sábado, 13 de dezembro de 2025

O continente africano é a fronteira a ser conquistada pela conectividade

A facilidade de acesso à internet por meio de redes sem fio, bem como a praticidade de armazenar e acessar dados em qualquer lugar por meio da nuvem (cloud computing) nos remete à falsa ideia de que são os satélites que provêm o acesso à internet. Contudo, mais de quinhentos cabos submarinos de fibra óptica conectam países e continentes, suportando essa infraestrutura. Atualmente, 99% dos dados são transmitidos no ciberespaço por meio desses cabos. Além de nossas mensagens, comunicações sigilosas de governos também trafegam por essa rede submarina, e por onde US$ 10 trilhões são transferidos em transações financeiras diariamente.

Da comunicação ao entretenimento, passando pelas finanças e as questões relacionadas à defesa, as sociedades são cada vez mais dependentes do ciberespaço. Essas transmissões viajam em velocidades de milissegundos por entre os abismos submarinos. No leito dos oceanos, cabos de fibra óptica em distâncias que podem variar entre 4 mil e 8 mil metros de profundidade, são, também, um dos vetores da inovação e um elemento necessário para o alcance e sucesso da economia digital.

No livro The Undersea Network, Nicole Starosielski diz que as rotas de cabos foram moldadas pela política territorial e que os laços políticos estabelecidos facilitaram o desenvolvimento da comunicação internacional.[1] No entanto, nos últimos anos, a relevância cada vez maior do domínio cibernético e o aumento do acesso à internet nos países do Sul Global transformaram a rede submarina em um campo de competição geopolítica, especialmente entre China e Estados Unidos. Além disso, a inversão nas propriedades dos cabos, a partir dos anos 2000, transformou empresas de tecnologia como Google, Meta, Microsoft e Amazon em proprietários ou sócios de consórcios de cerca de 66% dessas infraestruturas globais.

De acordo com dados do International Telecommunication Union (ITU), apenas 36% dos africanos têm acesso à internet, uma taxa significativamente inferior à média mundial de 75%. Contudo, essa ordem se inverte quando falamos da construção de cabos submarinos no continente africano. Segundo dados da consultoria especializada TeleGeography, a África se consolidou como o mercado de crescimento mais rápido do mundo para conectividade internacional. Entre 2019 e 2023, a capacidade de largura de banda do continente cresceu a uma taxa anual composta de 44%, superando todas as outras regiões globais. Esse crescimento foi impulsionado por um ciclo de investimento estimado em torno de US$ 13 bilhões, entre 2019 e 2023, em novos sistemas de cabos submarinos, como o 2Africa (construído pela Meta) e o Equiano (de propriedade do Google), que visam atender a uma demanda reprimida que cresce mais rápido do que em qualquer outro continente.

Nesse cenário, a construção de cabos submarinos no continente africano se torna o palco de um novo jogo de poder que coloca a conectividade no topo dessa disputa. Desde 2012, quando impediu a HMN Tech (anteriormente chamada Huawei Marine Networks) de fazer a manutenção de um cabo que conecta Estados Unidos e Canadá a Londres, a Casa Branca busca dificultar a instalação e operação de novos cabos por empresas chinesas, alegando questões de defesa nacional. Contudo, após ser proibida de operar em território estadunidense, a estratégia chinesa concentrou-se no Sul Global, onde o desejo por conexões alternativas aos Estados Unidos é crescente desde as revelações de Edward Snowden sobre a espionagem de Washington em 2013.

O Brasil, envolvido nos episódios da espionagem e que dependia totalmente da infraestrutura dos Estados Unidos para acessar a internet, decidiu ampliar suas conexões, voltando-se para o Sul Global. Nesse contexto, em 2018, foi construído o cabo SACS (South Atlantic Cable System), interligando o Brasil e Angola e tornando-se o primeiro cabo sul-sul entre a África e a América do Sul (a japonesa NEC foi a empresa escolhida para o projeto, superando a chinesa HMN Tech na disputa). Contudo, a HMN Tech retomou o avanço em 2020, ao construir o cabo SAIL (South Atlantic Inter Link), uma segunda conexão sul-sul entre o Brasil e Camarões. O SAIL, com 5.800 km, interligando diretamente a África à América Latina sem passar pelos Estados Unidos e Europa, reduziu drasticamente a latência sul-sul, tornando-se um grande marco técnico para a empresa chinesa.

Segundo Jonathan E. Hillman, autor do livro Rota da Seda Digital,[2] a construção do cabo SAIL, foi o grande marco técnico da HMN Tech, até aquele momento. Além disso, o autor considera que o SAIL estabelece um novo componente estratégico, pois agora, por meio da América do Sul, a China detém uma rota conectada diretamente à infraestrutura de internet que passa pelos Estados Unidos.

Neste sentido, o cabo PEACE é outro marco tecnológico e geopolítico da China. Construído em 2022, a infraestrutura de 25 mil km conecta Ásia, Oriente Médio, África e Europa. Os Estados Unidos trabalharam para impedir que o cabo chegasse até o porto de Marselha, na França, alegando que poderiam estar expostos à espionagem chinesa. Nesse sentido, os cabos chineses aterrados em locais estratégicos como no Djibuti representam um desafio significativo para a transmissão de dados de defesa. Os Estados Unidos possuem uma rede de cabos exclusiva para uso militar na região, no entanto, são dependentes da iniciativa privada para o envio desses dados, que podem acabar passando pelos centros de dados chineses instalados na região. Segundo Hillman, os países dependem cada vez mais de cabos submarinos para a execução de suas operações militares.

O interesse da China na África faz parte do seu projeto da Rota da Seda Digital (Digital Silk Road – DSR), voltado para a conectividade global por meio da expansão de cabos submarinos, redes 5G e data centers, visando a coleta de dados e o estabelecimento de seus padrões tecnológicos. É importante notar que a DSR é o braço de tecnologia e infraestrutura de comunicação da massiva iniciativa global chinesa Cinturão e Rota (Belt and Road Initiative – BRI), que busca integrar economicamente países por meio de projetos de infraestrutura. Nesse contexto, a África possui pontos estratégicos cruciais para a internet. O Egito, por exemplo, oferece a rota mais curta para cabos entre Ásia e Europa, conectando-se também à África e ao Oriente Médio. Dados do think tank Center for Strategic and International Studies (CSIS) consolidam o país como um ponto de estrangulamento global (choke point) para os sistemas de cabos submarinos, sendo responsável por cerca de 17% do tráfego global. Além disso, 90% das comunicações Ásia-Europa passam pelos cabos que aterrissam no Egito.

Enquanto a China busca expandir sua conectividade interligando países do Sul Global, os Estados Unidos, que não possuem cabos conectados à África, trabalham para impedir o avanço das redes chinesas no continente. Em 2020, por exemplo, a HMN Tech apresentou o melhor projeto para o SeaMeWe-6 – um cabo de 21 mil km ligando Singapura à França, que seria o maior da empresa. No entanto, a Casa Branca, preocupada com a possibilidade de espionagem, usou sua influência para transferir o contrato para a estadunidense SubCom. Além disso, o país, por meio da FCC (Federal Communications Commission), passou a impedir a conexão de cabos com Hong Kong, bem como a exigir uma análise rigorosa de segurança (securitização) para aceitar novas conexões em seu território.

Nesse cenário de competição pela conectividade, fundamental para a economia digital, o avanço da inteligência artificial e a defesa, os países buscam evitar a espionagem e a coleta de dados pelos adversários. Dessa forma, os novos cabos construídos pela China, ao evitarem zonas de influência estadunidense e estabelecerem seus próprios caminhos para a rede global, podem se tornar um problema em caso de aumento da polarização entre China e Estados Unidos. Isso porque os países poderão ser obrigados a escolher qual caminho utilizar para a internet, o que pode levar à negação de acesso por determinadas redes, no fenômeno chamado de “fragmentação da internet”.

Por causa da sua necessidade de conexão, a África é indiferente com essa disputa e emerge como um ator com poder de barganha crescente ao ser um polo de investimento para a infraestrutura de conectividade global. Por outro lado, além do continente possuir os pontos de estrangulamento mais importantes do planeta, como os já mencionados Djibuti e o Egito, que são vitais para a conectividade regional, possui uma grande quantidade empresas estatais de telecomunicações que fazem parte dos consórcios dos maiores cabos que aterrissam no continente, como a Telecom Egypt, que participa de grandes projetos como o 2Africa, entre outros que conectam Ásia, Europa e África.

No Brasil, o mercado de cabos é majoritariamente privado, com o Ministério da Comunicações e a Anatel atuando na regulação, mas não na operação dessas infraestruturas. Para se ter um exemplo, a Angola Telecom, uma empresa estatal angolana, é a principal acionista do consórcio Angola Cables, responsável pelo cabo SACS, demonstrando o envolvimento de uma estatal africana na infraestrutura sul-americana. Outros exemplos da América do Sul são a empresa estatal chilena Desarrollo País que, em parceria com o Google e outras privadas, está construindo o projeto do cabo Humboldt, que vai conectar o continente à região Ásia-Pacífico. O Uruguai, com a operadora estatal Antel, foi parceiro no projeto do cabo Tannat, que liga o Brasil ao Uruguai e à Argentina e foi construído pelo Google e Telxius. Existem exemplos de Venezuela e Equador, contudo, são as empresas privadas e gigantes da tecnologia, como Google e Meta, que são os principais impulsionadores da instalação de novos cabos na região.

Diante do cenário de intensa polarização e competição geopolítica submarina entre China e Estados Unidos, o continente africano emerge como um polo de investimento crucial para a conectividade global. Apesar dos desafios persistentes para a universalização da internet em seu território, a África tem sido o destino dos maiores aportes financeiros em novos sistemas de cabos nos últimos anos. Essa centralidade impõe ao Brasil a necessidade estratégica de consolidar e expandir suas conexões para além da tradicional dependência do eixo Norte Global, priorizando rotas diretas com o Sul Global.

Neste sentido, a busca por uma maior autonomia digital demanda ações concretas no âmbito da política e da legislação. O debate sobre o status dos cabos submarinos como infraestrutura crítica – algo ainda não explícito na legislação brasileira – torna-se urgente. A aprovação de políticas específicas, como o Projeto de Lei nº 270/2025 que institui a Política Nacional de Infraestruturas de Cabos Subaquáticos (PNICS), atualmente paralisado na Câmara dos Deputados, e a consideração da Tomada de Subsídios do Ministério das Comunicações sobre o tema, são passos fundamentais para organizar e proteger o setor.

Em última análise, as oportunidades do Brasil não se limitam apenas ao estabelecimento de novas conexões com a África. A vulnerabilidade exposta pela espionagem e a crescente privatização dessas redes, majoritariamente nas mãos de big techs, levantam a questão do controle. Para evitar ser forçado a escolher um lado na crescente polarização e o risco de uma “fragmentação da internet”, o Brasil pode e deve considerar um maior controle estatal ou uma participação mais ativa na governança dessas infraestruturas, garantindo a soberania e a segurança de sua economia digital.

¨      O discurso anti-somali de Trump representa um novo e chocante nível de baixeza. Por Moira Donegan

Na semana passada, enquanto agentes do ICE invadiam Minneapolis e St. Paul, as Cidades Gêmeas de Minnesota, e membros das comunidades migrantes se refugiavam na clandestinidade, Donald Trump desencadeou uma onda de intolerância contra a população somali da região, num momento de virulência chocantemente racista, mesmo para os seus baixos padrões. Animando-se no final de uma reunião de gabinete televisionada em 2 de dezembro, durante a qual por vezes pareceu lutar para se manter acordado, o presidente menosprezou os imigrantes somalis, muitos dos quais refugiados do longo conflito civil do país, chamando-os de ingratos e inadequados para residir nos Estados Unidos.

“Não os quero no nosso país”, disse Trump sobre os somalis étnicos, cerca de 80 mil dos quais vivem na região de Minneapolis. “O país deles não presta por um motivo.” Os comentários ecoaram publicações recentes do influente conselheiro do presidente, Stephen Miller, que assumiu grande parte da responsabilidade pela política de imigração. Referindo-se ao que chamou de “a mentira da imigração em massa” em uma publicação de 27 de novembro no X , Miller questionou a possibilidade de assimilação e sugeriu que imigrantes de países problemáticos contaminariam os Estados Unidos com uma espécie de incapacidade genética ou ontológica para a governança democrática. “Em grande escala, os migrantes e seus descendentes representam as condições e os horrores de suas pátrias destruídas”, escreveu Miller.

Na reunião de gabinete, Trump passou a menosprezar especificamente a deputada Ilhan Omar, de Minnesota, que chegou aos EUA ainda criança como refugiada da Somália e se tornou cidadã há mais de 25 anos. Ao falar de Omar e de pessoas como ela, Trump se referiu aos imigrantes somalis como "lixo" e sugeriu que eles não eram adequados para a América. "Vamos seguir o caminho errado se continuarmos aceitando lixo em nosso país."

“Essas são pessoas”, disse o presidente , “que não fazem nada além de reclamar… Quando vêm do inferno e reclamam e não fazem nada além de resmungar, não as queremos em seu país. Que voltem para de onde vieram e resolvam seus problemas”, disse Trump. Ele acrescentou , incorretamente, que “essas não são pessoas que trabalham”. JD Vance batia na mesa com um entusiasmo quase infantil enquanto Trump proferia seu discurso preconceituoso. Em um comício na terça-feira na Pensilvânia, o presidente continuou sua diatribe, dizendo sobre Omar : “Deveríamos expulsá-la daqui”.

Trump sempre foi abertamente racista, menosprezando imigrantes negros em particular com termos sarcásticos e frequentemente vulgares. Durante seu primeiro mandato, ele afirmou que os Estados Unidos não deveriam aceitar imigrantes do que chamou de "países de merda" – referindo-se ao Haiti e a algumas nações africanas – e disse que preferiria receber imigrantes da Noruega, declarações das quais se vangloriou no comício de terça-feira. Em seu segundo mandato, seu governo reorientou radicalmente a política americana de reassentamento de refugiados, fechando as portas do país para pessoas deslocadas de lugares como a Somália e dando preferência, entre o número bastante reduzido de vagas para refugiados, a africânderes brancos.

Para a comunidade somali-americana em Minnesota, a repressão tem sido devastadora. O ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos) tem como alvo imigrantes somalis na região; relatos sugerem que muitos na comunidade têm medo de sair de casa, o que significa que os negócios locais estão sofrendo.

Apesar de toda a seriedade de sua retórica e ações, o ataque racista de Trump pode ser mais um sinal de sua fraqueza. Trump frequentemente recorre ao racismo em momentos de fragilidade política, como nos últimos meses, após notícias econômicas persistentemente ruins, a divulgação repetida de novas informações de documentos antes confidenciais que evidenciam sua antiga proximidade com o falecido traficante sexual de menores Jeffrey Epstein, e o surgimento de fissuras em sua própria coalizão, à medida que alianças se desfazem e subordinados ambiciosos começam a calcular a melhor forma de garantir seu futuro após o fim de seu mandato.

Em tempos políticos tão turbulentos para Trump, o ressentimento supremacista branco, o sentimento xenófobo e os esforços para mobilizar sua base contra um inimigo comum têm sido uma estratégia comprovada. Mas talvez estejam produzindo resultados cada vez menores. Enquanto antes – talvez no início da trajetória de Trump na vanguarda da política nacional – tais comentários racistas poderiam ter provocado um ciclo de notícias de indignação liberal que servia para alimentar conflitos internos e satisfazer o ego da direita, agora, uma década após o início do trumpismo, os comentários racistas do presidente perderam parte de sua novidade. Até mesmo Ilhan Omar, alvo da ira de Trump e que enfrentou sérias ameaças à sua segurança após alguns de seus comentários no passado, pareceu pouco impressionada. Respondendo à diatribe de Trump em uma postagem nas redes sociais , ela disse: "Espero que ele receba a ajuda de que tanto precisa".

O ódio parece ser tudo o que o presidente tem a oferecer aos seus eleitores. Com sua popularidade em queda livre, a economia ainda cambaleando e sua própria eficácia diminuindo, ele está recorrendo à fonte de intolerância e ressentimento que impulsionou seus sucessos anteriores. Ao fazer isso, ele infligirá indignidade e sofrimento a pessoas inocentes; como sempre faz. Mas essa profunda fonte de raiva popular da classe trabalhadora branca, que serviu tão bem a Trump no passado, parece estar secando. Cada vez mais, é o próprio Trump que as pessoas estão com raiva.

¨      Eleições em Guiné-Bissau: autogolpe visa impedir vitória da oposição, denunciam entidades

O Núcleo Internacional da Diáspora Guineense e organizações da sociedade civil acabam de divulgar uma nota denunciando um autogolpe em Guiné-Bissau. Segundo o texto, a manobra do presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, visa impedir o reconhecimento da oposição como vencedora das eleições ocorridas em 23 de novembro. Os resultados preliminares davam vantagem expressiva a Fernando Dias da Costa em nove das dez regiões eleitorais.

Então, em 26 de novembro, véspera da divulgação oficial dos resultados, militares ligados a Embaló anunciaram a tomada do controle do país, localizado na costa atlântica ocidental da África, “suspendendo o funcionamento de instituições, interrompendo o processo eleitoral e declarando medidas de exceção”, afirma a declaração.

Anteriormente, para meios internacionais, Embaló alegou ter sido sequestrado por esses mesmos militares, os quais, por sua vez, afirmaram ter encontrado “armamento de guerra, um ‘plano de manipulação’ do processo eleitoral […] e tentativas de subversão da ordem”. As entidades destacam, porém, que não foram apresentadas evidências para as acusações.

Organizações internacionais, incluindo a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana (UA), a União Europeia (UE) e as Organizações das Nações Unidas (ONU), condenaram o suposto golpe alegado por Embaló. Em 1º de dezembro, a CEDEAO se reuniu com as forças no poder, mas a tensão social e institucional continuou se agravando. Um dia depois, um representante da Comissão Nacional de Eleições (CNE), sob possível ameaça dos militares, declarou como improcedente o processo eleitoral em curso, também sem justificativas sólidas.

A nota do Núcleo Internacional da Diáspora Guineense ressalta que a ação dos militares vai na contramão da Constituição da República da Guiné-Bissau e que “a interrupção do trabalho da CNE e a retenção de documentação eleitoral, sem um processo jurisdicional competente, lesa o direito ao sufrágio e a integridade do processo”. Além disso, a articulação militar ecoa o passado de instabilidade política no país, onde “sucessivos golpes, tentativas de golpe e episódios de violência política foram frequentes nas décadas de 1980, 1990, 2000, 2009 e 2012”, acrescenta o documento.

Diante desse cenário, as entidades exigem a publicação imediata dos resultados, a libertação dos presos políticos e o afastamento do autointitulado comando militar, afirmando que o país chegou ao limite entre paz e ruptura.

 

Fonte: Por Cícero Araujo Lisboa, no Le Monde/The Guardian/Diálogos do Sul Global

 

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