Um
motorista derrubou Collor; agora um piloto ameaça implodir Ciro Nogueira e o
Centrão
O
piloto executivo Mauro Mattosinho prestou depoimento à PF e gora se manifesta
nas redes com graves denúncias que envolvem, além do senador, o presidente do
União Brasil, Antônio Rueda...
O
ex-presidente e atual presidiário Fernando Collor de Mello, que goza de seu
período de oito anos de prisão a que foi condenado em sua cobertura em frente
ao mar de Maceió, teve seu pedido de impeachment detonado a partir da delação
de um motorista. O nome dele é Eriberto França.
Eriberto
trabalhava para secretária de Collor e seu testemunho na CPI do esquema PC
Farias foi fundamental para derrubar Collor. Ele revelou que o pagamento de
despesas da Casa da Dinda, residência de Fernando Collor, era feito com
dinheiro do tesoureiro de campanha do presidente, Paulo César Faria — o PC
Farias. Além das despesas da casa da Dinda, Eriberto disse que o Fiat Elba
usado por Collor foi comprado com dinheiro desviado.
Agora
um novo motorista, ou melhor, piloto, já que não dirige carro, mas aviões,
ameaça explodir o Centrão com as denúncias que fez à Polícia Federal e repete
em seu perfil no Instagram, que usa como uma forma de se defender dos poderosos
que querem calá-lo.
O nome
dele é Mauro Caputti Mattosinho. Ele denuncia o senador Ciro Nogueira (PP-PI),
o presidente do União Brasil, Antonio Rueda,o ex-ministro do STJ César Asfor
Rocha de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), diz estar com medo e
pede ajuda.
Eu
descobri algo que políticos poderosos não querem que você saiba. O meu nome é
Mauro Mattosinho e em menos de dois minutos eu vou te explicar tudo. Eu sou
piloto de jatos privados desde 2009 e eu fiz carreira na aviação executiva.
No
final de 2023, eu fui contratado pela Táxi Aéreo Piracicaba para pilotar um
Gulfstream G150. No começo parecia um trabalho normal, mas bastaram alguns
meses para eu perceber que o trabalho que eu fazia não eram apenas com os
corporativos. O avião que eu pilotava pertencia a Beto e Primo, dois
empresários apontados pela Polícia Federal, mantendo ligações com o crime
organizado.
Mas não
era só isso. Outras aeronaves da TAP pertenciam a figuras do alto escalão da
política e da economia do país. Antônio Rueda, presidente do Partido União
Brasil.
Danilo
Trento, jornalista investigado por corrupção do INSS. E César Asfor Rocha,
ex-ministro do STJ. Esses aviões eram operados sem transparência, com sua
propriedade oculta e comprado com grandes quantidades de dinheiro sem origem
clara.
Especialmente
depois do escândalo do INSS. Nesses voos a Brasília, eu presenciei o transporte
de dinheiro vivo, ouvi conversas diretas de encontros e acordos entre Beto e
Primo e políticos como o senador Ciro Nogueira. A TAP era usada como um
mecanismo aéreo de lavagem de dinheiro e influência, e não empresários,
lobistas e parlamentares.
Quando
eu entendi a dimensão disso, eu decidi agir. Procurei jornalistas
investigativos e procurei a polícia poderosa. Eu perdi minha carreira, minha
estabilidade e precisei me afastar das pessoas do mundo.
Mas
ganhei algo que nenhum dinheiro pode. A consciência tranquila de quem fez a
coisa certa. Hoje eu vivo sob risco.
Mas não
me arrependo, porque o Brasil agora sabe a verdade. E cada pessoa que comenta,
compartilha, que engaja e acompanha, ajuda a proteger essa verdade. Meu nome é
Mauro Mattosinho e eu escolhi fazer a coisa certa.
• Fracassado, humilhado e presidiário,
Bolsonaro ainda orienta as ações da direita. Por Moisés Mendes
Bolsonaro
era o chefe de uma organização criminosa. A facção que ele chefiou fracassou na
tentativa de golpe. Bolsonaro foi condenado pelo Supremo e está preso para
cumprir 27 anos e três meses de cadeia. Quando em prisão domiciliar, tentou
violar a tornozeleira eletrônica e também fracassou.
Bolsonaro
é presidiário por ter sido um criminoso cruel, mas desastrado e fracassado.
Está doente e fraco. Dengoso, se queixa até do barulho do ar-condicionado no
entorno da cela. Mas continua orientando os rumos das decisões de pelo menos um
terço do eleitorado, que em uma eleição chega à quase metade dos que vão votar.
Esse
criminoso fracassado, julgado, condenado e preso é referência política não só
para a extrema direita, mas para toda a velha direita. É bússola para Valdemar
Costa Neto, Ciro Nogueira, Gilberto Kassab e para as bases lideradas por essas
figuras.
Poderia
ser apenas assim. Um fracassado e preso poderia, como fazem os chefões de
facções criminosas encarcerados, continuar mandando nos que dele dependem fora
da cadeia. Mas Bolsonaro manda neles e orienta também a cobertura da grande
imprensa.
Tudo o
que o chefão preso determina vira manchete nos veículos das corporações de
mídia. Tratando na mais absoluta normalidade o que não é uma aberração apenas
política. É uma aberreação humana.
Em nome
dos direitos de um criminoso, em respeito à democracia que ele tentou triturar,
o chefão normaliza suas relações com os seus e ganha cobertura entusiasmada dos
jornalões. Já preso, esse criminoso tinha seu nome incluído em pesquisas de
intenção de voto para 2026.
Um
filho dele fugiu para os Estados Unidos, o outro mora no Rio e será candidato a
senador por Santa Catarina e o mais velho foi anunciado como o seu nome a
presidente em 2026.
Um
sujeito preso como chefe de organização criminosa, que tentou fugir, que diz
não ter condições de saúde para ficar encarcerado, continua determinando o que
a direita deve fazer, com o suporte da grande imprensa.
Fracassado
na tentativa de se reeleger, que fracassou como golpista e que fracassa até
como presidiário, esse sujeito continua a serviço da direita, na tentativa de
manter Lula acossado, porque até as facções do Congresso fingem não depender,
mas ainda dependem dele.
Esse é
o chefão preso que arreda a mulher para um lado, por desconfiar que seu poder
político pode ter mesmo alcance nacional, e que escolhe o filho para peitar
Tarcísio de Freitas, o agregado em quem ele não confia.
Um
morto vivo continua inspirando as ações da direita. O Congresso da PEC da
Bandidagem, que sempre foi um parlamento de maioria de direita, é agora um
reduto contaminado pelo fascismo. Porque um sujeito preso, derrotado e
humilhado, continua a orientar e inspirar as ações de sabotagem contra Lula, o
governo e o Supremo.
Em nome
das liberdades, os jornalões fabricam editoriais em defesa das prerrogativas do
Congresso que planeja cassar Alexandre de Moraes, só como vingança, porque essa
é a orientação de Bolsonaro, para a qual convergem também os liberais
brasileiros, com ou sem disfarces.
O povo
rejeita a família e quer ver Bolsonaro preso, como mostra de novo a mais
recente pesquisa Datafolha. Esse povo não votaria em indicados por Bolsonaro. E
já avisou, em todas as pesquisas, que ele não significa mais o que significou
para quem vota contra Lula.
Mas as
lideranças da velha direita, os jornalões, a Fiesp de novo sob Skaf e o agro
pop ouvem Bolsonaro, como se ele fosse a voz na tornozeleira que amarrou todos
eles às ideias salvadoras do fascismo. A direita ouve e tenta se orientar pela
voz de um morto, e não há o que fazer.
O chefe
da organização criminosa, já abandonado pelos que ganharam projeção nas suas
costas, continua sendo escudo da direita sem rumo à procura de uma alternativa
que não existe até agora e talvez não se apresente mais uma vez.
Preso,
fracassado, abandonado. Mas é dele, por pacto, a alma da direita brasileira
sequestrada em 2018 e desde então sem forças para se autodeterminar. Flávio
Bolsonaro é manchete e será pauta por muito tempo, porque tudo que interessa à
direita depende da índole do bolsonarismo.
Bolsonaro
fez com que boa parte do Brasil virasse um grande PCC, com subfacções e alguns
meios tons, mas com todos submetidos à única estratégia capaz de enfrentar
Lula: é preciso pensar e agir como bolsonarista, mesmo que Bolsonaro seja dado
como morto.
• Aliados de Bolsonaro veem candidatura de
Flávio como tentativa de agradar Trump
A
repercussão das falas de Flávio Bolsonaro sobre sua pré-candidatura ao Planalto
provocou desconforto entre aliados e aprofundou a crise política em torno da
família. O senador se lançou candidato
na sexta-feira (5) e, apenas dois dias depois, no domingo (7), admitiu
publicamente que poderia desistir da disputa mediante “negociação”. As
informações são da jornalista Andréia Sadi, do g1.
O
movimento foi recebido como desastroso por lideranças do campo conservador, que
apontam falta de estratégia e desgaste crescente do grupo político ligado ao
ex-presidente Jair Bolsonaro. A oscilação provocou impacto direto no mercado
financeiro, derrubando a Bolsa e pressionando o dólar.
No
domingo, ao comentar a possibilidade de recuar da candidatura, Flávio declarou:
"Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho um preço para
isso, que eu vou negociar. Eu tenho um preço, só que eu só vou falar para vocês
amanhã". A afirmação reforçou percepções de que o gesto não tinha objetivo
eleitoral concreto, mas funcionaria como moeda de troca num cenário político
ainda incerto.
Nos
bastidores, aliados avaliam que a iniciativa do senador busca agradar o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diante do temor de que o governo
norte-americano retire as sanções contra autoridades brasileiras, entre elas
Alexandre de Moraes. Para interlocutores, a família Bolsonaro acredita que
lançar um nome próprio à Presidência poderia sinalizar força política e
preservar interlocução com Washington.
A
estratégia, porém, é vista internamente como arriscada. Caso Trump avance em
sua aproximação diplomática com o presidente Lula, a tentativa bolsonarista de
manter influência junto ao governo norte-americano pode naufragar,
representando mais uma derrota após a prisão de Jair Bolsonaro e sua
inelegibilidade.
Com o
ex-presidente atrás das grades por participação na tentativa de golpe de
Estado, a alternativa encontrada seria manter o sobrenome Bolsonaro no jogo
eleitoral de 2026, ainda que sem consenso dentro da própria direita. Lideranças
de centro-direita já enxergam o caminho aberto para construir uma candidatura
própria, distante das turbulências da família.
A
menção de Flávio a uma possível contrapartida — que incluiria, segundo o
portal, discussão sobre um projeto de anistia a condenados pelo STF pelo
envolvimento na trama golpista — ampliou a rejeição ao seu gesto entre
parlamentares e analistas políticos. Para muitos, a fala escancarou que a
pré-candidatura serviria mais como instrumento de barganha do que como projeto
de poder.
• Ciro Nogueira descarta candidatura de
Flávio Bolsonaro ao Planalto: 'não é viável'’
O
presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), declarou nesta
segunda-feira (8), em Curitiba, que considera inviável a candidatura do senador
Flávio Bolsonaro (PL) ao Planalto em 2026, defendendo que apenas os
governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Junior (PSD-PR)
reúnem força para liderar o campo conservador. As informações são da Folha de
S. Paulo.
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Ciro prioriza Tarcísio e Ratinho na disputa presidencial
O
senador afirmou que, apesar da relação pessoal com Flávio, considera
fundamental avaliar critérios objetivos. "O senador Flávio é um dos
melhores amigos que tenho na minha vida pública. Se eu tivesse que escolher
pessoalmente um candidato para suceder Bolsonaro, não tenho a menor dúvida de
que seria Flavio, pela minha relação com ele. Mas política não se faz só com
amizades. Se faz com pesquisas, com viabilidade, ouvindo os partidos aliados.
Isso não pode ser só uma decisão do PL", disse.
Ele
reforçou a necessidade de união do campo conservador. "É importante
unificarmos todo o campo político de centro e da direita, porque, caso
contrário, não vamos ganhar a eleição", afirmou.
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Relação pessoal com Flávio não define escolha política
Ciro
informou ainda que se reuniria com Flávio na mesma noite para conversar sobre
sua movimentação eleitoral. "Vou ouvi-lo, vamos dialogar para entender [o
motivo de ter se lançado candidato]", afirmou o presidente do PP.
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PP rejeita apoio a Sergio Moro no Paraná
Durante
a passagem por Curitiba, Ciro participou de uma reunião do diretório estadual
do PP, comandado no estado pelo deputado Ricardo Barros. O encontro definiu que
a sigla não apoiará a candidatura do senador Sergio Moro (União Brasil) ao
governo do Paraná.
• Centrão vê pulverização de candidaturas
de direita com Flávio Bolsonaro na disputa presidencial
A
possibilidade de nova fragmentação no campo da direita ganhou força após o
anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro ao Palácio do Planalto. A
movimentação, que resgata o protagonismo político da família Bolsonaro mesmo
após a condenação e prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, provocou reação
imediata em partidos do Centrão. As informações são do g1.
Lideranças
de centro-direita avaliam que a decisão de Jair Bolsonaro de impulsionar o nome
do filho desmontou a articulação em torno do governador de São Paulo, Tarcísio
de Freitas (Republicanos), considerado até então o nome mais viável para
unificar o campo conservador. Além do apoio do Centrão, o paulista tinha boa
interlocução com o mercado financeiro.
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Encontro com dirigentes e exigências vistas como inviáveis
Flávio
Bolsonaro participa nesta segunda-feira (8) de uma reunião com dirigentes de
partidos do Centrão, incluindo Ciro Nogueira (PP), Antônio Rueda (União),
Marcos Pereira (Republicanos) e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
Interlocutores afirmam que o senador não trabalha com a hipótese de apoio
automático dessas legendas e reconhece que outras candidaturas podem surgir no
mesmo espectro ideológico.
O
senador condicionou a retirada de seu nome à concessão de uma anistia ampla ao
ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por
tentativa de golpe de Estado e já cumprindo pena. Essa exigência foi
considerada “irrealista” por lideranças do Centrão, que avaliam não haver
ambiente político para aprovar qualquer medida desse tipo nas próximas semanas.
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Consolidação do legado e resistência interna
Para
dirigentes, o anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro tem como objetivo
central preservar o capital político do ex-presidente e manter mobilizada sua
base de apoiadores. Ainda assim, prevalece o entendimento de que não há
perspectiva de reversão da condenação no Congresso. O possível ajuste na
dosimetria da pena — única alternativa aventada — não conta com apoio do PL,
sigla de Jair Bolsonaro.
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Disputas internas e novos nomes na direita
Com o
esvaziamento momentâneo da unidade em torno de Tarcísio de Freitas, partidos do
Centrão e setores do PSD enxergam espaço para alternativas. Entre elas está a
possível candidatura do governador do Paraná, Ratinho Jr., vista como uma opção
ao eleitorado que rejeita tanto Lula quanto Bolsonaro na eleição de 2026.
Outros
governadores também aparecem no radar: Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e
Ronaldo Caiado (União), de Goiás. No campo mais ideológico, o dirigente do MBL
Renan Santos lançou seu nome à disputa, ampliando o cenário de pulverização.
Fonte:
Fórum/Brasil 247

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