nossos interesses, espero que o eleitor passe o ano de 2010 refletindo sobre quem merece ou não nos representar e ou dirigir os destinos da Nação e dos nossos Estados. Que a falta de compromisso, a palavra empenhada e não cumprida, os desvios de conduta ético e moral, o envolvimento em falcatruas e escândalos, sirvam de exemplos para nestes nunca mais votar. Lembre-se que os discursos são os mesmos, as promessas não cumpridas serão repetidas. Cabe a você eleitor acreditar e aceitar ou não.
Com o decorrer dos anos a Política se tornou uma área profissional e porque não financeira, ou seja, antes era questão de liderança mesmo, um Político buscava aquilo que nós não conseguiríamos sozinhos, e com orgulho. Porém nos ultimos tempos vimos que este quadro mudou. Quais os interesses dos atuais Políticos? Será que estam interessados em buscar melhores qualidades de vida para nós ou apenas estão em busca status pessoal? Qual a sua opinião sobre o político que você votou? Ele honrou seu voto? Merece ser reeleito?
Antigamente o ser político eram pessoas livres de funções fixas, um líder da comunidade. O que vemos hoje, hoje são médicos, professores, delegados, advogados, empresários etc, querendo entrar na carreira Política. Quanto ganha um Delegado, e um Professor, e um Médico? Ninguém sabe, apenas se suspeita. Mas quanto ganha um deputado ou até mesmo um simples vereador, todos sabemos. O pior é que depois de eleitos deitam falação reclamando dos rendimentos. Dá para entender?
Pretendemos neste espaço tentar traçar um perfil daquele homem quase ideal para ser político e que deva merecer o nosso voto.
De início seria recomendável ao político que exercite a prudência política. Nada requer mais cuidado do que lidar com a verdade e a mentira. Portanto recomenda-se que não minta pois mentir em política é sempre desaconselhável., apesar de vivermos uma sociedade de extrema hipocrisia, em que mentir parece ser uma constante, pois muitas vezes usamos desse artifício para mantermos um convívio social aceitável.
É interessante que o homem público tenha em mente que uma única mentira pode destruir uma reputação de honestidade. A pessoa que foi enganada, sente-se desrespeitada e aquele que a enganou é percebido como falso.
Diz o ditado popular que a mentira tem “pernas curtas” e atrás dela vem os riscos, perigos e fatalidades políticas causadas pela mentira.
É necessário que o bom político tenha muita habilidade e controle pessoal e fale ao eleitor a verdade. É claro que muitas vezes algumas verdades devem ser mantidas sob reserva para protegê-lo, outras, para proteger a terceiros. Porém, o político e o governante devem saber lidar com a verdade e deve saber e escolher o momento certo para agir, saber dosar para cada pessoa e para cada momento. Mesmo diante de boas notícias o político deve ser reservado e discreto.
Além de dizer a verdade o que mais tornaria o cidadão um bom político ? Ou seja, como se definiria um "bom" político ?
Ser ético e honesto responderia muitos. Mas, afinal, essas são características não deveriam ser obrigatórias a qualquer bom cidadão? Ou será que esta caracerística exigida ao bom cidadão não deve ser necessariamente exigida a um bom político?
Outra característica a ser observada que faz de um bom cidadão um bom político é sua capacidade de colocar o interesse público, acima dos seus próprios interesses, apesar de vivermos em um mundo bastante abstrato, em uma sociedade complexa, com tantas vozes, que muitas vezes se torna dificil definir o que é o interesse coletivo, o bem comum, o espaço público ? E como fazer isso sem esmagar ou suprimir o direito das diversas minorias ?
Portanto, cabe ao bom político saber diferenciar.
Cumprir com a palavra empenhada, com as promesas e assumidas em praça pública, honrar com os compromissos conforme estabeleceu com a sociedade também são características que devem ser observadas pelo eleitor. O seu passado, o que fez como homem público, com quem anda, quem são as pessoas que o cercam, tudo devemos olhar para escolher e escolher bem
Agora eleitor estabeleça as suas características e não se arrependa.

ERRO IRREPARAVEL


A queda de braço que levou a exoneração de Lina Vieira em razão da sua denúncia de que a ministra Dilma Rousseff havia recomendado, segundo versão de Lina, para que a Receita Federal agilizasse a investigação contra o filho do Presidente do senado, o escorregadio José Sarney, terminou gerando uma série de demissões naquele órgão, levando-o a uma crise, cujo desfecho espero que não sobre para nós pobres consumidores, como sempre tem ocorrido.
Esse episódio como tantos outros que envolvem o nome da candidata de Lula a sua sucessão será levado pelas oposições aos palanques na sucessão presidencial de 2010. E não seria diferente, princialmente em se tratando dos seus possiveis adversários, notórios em fazer de um copo d'água uma tempestade. Sem querer, existe um grande responsável e culpado por este imbróglio, que foi o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que ao tomar a iniciativa de demitir o antigo chefe da receita para colocar Lina Vieira, como forma de se utilizar da Receita para como em todo o governo, também o aparelhar, está sendo, hoje, alvo de sérias recriminações por todos que criticam o Governo Lula.
Porém diante desse disse me disse de versões, uma desmentindo a outra, uma coisa é surpreendente. Porque o Palácio não apresenta o vídeo do dia em que a sra. Lina diz ter estado com a ministra? Afinal, o Palácio possui ou não segurança?
Dilma Rousseff desmente e diz que o seu Gabinete é transparente e as pessoas que lá estão são vistas facilmente. E garante que só teve três encontros de trabalho com Lina Vieira, todos no gabinete do presidente Lula, com a presença de outras pessoas. Dois outros encontros foram com executivos norte-americanos que têm negócios em nosso País, e cujas reuniões contou com a presença de mais pessoas. Desta forma, segundo a versão da ministra, nunca houve encontro a sós com Lina. Porém o que se sabe, é que a chefe da Casa Civil sempre disse que não gostou da nomeação de uma mulher para a Receita, porém todos tem a certeza que ela não participou da sua demissão, pois estava em tratamento médico.
Porém o que todos querem e isto o Governo deveria está preocupado em apresentar, é o fornecimento por parte do Gabinete da Segurança Institucional das imagens de encontros de autoridades no Palácio do Planalto para daí se tirar uma conclusão ou se consegue flagrar Lina e Dilma em reunião. O Gabinete da Segurança Institucional diz que não existem mais imagens do período, levando a alguns acreditarem que o material foi destruído.
Convenhamos porém que se houve a reunião ou não, se o que a ministra pediu ou foi mal interpetrada, porém o que estamos a assistir é muito pequeno que o assunto não deveria ter merecido o destaque que lhe foi dado, diante dos grandes problemas nacionais. A crise na Receita prossegue, porém de tudo isto somos obrigados a tirar um grande exemplo, ou seja, e que não é bom para o órgão nem para o Brasil, inclusive já existindo um grande movimento da entidade dos auditores fiscais, a interferência política na repartição, gerando este tipo de dúvida e ação.
A exoneração de Lina Vieira e a crise que ora estamos a assitir na Receita trouxe uma dor de cabeça ao governo e tem servido de munição para a oposição. Resta portanto ao governo contra atacar, dizendo e repetindo que os líderes oposicionistas se agarram a este episódio como à crise do Senado porque não têm discurso para levar aos palanques eleitorais.
Diziam as velhas raposas políticas, sempre que pontificavam a respeito de erros cometidos em política: "Quem é obrigado a dar explicação em política está perdendo sempre".

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O SONHO ACABOU. PT


Menos de trinta anos após o seu Fundamento , o PT – Partido dos Trabalhadores , profundamente rachado, desde o apoio incondicional, determinado pelo próprio Presidente da República, Luis Inácio da Silva , hipotecado ao Presidente do Senado, o “ Dinossauro Jurássico da Política Brasileira ”, José Ribamar Sarney, quem representa tudo que há de retrógrado e anti-ético na Política Tupiniquim , proporcionalmente contrário a Cartilha, que sempre pregou, em sua Bandeira Socialista , contrariando as Bases do Partido , acaba de sofrer as suas primeiras, graves, defecções.

Nem bem terminou a Votação de Arquivamento das graves denúncias contra Sarney , no Conselho de Ética , sem a menor análise ou averiguação dos fatos, da própria Cadeira em que estava sentado, no Senado, o Senador Flávio Arns , do Paraná, declarou a sua desfiliação do Partido.

Profundamente desautorizado, em sua Posição de não votar com o Governo , abrindo mão de que seus correligionários políticos votassem de acordo com as suas respectivas consciências, o que não fizeram, sobretudo, a Senadora Ideli Salvatti , de Santa Catarina, e o Senador Delcídio Amaral , do Mato Grosso do Sul, membros votantes do Conselho , por seu turno, o Senador Alozio Mercadante , do PT Paulista, apressou-se, ali mesmo, em anunciar sua provável renúncia, do Cargo de Líder do Governo , no Senado.

Confirmando, em sua órbita, o descontentamento que possui, ora, com o Governo , desde que abandonou o Ministério do Meio Ambiente , a Senadora Marina Silva , do PT do Acre, Líder Seringueira, Ex-empregada Doméstica, cuja História de vida, e resistência, se iguala ao Prostituído Presidente Lula , com quem firmou fileiras, no Partido Trabalhista , quem ajudou, ética e moralmente, fundar, em 1979, em plena Ditadura , Marina Silva, também, anunciou a sua desfiliação , para optar pelo PV – Partido Verde , o qual, ora, melhor converge suas Posições Ambiental-protecionistas , com vistas, inclusive, a candidatar-se a Presidente da República, na sucessão de Lula, lançando um balde de água fria na Candidatura Onissonora, Oficial , da Petista Dilma Roussef , com quem, ainda no Governo , divergia.

Longe de ser, contudo, aquele Jovem Partido , sem compromisso com o Poder , mergulhado nas trincheiras políticas de cerca de trinta anos atrás, o PT , antes Ideológico e Moralista , ao assentar-se na Cadeira Principal do Palácio do Planalto , no entanto, viu-se obrigado, no Jogo Promiscuo do Poder , a formar fileiras, em nome da mínima “ Governança” , com tudo aquilo que era Anti-ético e Amoral , dos quais, Sarney é a melhor expressão.

Cacique Maior do PMDB ” – Partido do Movimento Democrático Brasileiro, outrora, antes do surgimento do PT, “ Baluarte na Luta pela Redemocratização do País ”, em tempos de Ditadura , com a Abertura Política e “ Sobrestamento ” do seu Líder Maior , o desaparecido Deputado Ulisses Guimarães , morto em um estranhíssimo “ Acidente Aéreo ”, mais cujo corpo, e despojo, nunca revelado, o PMDB , contudo, tornou-se Fisiológico , e Apócrita , passando a desempenhar, Historicamente, desde então, o “ Papel ” de “ Fiel da Balança ”, partindo do principio de que ,” Macomunado ” no “ Poder ”, assegurado-lhe posições no Governo Vigente , fosse ele, quem fosse, Collor , Fernando Henrique , ou Lula , que sobrevieram depois.

Assim, passado o dito “ Enterro ”, como muitos, ali, no momento da Votação no Conselho de Ética , se referiam ao “ Captulamento da Ética e da Virtude ”, no PT , ao passo que o Senador Romero Jucá , do PMDB , já pensava no dia seguinte ao Féretro , contudo, na reflexão que se seguiu, sobreveio um Partido dos Trabalhadores , realmente, partido .

Aliás, é como a “ Madrasta Má” , da Fábula Infantil, que, ao se olhar no “ Espelho Mágico ”, pergunta: “ Espelho, espelho meu. Existe no Mundo alguém mais bonita que eu ?

Para seu mais completo espanto, no caso do PT , profundamente diferente daquele Partido Ético , de trinta anos atrás, contudo, o “ Espelho ”, inadvertidamente, responde:

Sim, há !

Apontando, inacreditavelmente, para o “ Velho” e “ Carcamano PFL” – Partido da Frente Liberal, que hoje se auto proclama DEMO, de “ Democratas ”, do Senador Agripino Maia , Rio Grande do Norte, e outros Velhos Coronéis , como, enfim, o próprio Sarney , ora, inimaginavelmente, “ Defensores ” da Ética e da Virtude, que o PT, em nome da Governança, se recusa defender.

Para todos, contudo, não haverá, felizmente, nessa História , “ Pequenos Anões, Príncipes Encantados ” e nem a “ Maçã Envenenada...”

Somente, será-lhes reservada, felizmente, a “ Realidade ”, crassa e fatal, das “ Urnas ”, em 2010, onde o Povo, tenho a esperança, lhes fará, à todos:

Justiça !!!

Artigo de Pettersen Filho - publicado pela Associação Brasileira de Defesa do Indivíduo e da Cidadania - ABDIC - no Jornal Grito do Cidadão

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

QUEM É INGRATO, GEDEL OU WAGNER?


Acompanhando as mudanças ocorridas na equipe que compõe o governo da Bahia, lemos desabafos do Governador, com palavras duras e fortes a respeito da saída do PMDB da base aliada, cujos termos mais educados foram ingratidão e deslealdade.
Não estou aqui para fazer a defesa do Ministro Gedel, até porque não comungo com os seus métodos de fazer política, cópia tupiniquim de ACM, só que com muito mais incompetência. Mas apenas vou lembrar ao Governador. Se Gedel o traiu, ele que com os milhões de defeito era contra o carlismo, imagine os aliados conquistados que continuam carlistas, apenas não sabem fazer política sem a posse da máquina, por isso aderiram ou estão aderindo? Ou o Governador acredita que José Rocha, Jairo Carneiro, Montenegro, Pedro Alcântara, Coronel, Eliana Boaventura entre outros, esqueceram de onde vieram e a quem são gratos por tudo que possuem? Imagine os seus indicados que sempre viveram saboreando do caviar do poder e das benesses oferecidas pelo carlismo nos últimos 16 anos, onde o bem público era tratado como propriedade privada?
Assim fico me perguntando, ao ler os desabafos nos jornais, teria o Governador Jaques Wagner autoridade política para tachar alguém de desleal e ingrato? Será que o governador tem sido leal e grato ao senador João Durval Carneiro, seu maior cabo eleitoral e um dos maiores responsáveis por sua vitória no último pleito? Tem sido leal e agradecido com seus companheiros e aliados vereadores, estes que mantêm contato diariamente com o eleitor dos seus municípios e quem mais conhece dos seus problemas e necessidades? Eles tem sido consultado nas decisões de governo que interesse a sua comunidade ou aos vereadores só cabe o ônus do seu (des)governo?
Aliás, estes coitados, os vereadores, tem colocado os seus mandatos em risco ao defender uma administração que está com os olhos voltados apenas para sua reeleição e eleição de alguns companheiros.
Voltando ao tema de lealdade e gratidão, está sendo Wagner leal àqueles que muito antes dele, já comiam poeira e sal (termo usado por ele) por esta Bahia afora com o objetivo de desbancar o DEM (antigo PFL) do trono em que se encastelara desde o golpe de 64? Onde estarão estes companheiros que em sua grande maioria, como eu, está decepcionada com os rumos dados ao seu governo.
Será Governador que é correto, com a desculpa estarrapada de que precisa de apoio para a governabilidade e para o sonho da reeleição, atrair, cooptar e manter nos cargos de ponta da administração estadual, as mesmas pessoas que sempre tiveram no poder durante a era carlista e que levaram todo este tempo mamando nas tetas do Poder? Será que eles não são responsáveis pela péssima situação com que o Estado foi recebido como dito por Wagner, onde a administração pública era só descalabro e total falta de prioridades? Em que mudaram estes "ex-carlistas"? Será que de repente ficaram tão competentes e honestos que o Estado não pode prescindir deles ou estão voltando para asfaltar a estrada do retorno de Paulo Souto?
Governador, se V. Exa. estivesse fazendo um governo como o que aparece na televisão e a altura das promessas feitas quando em campanha, não haveria necessidade de está se vendendo a políticos cuja ideologia é a de está sempre ao lado do Poder para aferir as benesses que ele oferece, o senhor teria sim a adesão do povo baiano, são eles que elegem é bom lembrar, muitos políticos até atrapalham, e seriam seus fiéis aliados se não tivessem sido traídos como foram e ainda continuam com estas adesões que com certeza não era resposta esperada por aqueles que o elegeram.
É uma pena Governador, pois o povo baiano não merece a traição que V. Exa. está praticando.
Portanto, se Gedel e o PMDB foi ingrato como afirma o Governador, o que não diria João Henrique, o prefeito de Salvador? Muito pior do que o praticado pelo PMDB baiano, V. Exa. tem feito com aqueles que confiaram em suas promessas e nos ideais do PT? E os vereadores aliados por este interior baiano, o que terão a dizer?
O que seu Secretário de Relações Interinstitucionais tem feito é um acinte e um deboche a todos aqueles que passaram 16 anos comendo poeira, pois nem o sal os carlistas deixavam consumir.
Para aqueles que me leem seria bom que guardassem o seu nome - Rui Costa (conhecido nas rodas políticas como Ruinzinho Costa) -, pois o mesmo é candidato a deputado federal e esperamos que o povo baiano lhe responda a altura, negando o seu voto pois ele nada tem feito para merecer.
Desta forma Governador, no meu entendimento V. Exa seria a última pessoa com moral política para tachar qualquer pessoa de ingrata, pois o seu governo não é só ingrato, mas tem cometido no dia a dia todo tipo de deslealdade e traição para aqueles que confiaram em você e que com a sua eleição estávamos dando os primeiros passos de independencia.
Agora, vendo as pessoas que estão ao seu redor, a equipe montada pelo seu governo, os partidos e políticos que estão sendo cooptados, posso afirmar que fui traído e como eu os pouco mais de 2 milhões de votos recebidos por V. Exa. que com certeza muitos estão com vergonha do voto dado, pela tão esperada mudança, que infelizmente no seu governo não aconteceu.
Entenda Governador, que este desabafo todos aqueles que tem sido humilhados, pisados, principalmente pelo seu Secretário de Relações Interinstitucional vem praticando, estão a espera da primeira oportunidade para fazer, eu apenas me antecipei.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

VEREADOR, SEU COMPORTAMENTO CONDIZ COM O QUE PROMETEU?


A insatisfação com a conduta ética no serviço público, principalmente diante dos últimos exemplos dado ao conhecimento da população por nossos representantes no Congresso Nacional, cujas ações estão devidamente avalizadas pelo Presidente Lula, aquele mesmo que anos atrás afirmou que aquela era uma casa composta de mais de 300 picaretas, haja vista os seus últimos pronunciamentos, é um fato que tem sido criticado por toda sociedade brasileira.
Em linha geral, o País atravessa uma fase de total descrédito da opinião pública no que se refere ao comportamento demonstrado pelos administradores públicos e pela classe política em todas as suas esferas: municipal, estadual e federal.
Diante desse quadro hoje pintado, seria natural que a sociedade demontrasse toda sua indignação e passe a ser mais exigente com a conduta daqueles que desempenham as suas atividades tanto na prestação de serviços como na condução da gestão pública. Dizer que o povo brasileiro é conivente com esta situação criada pelos políticos, é desconhecer o papel histórico que este mesmo povo já assumiu em situações anteriores. Podemos ser pacíficos, porém burros e idiotas, jamais.
Moral e Ética são dois verbetes que deveriam ser conjugados diariamente por nossos homens públicos e deveriam fazer delas seus representantes constantes, formando com elas um conjunto de valores e costumes permanentes.
A falta da Moral e da Ética, tão criticada por nossa sociedade na condução dos serviços públicos, através de denuncias de desvios de recursos públicos, nepotismo, favorecimento, utilização do parimonio público como se fosse propriedade privada por parte dos administradores públicos e por políticos, hoje está generalizada e com isto iguala a todos, colocando-os no mesmo patamar. E isto é muito ruim.
Portanto, desfazer a imagem negativa do padrão ético do serviço público brasileiro é, hoje, uma tarefa das mais difíceis e para ser conduzida, tem que ser com muita seriedade e respeito ao contribuinte, sendo necessária uma profunda reflexão sobre o tema. Alternativas existem, bom profissionais também, porém é necessário e urgente que iniciativas comecem a ser tomadas de forma que sejam oferecidas à sociedade ações educativas de boa qualidade, nas quais a população possa sentir os seus efeitos desde o início de sua formação, apresentando atos e fatos arraigados e trilhados na moralidade e na ética.
As ações devem partir das mais simples, como assiduidade, lealdade, correção e justiça, justiça esta que hoje apenas apoia as coisas erradas precisando urgentemente dá exemplos. Deve-se buscar optar por definição de ações transparentes e que beneficiem o maior número de pessoas, sem a busca da troca de favores ou benefícios pessoais imediatos ou futuros, pois, afinal, é o POVO quem alimenta a máquina ou o Poder Público através de recursos financeiros captados através de impostos diretos e indiretos, e quanto mais pobre maior a sua contribuição, devendo desta forma o serviço público ser prestado a ele com a rapidez e qualidade que ele merece.
Diante desta reflexão e certos que aos indivíduos cabem o direito da livre escolha de seus agentes políticos, é que a ética e a moral deveriam ser os caminhos a serem trilhados por estes.
Então vale a nossa pergunta aos atuais Legisladores municipais, e em particular aos de Feira de Santana: após eleitos vocês já refletiram ou já passaram o filme do período eleitoral, o que prometeram, o que falaram, as bandeiras que diziam assumir e compararam sobre a forma como vem legislando e para que lados vocês optaram após a posse? Sabem os senhores vereadores a importância do seu mandato, o valor que ele tem e o uso que estâo fazendo deles? Feira de Santana merece o comportamento que os senhores estão tendo na Casa da Cidadania nesta Legislatura?
Define a Constituição Federal que no âmbito municipal o PODER é exercido pelo Executivo, através do Prefeito e assessores e pelo Legislativo, exercido pelos vereadores, que no caso de Feira de Santana são 21 membros, eleitos pelos munícipes de forma livre e soberana.
Diz a nossa Carta Maior que estes PODERES devem ser exercidos com independencia porém em HARMONIA, cujo termo esclareço é bem diferente de SUBSERVIÊNCIA em relação ao Executivo Municipal, como ocorre na maioria das Câmaras de Vereadores e em especial Feira de Santana.
Apenas com o objetivo de esclarecer as mentes conturbadas ou obtusas de nossos legisladores, recorremos ao dicionário, para de forma clara tentar botar alguma luz ou algo mais inteligente em suas mentes.
Segundo Aurélio, HARMONIA significa: "disposição, bem ordenada entre as partes de um todo"; "proporção, ordem"; "paz coletiva entre as pessoas", Já SUBSERVIÊNCIA, corresponde: "que serve às ordens de outrem"; "servil". Dá para perceber a diferença?
Desta forma, analisando a atuação dos edis feirenses nestes poucos 04 meses de legislatura, cuja análise pode ser comparada a outras casas legislativas com certeza, diante do atual quadro de SERVILIDADE da maioria dos seus membros, pois apenas 05 ou 06 se destacam pela independencia, ficamos a nos perguntar: onde está a ética e a moral destes legisladores que se vendem por migalhas? Será que fora eleitos para servirem àqueles que neles confiaram, votaram e o elegeram confiando em suas promessas ou será que diziam durante a campanha que logo que eleitos virariam as costas para os seus eleitores e ficariam a serviço do prefeito de plantão, por restos ou sobras do banquete oficial?
Portanto, esta sociedade que está a cobrar moral e ética fiquem mais alertas, comecem a participar mais das sessões, passem a acompanhar par a passo o seu vereador, o seu desempenho. Cobre dele que fique a seu serviço, veja de que lado ele está e que papel está exercendo ou se é mais um legislador sem DIREITO DE PENSAR, impedido pelo chefe do executivo, e que nas próximas eleições possa dar uma resposta a altura do respeito que o seu verador deu ao seu voto.

A CRISE DO SENADO. A CULPA SERÁ DE LULA?


Pronunciada , em alto e bom tom, bem no Cadafalso da Tribuna do atual Senado da República Federativa do Brasil , pelo Sexagenário Senador Pedro Simon , do Rio Grande do Sul, pessoa insuspeita na Vida Pública brasileira, desde a Revolução de 1964 , a que se opôs, logo nas primeiras horas, e que castrou os Direitos Políticos no Brasil , por quase vinte anos de “ Trevas ”, passando pela Redemocratização , “ Diretas ” e Impeachment do Presidente Collor, a frase acima: “ Não tem Sarney, não tem Renam. É Lula .”, parece colocar em Xeque , no Brasil, o próprio Sistema Democrático de Governo , assim, dita, por um de seus mais ardorosos defensores:

O próprio Pedro Simon .

Reverberando como uma espécie de Libelo Acusatório , a que, aparentemente, nesse ultimo mês, se furta realizar o próprio Ministério Público Federal , logo, também, colocado em inerte suspeita , já que a ele cabe a Defesa do Ordenamento Jurídico e dos Direitos Indisponíveis , o tom em que foi proclamada, parece apontar, de uma só vez, tanto o Autor , como também o Crime e a Materialidade da ofensa, ingredientes mais do que indispensáveis a qualquer boa Denúncia - crime , eventualmente ofertada contra os protagonistas da atualCrise ”, a que está submerso o Senado Federal , diante da “ Regência ” do Velho Maestro Sarney , também, como Simon , embora em lados opostos do Salão , personagens já tarimbados da República , quem passaram, ademais, pelas mesmas Ditadura , Abertura e Impeachment , incólumes, ora revidados nos atuais Passamentos do Senado .

Por seu turno, a “ Sagaz OABOrdem dos Advogados do Brasil , sempre antenada ao momento político por que passa o Brasil , a mesma Ordem , que, outrora ruidosa, calou-se, nos momentos mais ferrenhos da Ditadura Militar , em que os fóruns e tribunais do País, diante dos coturnos, tornaram “ Sim Senhores do Silêncio ” e da “ Covardia ”, pelo seu Presidente do Conselho Federal, Cezar Britto , trata logo de colocar a Boca no Trombone , pedindo a Renúncia de todos os Senadores , tanto o “ Joio ” como o “ Trigo ”, colocados em um Saco comum.

Contudo, como bem identifica Pedro Simon , ao descrever o Retrato Falado da Crise: “ Nem Sarney, nem Renam. ”, essa, tem Cara , Cabelo , Barba e Bigode (além de faltar-lhe um dos dedos polegares):

Está, na verdade, ora, assentada, bem do outro lado da Praça dos Três Poderes , bem de frente ao Senado Federal da República , com “ Trono ” e “ Cetro de Poder ”.

É que, como “ Nunca, antes, na História desse País ”, como bem gosta de repetir o Presidente Lula , diante das suas supostas realizações, e bravatas, comparando-se aos Grandes Mandatários Nacionais, Dom Pedro II , ainda no Império. Getúlio Dornelas Vargas , no Estado Novo da Década de Trinta, e Juscelino Kubscheck , na República Nova, jamais, antes, o Palácio do Planalto , leia-se, o Poder Executivo , capitaneado pela inquestionável Popularidade do Presidente Lula , “ Jamais, antes, na História desse Pais ”, ingeriu, tanto, nos demais Poderes da República , traçados ainda por Nicolau Maquiavel , na França Revolucionária do Século XVIII: Executivo , Legislativo e Judiciário (Independentes e Autônomos), tornando, assim, o Jogo Republicando, numa malfadada troca Promiscua de interesses, não confessáveis, entre os Três Poderes .

Enfim, fazendo da sua vontade pessoal , de manter o “ Dinossauro Sarney ”, à frente da Casa , mesmo diante da extrema perplexidade da Opinião Pública , ainda que, reconheçamos, vista, ilegitimamente, insuflada pela “ Grande Imprensa ”, ou pela “ Minoria com Complexo de Maioria ”, como informa o Senador Alagoano Renam Calheiros , a verdade é que, Lula , ao associar-se ao Velho Caudilho Sarney , diante de fatos ; e nefastos , tão eloqüentes contra o atual Presidente da Casa , e alguns de seus mais imediatos Asseclas , e, ao andar, de mãos dadas, no Poder , com seus mais Antigos Desafetos , o Ex-presidente Collor de Mello , o próprio Ex-presidente da República, Sarney , e Renam Calheiros , quem representam tudo de Velho e Imoral , desde a Velha República ( Nepotismo, Cartorialismo, Clientelismo, e outros”Ismos),diante dos Olhos do Povo , menos leigo e faminto , a fora o “ Bolsa Família $A” , trás a tona, pelos próprios protagonistas, Senadores da República (“ Coronéis de Merda ” e “ Capitães do Mato” , segundo suas próprias palavras, e ofensas, reduzidas a termo, em Notas-taquigraficas , nos anais do Senado ), tudo o que é Moralmente Deplorável e Politicamente Inaceitável , no Brasil Moderno.

Imaginando-se, contudo, como uma Ilha de Virtude, no “ Mar de Merda ” que parece se converter Brasília, o Presidente Lula , não percebe, no alto da sua vaidade, que, por muito menos, em 1964, os Sargentos cercaram, e fecharam o Congresso Nacional , em Brasília, o que desandou no Golpe de 1964...

Se o Marechal Deodoro da Fonseca , à época, o equivalente ao Ministro do Exército, soubesse que ia dar nisso, aos 15 de Novembro de 1889, provavelmente, ao cruzar o Passo Imperial com a sua “ Eguinha Pocotó ”, e, traindo o seu, amigo, o Imperador , naqueles dias, o equivalente de Lula , no Poder, por certo, teria ficado em casa, de cuecas, comendo bolinhos de arroz...

Assim, provavelmente, jamais teria Proclamado a República :

Ora com, Cara , Cabelo , Barbas , Bigode, e, Pterodátila.

sábado, 8 de agosto de 2009

VEREADOR. ESTÁ VALORIZANDO O SEU MANDATO?


Apesar de todas críticas recebidas pela população, até porque a maioria dos eleitores e até muitos candidatos não sabem da importância e do papel que um integrante da Câmara Municipal pode exercer para sociedade, porém, o vereador é essencial à democracia e é o elo mais próximo entre a comunidade e o poder público municipal.
A questão é que nem mesmo o vereador sabe os limites efetivos do cargo. Muitos deles assumem o mandato totalmente despreparados, sem uma equipe competente para lhe servir de base e de retaguarda, transformando-se muitas vezes em peça de fácil manipulação do Executivo Municipal.
Desta forma, se existe um representante político à altura da comunidade onde se vive, este papel deve ser exercido pelo vereador. Ele é o agente escolhido pelos eleitores para trabalhar pela cidade, mantendo contato direto com o povo, sendo o responsável para da Câmara Municipal defende-los de suas necessidades e atuar em busca do seu progresso, pois é nas cidades onde ocorre a vida, não nos estados ou no país. A realidade do município é o seu dia a dia, e deve ser construida numa ação política cotidiana de troca de relações.
Normalmente nas eleições em que o foco principal é o Executivo, o eleitor muitas vezes da pouca importância ao papel do Legislativo, porém na verdade, um não funciona sem o outro.

É função do vereador no exercício do mandato
1. Legislar - elaborar leis de competência municipal;
2. Fiscalizar – tomar conta do orçamento público e das contas do executivo, ajudando na aplicação de projetos, controle dos gastos e aprovação das contas municipais;
3. Julgar - é na Câmara de Vereadores que são julgados os atos políticos administrativos previstos em lei;
4. Administrar – é responsável pela organização interna, quadro de pessoal, regimento interno da Câmara.
Quando nos referimos à função do Legislativo temos em mente a sua importância na construção de uma sociedade consciente, igualitária, democrática e responsável.
Porém, não somos inocentes o suficente para não entendermos o quanto encontra-se desvirtuado o papel do Vereador e do Legislativo de maneira geral, talvez em razão até da falta de conscientização dos eleitores no que diz respeito às verdadeiras funções do legislador.
É de entristecer, quando observamos que os munícipes além de não denunciarem aqueles que não honram os votos recebidos, não cobram ações justa e de qualidade para todos.
Legislar e fiscalizar o executivo e se auto fiscalizar são as atribuições do vereador, infelizmente pouco valorizadas tanto pelos detentores de mandatos, como pela população em geral.
Ao desvirtuarem suas funções no Legislativo, os vereadores apenas atendem os interesses do Executivo, principalmente porque ele precisa que suas contas sejam aprovadas na Câmara de maneira mais rápida possível, sem maiores questionamentos, sem uma análise aprofundada da aplicação do recursos municipais. E para que o Executivo consiga isto, ele oferece as benesses do poder e faz transparecer para população que fez o que era de sua obrigação, ao atender o pedido feito por determinado vereador, normalmente os da sua base aliada.
Porém, tudo isto não passa de"cascata", mas que na maioria das vezes dá ótimo resultado eleitoral para ambos.
No entanto é importante que o vereador saiba que ele foi ou será eleito para fiscalizar o Executivo, legislar, diagnosticar problemas imediatos e junto com a população descobrir novos caminhos em que seja possível afirmar valores de vida, como a esperança, a solidariedade, mesmo nos momentos em que pareça não haver mais alternativas.
Desta forma, caberá ao vereador manter constantemente contato com a comunidade, através de intercâmbio, encontros, reuniões e até mesmo eventos culturais, de forma que ele passe a ser aceito e recebido como amigo da comunidade, fazendo com que os moradores o veja como alguém em quem ela possa acreditar e confiar.
Portanto, mais do que legislar o vereador deve passar a imagem de modelo de liderança, principalmente no momento político atual de crise de paradigmas, onde os eleitores estão esperando algo mais do que a obrigação, estão a espera de solidariedade.
Sem querer transformar a minha opinião como única e só ela é verdadeira, porém acredito que, ao parlamentar cabe viver esta missão social, zelar pela elaboração, cumprimento da lei do serviço público e de liderança.
Tem o homem público de está consciente que o global se faz a partir do local de atuação, e o vereador tem um papel fundamental e o dever de se aplicar ao máximo, não só no sentido de aprofundar-se no conhecimento da realidade, mas deve estimular a criatividade, ser dinâmico e flexível, suscitando na comunidade aquele entusiasmo capaz das boas realizações.
O vereador que admite "negociar" com o Executivo seu voto na Câmara por benefícios em bairros de suas bases eleitorais, este com certeza não está exercendo o seu mandato com dignidade e está trocando as suas prerrogativas constitucionais pelo cargo de "administrador regional ou de despachante de bairro".
O político que age dessa forma, além de está completamente equivocado quanto ao seu papel como legislador, demonstra total desconhecimento e despreparo, uma vez que a Lei Orgânica do Município é clara ao definir as competências do Poder Legislativo. Seria mais importante que em lugar de vender seu voto ao prefeito municipal, tivesse a sensatez e procurasse conhecer melhor as suas funções no Legislativo. A final, não se deve brincar com a confiança de seus eleitores. Não deve ser mais permitido "brincar de fazer política".
E fica um alerta para aqueles vereadores que vivem apenas de troca de favores ou exploração da miséria pública, pois estes não possuem vida longa. Hoje a população começa a tomar consciência sobre o verdadeiro papel de seus governantes, que não retrocede. Cada vez mais conceitos como moralidade, transparência, ética e representatividade na linha de frente, adjetivam os vereadores e são cobrada pelos eleitores.
Enfim, cabe ao vereador, mostrar os problemas da comunidade e buscar providências junto aos órgãos competentes. Mas é preciso que ele esteja consciente que além da função de fiscalizar as ações e contas do executivo Municipal, ele entenda que um dos pré-requisitos básicos da democracia é a existência de um Poder Legislativo forte e realmente independente. Sem isso, a democracia é deficiente, capenga.
No Brasil, apesar das Constituição Federal afirmar claramente em “poderes independentes e harmônicos entre si”, ainda falta muito para que isso vire realidade.
Na maioria das nossas cidades o prefeito detêm a maioria e assim, o edil fica cada vez mais distante do verdadeiro papel do vereador, passando a ser apenas mais um encabrestado, trocando o seu valioso voto por esmolas dada pelo executivo.
É muito comum ouvir nas ruas de nossa cidade: “vereador não serve para nada”.. Isso senhores vereadores precisa ser mudado e são vocês e unicamente vocês que poderão fazê-lo ao exercer o seu mandato plenamente, honrando-o e fazendo valer as suas prerrogativas constitucionais.
O Vereador tem a obrigação e o dever de ser independente, atuante, polêmico, e deve sempre ter a coragem de concordar com aquilo que considerar certo e discordar do que considerar que esteja errado. Deve agir com conhecimento e desarmado de ódios ou rancores. É isso que a população espera de seus representantes.
Queremos ainda enfatizar que diante do quadro de miséria reinante e por uma estrutura social excludente, ao vereador é sempre cobrada a função de assistente social.
Infelizmente, devido à realidade de pobreza reinante em nosso município, esta ação contribui para desfigurar ainda mais a ação política. Essa mentalidade tanto compromete o eleitor, por falta de educação política, e principalmente ao vereador, que não dispondo de condições materiais para solucionar os problemas do seu eleitorado, obriga-se ao cabresto do Prefeito.
É preciso que nosso vereadores sejam mais atuantes e estejam dispostos a romperem com os costumes persistentes de subserviência e vício. O vereador deve agir sem apego a benefícios pecuniários. Ele deve usar com disposição, a prerrogativa de denunciar a má aplicação ou possíveis fraudes envolvendo dinheiro público, sobretudo pela tendência descentralizadora existente, onde os recursos estão indo direto para as mãos dos Prefeitos.
O Vereador deve ser consciente e independente o suficiente de forma que possa contribui efetivamente para o desenvolvimento humano do seu município, ajudando o povo a pensar e se organizar.


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O NOME QUE PODERÁ VIRAR O JOGO


A Bahia de forma antecipada já começa respirar a sucessão para o governo do Estado em 2010 e, apesar das tiradas de que o baiano é um povo descansado e folgado, me parece ser o primeiro a sair na frente nesta questão, pois desconheço, pelo menos não temos lido em qualquer jornal ou revista de circulação nacional, outro Estado que já se respire e discuta tão fortemente 2010 como na nossa Bahia.
Queira os partidos e os nossos políticos ou não, mas os principais nomes já estão colocados no tabuleiro sucessório e é sobre estes nomes que pretendemos divagar um pouco, como forma até de tentar contribuir para aumentar o clima das avaliações até agora levantadas.
A primeira peça e até uma candidatura natural por ser o governador, é a de Jaques Wagner, até porque está com a máquina e a caneta na mão, portanto levaria até uma "pequena vantagem" sobre os demais, cuja vantagem é logo desfeita diante de uma administração reconhecidamente fraca e infantil, formada por uma equipe que não disse para que veio, onde o forte é a propaganda, porém ações efetivas para a população não é sentida. É o tipo da divulgação que logo que passa cai no esquecimento, pois ninguem sabe, viu ou sentiu.
Tendo formado uma equipe ineficiente em quase todos os setores, exceção apenas para a Saúde, Cultura e Turismo e só, os demais apenas se preocuparam em desestrusturar o pouco que tinha de bom, como o caso da Fazenda, do Planejamento, da Administração, não falo na Educação porque esta nunca foi prioridade, na área Social, na Segurança Pública, enfim em todas as áreas, sem contar na Secretaria de Relações Interinstitucionais, cujo titular desde que assumiu se preocupou em asfaltar a sua candidatura a Deputado Federal, cooptando políticos e lideranças para o seu projeto pessoal e não para o bem da administração pública ou da Bahia.
Assim está a Bahia, nas mãos de uma equipe convocada que não sabem o que estão fazendo e sem qualquer compromisso com o bem estar da população e como prova desta situação de incompetência está aí a crise econômica do Estado, que diante da crise mundial por falta de competência é o Estado que mais tem sofrido. Alguém conhece outro Estado pior que o nosso diante da atual crise?
O segundo nome também esperado e natural, é o do ex-governador Paulo Souto pela coligação DEM/PSDB e partidos satélites, cujo retorno ao comando do Estado é visto por aqueles que conhecem os seus métodos administrativos, como o retorno a um passado de opressão, a volta do atraso, da perseguição ao funcionalismo público e dos movimentos sociais e aqueles que não comungam com os seus métodos, com um modelo administrativo voltado para o bem estar unicamente das elites, sem trazer qualquer avanço para os movimentos sociais e para a sociedade como um todo.
O terceiro candidato, é o Ministro Gedel Vieira Lima, pelo PMDB cujo partido hoje é o "dono" na Bahia e que deu os primeiros passos políticos nos braços da antiga Arena e encaminhado pelo falecido ACM, de quem seu pai sempre foi liderado, chegando a ser secretário de Estado. Portanto, é um político com o mesmo perfil daqueles que hoje se encontram no DEM e PSDB, onde acredita que a política deve ser feita unicamente com o dinheiro e o chicote na mão, utilizando-se dos bens públicos para cooptar seguidores. O rompimento do Ministro com o Governador Jaques Wagner era esperado há muito tempo, desde que patrocinado pelo governador, alçou a cadeira de ministro e a mosca azul o picou.
Assim, diante deste tabuleiro que aí se apresenta e sem querer ser Madame Beatriz, podemos antever que mesmo com muitas dificuldades a reeleição do governador poderá ser obtida, que dos males nos parece o menor, apesar do governo desastroso, com uma equipe incompetente e inábil.
Mas como nem tudo são flores, há um nome que ainda não foi colaborado neste tabuleiro, que se colocado, mudará completamente o quadro sucessório, pois é um nome leve, querido pelo povo do interior, adorado pelo funcionalismo publico e que não tem nada a perder, pois o seu mandato só encerrará em 2014. Estou falando do Senador João Durval Carneiro.
Este seria um nome de fácil trânsito, leve de carregar e esta nossa afirmativa pode ser comprovada, bastando nos reportarmos a eleição de 2006, quando foram buscar João Durval lá do fundo do baú e este demonstrando o quanto era ainda conhecido e respeitado pelo povo baiano, obteve para senador mais votos que Jaques Wagner para governador.
Além do mais seria uma prova de quanto o atual governo é ingrato, pois se hoje ele está no poder deveria agradecer a João Durval que o levou a ser conhecido em locais que sequer alguem sabia quem era Wagner e ao funcionalismo público, que confiando na presença de João Durval se uniram em torno do nome do atual governador, sonhando ter um tratamento se não igual ao dado por João Durval mas pelo menos com mais respeito do dado pelos governos do DEM. Infelizmente após eleito, o atual governador nada fez para retribuir ou demonstrar a sua gratidão, fez exatamente o contrário, virou as costas para aqueles que mais o ajudaram.
Imagine a situação que ficaria o atual Governador, candidato a reeleição, sem um senador da Bahia em seu palanque e o que seria pior, o único Senador que poderia apoiá-lo e que esteve junto na primeira caminhada agora é seu adversário. Como o povão reagiria, este mesmo povo que adora João Durval?
Portanto, o Senador João Durval Carneiro é a peça que está faltando entrar em jogo e com ele em campo com certeza muita gente repensaria os apoios prometidos hoje, pois todos sabem o quanto o senador é respeitado e querido nesta Bahia afora.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

CAI SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO: é só ele Wagner?


Com o argumento da necessidade de fazer um ajuste administrativo no setor da Educação, e, logicamente, na sua administração, que encontra-se bem distante da realidade prometida durante a campanha eleitoral, o governador Jaques Wagner exonerou o secretário Adeum Sauer.
Algumas reflexões precisam e devem ser feitas a partir do fato já consumado. Se precisa oxigenar seu governo, seria apenas a Educação que estaria com problemas, ou há um descompasso na equipe? Em administração, um setor só não é o suficiente para derrubar ou melhorar a performance de um governo e sim o seu conjunto, que me parece encontra-se bastante desafinado, dançando fora do compasso.
É preciso também que o Governo Wagner enfrente a situação de frente e deixe de agir como o fazia o atual DEM e o Carlismo quando estavam no poder, onde a excelência do governo estava muito mais na propaganda e na televisão do que em ações efetivas.
Portanto, se precisa oxigenar a sua administração, deve o governador se cercar de pessoas competentes e comprometidas com as mudanças prometidas e que até hoje estão apenas nos discursos e não escolher a Educação apenas como um modelo a ser seguido, porque se formos fazer uma análise fria e técnica do Governo Wagner, veremos que poucas peças do tabuleiro sobrariam.
Será que a Fazenda não é um problema? Sabe-se que a atual administração no afã de agradar a alguns sindicalistas fazendários, operou um verdadeiro desmonte talvez no único setor que funcionava com excelência na administração carlista, dividindo e estimulando desavenças na categoria ao ponto de comprometer as finanças públicas? Sem essa de acusar a crise. Ela existe também nos demais Estados, mas estes não se encontram na situação em que a Bahia se encontra. Na área da Administração também não é problema, onde nada é cumprido ou acordado em benefício dos seus servidores? E o planejamento da Bahia onde está? E a relação institucional com um titular que está apenas preocupado com sua eleição para Deputado Federal e pouco se importando em dar um tratamento cortez e salutar aos correligionários, também não precisa melhorar? Na área social, como andamos. O governador já procurou saber o grau de satisfação dos setores envolvidos a respeito de como estão sendo tratados, isto não será mais um problema? E a segurança pública, ainda existe?
Em relação a Educação. Em que momento o governo Wagner priorizou o setor? Enchendo as escolas de REDA, sem convocar os concursados? E olha que o REDA era visto pelo PT como uma das maiores excrecencias e agora? Com os PST's que só está servindo de cabide de emprego para políticos inescrupuloso tentarem se perpetuar no poder? Será então que só Sarney é que acoberta os afilhados e apadrinhados? E qual o objetivo do PST?
Destaco aqui a tentativa de se soerguer a saúde do Estado, que realmente era um caos na era carlista e hoje já se sente algo de bom no ar. Apesar de alguns correligionários e deputados ligados ao PT tentar atrapalhar.
Portanto Governador, a pergunta está no ar. É só a Educação que está precisando de mudanças ou não será necessário ter coragem e mudar de verdade?

domingo, 2 de agosto de 2009

O RECUO DE LULA. TUDO PELA POPULARIDADE


As últimas palavras do presidente Lula a respeito da crise criada pelo senador Sarney, aliados, amigos e familiares, demonstra que Lula está tentando se distanciar da crise de forma que não tenha a sua popularidade atingida. Esta é o seu único objetivo.

O que se tem observado, é que os nossos parlamentares tem se utilizado dos períodos de recesso em especial no meio do ano, para buscar dissipar crises. Parece não ser esse o caso dessa vez. Assim, foi quebrada uma tradição do nosso Congresso.

A volta aos trabalhos legislativos no segundo semestre se fará com a crise cada vez maior, e os fatos negativos se acumulando sobre a cabeça dos senadores de forma contundente.

Novos ingredientes a cada dia são acrescentados e a temperatura contnua em alta contra o presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) no conselho de Ética.

Só para lembrar as acusações ao presidente Sarney são diversas, entre elas: mentira ao Parlamento, nepotismo, uso de ato secreto para beneficiar parente, tráfico de influência no caso do neto intermediário de operações de crédito consignado para funcionários, sonegação de impostos, desvio de dinheiro de empresas públicas (Petrobras e Eletrobrás) para as contas das empresas da família Sarney, etc., etc., etc.. E o pior foi a última, se é que teremos a última em relação à família Sarney, a de utilizar e uma magistrado amigo para censurar os jornais, impedindo qualquer publicação a respeito do inquérito policial do filhinho Fernando Sarney, tendo uma recaída dos tempos da Arena.

Porém, retornando ao presidente Lula, observa-se que depois de diversas declarações de apoio ao presidente do Senado, quando tiveram início o seu calvário, este parece que resolveu recuar, ao se pronunciar em público que a questão Sarney é um problema do Senado. Assim, o presidente Lula lava as mãos: "Não é problema meu. Não votei em Sarney para presidente do Senado. Então, quem tem de decidir é o Senado, não eu", afirmou Lula.

Todos sabemos que há uma grande possibilidade de renúncia do senador Sarney ao cargo, porém é necessário que não se troque seis por meia dúzia e seria importante que os líderes aliados e de oposição iniciem as negociações, de forma que se coloque alguém comprometido em recuperar não só a imagem da Casa mas da instituição como um todo, e que este nome tenha o respeito da população.

Chega de empurrar e termos que engolir nomes como o dos Renans, Duques, Salgados e cia. ltda.

Sabe-se que a saída de Sarney da presidência cria um grande problema para os planos de Lula, no entanto a mudança de seu discurso em relação ao presidente do Senado segundo informações obtidas por pessoas próximas ao Palácio começou a ser ensaiada na semana passada, quando o Planalto recebeu uma pesquisa mostrando os efeitos da crise política sobre o governo. A consulta revelou que a tentativa de se dar uma blindagem para Sarney não foi assimilada pela opinião pública e, para piorar a situação, a defesa feita pelo governo estava "pegando mal" tanto para Lula como para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, em 2010.

Assim, a mudança de planos é apenas uma reflexão e o que o presidente Lula está tentando é apenas de se distanciar da crise para não contaminar sua popularidade. Porém, o que se observa nos subterfúgios do poder é que seus operadores continuam em ação trabalhando firmemente para assar a maior pizza jamais vista no Congresso Nacional.

O ex-senador Antônio Carlos Magalhães antes de renunciar também havia chegado a uma situação limite. Sua base eleitoral na Bahia se desfazia a olhos vistos. Nas esquinas de Salvador e nos bares formavam-se pequenas multidões para assistir às transmissões da TV Senado.

Tal qual como ocorreu com o senador Antonio Carlos Magalhães no episódio da violação do painel eletrônico, o presidente Sarney hoje se sente pressionado por todos os lados, por parte do governo e sua tropa de choque, pela família que já sem os anéis está aterrorizado com as perspectiva de perder os dedos, e pela opinião pública implacável no seu julgamento.

Partir para a retaliação como ameaça a tropa de choque de Sarney parece ser uma solução muito pior do que a renúncia e adianto desde já que além de ser muito mal vista pelo conjunto dos senadores, uma vez que este não é o caminho para resolver o problema, a população também não a aceitará. O que queremos é que quem tiver culpa no cartório que pague seja quem for, senão o prenúncio para o segundo semestre é que será pior do que o primeiro.

LULA E O "AMIGO" SARNEY. SERÁ?


O presidente Lula parece estar se divertindo muito com o episódio Sarney. E se diverte antes, com a reação do Planalto. Depois, com a surpresa do próprio Sarney. E finalmente com o assombro de íntimos e não íntimos, com a facilidade com que se desmente, se contradiz ou se desdiz.

Primeiro, logo no início das acusações, surgiu com essa novidade sensacional a respeito do “julgamento” que as pessoas têm que ter. Para ele, “Sarney não pode ser julgado como um homem comum, por causa da biografia”.Concordo inteiramente com o presidente. Um homem como Sarney, que transitou com toda a facilidade e felicidade da ditadura para a democracia, tem que ser admirado, que capacidade.

Mais concordância: entrando na política pobríssimo, sem bens de família, hoje ostenta uma fortuna para ninguém botar defeitos, ele e a família. Nessa matéria de enriquecimento, para ele tudo é familiar.

E finalmente, minhas reverencias ao presidente Lula por ter visto na frente de todos: tendo começado em 1954/56 como suplente de deputado na Frente Parlamentar Nacionalista, Sarney foi percorrendo todas as faixas, chegando à extrema direita. Orgulhoso e feliz, anunciou: “É preciso acabar a dinastia de 40 anos de Vitorino Freire”. Acabou mesmo, implantou a sua, exatamente de outros 40 anos.

Só que Vitorino não tinha herdeiros políticos, acabou, acabou. Sarney tem filhos, netos, sobrinho, afilhados, até o namorado da neta (ainda é? Os jornais não dão sequencia).

Apesar de tudo isso, Lula não abandona o político Jose Sarney. Uma semana depois, absoluto e irrepreensível, Lula sempre publicamente declara: “Não votei em Sarney para presidente do Senado, eles que resolvam a questão”.
Não era desprezo, contradição, reviravolta. Apesar do seu “companheiro” Tião Viana ter duvidado de Lula, este mais uma vez é o guia genial, e tem o meu aplauso total e sem restrições.

A vida é dinâmica e não estática, raciocinou profundamente, e sempre com a maior coragem, mostrou que a coerência consiste em mudar e não em ficar. Bravos, presidente, não entendem essa competência de estudar os problemas.
Galileu não disse que a Terra por si move? E não tomou outra posição? Por que contradizer a Inquisição, que tinha certeza de que a Terra estava sempre parada?

Era a segunda posição, mas não a ultima. Ontem, sexta-feira, Lula deu mais uma aula inteiramente sensata e da qual só os tolos discordam. Defendeu Sarney e de passagem chamou alguns críticos de IMBECIS. O presidente não gosta de eufemismos, tem certeza de que o cidadão comum nem sabe o que é isso.

Dizem no Planalto que essa terceira afirmação do presidente foi lançada diretamente contra Mercadante, Suplicy, Palocci (como candidato ao governo de São Paulo) e todos os que se atiram contra o “grande amigo” Ciro Gomes. Neste caso, Sarney foi apenas uma estrada que Lula percorreu, não precisamente para atacar ou defender o presidente do Senado, e sim para fulminar “os que não entendem suas jogadas geniais”.

E uma delas, saída diretamente de sua cabeça, é o registro de Ciro como candidato a governador de São Paulo. Ciro não tem a menor chance de ganhar e até mesmo de obter legenda.

Mas Lula está executando uma estratégia, como criticar antecipadamente uma estratégia? Napoleão na Rússia e depois em 1812, partindo para o confronto com o almirante Nelson, não cumpria uma estratégia? Nenhum constrangimento em aplaudir o presidente Lula, afinal, quem se compara a ele, partindo do interior de Pernambuco e chegando a Brasília e conquistando o Planalto-Alvorada, o Brasil e o mundo?

Segunda-feira o Congresso reabre, depois de um necessário, reconfortador e indispensável recesso. O presidente Lula não pode deixar de fazer uma saudação a esses bravos parlamentares. E tendo refletido (uma constante do presidente) profundamente sobre a presidência do Senado, não deixará de vir com sua contribuição para resolver o problema.
Não tentem adivinhar, apenas se preparem para aplaudir. É uma estratégia e não uma tática, iriam querer que Lula antecipasse tudo que obteve com elocubrações geniais?

Quanto a este repórter, não me interessa se o presidente confirma a primeira ou a terceira afirmação, mesmo negando a segunda.

Artigo do jornalista Helio Fernandes

Publicado na Tribuna da Imprensa