terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A CIDADE, SUAS CONFERÊNCIAS E SEUS PROBLEMAS


Está a população das nossas cidades assistindo ocorrer em seus Municípios as Conferências, conforme exigência do Ministério das Cidades, onde, presume-se que serão tratados assuntos referentes ao planejamento urbano, cujos resultados deverão ser levados às Conferências Estaduais, desaguando na Conferência Nacional e por fim cair no colo do Ministério das Cidades. Muita burocracia para problemas alguns comuns outros específicos.
Interessante é que estas Conferências que deveriam ser democráticas em relação a suas discussões com ampla participação popular, os seus organizadores inovaram e estabeleceram cotas, ou seja, definiu que apenas uma meia dúzia de delegados seria competente o suficiente para discutir, analisar e oferecer soluções para os problemas das cidades, e que não são poucos. Deixaram o povo de lado. E são eles os responsáveis pelos problemas ora existentes.
Para abrilhantar o evento traz notoriedades para palestrar, cujos palestrantes são muito bons na teoria, mas em sua grande maioria se desconhece qualquer prática dos mesmos em respeito ao urbanismo ou mesmo solução dos problemas de algum município. Muitos deles doutores universitários, que tem apenas a academia como atividade profissional. E são eles que irão apontar as soluções. Que babacas somos.
Para entender os problemas urbanísticos e sociais existentes em nossas cidades, é necessário que entendamos que os grandes centros urbanos surgiram com a consolidação do capitalismo, onde as cidades passaram a ser o centro de trocas, uma vez que o comércio é o objetivo fundamental a acumulação de capital. Com isto, a urbanização foi ganhando cada vez mais impulso.
Aliado ao comércio outro fator fundamental à urbanização foi o retorno às cidades do Poder Político, voltando a centralizar o Poder em centros urbanos.
O processo de urbanização moderno é um fato recente, tendo início a partir da Revolução Industrial, sendo importante que todos tenhamos a consciência, que uma grande parte da população mundial vive hoje nas cidades, e a tendência é aumentar cada vez mais.
A urbanização desse novo tempo tem como característica principal a sua velocidade e generalização com que aparece, trazendo no seu bojo grande sobrecarga para a rede de serviços públicos, aprofundando ainda mais os problemas de produção, distribuição e consumo.
Diante dos problemas trazidos pela urbanização desordenada, as cidades têm a necessidade de se expandir, ampliando as suas fronteiras. Desta forma vemos surgir novos bairros, principalmente em sua periferia, ocupações desordenadas do seu solo urbano, enfim, assiste-se o surgimento das favelas, ocasionado pelo êxodo urbano e rural, demandando serviços públicos sem que o Poder constituído possa assumi-los, em razão da sua ausência deste no início de seu processo.
Portanto, a deterioração do meio urbano é uma das conseqüências mais visíveis desse processo de urbanização desordenado responsável pelas favelas, habitações deterioradas e ou construídas em áreas de riscos, entre tantas outras conseqüências que ocasionam.
Assim, é fundamental a criação de uma nova estrutura no centro do poder de nossas cidades que correspondam a esta nova realidade.
Devemos observar que em nosso País, as nossas cidades têm convivido com uma série de problemas, tanto socioculturais como ambientais e econômicos. Assiste-se a engarrafamentos quilométricos, que geram poluição através da fumaça e ruídos interferindo na qualidade de vida dos munícipes; a produção de lixo em grande quantidade, que passa a exigir mais espaços para o seu depósito e com isto, requer cuidados ecológicos com o seu manejo; nas grandes cidades se observa a carência ou até inexistência de áreas verdes que sirvam de lazer e entretenimento às pessoas e famílias; a especulação imobiliária que muitas vezes leva a ocupações irregulares, em áreas de preservação. Aliado a tudo isto, ainda temos o desemprego e a insegurança, que são frutos desta desordenada ocupação com a omissão do Poder Público.
No Brasil, o que se tem assistido ao longo dos tempos é uma formação urbana sem planejamento, com total ausência do Poder Público, principalmente municipal, que tem atuado a reboque dos acontecimentos. Desta forma, entendemos a importância destas Conferências, como forma de se começar a discutir um planejamento ordenado para o que pode vir, pois o mal que aí está já está consumado e poderá apenas ser remediado.
Porém, não entendemos porque as discussões serem fechadas e resumidas a meia dúzia de “pensadores”, contando com a participação de palestrantes que tem unicamente a teoria como currículo. Para se discutir a sua cidade têm que contar com a participação da sua população e trazer para discutir os seus problemas urbanistas, engenheiros, sanitaristas, administradores públicos que já colocaram a mão na massa.
A teoria sabe-se é a base da prática, mas se teoria só fosse a solução, as nossas universidades seria uma ilha de perfeição, não acha? E esta não é a realidade que temos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SOLIDARIEDADE PARA TODOS


O terremoto que se abateu sobre o Haiti se constitui em uma das maiores tragédias sofridas pela humanidade, que segundo a ONU, as suas conseqüências são mais graves do que a ocorrida na China, em 2008.
A população mundial assiste ainda estarrecida a completa destruição de muitas cidades, inclusive da capital Porto Príncipe e que diante da precária infraestrutura do país, impediu qualquer reação do estado haitiano.
As estimativas são de milhares de mortos e feridos e um população de milhões de pessoas desabrigadas e totalmente desassistidas, cuja interrogação maior é como se reconstruirá a Nação. De que forma serão aplicados os recursos, pois os exemplos de casos semelhantes é de total corrupção, desvios dos recursos para “os mesmos”, sem que aqueles que mais necessitam consigam obter benefício.
Espera-se que com esta tragédia os países, principalmente os mais desenvolvidos, tomem como exemplo, pois foram expostas de maneira muito clara todas as feridas do subdesenvolvimento. Tal qual o Haiti diversas nações subdesenvolvidas, carentes de tudo, sofrerão as mesmas terríveis conseqüências ou até mais graves, caso terremotos ou outro cataclismo de magnitude igual venha ocorrer, não só em termos de vidas ceifadas, como também no tocante à infraestrutura, moradias e logradouros urbanos.
Se dermos uma passada no continente africano, e em diversas cidades brasileiras, veremos tal quais as construções do Haiti, a fragilidade das edificações e sua inadequação a intempéries e cataclismos.
Portanto nada mais justo que sejamos solidários a este povo e ao sofrimento destes irmãos, sem que transformemos esta solidariedade em uma questão com abordagem política. Trata-se de um episódio que merece e justifica foco no campo absolutamente humanitário. Tampouco se admite transformar o caos do Haiti em bandeira ideológica, retórica nacionalista, afirmação de lideranças ou dividendos políticos.
A palavra de ordem é solidariedade e não política! Lembremo-nos e tomemos como exemplo a sempre eterna Dra. Zilda Arns, com respeito e admiração desta grande brasileira, que também se despediu da vida quando ajudava ao próximo no Haiti, sem nenhum interesse pessoal.
Porém, ao nos solidarizarmos com o povo haitiano, é necessário que também nos lembremos do sofrimento por que passa milhões de brasileiros, alguns vítimas de enchentes, principalmente no sul e sudeste - ocasionada por falta de ações dos nossos governantes que nunca procuraram investir na infraestrutura dos municípios, principalmente na década de 90, na gestão neoliberal comandada pelo governo do PSDB/DEM, quando apenas se preocuparam em doar o patrimônio público, através das famigeradas privatizações -, e dos nordestinos eternos sofredores da seca inclemente que anualmente se abate sobre a região, cujos períodos de secas já são previsíveis, porém nenhum governante toma as medidas necessárias para o combate aos seus efeitos.
O fenômeno da seca no Nordeste não é de hoje, e o drama que ocorre todos os anos de um povo que sofre com os problemas climáticos da região é fruto a falta de compromisso dos dirigentes políticos. E não será com a transposição do rio São Francisco que obteremos a solução, muito pelo contrário apenas vai gerar expectativa, mas nada de uma solução prática.
Não é de hoje que geólogos e estudiosos da problemática nordestina afirmam haver lençóis d'água sob o solo nordestino e que, se bem aproveitado, poderia resolver grande parte do estado de miséria deste povo, beneficiando a agricultura e aliviando a fome de todos.
Desta forma fica uma dúvida no ar: por que os nossos governantes não estabelecem políticas públicas de forma que se aplique os recursos destinando-os à irrigação do solo nordestino, possibilitando acabar com essa triste condição humana? Interessa a quem manter o fenômeno da estiagem, que há décadas se tornou comum a associar a seca à miséria e à fome? Será que é manter o cabresto nos eleitores por políticos inescrupulosos?
Portanto, temos que ser solidário ao povo haitiano, mas também é justo que exijamos solidariedade para o nosso povo, gerador das riquezas e do recordes de arrecadação do governo federal. Povo este campeão em carga tributária e das mais altas de juros praticadas no mundo e que o PSDB já anunciou que irá aumentar ainda mais caso assuma o poder em 2011.
Devemos ser solidários ao povo haitiano e até louvar a agilidade com que os recursos foram liberados e disponibilizados, onde a burocracia tão infernal não foi assistida. Mas devemos também ser solidários com o nosso povo e esperar que para eles os recursos sejam também liberados com a mesma agilidade, pois o que vemos, é que quando trata de calamidades ocorridas com a nossa população é o imperar a burocracia, desculpas mil para o atraso ou não liberação do recursos, o que leva muitas das vezes a nossa população não ser assistida. Que o diga os catarinenses, o povo pobre da periferia de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador que passaram por catástrofes a pouco tempo, e o que dizer o pobre dos nordestinos com a sua eterna seca. Espera-se que o candidato Serra não os acuse de responsáveis, como os responsabilizou pelos problemas de São Paulo, quando candidato.
Que sejamos solidários com todos, pois não há nenhuma diferença entre as pessoas que perderam suas casas nos últimos dias no interior do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Rio Grande do Sul, Bahia, Santa Catariana ou que tiveram que abandonar as suas terras no interior nordestino e as pessoas que perderam suas casas no Haiti. O problema e a dor são iguais para todos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

COMPANHEIRO, É HORA DE REFLETIR


Hoje em dia está em moda falar sobre ética. Todo e qualquer assunto tem o dever de passar pela ética, porém bem mais difícil de falar é adotar uma posição firme, seguindo os seus fundamentos e assumir uma posição realista diante do que é certo ou errado.
O que se assiste é um arremedo e a ética, dentro do seu âmago e como estávamos acostumados a ver, entrou em colapso, o bem e os valores coletivos saiu de moda, imaginem o altruísmo e a cooperação mútua, esta em nossos dias só é vista em filme ou como peças de museu.
Estamos em uma era em que o individualismo impera sobre o coletivo. Assiste-se, sem que se possa reagir, o médico oferecer o tratamento prioritário a quem paga melhor e não pela necessidade do doente. Na imprensa, a que mais tece críticas a falta de ética, todos os dias os nossos dignos “jornalistas” vendem a “verdade” àqueles que melhor remunerarem. No setor empresarial, cada vez mais se busca obter o lucro, passando por cima de tudo e de todos, corrompendo e corrompendo-se, utilizando-se da máxima que o importante é levar vantagem.
É claro que existem exceções, ainda bem, porque senão a coisa estaria muito pior, porém no País dos escândalos éticos e morais diários, este fato deveria ser a regra jamais exceção, primando todos de acordo com a boa e velha ética.
Quando falamos em ética, logo levamos o nosso pensamento para as eleições que se avizinha, e é neste momento que o compromisso com a moral e a ética tem que ser não só cobrada mas exercitada por todos,principalmente por aqueles que irão se arvorar a nos representar nas Casas Legislativas e Executivas.
Sabemos que estamos entrando em uma seara bastante delicada, principalmente quando envolve considerações a respeito da atuação dos políticos, apesar de todos saberem que é no meio político onde mais facilmente a população consegue enxergar os efeitos da falta de ética, até porque estão mais expostos à imprensa e ali estão para isto mesmo, para servir de pára-choque para que os problemas e as questões sociais sejam deixadas em segundo plano.
Esta é a essência do capitalismo.
É no meio político onde a mídia consegue obter as melhores informações a respeito dos atos de corrupção, e como a imagem dos políticos encontra-se em baixa na sociedade, a grande imprensa procura dá o destaque, esquecendo esta mesma imprensa que para cada ato corrupto existe um corruptor. E onde se encontra este ator? Porque a nossa mídia não dá igual destaque? Que interesse estaria por trás?
Importante que entendamos que os políticos corruptos, roubam e conseguem até enriquecerem, mas eles só agem desta forma por culpa nossa, o eleitor, e sempre com nosso consentimento, por que fomos nós que lá o colocamos e recolocamos na maioria das vezes, dando-lhe o poder através do nosso voto, portanto, queira ou não, somos os responsáveis pela legitimação da cultura da corrupção em nossos políticos.
É mais fácil um político correto e ético não ser reeleito do que o corrupto e desonesto. Analisem o quadro de antes e o atual e veja se não é verdade?
O povo brasileiro sente orgulho de sempre conseguir dá um “jeitinho”. Conseguimos dar um “jeitinho” para termos um atendimento prioritário nos postos de saúde; no INSS, nos caixas eletrônicos, na fila do supermercado, nos bancos, estamos sempre tentando ser o primeiro da fila, nem que para isto a furemos.
Tal como nós, os nossos políticos também querem dar um “jeitinho” em sua vida, na dos familiares e amigos próximos. Da mesma forma que sentimos orgulho do nosso jeitinho”, assim abrimos a guarda e permitimos com total liberdade para que eles também dêem um “jeitinho” em suas vidas.
Não esqueçamos que tudo que assistimos ser praticado pelo meio político é apenas um reflexo do que fazemos no nosso dia a dia, somente que em razão do volume e do alcance, a sua dimensão alcança maiores proporções.
Em geral, ninguém tem o direito de reclamar da corrupção que ora se assiste, pois ela está instaurada em todos os ramos da sociedade, em qualquer relação de poder, desde a do Executivo, através do Presidente e seus Ministros, passando pelo nosso Judiciário indo culminar com o Legislativo, e na nação como um todo. Oserve no que ocorre na relação entre patrão e empregado ou mesmo pai e filho. Todas se observarmos com um olhar crítico, em sua grande maioria sofrem do mesmo mal, foge do controle ético.
Defender os próprios interesses, mesmo que para isto seja necessário quebrar as regras e a ética, nunca foi uma exclusividade dos políticos e das elites, ela sempre foi uma decisão de todos, por incrível que pareça, tal qual a doença, ela também é democrática, atinge a todas as categorias indistintamente, e se esta afirmativa for mentira, que atire a primeira pedra aquele que nunca fez nada que fosse no mínimo antiético.
Assim, caberá a cada um de nós, quando em outubro de 2010, nos impuserem a obrigação de votar, que analise e conheça profundamente o seu candidato, na sua conduta pessoal e ética, e antes de dar o seu “jeitinho”, atrás de blocos de tijolo, saco de cimento ou de outra vantagem qualquer, assuma a sua responsabilidade de cidadão e na hora de votar, pense em sua cidade, no seu Estado, na população pobre e excluída da sociedade, nos serviços de educação e saúde, na segurança, no atendimento as questões sociais e faça a sua escolha, consciente que escolheu o melhor.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

DESRESPEITO AO ELEITOR


Infelizmente em nosso País a política é tratada com total desrespeito e realizada através de atos no mínimo suspeitos, onde reina a dissimulação, a troca de favores e indulgências, ao ponto da bela arte de fazer política está sendo morta, pela politicagem escranchada.
Afirmam alguns estudiosos que no reino animal existe simulação, imagine o que não ocorre no reino humano, onde impera a linguagem e a dissimulação, os quais tem o poder de se entranhar nas relações de poder e relações de saber?
Quando falamos de poder, estamos tratando sobre o exercido de uma atividade que deveria ser realizada em nome de uma comunidade, porém, este poder obtido tem a fascinação de transformar o indivíduo em político o qual deveria ter com a comunidade uma relação intrínseca de associação de interesses ligados a um modo de vida ideal.
Quando elegemos um representante, o que esperamos é que ele seja um vencedor,jamais se mostre como perdedor ou fraco, mas que seja capaz de exercer suas funções públicas conforme se apresentou e defendeu seus ideais; desejamos que saiba estabelecer normas de interesse geral válidas para a sociedade como um todo.
Espera-se que atue em nome do povo tratando de preservar sua individualidade como político.
Nessa sua dualidade de indivíduo o ser humano, neste caso o político, está sempre correndo o risco de dissimular, apresentar-se como alguém cujos interesses particulares estão subordinados aos interesses gerais e às convicções partidárias.
A esta salada deve ser acrescentado a necessidade de ostentar e tentar apresentar possuir mais poder do que realmente possui, pois no jogo político, não se enfrenta o adversário mostrando-lhe todas as armas.
Mas esta forma de fazer política não é de agora, pois segundo historiadores, desde Platão se tem conhecimento que a dissimulação do poder e do saber corre nas veias da política.
O homem político é aquele ator que interpreta o papel de possuidor de um poder tão convincente que chega a persuadir a si próprio e quem o rodeia que o possui de fato. Este é o grande motivo de estar sempre preparando discursos de cuja veracidade deve ser buscada por aqueles que o ouvem, pois em sua grande maioria são demonstrações de força e poder inexistente.
Nessa dicotomia entre o público e o privado, o político tenta se apresentar de forma que a sua vida privada deixe de ser unicamente privada, e que os seus efeitos se tornem públicos, mas para que possa alcançar este objetivo torna-se necessário associar-se a outros indivíduos que igualmente a ele, também fingem, pois o que todos querem é manter ou obter o poder.
Ao firmar esta associação, políticos tecem acordos, fazem aliados dentro o rol de amigos e adversários, tudo isto, graças à troca de favores e indulgências, cujo caráter e volume dependem de como a política se insere na sociedade e de como é vista por ela, mesmo sabendo dos riscos que podem ocorrer e dos resultados indesejados a ser colhido.
No entanto essa politicagem ocorre e precisa ser dissimulada, pois, caso contrário, revelaria o outro lado da política, e estas transgressões negam sua normatividade.
E é aí onde talvez esteja todo mal da arte da política, pois escudados nesta regulamentação social da transgressão faz da politicagem o complemento do jogo político, levando aquela ao limite extremo, pois o que interessa é alcançar o objetivo: o Poder.
Daí que surge o que se assiste diariamente, esquemas e mais esquemas montados de corrupção envolvendo os três Poderes da República, transformando-a em uma doença endêmica, que irriga todos os Poderes e a maioria nela envolvida, acreditando os seus autores na impunidade mesmo diante da possibilidade de ser detectada.