Status
de 'quase par' da China na estratégia dos EUA esconde ameaça iminente de
guerra, diz analista
A
Estratégia de Segurança Nacional de 2025 pode parecer mais branda no papel,
reposicionando a China de uma "ameaça" para um "concorrente
quase par" com potencial aparente para "remodelar" as relações
EUA-China, afirma o dr. John Gong, professor de economia da Universidade de
Negócios Internacionais e Economia de Pequim, à Sputnik.
A
redação da nova estratégia de
segurança dos EUA é,
no entanto, apenas uma fina camada de "paliativos" pacíficos,
afirma o especialista em China Jeff J. Brown à Sputnik.
Na
realidade, os aliados dos EUA, "Japão,
Taiwan, Filipinas e Austrália, estão sendo armados para o confronto, e
uma guerra convencional ainda é provável nos próximos 2 a 3 anos",
diz Brown, que também é fundador da Fundação Seek Truth From Facts.
Washington
"ainda promove o Quad Asiático – obviamente estruturado para conter a
China militarmente", observa ele, acrescentando que a Estratégia de
Segurança Nacional:
insiste
em "armar Taiwan até os dentes, para conter a China com 'superioridade
militar'";
pressiona
para "manter uma posição militar no mar do Sul da China sob pretextos
frágeis contra a China";
Austrália,
Taiwan, Japão e Coreia do Sul são instados a "gastar mais em armas para
'deter adversários', que são obviamente China, Coreia do Norte e Rússia";
as tarifas
norte-americanas também
permanecem em vigor.
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'Atores desonestos nos bastidores'
A CIA,
os departamentos de Guerra e de Estado dos EUA, o Legislativo dos EUA e o Mossad
israelense não
querem abrir mão dos lucros gerados por guerras intermináveis, observou o
especialista.
"Esses
atores do Estado profundo ocidental aprenderam há muito tempo a ignorar
ou sabotar quaisquer diretrizes que ameacem seus lucros sujos",
afirma ele.
Sem
mudanças na pirâmide de poder do Ocidente
Os EUA
planejam manter seus aliados comprando suas armas para "conter a
China", acredita Brown. A "lealdade" dos EUA à máquina de guerra
ocidental foi comprada por doadores bilionários que "não ficam mais ricos com a paz".
Desde
1963 e a presidência de John F. Kennedy, "nenhum presidente dos EUA teve
a liberdade de ser 'presidencial' em seu governo, como [Vladimir] Putin e
Xi [Jinping]", observa ele.
No que
diz respeito à China, é provável que ela "entregue seus desejos à
megalomania de Trump", enquanto se prepara silenciosamente para uma possível guerra
aberta",
conclui Brown.
¨
Japão pede apoio público dos EUA em meio a tensões com
China, afirma jornal
O
governo japonês pediu a Washington mais apoio público em meio às recentes
tensões crescentes com a China sobre a posição de Tóquio em relação a
Taiwan,
segundo o jornal britânico Financial Times.
Segundo
a publicação, Tóquio expressou sua frustração a Washington pela falta de apoio
dos altos funcionários norte-americano nas últimas semanas, desde que a primeira-ministra
japonesa, Sanae Takaichi, fez seus alertas à China sobre o envio de tropas para
Taiwan.
Devido
a essa situação, o embaixador do Japão nos Estados Unidos, Shigeo Yamada,
solicitou expressamente que o governo do presidente Donald
Trump “intensifique
seu apoio público a Tóquio”.
Em meio
às tensões entre os dois países, o único comentário de Washington sobre o
assunto veio do embaixador norte-americano no Japão, George Glass, que afirmou
que Trump e sua equipe “apoiam” Takaich. Um funcionário japonês declarou que,
embora não duvidem do compromisso dos EUA com o Japão, há “profunda decepção”
com o silêncio em torno dessa questão.
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Tensões entre a China e o Japão
As
tensões entre os dois países aumentaram em novembro, depois que Takaichi
afirmou que Tóquio responderia
com medidas caso Pequim enviasse forças militares para Taiwan, provocando uma
série de críticas e advertências do gigante asiático, incluindo a imposição de
sanções, a suspensão das relações econômicas, diplomáticas e militares e a
restrição do comércio.
Takaichi
tornou-se o primeiro líder japonês em décadas a associar publicamente uma
potencial crise no Estreito de Taiwan com o eventual envio de tropas japonesas.
Tradicionalmente,
os líderes do governo japonês evitam discutir detalhes de potenciais conflitos
sobre Taiwan e defendem a manutenção do status quo, mas Takaichi desviou-se
dessa posição , afirmando que se trata de “uma situação que ameaça a
sobrevivência” de Tóquio.
Em
resposta a essa situação, a China acusou o Japão
de um “ressurgimento do pensamento militarista” e denunciou a
possível revisão dos princípios sobre armas nucleares que estabelecem que
Tóquio não possuirá, fabricará ou permitirá a introdução de armas atômicas em
território japonês.
¨ China condena ameaça
militar do Japão: 'completamente inaceitável'
O
ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse na segunda-feira
(08/12) que o Japão está tentando
ameaçar militarmente seu país ao adotar uma postura pró-independência
de Taiwan, o que ele classificou como “completamente inaceitável”, informou a
agência Xinhua.
Durante
uma conversa com seu homólogo alemão, Johann Wadephul, Wang lembrou as muitas
vezes em que o Japão reconheceu oficialmente que o território taiwanês pertence
à China.
Entre
os documentos que ele mencionou estava a Declaração do Cairo, emitida em 1943,
que estipulava que os territórios tomados por Tóquio, incluindo a ilha,
deveriam ser devolvidos a Pequim. Ele também observou que essa declaração foi
reafirmada em 1945 na Proclamação de Potsdam, cujos termos foram totalmente
aceitos pelo então imperador japonês após sua rendição.
Além
disso, ele enfatizou que o parecer jurídico oficial da ONU confirma a soberania
chinesa sobre Taiwan, assim como a Declaração Conjunta Sino-Japonesa de 1972 e
o Tratado de Paz e Amizade de 1978 entre as duas nações. A esse respeito,
afirmou que “o status de Taiwan como território da China foi inequivocamente e
irreversivelmente confirmado por uma série de fatos históricos e jurídicos
irrefutáveis”.
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“É completamente inaceitável”
Após
observar que este ano marca o 80º aniversário do fim da ocupação
japonesa da
China, Wang comentou que Tóquio deveria ter adotado uma postura mais ponderada
e agido com maior cautela.
“No
entanto, agora sua atual líder está tentando explorar a questão de Taiwan — o
mesmo território que o Japão colonizou durante meio século, cometendo inúmeros
crimes contra o povo chinês — para criar problemas e ameaçar militarmente a
China. Isso é completamente inaceitável”, declarou ele.
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O incidente com os radares
Seus
comentários surgem após o Ministério da Defesa japonês ter anunciado, no último
fim de semana, que caças chineses Shenyang J-15 alvejaram caças japoneses F-15
com seus radares de controle de tiro sobre águas internacionais a sudeste da
ilha de Okinawa.
Um
porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China rejeitou essas
acusações como falsas e afirmou que o lado japonês
pretende enganar a comunidade internacional, exagerando o incidente com o radar.
Nesse sentido, o porta-voz afirmou que se trata de uma ação puramente
maliciosa, à qual Pequim se opõe veementemente.
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“Uma situação que ameaça a sobrevivência”
As
tensões entre as duas nações aumentaram em novembro, depois que a nova
primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, afirmou que Tóquio responderia com
medidas caso Pequim enviasse forças militares para Taiwan, provocando uma série
de críticas e advertências do gigante asiático, incluindo a imposição de
sanções, a suspensão das relações econômicas, diplomáticas e militares e a
restrição do comércio.
Takaichi
tornou-se a primeira líder japonesa em décadas a associar publicamente uma
potencial crise no Estreito de Taiwan ao eventual destacamento de tropas
japonesas. Embora os primeiros-ministros japoneses tradicionalmente evitem
discutir detalhes de potenciais conflitos sobre
Taiwan e
defendam a manutenção do status quo, Takaichi desviou-se dessa postura,
argumentando que se tratava de “uma situação que ameaça a sobrevivência” de
Tóquio.
Em
resposta, a China acusou o Japão do “ressurgimento do pensamento militarista” e
denunciou a possível revisão dos princípios sobre armas nucleares que
estabelecem que Tóquio não possuirá, fabricará ou permitirá a introdução de
armas atômicas em seu território.
¨ Posição do Japão
sobre Taiwan ‘é inaceitável’ para China, diz governo
O
governo chinês declarou, nesta quinta-feira (04/12), que a mais recente
declaração do Japão em relação a Taiwan “está longe de
ser uma resposta adequada e certamente é inaceitável para a China”.
Ao ser
questionado em coletiva de imprensa sobre a mais recente declaração da
primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, referente ao território
reivindicado por Pequim, Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações
Exteriores da China,
disse que os relatos da governante “provaram ser imprecisos”.
A
Televisão Central da China (CCTV) solicitou a Lin os comentários de Pequim
sobre a declaração de Takaichi, que teria afirmado na última terça-feira
(03/12) que seu país “compreende e respeita” a posição do governo chinês de que
“Taiwan é parte inalienável do território da República Popular da China”.
Contudo,
Lin rejeitou a declaração e disse que a premiê japonesa “simplesmente disse que
“a posição básica do governo japonês em relação a Taiwan permanece a mesma
declarada na Declaração Conjunta Sino-Japonesa de 1972, e não houve nenhuma
mudança nessa posição”, e nada mais”.
Ele
exigiu que “se a posição fundamental do Japão sobre Taiwan é de fato a que
consta na Declaração Conjunta Sino-Japonesa de 1972”, Takaichi deveria
“articulá-la de forma precisa e completa”.
“Por
que o Japão se recusa a declarar claramente os compromissos que assumiu e suas
obrigações legais? Qual a lógica e a motivação por trás dessa atitude? O Japão
deve uma explicação à China e à comunidade internacional”, instou.
Por
fim, alertou, mais uma vez, que Tóquio “reflita sobre seus erros e corrija-os”,
além de retratar-se sobre as “declarações equivocadas” de Takaichi, alertando
que suas falas receberam críticas “dentro e fora” do Japão.
“Os
fatos e os compromissos do Japão estão documentados em registros históricos.
Temos feito as mesmas perguntas há dias e ainda não recebemos resposta”,
concluiu a autoridade chinesa.
Em
novembro passado, Takaichi, afirmou que Tóquio “não reconhece o estatuto
jurídico de Taiwan”, referindo-se ao reconhecimento da ilha como território
chinês. Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, com a declaração,
além de “glorificar símbolos militaristas”, a
primeira-ministra “se alinhou com facções que se recusam a reconhecer a
agressão passada [na Segunda Guerra Mundial] do Japão”.
¨
Japão fortalece suas ilhas do sul perto de Taiwan para
confrontar China, diz mídia
Ao
prosseguir com sua política de militarização, o Japão concentra suas forças na
ilha mais próxima a Taiwan, Yonaguni, aportando o maior acúmulo de recursos
militares em pelo menos quatro décadas, informa a agência Bloomberg.
Localizada
a apenas 110 quilômetros a leste de Taiwan, a ilha de
Yonaguni torna-se um posto avançado que o Japão, junto com o governo
norte-americano, quer militarizar para confrontar a China em um eventual
conflito.
"Ao
longo da cadeia de 160 ilhas de Ryukyu, o Japão está construindo rapidamente
baterias de mísseis, torres de radar, depósitos de munição e outras instalações
de combate", refere a matéria.
Segundo a publicação, o governo
japonês começa a implantar grandes forças militares e instalações na ilha
de Kyushu, a mais meridional das quatro principais ilhas do
Japão, incluindo caças F-35 e mísseis de longo alcance, e
expande o corpo de fuzileiros navais dos EUA, conhecido como equipe de
desembarque rápido.
A
premiê japonesa, Sanae Takaichi, prometeu atingir um nível de gastos com
defesa de 2% do PIB neste ano fiscal, dois anos antes do previsto — uma
declaração que mereceu elogios da administração Trump.
Todas
essas atividades demonstram a abordagem
alarmante da militarização do Japão, o que não pode deixar de suscitar
preocupações em Pequim.
O
porta-voz das Forças Armadas chinesas, Jiang Bin, disse que Tóquio "violou
repetidamente as restrições da Constituição pacifista", referindo-se ao
aumento planejado do orçamento militar do governo japonês.
Jiang
disse que o Japão está "aumentando drasticamente os gastos com defesa,
incentivando a exportação de armas letais e buscando modificar os
três princípios antinucleares", o que, em sua opinião, indica
um "ressurgimento do militarismo".
"Pedimos
ao Japão que respeite rigorosamente as obrigações que o direito
internacional impõe ao país derrotado, pare de desafiar a ordem internacional
do pós-guerra e não diga uma coisa e faça outra", declarou Jiang Bin.
Entretanto,
conforme a publicação, parte significativa da população civial que mora na ilha
de Yonaguni está preocupada com o aumento da
infraestrutura militar na localidade.
"Alguns
dos cerca de 1.500 habitantes da ilha estão ficando cada vez mais nervosos com
o fornecimento de armas e estão buscando mais clareza das autoridades japonesas
sobre seus planos futuros", afirma a agência.
O
Ministério das Relações Exteriores da China declarou que o
ressurgimento do militarismo japonês e o fortalecimento do poder militar do
Japão são inaceitáveis e expressou preocupação com a mudança na
ordem internacional do pós-guerra.
Fonte:
Opera Mundi/Sputnik Brasil

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