quinta-feira, 31 de maio de 2012

PORQUE É TÃO DIFICIL CUMPRIR O PROMETIDO

Inicio este nosso diálogo com uma questão, que sempre é discutida em qualquer roda de conversa que você se encontre: porque será que os políticos brasileiros não cumprem as promessas de campanha? Essa é sem dúvida uma pergunta que mereceria uma resposta, até para demonstrar o mínimo de consideração à pessoa humana. 
Da mesma forma que sempre ficamos estarrecidos quando ouvimos discursos inflamados de políticos de oposição ao denunciar daqueles que estão no poder, de utilizar órgãos públicos e programas, principalmente sociais, como forma de aliciamento de votos, como se ele quando se encontra na situação não fizesse o mesmo. 
Apenas para ilustrar o fato, vou narrar o ocorrido em uma Casa Legislativa (omitirei os nomes para não criar algum dissabor), quando o político foi a Tribuna e em um discurso bem elaborado fazia críticas a políticos que estavam utilizando do Programa Minha Casa Minha Vida para fins eleitores, e bradou ameaças que estaria se documentando para denunciar ao Ministério Público, dá os nomes aos bois, que iria criar um disque denúncia e por aí foi. Aí, alguém ao meu lado lembrou o quanto de incoerência estava ouvindo e sendo falado, pois, segundo o eleitor, enquanto o político tecia aquelas críticas, ele mesmo estaria apoiando um pré – candidato que como aqueles que ele estava acusando, estaria se utilizando de um órgão público, do qual foi chefe por algum tempo, com cerca de 600 cargos de livre indicação e todos passíveis de demissão a qualquer hora, pois não são concursados, para ter a sua candidatura alavancada. 
Logo nos veio à mente, tudo isso faz parte da encenação e do jogo político. 
Mas, voltando a pergunta inicial, tal qual aquela denuncia da tribuna, todos sabem que não há interesse do político em cumprir as promessas, pois se assim o fizer, não terá o que prometer nas próximas campanhas. 
Observe que as promessas são sempre as mesmas, quer esteja na oposição ou com o Poder na mão, sempre repetidas exaustivamente, em sua grande maioria as mesmas feitas no passado e ele no Poder ou fora dele, nunca as cumpriu e não será agora que cumprirá. 
E porque não as cumpre? Porque são promessas difíceis de serem realizada já que em sua grande maioria não dependem única e exclusivamente da sua vontade. É como dizia um antigo cacique político, nada é mais trabalhoso do que inventar uma promessa, por isso a sua repetição, fica menos cansativa. 
Vamos entrar em um novo período eleitoral e já antecipo as promessas principais de todos os nossos candidatos: POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE: SAUDE PÚBLICA PARA TODOS; MAIS SEGURANÇA PÚBLICA; GERAÇÃO DE MILHARES DE EMPREGOS; ACABAR COM A MISÉRIA E A FOME; CUIDAR DO DINHEIRO PÚBLICO E NÃO DEIXAR ROUBAR (esta é a primeira promessa que esquecem), entre outras. 
Agora pare e pense, estas promessas para se concretizarem dependem unicamente deles, ou exigirá envolvimento de diversos outros segmentos e da própria sociedade que deveria está organizada? 
Ora, seria bom que nós os eleitores deixássemos de sofrer da conhecida amnésia pós – eleitoral, já que esta doença é típica e faz parte do caráter de nossos políticos e, que as promessas feitas fossem cobradas diuturnamente, e não aceitássemos passivamente que ela só dure o tempo da campanha, permitindo que passada as eleições suma feito fumaça, levando-nos ao esquecimento. 
Poderíamos até querer entender que os “coitadinhos de nossos políticos” fossem tomados de uma amnésia repentina, tendo em vista, a forte pressão porque passam para ser eleitos ou reeleitos, e diante disso, os sintomas da doença se façam aparecer após as eleições. 
Poderíamos até entender que os efeitos da doença lhe acometa após a campanha e siga até a véspera da reeleição, onde eles humildemente nos relembrem as promessas feitas, quando justificam que 04 anos foram poucos para poder cumprir o prometido. 
Mas não dá para entender é porque nenhuma promessa ele pode cumprir. 
Não dá para compreender é porque ao assumir o mandato faz exatamente tudo o contrário do prometido. 
Será que só sobrou tempo para cumprir aquilo que estava fora do seu caderno de promessas? 
Aliás, o mais comum é executar as promessas a pedidos daqueles que nada contribuíram para o sua eleição, muito pelo contrário, tudo fizeram para derrota-lo. 
Como não dá para entender o discurso moralizante feito na Tribuna, criticando os adversários, quando está convivendo com correligionários que estão utilizando as mesmas práticas dos acusados, se locupletando nos cargos assumidos e fazendo dos órgãos públicos a muleta de amparo de suas candidaturas. Ou o pau que dá em Chico não dá em Francisco? 
Aí é que ninguém consegue entender. 
Mas para acabar com este mal que grassa na política nacional, só nós eleitores temos o antídoto para a cura dessa doença: o VOTO. 
Se soubermos prescrever o remédio na dosagem certa, se votarmos com consciência e passarmos a exigir que o paciente de tempos em tempos realize os exames periódicos de praxe, se cobrar regularmente que preste conta dos seus atos e o que tem feito para concretizar as promessas, estará fiscalizando com rigor este nosso paciente, exigindo respeito e que sejamos tratados com a mesma atenção que era dedicada no período eleitoral.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A ESQUERDA ACUADA – CENA Nº 2

A continuidade do modelo neoliberal, desvinculando o Estado de qualquer papel social, sem compromisso com as questões populares, ocasionando a desintegração da sociedade, impondo o seu ideário, desvinculando a dimensão social da cidadania que é o que caracteriza o Estado do bem-estar, se dá mesmo com o PT no Poder. 
O prato que tem sido colocado à mesa do brasileiro, é o da manutenção dos pressupostos básicos que orientam e estruturam as políticas neoliberais, ou seja, a desregulamentação da economia, a livre circulação do capital e que os recursos gerados pela economia sejam repartidos através de regras estabelecidas pelo do próprio mercado,que como é sabido, nunca se mostrou competente ou capaz de repartir de maneira equilibrada, beneficiando igualitariamente a todos. 
É preciso que os formuladores das politicas econômicas petistas entendam, que a economia brasileira é formada de grandes monopólios, oligopólios, cartéis, além de ser dominada pelo capital privado internacional, logo, a desregulamentação da economia traz como consequência, tornar a competição e o mercado ainda mais desigual e mais excludente do que já é, produzindo ainda maiores desequilíbrios econômicos. 
Por mais críticas e falhas que o Estado defendido pelas esquerdas possa apresentar,com certeza ele irá trazer uma melhoria da qualidade de vida e aumento nos níveis de conforto material dos trabalhadores, possibilitando grandes avanços na área social. 
Este enfrentamento a gestão do PT não teve coragem de fazer. 
Três pilares sustentam os argumentos dos neoliberais, de cuja cartilha tão criticada pela esquerda, os governos petistas tem feito a sua bíblia administrativa, que são: a desregulamentação da economia, a privatização e o corte do déficit público. 
Quanto a desregulamentação até pode ser fator gerador de desenvolvimento. Mas nos moldes que aí está, será este modelo de desenvolvimento que a sociedade clama? O desenvolvimento econômico gerado estaria trazendo realmente progresso e benefícios aos diversos setores da sociedade a ponto de ser transformado em vetor de distribuição de renda, contribuindo para reduzir a desigualdade social, ou estamos gerando um desenvolvimento restritivo, desigual, que só tem trazido benefícios para as camadas sociais e que se tem mantida graças e com base na concentração de renda?
Esta são questões que deveriam ser respondidas por aqueles que se dizem esquerdistas, mas que no governo do PT, não passam de executores das ordens emanadas da direita. 
Os programas de privatização têm como meta reduzir a presença do Estado na economia. Faz parte do receituário neoliberal como forma de garantir a expansão do setor privado, mesmo em áreas como o social. 
Ela complementa o pilar de sustentação da desregulamentação da economia. 
Esse processo perverso de substituição da presença do Estado em setores prioritários e estratégicos serve unicamente para o avanço do setor privado, de forma gradual, em áreas que tradicionalmente tinha uma atuação significativa do setor público. 
Áreas de educação, saúde, habitação, telecomunicações, hoje chegamos ao extremo de permitir o controle do capital privado sobre as mesmas, trazendo graves consequências em relação aos direitos sociais, já que os mesmos, direta ou indiretamente, dependem da presença do Estado e de um setor público eficiente e fortalecido. 
Quanto ao corte do déficit público, tem como consequência direta a redução significativa dos investimentos públicos, através da execução de uma política de contenção das despesas. E quando se trata de contenção de despesa, os mais afetados são os gastos com pessoal e as políticas públicas sociais,trazendo significativo prejuízos para as camadas mais pobres, as quais dependem, em grande parte dessas políticas. 
Para os neoliberais esses gastos são geradores de inflação além de responsáveis pelo descontrole das contas públicas, devendo ser eliminados ou reduzidos drasticamente. 
Ao estabelecer uma política de contenção, fica claro quem serão os prejudicados, a população pobre. Importante esclarecer da necessidade de um setor público forte e com investimentos maciços nas áreas sociais, como forma de atender às demandas dos setores mais carentes, garantindo as conquistas preconizadas na Declaração dos Direitos Humanos. 
Além do mais, é sabido por todos, que uma política rígida de contenção dos gastos públicos, traz no seu conteúdo claro ameaça ao conjunto de garantias e direitos trabalhistas, já que em sua maioria são prerrogativas que dependem da intermediação do Estado, principalmente no que se refere à questão da Previdência Social. Com isto, mais uma vez a classe mais pobre e os trabalhadores certamente serão os mais prejudicados, além de afetar diretamente os funcionários públicos, já que todos os benefícios e garantias conquistados dependem do tesouro estatal. 
O que tem caracterizado hoje, não é a luta pela destruição do sistema capitalista, e sim, criar mecanismos para a construção de uma nova sociedade, onde impere a justiça social e que sejam estabelecidas políticas públicas de transformações estruturais abrangentes, de forma que sejam definidas diretrizes para a completa reformulação do atual modelo, oferecendo vias alternativas de modernização e desenvolvimento, sem que esteja apegada ao modelo neoliberal aplicado hoje, e cujos caminhos estejam norteados pelo ideal de construir uma sociedade mais humana e menos desigual. 
Este talvez seja o maior sonho das esquerdas hoje, diante da atual conjuntura, ou seja, construir um país democrático através de um processo de humanização de forma que esta via de modernização se confronte as alternativas propostas pelo neoliberalismo. 
Desta forma, a esquerda brasileira propõe uma reforma transformadora, adotando os ideais de justiça social que se efetivadas, na prática, ocasionará profunda mudanças da visão social. 
Seriam reformas que passariam pela consolidação e redefinição do papel do Estado, através da destinação de investimentos maciços nas áreas sociais, transformando-o e capacitando-o para atender as grandes demandas desta área e que se fazem necessárias, através da ampliação das políticas sociais, aliado a sua participação na economia de forma que tenha o papel de agente regulador. Defende como alternativa ao neoliberalismo, um projeto democrático/popular com ampla dimensão social de modernização, ou seja, consolidar os direitos sociais e o conjunto de benefícios e garantias e direitos trabalhistas já conquistados, ampliar a dimensão coletiva da cidadania e fortalecer o aparato social do Estado, de forma a ratificar o seu papel social, efetivadas através de políticas públicas como meio de reafirmar os avanços e progressos obtidos no que se refere a justiça social, cujas conquistas favorecerá o aumento significativo da qualidade de vida e dos níveis de bem estar material das classes trabalhadoras e das camadas humildes.

sábado, 19 de maio de 2012

EDUCAÇÃO DO CAMPO: quem assumirá esta tarefa?

A educação disponibilizada para os jovens que vivem na zona rural brasileira, não possui uma proposta pedagógica adequada à sua realidade. O currículo não observa as suas necessidades e não tem como referencia as peculiaridades de cada localidade e da região onde está situada, tratando os alunos que vivem na zona rural, como se tivessem os mesmos anseios dos alunos da cidade.
Com isso, não estamos afirmando que a educação do campo deve ter um currículo diferenciado dos alunos das cidades em razão da sua baixa capacidade ou por serem inferiores. Não. O que defendemos é que o currículo para os alunos da zona rural seja elaborado tendo como fundamento o seu ambiente, se fazendo necessário que seja contextualizado com base nas necessidades e a situação vivida por esses alunos, sem que lhes seja colocado sonhos inatingíveis ou só obtidos por aqueles que moram nos grandes centros urbanos.
Logo, ao pensar no currículo escolar, este deve ter como pressuposto o cotidiano daqueles que residem na zona rural, incluindo toda uma dinâmica de relações existentes.
Ou seja, a realidade dos alunos que moram nas fazendas, nos assentamentos, nas comunidades ribeirinhas, etc, cada uma com suas peculariedades e que devem ser levadas em consideração quando se pensar em construir a grade currícular escolar voltada para estes usuários.
Devem ser levadas em consideração que são modos e modelos de vida bem diferentes daqueles vivenciados entre eles e principalmente nas cidades.
Senão vejamos: as dificuldades enfrentadas pelo aluno que vive na roça ou de um aluno ribeirinho para se deslocar até a sua escola é a mesma dos alunos de um assentamento? E se compararmos com os alunos da cidade as dificuldades serão as mesmas? Lógico que são situações diferentes, por isso, a importância que o currículo seja adaptado, adequado e apropriado para cada localidade e para cada tipo de aluno.
Sabem os educadores existir exemplos exitosos de experiências pedagógicas aplicada em diversos países, principalmente na Europa, cujos currículos escolares são baseados na realidade dos alunos que vivem na zona rural, inclusive com a utilização das novas técnicas agrícolas, de forma que valorize os esforços do seu trabalho.
Independente da adaptação curricular, não impede no entanto, que os alunos aprendam conteúdos regulares e iguais aos alunos da zona urbana. Porém, ao seu currículo deve ser acrescido disciplinas específicas para o meio em que vive, como por exemplo, zootecnia e agropecuária, já que este é o seu dia a dia.
Aliado a um currículo adaptado, deve ser observado e também ajustado o seu calendário escolar, permitindo que no período de plantio e de colheita os educandos estejam de férias escolares possibilitando que as crianças participem juntamente com seus pais da colheita. Bem diferente do que ocorre hoje, já que as suas férias segue o mesmo roteiros das crianças das cidades.
Devemos, pois, transformar a escola da zona rural em um ambiente que possibilite as populações ribeirinhas, extrativista, dos movimentos sociais, etc., em uma satisfação de ali está, estimulando alunos e professores a conviver e aplicar os seus ensinamentos devidamente conectados à cultura local.
Se assim procedermos, unindo a novas formas de gestão, com certeza estaremos dando um significativo passo não só para a manutenção do homem no seu meio, mas estaremos caminhando para obter significativo sucesso da escola rural.
Deve entender o Gestor Público, que a ele não é dado o direito de privar as pessoas da zona rural de atender aos seus anseios, simplesmente porque achamos que eles por não residerem nas cidades, não têm acesso à chamada “sociedade moderna” ou as tecnologias ditas avançadas; pelo simples fato de residirem no campo e optarem por não terem a vida igual a das cidades não significa que elas não têm desejos e anseios de realizar seus sonhos, de ver seus filhos cursando uma faculdade, de forma que no futuro tenham uma qualidade de vida melhor e diferente da sua.
Muito pelo contrário, o homem do campo também sonha com seus filhos “doutores”.
O que falta são os nossos dirigentes políticos assumirem compromissos com o seu povo e oferecer uma educação de qualidade para todos, independente onde resida, não deixando principalmente os moradores da zona rural a mercê das chamadas organizações não-governamentais, muitas delas montadas para serem centros de picaretagem.
Não devemos negar o direito dos moradores das fazendas, dos assentamentos, os ribeirinhos, quilombolas, etc., de frequentar a escola.
Não devemos permitir que este direito lhes seja negado pelo simples fato de não querer se submeter aos ditames da lei do mercado.
Não podemos continuar a assistir e ficar calados, o funcionamento de escolas, principalmente na zona rural do norte e nordeste brasileiro em precárias condições e com turmas multisseriadas, em que um único professor ensina para alunos de diferentes séries numa mesma sala.
A educação rural deve ser vista e ter como principal critério a valorização do aluno e do professor, das suas experiências e da realidade social, familiar e econômica de cada educando, e diante desta realidade é que então irá se formar uma classe escolar.
Se estes critérios forem observados, com certeza a instituição escola rural estará se capacitando para oferecer uma educação de qualidade e ao aluno estará dando oportunidade de um verdadeiro aprendizado baseado na parceria, escola/professor/aluno/comunidade tendo a consciência de que o que está sendo transmitido representa o dia a dia e a vida de cada aluno ali presente.
Só assim, a qualidade da educação do campo sairá das estatísticas apenas pela quantidade de programas oferecidos pelos governantes, e se apresentará no quadro da qualidade e da sua adequação e aplicação à realidade dos alunos.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A ESQUERDA ACUADA – CENA Nº 1

A ascensão do PT ao Poder, trouxe não só aos partidos aliados de primeiro momento, aqueles que tinham um histórico de ideologia à esquerda, mas também aos Movimentos Sociais e a população em geral, uma esperança de que mudanças significativas ocorreriam, não só em relação ao método de administrar, mas e principalmente, na política econômica, de forma que a concentração de renda reduzisse significativamente, não pela queda do poder aquisitivo daqueles que se encontram no topo da pirâmide, mas pela ascensão daqueles que se encontram na sua base e pela melhoria das condições de vida daqueles chamados classe média. 
Vivemos em um País onde predomina o modelo econômico que não possibilita maiores alterações da ordem sócia - política, cujas chances de mudanças se apresentam bastante reduzidas para a grande maioria da população, que não vê meios para operar qualquer transformação. 
Assim, o capitalismo é apresentado para a população como a única alternativa, servindo como base e fundamento para qualquer sociedade que pense ou queira progredir economicamente, e só através dele, podem ser efetivados os ideais democráticos e as liberdades civis. 
Diante disso, para a sociedade o termo Capitalismo passa a ser sinônimo de desenvolvimento, progresso, democracia e liberdade, e que para alguns, só ele pode fazer tudo girar de forma eficiente. Porém, o que temos visto é que diante da hegemonia capitalista, estamos enfrentando um mundo cheio de contradições, conflitos e contrastes, em sua grande maioria ocasionada pelos problemas de natureza social, ficando cada dia mais visível a divisão do planeta entre desenvolvidos e subdesenvolvidos, e o Brasil em poucos ricos e muitos pobres. 
Devemos reconhecer os avanços tecnológicos, o progresso científico e a modernização alcançada por grande parte dos países e em especial do Brasil, porém, por outro lado, não temos como esconder e negar a gritante desigualdade social, o crescimento da miséria, da fome, da injustiça e o aumento do fosso do subdesenvolvimento presente na outra parte do mundo, que não obteve os mesmos avanços, cujos problemas são muito maiores do que o sucesso da primeira. 
É desta forma que o mundo capitalista se apresenta, de um lado países que alcançaram o ápice,  do outro o império da miséria, da desigualdade e do subdesenvolvimento. E o preocupante, é que é deste lado onde se concentra a maioria da população. 
Foi dentro desse contexto sócio-político que o PT assumiu o Poder e a partir dessa ascensão a “Esquerda” passou a sonhar nas transformações da ordem social e política, transformações essas que resultassem na instauração de uma nova ordem social e na reformulação da ordem econômica vigente. Mesmo que o grau das mudanças não tivesse a marca do radicalismo que apregoavam. Porém, o que se tem visto, é a manutenção da ordem política social implantada a séculos pela “direita”, sob o comando das elites econômicas, mais preocupadas em conservar a ordem que aí está e não alterar o sistema imposto, amplamente favorável aos seus interesses - econômicos, sociais e políticos -, mantido pelas forças conservadoras, já que eles não veem qualquer vantagem em alterar o modelo, e sim preservá-lo. 
Na queda de braço braço entre a direita e a esquerda do governo petista, o que estamos a assistir é que quem tem levado vantagem são as forças políticas mais conservadoras e retrógradas vigente, derrotando aqueles que se contrapõem e propõem lutar por mudanças do sistema capitalista, não só contestando-o, mas reformulando-o e indo mais fundo, ou seja, superando-o e instituindo um novo sistema ou modelo econômico. 
Com o PT no Poder, o que não só a esquerda esperava, mas também aqueles que nele depositaram suas esperanças acreditavam, que seriam criados caminhos alternativos para a construção de uma nova sociedade e que novas ideias seriam apresentadas para a superação do capitalismo, e o surgimento de uma nova ordem de justiça social a ser implantada no País. 
Esperava-se que, com a sua ascensão, seria cumprido o que reza o seu Estatuto e o que seus líderes  apregoavam e, que o neoliberalismo, sistema econômico responsável pelas crises sociais, políticas e econômicas, fomentador da exploração do trabalhador e alimentador das injustiças sociais, da pobreza, da fome e da miséria, estaria com seus dias contados, transformando a sua gestão no grande divisor de águas, encerrando ciclo de uma doutrina econômica que privilegia o mercado em detrimento do social, acenando para um futuro e um caminho de desenvolvimento e modernização econômica com justiça social e redução significativa das desigualdades. 
Não é necessário que comungue dos ideais da esquerda, para que se compreenda que o neoliberalismo é o pensamento, o figurino e a bandeira que a direita e os segmentos mais conservadores desfraldam, cujos segmentos compõem uma parcela minoritária, mas que é composta da elite econômica e política da sociedade brasileira e com esta bandeira tentam, cada vez mais maximizar seus interesses econômicos, pouco se importando se com isso acarretam ainda mais o aumento das desigualdades sociais no país. 
Não entendeu os ideólogos petistas que o neoliberalismo é um modelo econômico de modernização e de desenvolvimento que tem como característica a hegemonia e o predomínio do mercado e que em seus fundamentos desconsideram o termo justiça social. Que é um modelo exclusivista e discriminatório e que as vantagens a serem obtidas serão exclusivas de parcelas da sociedade, principalmente dos segmentos ligados ao capital privado, financeiro e monopolista. 
Como se vê, é um modelo que para se concretizar o faz à custa do aumento das desigualdades sociais e que se contrapõe frontalmente a qualquer proposta de inclusão social. 
Além do mais, traz em sua concepção a constante ameaça da supressão dos direitos sociais e as conquistas coletivas duramente obtidas e efetivadas e a eliminação dos avanços e os progressos em termos de justiça social. 
É um sistema político e econômico que impossibilita qualquer tentativa de implementação de reformas sociais, visando o bem estar das camadas mais pobres da sociedade. 
Com a visão clara dessa situação, os ideólogos da esquerda brasileira têm lutado e demonstrado com clareza por que se opõem ao modelo neoliberal, expressando para a sociedade o seu caráter antipopular e antissocial, além de vários outros motivos, que somados traziam a esperança de que, ao assumir o Poder, o PT apresentaria alternativas à crise verificada no chamado Estado do bem-estar social, com uma consistente intervenção na economia visando obter um crescimento prolongado, através de grandes investimentos estatais, pela concessão de créditos e subvenções fiscais estimulando o desenvolvimento e, pela execução de políticas sociais reparadoras. 
Sonhou a esquerda brasileira com um Estado que em suas ações minimizasse as desigualdades sociais, consolidando um conjunto de direitos sociais que amenizasse as graves sequelas sociais provocadas pelo neoliberalismo. 
Porém, o que se pode concluir, é que tudo não passou de um sonho que logo se transformou em pesadelo, já que o progresso propiciado em termos de justiça social tem deixado falhas e lacunas, movidas por uma política voltada apenas por atos e ações compensatórias, sem procurar atingir o centro nervoso do problema, perpetuando a situação. 
Diante da continuidade do modelo recebido, a esquerda está acuada e sem argumentos para se contrapor àqueles que insistem em defender a ideologia neoliberal como modelo ideal para a solução dos problemas, já que estes não entendem ser o capitalismo o mal maior e gerador de todos os problemas enfrentados pela sociedade.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O NORDESTE MUDOU.

Mais uma vez a população nordestina localizada no semiárido enfrenta uma das suas piores secas, e novamente os governos estaduais e federais se mostraram omissos e nada fizeram para evitar e com certeza nada irão fazer para prevenir que no futuro volte a ocorrer. Enquanto o nordeste levou cerca de 12 meses para ser visto e atendido no seu sofrimento, no sul maravilha quando o fato ocorre, a situação é minorada em apenas dois meses. São dois pesos e duas medidas, ou então as lideranças de lá são mais competentes do que as nordestinas. 
Mais uma vez a população baiana localizada no polígono da seca foi enganada pela propaganda oficial que invadia os lares da região afirmando que o Programa Agua Para Todos teria resolvido o problema. Enquanto o governo do Estado gastava rios de dinheiro para mentir, a seca rapidamente se instalava. A situação foi tão vexatória, que tiraram a Propaganda do ar, na tentativa de fazer as pessoas esquecerem. Substituíram por outras mentiras. 
Agora criaram o Programa Água para o Sertão. Dá vontade de rir, porque para chorar as lágrimas já secaram. 
Porém, mesmo enfrentando um longo período de estiagem, parece que já se foi o tempo em que acordávamos ouvindo notícias que nada dignificava o homem nordestino, resultado de ações de grupos de pessoas famintas ocasionada pela seca, que lhes tirava a esperança, incentivando saques ou outras ações correlatas. Lembram-se? 
Será que o tempo mudou ou mudou o nosso sertanejo? 
Na verdade, o que será que vem ocorrendo no semiárido nordestino, onde o cenário de caos que normalmente se abate em um longo período de estiagem, aliado a uma serie enorme de problemas e tragédias que faziam parte do cenário do campo no Nordeste, durante os períodos de seca, a qual ocorre anualmente, deixamos de ouvir? 
O que mudou realmente? Mudou o clima, que pelo que sabemos este continua até pior, ou o sertanejo aprendeu a viver e conviver com esta realidade, já que nada espera dos governantes? 
Bom, em relação ao clima como se sabe não mudou, alíás mudou para pior, em razão da desertificação, cujo processo só tem aumentado principalmente se considerarmos que nossos governantes tem se omitido, já que não tem procurado tomar medidas eficazes e sérias para evitar, pois todos sabem que este processo de desertificação é controlável, desde que ações sejam tomadas, através de políticas públicas adequadas e voltadas para o seu combate. 
O semiárido a cada ano está ficando mais quente, logicamente que com a elevação da temperatura, o calor acelera a evaporação das suas poucas águas, com isto, o resultado deveria ser bem pior do que antigamente. 
Observe ainda que as chuvas que tem ocorrido, elas estão cada vez mais concentradas, caindo de forma diluviana e sempre nas mesmas áreas, trazendo, no seu bojo, também, grandes prejuízos. 
O mais triste é ainda ter que ouvir técnicos ou representantes governamentais a cada seca ou catástrofe, utilizar os mesmos argumentos. Entra e sai ano a desculpa é a mesma “esse ano choveu menos que no ano passado ou comparar com algum período seco”. Já observaram? 
Mas ninguém ouve destes mesmos, qualquer tipo de sugestão voltadas para a solução do problema e que a médio e longo prazo não volte a se repetir. 
Vou mais longe e pergunto: que medidas práticas os nossos governantes tem tomado para enfrentar e resolver a situação? Eu falo em medidas práticas e eficazes, não propagandas e programas mentirosos, que nunca saem do papel e só existe com o único objetivo captar recursos, mas seus resultados não chegam a quem interessa: o sertanejo que mora no semiárido. 
Esta tem sido a pura realidade. 
Respondendo a pergunta sobre o que está ocorrendo, podemos concluir que as mudanças observadas são frutos da conscientização da sociedade, principalmente do homem do campo, que diante da omissão do Poder Público, passou a desenvolver ações e adaptar tecnologias que permitam conviver harmoniosamente com o problema. 
Ao adaptar cisternas para captar água de chuva para beber, já lhes deu uma sobrevida para produzir; ao respeitarem ao meio ambiente, tem procurado minimizar os efeitos da desertificação; ao procurarem utilizar animais e plantação de forrageiras mais adaptados ao clima do semiárido, estão conseguindo criar alternativas de adaptabilidade; ao introduzir a criação de abelhas, por exemplo, estão buscando outros meios de produção e renda; ao buscarem cultivares de colheita precoce e resistente a seca, estão criando alternativas de permanência no meio rural; entre outras. 
Portanto são técnicas utilizadas que levaram o sertanejo a uma melhor convivência e até aceitar a seca como mais um componente do seu dia a dia. 
Outro fator fundamental tem sido a conquista da terra, que apesar de ainda não estarmos no ponto ideal, mas pelo menos passou a lhes dá a segurança mínima, aliado ao incentivo ao desenvolvimento da agricultura familiar, tem contribuído para que o homem do campo fosse se adaptando. 
Devemos reconhecer ainda que algumas políticas sociais implantadas pelo governo federal têm dado sua contribuição. Políticas como o estabelecimento do salário mínimo aos aposentados conquista esta alcançada fruto da luta social; Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, até mesmo o Bolsa Família, tem sido fundamental para que o homem do campo fique firme e insista em permanecer na zona rural apesar das dificuldades climáticas. O acesso a energia elétrica e a novas tecnologias, como o celular e a internet, por exemplo, tem sido políticas que tem dado significativa contribuição. 
Porém, devemos reconhecer que outras políticas públicas deverão ser acopladas, para que definitivamente possamos deixar para o passado, a fome, a sede e a miséria, mesmo que as mudanças climáticas continuem a piorar. 
Deve os organismos públicos procurar pesquisar e disseminar tecnologias simples e eficazes de convivência com a seca, amplamente aplicada em outros países e que são perfeitamente adaptáveis ao semiárido. Criar um programa de captação das águas através de barragens e açudes, visando atender as necessidades da região, e não de alguns produtores, como ocorreu no passado. Estabelecer metas para perfuração de poços artesianos para ser utilizados em projetos de pequenas irrigações são soluções simples e perfeitamente possível, falta apenas vontade política. Realizar uma reforma agrária séria, eficiente e adequada à região, oferecendo não apenas a terra, mas a assistência técnica, financiamento da produção garantia da sua comercialização, seriam medidas que complementariam. Assim, se queremos ser um país desenvolvido, não podemos abandonar o produtor do semiárido a sua própria sorte. 
O que podemos avaliar é que de tudo que foi feito no passado nada contribuiu para mudar ou melhorar a situação do nordestino. 
O que ocasionou mudanças foram situações e políticas simples que o fizeram se adaptar e aprender a conviver com a situação, se assim não o fosse, estaríamos assistindo como em todos os anos, levas de pessoas famintas saqueando cargas de caminhões e invadindo armazéns e supermercados nas cidades nordestinas, haja vista que, os problemas com o clima continuam, aliás, está piorando.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

GOVERNO BAIANO ACABOU, ANTES DE COMEÇAR

Se alguém ousar perguntar aos políticos, independente da ideologia a que pertença, qual a sua prioridade ao chegar ao Poder, logo obterá como resposta a defesa intransigente da educação, quase sempre citada como prioridade número um e a qual receberia especial atenção. Junto com a educação vem a saúde pública, a segurança e a valorização dos servidores, entre outras. Isto aparentemente seriam uma unanimidade e uma unidade de pensamento. 
No entanto, ao assumir o Poder, seus atos, ações e a gestão governamental empreendida, veremos que não passou de retórica em relação às prioridades apresentadas. Acrescido aos problemas dos diversos setores da administração pública, tanto no âmbito da manutenção e reforma das unidades existentes, como na construção de novas unidades e nos serviços prestado, e a valorização das carreiras dos trabalhadores do serviço público, logo irá se perceber exatamente o contrário. Tudo que foi prometido deixa de ser prioridade, a não ser gestar ações que visam cooptar o maior número possível de políticos, de forma que lhes dê sustentabilidade e garantia da manutenção do Poder pelo Poder. 
Desde a campanha para o primeiro mandato, que o atual governador da Bahia já fazia promessas megalomaníacas e irrealizáveis e, para que essa farsa não fique mais visível ele tem utilizado da propaganda institucional para acobertar os fatos e os números da sua fracassada administração. Apropria-se das obras do governo federal como sendo sua, enquanto aquelas que lhes caberia executar não passa de completo fracasso, como exemplo, o Programa Agua Para Todos, que invadia os lares baianos propagando como solução para os problemas da seca, e o resultado está aí a olho visto, a seca flagelando todo o semiárido baiano, disseminando a miséria em uma região onde habitam cerca de seis milhões de baianos, boa parte deles abaixo da linha de pobreza absoluta. Ninguém sabe ou conhece uma obra ou prestação de serviço executado pela atual administração estadual, de qualidade. É um governo que fracassou desde o seu início. Que pecou na escolha de assessores e que não teve a coragem nem a ousadia para efetuar as mudanças que se faziam necessárias. Muito pelo contrário não passa de um continuísmo piorado do negro período do carlismo. 
Quando candidato a governador pelo PT se apresentou para sociedade, nas duas campanhas eleitorais, conclamando os baianos com o seu Programa de Governo, prometendo dar a volta por cima e transformar o Estado em um canteiro de obras, tendo como aliado o Governo Federal, acenando para a sociedade com mudanças significativas no modelo de governar e prometendo melhores dias para os seus servidores. 
Não iremos aqui discutir o tal Programa de Governo, pois este foi literalmente jogado no lixo após a sua vitória, cujas promessas foram esquecidas nesses quase seis anos de governo. Aliás, o que se tem visto são atitudes tomadas pelo governador que tem ido de encontro ao que fora prometido. O servidor público que nele acreditou e apostou as suas fichas, hoje está arrependido e jamais esperava ser tão maltratado como o é no atual governo. Nada foi honrado. 
As manifestações são imediatamente reprimidas e consideradas ilegais. É um governo que está indo na contramão da história do surgimento do seu partido e ao ir à contramão, está asfaltando caminho para o retorno da direita, de cujo governo os seus dirigentes jamais largou o osso. 
Tem sido um governo, com graves deficiências nas áreas de saúde, educação, segurança pública, infraestrutura, agricultura, no combate a seca, administração de pessoal e das finanças públicas, entre outras. Tem sido uma administração claudicante, omissa, confusa e marcada pela lentidão das ações e dos rumos. É um governo que apenas promete e pouco ou quase nada cumpre, e com isso, está levando para o fundo do poço o seu governo e consigo o seu partido no Estado. 
Como atravessamos um período em que a ética é a última palavra conjugada pela classe política, diante do enorme fosso que os separam, o que vemos é o exercício do mandato na busca da autopromoção, deturpando as reais funções do homem publico, procurando manipular a sociedade utilizando-se da mentira como forma de esconder a sua incompetência. 
Assim, após a ascensão, os agrupamentos políticos que fizeram parte da sua coligação, adotaram medidas pragmáticas em relação a administração e ao orçamento público, tendo como elemento norteador apenas e unicamente a Lei de Responsabilidade Fiscal, que todos sabem ser um instrumento de limitação de gestores irresponsáveis. Com isto, não se criou alternativas ou iniciativas para operar mudanças e melhorar a arrecadação, como resultado, a queda da receita e o empobrecimento do Estado. 
Diante dos compromissos não honrados,as greves se sequenciam em um processo assustador gerando desconforto para o público em geral. 
Hoje estamos a assistir um total desrespeito as Constituições Federal e Estadual em relação ao acesso ao serviço público, gerando consequentemente, uma profunda transformação das condições de trabalho, precarizando-o, onde os trabalhadores deixaram de ter acesso através do concurso público, passando a condição de servidores públicos de segunda categoria, contratados através de “seleções simplificada” sob uma nova condição - PST, REDA, Contrato temporário, etc -, cujos efeitos tem repercutido negativamente na qualidade dos serviços públicos oferecidos a sociedade. 
Foi se contrapondo a esta política pública implantada pelos governos do passado, que o PT se apresentou como alternativa e que ganhou força junto a população passando a ser um caminho real e instrumento de defesa dos interesses da sociedade. 
Foi através de suas bandeiras políticas e dos seus propósitos originais que o povo colocou o PT na administração de dezenas de municípios e do Estado da Bahia, acreditando que assim começaria a construção de um sonho, e foi com esse propósito que a Bahia optou pelo PT, já que suas bandeiras programáticas e políticas traziam de forma direta um diálogo e uma proximidade com os sonhos, esperanças e expectativas da maioria da população. Infelizmente após a sua ascensão tudo virou pesadelo. 
Para alcançar os seus objetivos, diversas forças e movimentos se associaram ao PT, contribuindo para a vitória histórica. Diversos Movimentos Sindicais e Sociais e os servidores públicos foram os maiores aliados e os primeiros a se unirem.Também foram os primeiros a serem pisoteados. 
Hoje, aquele PT que outrora se posicionava contra qualquer tentativa de criminalizar os movimentos sociais, inclusive dos servidores públicos, se transformou em um partido omisso, quando não opressor, mesmo tendo a consciência que os movimentos são legítimos no que se refere a defesa dos interesses coletivos. 
Infelizmente, na prática temos hoje um Estado que não dialoga com as diversas representações, inclusive a dos servidores públicos baianos, que não cumpre os acordos assinados. Seria este o “jeito petista de governar”; cujos pilares estão sedimentados no modelo carlista e fez deste modelo o continuísmo? 
Diante do modelo implantado, o Governo da Bahia acabou antes mesmo de a sociedade sentir que começou. Já nasceu velho. 
Porém, como ainda há tempo, acreditamos que ainda pode ser construído um novo modelo democrático de governo na Bahia, e para que para isto possa ocorrer se faz necessário uma virada na gestão da coisa pública baiana. Ée necessário que seja revisto o tratamento dispensado aos servidores públicos, cumprindo tudo que foi prometido e acordado, para que sonho não morra definitivamente para esta categoria, e caberá aos gestores do atual governo realizar ações para que se mantenha acesa a chama da esperança na transformação. 
É fundamental que a coerência seja resgatada para que o sonho de construção de uma nova Bahia possa vingar. 

O ALERTA ESTÁ DADO.