A educação disponibilizada para os jovens que vivem na zona rural brasileira, não possui uma proposta pedagógica adequada à sua realidade. O currículo não observa as suas necessidades e não tem como referencia as peculiaridades de cada localidade e da região onde está situada, tratando os alunos que vivem na zona rural, como se tivessem os mesmos anseios dos alunos da cidade.
Com isso, não estamos afirmando que a educação do campo deve ter um currículo diferenciado dos alunos das cidades em razão da sua baixa capacidade ou por serem inferiores. Não. O que defendemos é que o currículo para os alunos da zona rural seja elaborado tendo como fundamento o seu ambiente, se fazendo necessário que seja contextualizado com base nas necessidades e a situação vivida por esses alunos, sem que lhes seja colocado sonhos inatingíveis ou só obtidos por aqueles que moram nos grandes centros urbanos.
Logo, ao pensar no currículo escolar, este deve ter como pressuposto o cotidiano daqueles que residem na zona rural, incluindo toda uma dinâmica de relações existentes.
Ou seja, a realidade dos alunos que moram nas fazendas, nos assentamentos, nas comunidades ribeirinhas, etc, cada uma com suas peculariedades e que devem ser levadas em consideração quando se pensar em construir a grade currícular escolar voltada para estes usuários.
Devem ser levadas em consideração que são modos e modelos de vida bem diferentes daqueles vivenciados entre eles e principalmente nas cidades.
Senão vejamos: as dificuldades enfrentadas pelo aluno que vive na roça ou de um aluno ribeirinho para se deslocar até a sua escola é a mesma dos alunos de um assentamento? E se compararmos com os alunos da cidade as dificuldades serão as mesmas? Lógico que são situações diferentes, por isso, a importância que o currículo seja adaptado, adequado e apropriado para cada localidade e para cada tipo de aluno.
Sabem os educadores existir exemplos exitosos de experiências pedagógicas aplicada em diversos países, principalmente na Europa, cujos currículos escolares são baseados na realidade dos alunos que vivem na zona rural, inclusive com a utilização das novas técnicas agrícolas, de forma que valorize os esforços do seu trabalho.
Independente da adaptação curricular, não impede no entanto, que os alunos aprendam conteúdos regulares e iguais aos alunos da zona urbana. Porém, ao seu currículo deve ser acrescido disciplinas específicas para o meio em que vive, como por exemplo, zootecnia e agropecuária, já que este é o seu dia a dia.
Aliado a um currículo adaptado, deve ser observado e também ajustado o seu calendário escolar, permitindo que no período de plantio e de colheita os educandos estejam de férias escolares possibilitando que as crianças participem juntamente com seus pais da colheita. Bem diferente do que ocorre hoje, já que as suas férias segue o mesmo roteiros das crianças das cidades.
Devemos, pois, transformar a escola da zona rural em um ambiente que possibilite as populações ribeirinhas, extrativista, dos movimentos sociais, etc., em uma satisfação de ali está, estimulando alunos e professores a conviver e aplicar os seus ensinamentos devidamente conectados à cultura local.
Se assim procedermos, unindo a novas formas de gestão, com certeza estaremos dando um significativo passo não só para a manutenção do homem no seu meio, mas estaremos caminhando para obter significativo sucesso da escola rural.
Deve entender o Gestor Público, que a ele não é dado o direito de privar as pessoas da zona rural de atender aos seus anseios, simplesmente porque achamos que eles por não residerem nas cidades, não têm acesso à chamada “sociedade moderna” ou as tecnologias ditas avançadas; pelo simples fato de residirem no campo e optarem por não terem a vida igual a das cidades não significa que elas não têm desejos e anseios de realizar seus sonhos, de ver seus filhos cursando uma faculdade, de forma que no futuro tenham uma qualidade de vida melhor e diferente da sua.
Muito pelo contrário, o homem do campo também sonha com seus filhos “doutores”.
O que falta são os nossos dirigentes políticos assumirem compromissos com o seu povo e oferecer uma educação de qualidade para todos, independente onde resida, não deixando principalmente os moradores da zona rural a mercê das chamadas organizações não-governamentais, muitas delas montadas para serem centros de picaretagem.
Não devemos negar o direito dos moradores das fazendas, dos assentamentos, os ribeirinhos, quilombolas, etc., de frequentar a escola.
Não devemos permitir que este direito lhes seja negado pelo simples fato de não querer se submeter aos ditames da lei do mercado.
Não podemos continuar a assistir e ficar calados, o funcionamento de escolas, principalmente na zona rural do norte e nordeste brasileiro em precárias condições e com turmas multisseriadas, em que um único professor ensina para alunos de diferentes séries numa mesma sala.
A educação rural deve ser vista e ter como principal critério a valorização do aluno e do professor, das suas experiências e da realidade social, familiar e econômica de cada educando, e diante desta realidade é que então irá se formar uma classe escolar.
Se estes critérios forem observados, com certeza a instituição escola rural estará se capacitando para oferecer uma educação de qualidade e ao aluno estará dando oportunidade de um verdadeiro aprendizado baseado na parceria, escola/professor/aluno/comunidade tendo a consciência de que o que está sendo transmitido representa o dia a dia e a vida de cada aluno ali presente.
Só assim, a qualidade da educação do campo sairá das estatísticas apenas pela quantidade de programas oferecidos pelos governantes, e se apresentará no quadro da qualidade e da sua adequação e aplicação à realidade dos alunos.
Com isso, não estamos afirmando que a educação do campo deve ter um currículo diferenciado dos alunos das cidades em razão da sua baixa capacidade ou por serem inferiores. Não. O que defendemos é que o currículo para os alunos da zona rural seja elaborado tendo como fundamento o seu ambiente, se fazendo necessário que seja contextualizado com base nas necessidades e a situação vivida por esses alunos, sem que lhes seja colocado sonhos inatingíveis ou só obtidos por aqueles que moram nos grandes centros urbanos.
Logo, ao pensar no currículo escolar, este deve ter como pressuposto o cotidiano daqueles que residem na zona rural, incluindo toda uma dinâmica de relações existentes.
Ou seja, a realidade dos alunos que moram nas fazendas, nos assentamentos, nas comunidades ribeirinhas, etc, cada uma com suas peculariedades e que devem ser levadas em consideração quando se pensar em construir a grade currícular escolar voltada para estes usuários.
Devem ser levadas em consideração que são modos e modelos de vida bem diferentes daqueles vivenciados entre eles e principalmente nas cidades.
Senão vejamos: as dificuldades enfrentadas pelo aluno que vive na roça ou de um aluno ribeirinho para se deslocar até a sua escola é a mesma dos alunos de um assentamento? E se compararmos com os alunos da cidade as dificuldades serão as mesmas? Lógico que são situações diferentes, por isso, a importância que o currículo seja adaptado, adequado e apropriado para cada localidade e para cada tipo de aluno.
Sabem os educadores existir exemplos exitosos de experiências pedagógicas aplicada em diversos países, principalmente na Europa, cujos currículos escolares são baseados na realidade dos alunos que vivem na zona rural, inclusive com a utilização das novas técnicas agrícolas, de forma que valorize os esforços do seu trabalho.
Independente da adaptação curricular, não impede no entanto, que os alunos aprendam conteúdos regulares e iguais aos alunos da zona urbana. Porém, ao seu currículo deve ser acrescido disciplinas específicas para o meio em que vive, como por exemplo, zootecnia e agropecuária, já que este é o seu dia a dia.
Aliado a um currículo adaptado, deve ser observado e também ajustado o seu calendário escolar, permitindo que no período de plantio e de colheita os educandos estejam de férias escolares possibilitando que as crianças participem juntamente com seus pais da colheita. Bem diferente do que ocorre hoje, já que as suas férias segue o mesmo roteiros das crianças das cidades.
Devemos, pois, transformar a escola da zona rural em um ambiente que possibilite as populações ribeirinhas, extrativista, dos movimentos sociais, etc., em uma satisfação de ali está, estimulando alunos e professores a conviver e aplicar os seus ensinamentos devidamente conectados à cultura local.
Se assim procedermos, unindo a novas formas de gestão, com certeza estaremos dando um significativo passo não só para a manutenção do homem no seu meio, mas estaremos caminhando para obter significativo sucesso da escola rural.
Deve entender o Gestor Público, que a ele não é dado o direito de privar as pessoas da zona rural de atender aos seus anseios, simplesmente porque achamos que eles por não residerem nas cidades, não têm acesso à chamada “sociedade moderna” ou as tecnologias ditas avançadas; pelo simples fato de residirem no campo e optarem por não terem a vida igual a das cidades não significa que elas não têm desejos e anseios de realizar seus sonhos, de ver seus filhos cursando uma faculdade, de forma que no futuro tenham uma qualidade de vida melhor e diferente da sua.
Muito pelo contrário, o homem do campo também sonha com seus filhos “doutores”.
O que falta são os nossos dirigentes políticos assumirem compromissos com o seu povo e oferecer uma educação de qualidade para todos, independente onde resida, não deixando principalmente os moradores da zona rural a mercê das chamadas organizações não-governamentais, muitas delas montadas para serem centros de picaretagem.
Não devemos negar o direito dos moradores das fazendas, dos assentamentos, os ribeirinhos, quilombolas, etc., de frequentar a escola.
Não devemos permitir que este direito lhes seja negado pelo simples fato de não querer se submeter aos ditames da lei do mercado.
Não podemos continuar a assistir e ficar calados, o funcionamento de escolas, principalmente na zona rural do norte e nordeste brasileiro em precárias condições e com turmas multisseriadas, em que um único professor ensina para alunos de diferentes séries numa mesma sala.
A educação rural deve ser vista e ter como principal critério a valorização do aluno e do professor, das suas experiências e da realidade social, familiar e econômica de cada educando, e diante desta realidade é que então irá se formar uma classe escolar.
Se estes critérios forem observados, com certeza a instituição escola rural estará se capacitando para oferecer uma educação de qualidade e ao aluno estará dando oportunidade de um verdadeiro aprendizado baseado na parceria, escola/professor/aluno/comunidade tendo a consciência de que o que está sendo transmitido representa o dia a dia e a vida de cada aluno ali presente.
Só assim, a qualidade da educação do campo sairá das estatísticas apenas pela quantidade de programas oferecidos pelos governantes, e se apresentará no quadro da qualidade e da sua adequação e aplicação à realidade dos alunos.
3 comentários:
Que tema equivocado vc usou. Vc está falando educacao rural. Como vc coloca no titulo o termo "Educacao do Campo"???? Vc conhece o Movimento da Educacao do Campo? Movimentos sociais e Sindicais do campo??? PRONERA??? Programa Residencia Agrária e O Saberes da Terra??? As experiencias das Escola Ativa do Pará???
Por gentileza leia os principios da Educacao do Campo. Nao é uma escola somente para os povos do campo, nao é disso que se trata.
Desculpa, mas nao dar pra ler o seu texto e deixar passar batido as lutas, reivindicacoes e acoes significativas do movimento da educacao do e no campo.
Esse é o Brasil em que vivemos....
Olá Francklin.Bom introduzir as pessoas no tema, nesse seu texto "bem geral", escrito p/ "ñ iniciados" e q aborda o assunto de modo CONCEITUAL.Veja o comentário de Helena: "esse é o Brasil em q vivemos..." - ñ é específico sobre o tema, ela poderia ter dito isso sobre a Saúde, a Justiça etc... é uma leitura q ñ sai do plano geral, mas ainda assim válida, pq creio q p/ alguns serviu p/ COMEÇAR a pensar q rural e urbano são realidades distintas, q merecem abordagens distintas.Mas entendo o q Lorena diz e penso q valeria a pena revisitar o tema de modo + específico e próximo à REALIDADE CONCRETA da questão do Brasil (de q Lorena falou).
Já p/ estimular discussão específica, gostaria de destacar um trecho do seu texto:
"Ñ podemos continuar a assistir e ficar calados, o funcionamento de escolas, principalmente na zona rural do norte/nordeste brasileiro em precárias condições e com turmas multisseriadas, em q um único professor ensina p/ alunos de diferentes séries numa mesma sala."
P/ responder, deixo apenas como citação de um teórico de peso, Arroyo:
"Quero dizer a vcs uma coisa: estudei numa classe multisseriada, aliás, nem se falava em multisseriada, nunca tinha ouvido falar em série. A palavra multisseriada tem um caráter negativo p/ a visão seriada urbana. Como se a escola seriada urbana fosse boa, o modelo; e a classe multisseriada fosse algo que vamos destruir, p/ um
dia criar a escola seriada do campo. Por favor, ñ cometam esse disparate. Ñ tragam p/ o campo a estrutura seriada urbana[...] Vcs sabem q o sistema seriado está acabado no mundo inteiro já faz mto tempo.Por favor, ñ transfiram isto p/ o campo."
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