A
escalada da tensão entre Venezuela e EUA, dia a dia: bombardeios, porta-aviões
e ameaça direta de ataque
A
chegada de Donald Trump ao poder no começo deste ano nos Estados Unidos marcou
uma escalada nas tensões militares com a
Venezuela.
O primeiro ato do presidente sobre a Venezuela, em fevereiro, foi designar
organizações criminosas do país como grupos terroristas. Isso abriu caminho
para deportações nos EUA de dezenas de venezuelanos — que foram acusados pelo
governo americano de integrarem esses grupos. As deportações acabaram suspensas
por uma decisão da Justiça americana.
Em
agosto, os EUA aumentaram a recompensa por informações que levassem à prisão do
presidente Nicolás Maduro; e começaram a enviar navios, jatos e um submarino
nuclear ao mar do Caribe. Em setembro, forças americanas começaram a atacar
barcos no Caribe e no Pacífico. O governo americano diz que as embarcações
estavam transportando drogas da América do Sul para os EUA. Mais recentemente,
há relatos de conversas telefônicas entre Trump e Maduro — com um ultimato do
governo americano para que o venezuelano deixe o país. Os EUA também
autorizaram operações especiais da agência de inteligência CIA na Venezuela e
ameaçaram realizar uma ação terrestre no país. No final de novembro, o governo
americano fechou o espaço aéreo venezuelano. Cidadãos americanos receberam a
recomendação de não visitar a Venezuela ou deixar o país, caso estejam lá.
Confira
abaixo a cronologia do aumento das tensões entre EUA e Venezuela.
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A cronologia da tensão EUA-Venezuela
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20 de fevereiro
O
governo de Donald Trump designou oito organizações criminosas como grupos
terroristas. Entre elas está o venezuelano Tren de Araguas.
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16 de março
Os
EUA deportaram mais de 200 venezuelanos acusados de
participar do Tren de Aragua. Eles foram enviados por avião a El Salvador, cujo
governo teria recebido pagamentos para manter os venezuelanos em suas prisões. No
mês seguinte, a Suprema Corte dos Estados Unidos ordenou que o governo do
presidente Donald Trump suspendesse a deportação de venezuelanos com base em uma lei de guerra do
século 18.
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18 de julho
Os governos dos EUA e da Venezuela
realizaram uma troca de prisioneiros com a mediação do presidente de El
Salvador, Nayib Bukele. Um total de 252 venezuelanos que haviam sido deportados
dos Estados Unidos em março e estavam no Centro de Confinamento de Terroristas
(Cecot), uma prisão de segurança máxima em El Salvador, foram enviados à
Venezuela. Em troca, o governo de Nicolás Maduro libertou dez cidadãos
americanos detidos na Venezuela e um número não especificado de venezuelanos
que Washington considera presos políticos.
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8 de agosto
Os EUA dobraram uma recompensa por
informações que
levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões, acusando-o de ser "um dos
maiores narcotraficantes do mundo".
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19 de agosto
Navios militares americanos foram
despachados para águas do Caribe, próximas à costa da Venezuela. A
justificativa do governo de Donald Trump é que os navios combateriam o
narcotráfico vindo da América Latina. Maduro respondeu mobilizando uma milícia civil, a Milícia
Bolivariana, que fez uma nova ronda de alistamentos voluntários.
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2 de setembro
Os EUA
realizaram o primeiro ataque a embarcações que
vinham da Venezuela no
mar do Caribe. Segundo Trump, a operação matou 11 "narcoterroristas".
Ele afirmou que a embarcação estava em águas internacionais, no sul do Mar do
Caribe, e transportava drogas ilegais com destino aos EUA. A ação tinha como
alvo membros da gangue venezuelana Tren de Aragua. Na sua rede social Truth
Social, Trump escreveu: "O ataque resultou em 11 terroristas mortos em
ação. Nenhum militar americano foi ferido. Que isso sirva de aviso para
qualquer um que esteja pensando em trazer drogas para os Estados Unidos da
América. Cuidado!" Dias depois, Donald Trump ordenou o envio de 10 jatos F-35 para
Porto Rico.
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15 de setembro
As
Forças Armadas americanas realizaram o segundo ataque a uma embarcação que
teria partido da Venezuela levando drogas para os EUA. Segundo Trump, a
operação resultou na morte de três homens e nenhum militar americano ficou
ferido durante o ataque. Mais cedo naquele dia, Trump havia declarado que o
país continua recebendo muitos carregamentos de drogas e que "muitos deles
vêm da Venezuela".
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19 de setembro
Três
pessoas foram mortas no terceiro ataque do mesmo tipo no mar do Caribe. Trump
alegou que elas trabalhavam para uma "organização terrorista" não
especificada.
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2 de outubro
Um
memorando vazado enviado ao Congresso americano – e divulgado pela imprensa
local – revelou que o governo americano decidiu que está
em um "conflito armado não internacional" com cartéis de
drogas. O documento afirma que Trump considera os cartéis de drogas grupos
armados não estatais e que suas ações equivalem a "um ataque armado contra
os EUA". Na mesma semana, Trump havia dito que seu governo está
considerando atacar as operações de cartéis de drogas "que chegam por
terra" aos EUA vindos da Venezuela.
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3 de outubro
Os EUA
realizaram o quarto ataque a barcos em águas
internacionais na
costa da Venezuela, matando quatro pessoas.
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14 de outubro
Os EUA
anunciam terem realizado o quinto ataque a barcos, que teria matado seis homens
no Caribe. Trump afirma que informações de inteligência indicavam que a
embarcação estava "traficando narcóticos" e "estava associada a
redes ilícitas de narcoterrorismo".
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15 de outubro
Trump
confirmou que autorizou a agência de inteligência
CIA a conduzir "operações secretas" dentro da Venezuela — e disse que
estava considerando ataques a cartéis de drogas no país. Esse tipo de operação
ocorre, por exemplo, quando serviços militares ou de inteligência realizam
ataques ou assassinatos em outro país — mesmo que os exércitos dos dois países
não estejam combatendo diretamente um ao outro.
Trump
disse que os EUA "estão analisando operações em terra" enquanto
consideram novos ataques na região.
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16 de outubro
EUA
realizam o sexto ataque a barcos no mar do Caribe. Duas pessoas teriam
morrido e outras duas teriam sobrevivido. Os sobreviventes foram encaminhados
para Colômbia e Equador.
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17 de outubro
Sétimo
ataque dos EUA a embarcações no mar do Caribe, com morte de três pessoas — EUA
alegam que elas tinham relações com a Colômbia.
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21 de outubro
EUA
lançam seu oitavo ataque contra uma embarcação supostamente envolvida com
narcotráfico, matando duas pessoas. Pela primeira vez o ataque acontece no
Oceano Pacífico.
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22 de outubro
Nono
ataque dos EUA a embarcações, com três mortes. É o segundo ataque no Pacífico.
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24 de outubro
Décimo
ataque dos EUA, desta vez próximo ao litoral da Venezuela. O governo americano
diz que a embarcação pertencia ao Tren de Aragua. Os EUA anunciam que estão
deslocando o maior navio de guerra do mundo, o porta-aviões USS Gerald R. Ford,
para o Caribe — marcando uma grande escalada militar
na região.
Já foram enviados outros navios de guerra, um submarino nuclear e aeronaves
F-35.
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27 de outubro
Três
ataques a barcos — a maior ação americana até o momento — mataram 14 pessoas no
Pacífico. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que os EUA atacaram
quatro supostos barcos de narcotráfico.
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29 de outubro
No 14º
ataque americano, Hegseth afirma que os militares dos EUA mataram quatro
pessoas em um barco que transportava drogas no Pacífico Oriental.
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1º de novembro
Hegseth
publica outro vídeo anunciando o 15º ataque. Segundo o secretário, a embarcação
no Caribe era operada por uma organização terrorista cujo nome não foi
revelado. Três pessoas teriam morrido.
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4 de novembro
No 16º
ataque conhecido, Hegseth afirma que duas pessoas morreram a bordo de um barco
no Pacífico.
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6 de novembro
Hegseth
anuncia o 17º ataque, com três mortes.
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9 de novembro
Mais
dois ataques americanos a embarcações no Pacífico, com seis mortes.
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10 de novembro
O 20º
ataque americano mata mais quatro pessoas.
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12 de novembro
O maior
navio de guerra do mundo, o USS Gerald R. Ford, chega à América Latina — o que
alguns analistas veem como mais um passo na escalada militar dos
Estados Unidos na região.
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15 de novembro
Três
pessoas morrem em mais um ataque no Pacífico.
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16 de novembro
Os EUA
anunciaram que irão designar o Cartel de los Soles como
uma organização terrorista. Washington acusa o presidente venezuelano Nicolás
Maduro e outras figuras de seu governo de liderarem o cartel. Maduro nega
veementemente as acusações.
Designar
organizações como grupos terroristas concede às forças policiais e militares
americanas maiores poderes para alvejá-las e desmantelá-las.
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28 de novembro
O
jornal americano New York Times afirma que Trump falou por telefone com Maduro. A conversa teria
acontecido na semana anterior. Segundo o jornal, Trump e Maduro discutiram uma
possível reunião entre ambos, nos Estados Unidos, embora o país norte-americano
continue ameaçando uma ação militar contra a Venezuela. Um porta-voz da Casa
Branca se recusou os pedidos do jornal de comentar a conversa entre Trump e
Maduro. O governo venezuelano também não respondeu ao pedido de comentários do
Times. No entanto, duas pessoas próximas do governo venezuelano confirmaram
aque a ligação entre os dois líderes aconteceu. Nenhuma delas quis se
identificar por não estar autorizada a falar publicamente sobre o assunto.
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29 de novembro
Trump
anunciou que o espaço aéreo "sobre" e
"nos arredores" da Venezuela será fechado "por completo". "A todas as
companhias aéreas, pilotos, narcotraficantes e traficantes de pessoas: por
favor considerem o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela fechados em sua
totalidade", escreveu na rede social Truth Social. O governo venezuelano
acusou Trump de fazer uma "ameaça colonialista". O Ministério das
Relações Exteriores classificou a declaração como "mais uma agressão
extravagante, ilegal e injustificada contra o povo venezuelano".
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2 de dezembro
O
governo Trump anuncia a suspensão dos pedidos de imigração apresentados
por cidadãos da Venezuela, de Cuba, do Haiti e de outros 16 países não
europeus. Trump afirma que uma ação terrestre no país aconteceria
"muito em breve". "Sabe, por terra é muito mais fácil, muito
mais fácil. E nós sabemos as rotas que eles [traficantes] usam. Sabemos tudo
sobre eles. Sabemos onde moram. Sabemos onde os caras maus moram, e vamos
começar isso muito em breve também", disse o presidente americano na Casa
Branca. No dia seguinte, o governo americano recomendou a seus cidadãos que não
viajem para a Venezuela e, para aqueles que estão no país sul-americano, que
tentem sair de lá.
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4 de dezembro
Quatro
pessoas morrem que seria o 22º ataque americano a barcos suspeitos de
narcotráfico. O ataque aconteceu no Pacífico.
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Cartel de los Soles. O falso argumento para atacar
Os Estados Unidos designaram o
Cartel de los Soles (Cartel dos Sóis, em espanhol) — um grupo que, segundo os
EUA, é liderado pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e por outros
integrantes de seu governo — como uma organização terrorista estrangeira. Essa
designação dá às agências de segurança e aos militares dos EUA mais poderes
para investigar e desmantelar o grupo. Nos últimos meses, os EUA intensificaram
a pressão sobre Maduro, considerando seu governo ilegítimo após a eleição de
2024, amplamente rejeitada por acusações de fraude. A medida representa mais
um instrumento para aumentar a pressão.
Mas,
por outro lado, questionamentos sobre a existência do Cartel de los Soles também têm
ganhado força. O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela rejeitou a
designação "de forma categórica, firme e absoluta", a descrevendo
como "uma mentira nova e ridícula". Não surpreendentemente, o
ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, há muito chama o
cartel de "fabricação".
Cabello,
apontado pelos EUA como um dos integrantes de alto escalão do cartel, acusa
autoridades americanas de usar a alegação como pretexto para atingir
adversários. "Sempre que alguém os incomoda, nomeiam a pessoa como chefe
do Cartel de los Soles", disse Cabello em agosto.
Gustavo
Petro, presidente de esquerda da vizinha Colômbia, também negou a existência do
cartel. "É uma desculpa fictícia da extrema-direita para derrubar governos
que não lhes obedecem", escreveu Petro na rede social X, em agosto. O
Departamento de Estado dos EUA mantém, porém, que o Cartel de los Soles não
apenas existe como também "corrompeu as forças militares, de inteligência,
o Legislativo e o Judiciário da Venezuela". Especialistas consultados pela
BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) dizem que a verdade está em algum
ponto no meio dessas alegações.
O termo
Cartel de los Soles surgiu no início da década de 1990. Ele foi cunhado pela
imprensa venezuelana após acusações de tráfico de drogas contra um general
responsável pelas operações antidrogas na Guarda Nacional da Venezuela, e se
referia à insígnia em forma de sol usada pelos generais nas ombreiras para
indicar sua patente. Mike LaSusa, especialista em crime organizado nas Américas
e diretor adjunto de conteúdo da Insight Crime, afirmou que o termo logo passou
a ser usado para todos os funcionários venezuelanos supostamente ligados ao
tráfico de drogas, independentemente de integrarem ou não a mesma organização.
Raúl
Benítez-Manau, especialista em crime organizado da Universidade Nacional
Autônoma do México (UNAM), afirmou que as atividades do grupo começaram no
final da década de 1980 e início da década de 1990, em resposta aos
acontecimentos na vizinha Colômbia, a maior produtora de cocaína do mundo. Na
época, o poderoso Cartel de Medellín, baseado na cidade colombiana de mesmo
nome, estava sendo desmantelado, e uma ofensiva antidrogas no país apresentava
resultados.
Com as
rotas de contrabando tradicionais sob pressão, argumenta Benítez-Manau, o
Cartel de los Soles passou a oferecer caminhos alternativos para transportar
cocaína da Colômbia. O grupo se fortaleceu nos primeiros anos da presidência de
Hugo Chávez (1954-2013), presidente de esquerda que liderou a Venezuela de 1999
até sua morte em 2013, segundo Benítez-Manau. "Chávez gostava de desafiar
os EUA e cortou todos os vínculos de cooperação militar entre o exército
venezuelano e os EUA", explicou Benítez-Manau.
Sem a
supervisão da Drug Enforcement Administration (DEA, agência antidrogas dos
EUA), "alguns oficiais do Exército [venezuelano] se sentiram à vontade
para fazer negócios com criminosos", disse. A simpatia de Chávez pelas
guerrilhas de esquerda das Farc, na Colômbia — que se financiavam em grande
parte pelo tráfico de cocaína — também redirecionou parte do tráfico pela
Venezuela, acrescentou. Sob pressão militar na Colômbia, o grupo guerrilheiro
transferiu algumas operações para a Venezuela, seguro de que o presidente
venezuelano "os via como aliados ideológicos de esquerda", explicou
Benítez-Manau.
Wesley
Tabor, ex-agente da DEA que atuou na Venezuela, disse que as Farc encontraram
não apenas "um refúgio seguro na Venezuela", mas também que muitos
funcionários do governo, "da polícia de rua à aviação militar",
rapidamente se tornaram parceiros no tráfico de drogas. Juntos, eles
"começaram a inundar os EUA com centenas de toneladas de cocaína",
afirmou. O Cartel de los Soles, portanto, difere de outras redes de drogas por
não ter uma estrutura formal, disse LaSusa. Não se trata de um grupo em si,
disse ele, mas de "um sistema de corrupção generalizada". Ele
acrescenta que o cartel tem sido alimentado pela crise econômica que atingiu a
Venezuela sob o sucessor de Chávez, Nicolás Maduro. "O regime de Maduro
não consegue oferecer um salário decente às forças de segurança e, para manter
a lealdade delas, permite que aceitem subornos de traficantes", explicou
LaSusa.
Oficiais
de patente média e baixa que controlam os principais pontos de entrada e saída
do país, como aeroportos, compõem o Cartel de los Soles, disse Benítez-Manau,
pois estão em posição privilegiada para facilitar o fluxo de drogas. Mas
autoridades dos EUA insistem que os tentáculos do cartel alcançam os mais altos
escalões do governo de Maduro, incluindo o próprio presidente.
Em
2020, o Departamento de Justiça dos EUA acusou Maduro e 14 outros de conspirar
com grupos armados colombianos para enviar cocaína aos EUA. Entre os
funcionários de alto escalão citados estavam o ministro da Defesa, Vladimir
Padrino, e o ex-presidente do Supremo Tribunal da Venezuela, Maikel Moreno. Na
denúncia, os promotores americanos também afirmaram que, desde pelo menos 1999,
o Cartel de los Soles era liderado e administrado por Maduro, pelo ministro do
Interior, Diosdado Cabello, pelo ex-chefe de inteligência militar Hugo Carvajal
e pelo ex-general Clíver Alcalá. Segundo eles, as informações fornecidas por
ex-oficiais venezuelanos de alta patente, incluindo Carvajal e Alcalá,
confirmam essas acusações.
Leamsy
Salazar, ex-chefe de segurança do falecido Hugo Chávez, forneceu informações
sobre o Cartel de los Soles às autoridades dos EUA já em 2014. Salazar, que
deixou a Venezuela com ajuda da DEA, disse que Cabello liderava o Cartel de los
Soles. Cabello negou a acusação, afirmando se tratar de uma "conspiração
internacional". Mas as denúncias de ex-funcionários venezuelanos
continuaram.
Em
2020, o general Alcalá se entregou a agentes da DEA após desentendimentos com o
governo de Maduro e se declarou culpado por apoiar as Farc e suas operações de
tráfico de cocaína. No início deste ano, o ex-chefe de inteligência venezuelano
Hugo Carvajal, que também fugiu da Venezuela após discordar de Maduro, se
declarou culpado em um tribunal dos EUA por tráfico de drogas e
narcoterrorismo. "Durante anos, ele e outros oficiais do Cartel de los
Soles usaram cocaína como arma, inundando Nova York e outras cidades americanas
com veneno", disse um promotor federal sobre Carvajal, conhecido como
"El Pollo" (A Galinha), durante o julgamento.
Maduro
e o ministro do Interior, Cabello, permanecem na Venezuela, mas os EUA
aumentaram recentemente as recompensas por informações que levem à captura
deles para US$ 50 milhões (R$ 190 milhões) e US$ 25 milhões (R$ 95 milhões),
respectivamente. No entanto, o governo de Maduro há muito rejeita as acusações
de tráfico de drogas como uma tentativa dos Estados Unidos de justificar a
derrubada do presidente. Em comunicado divulgado no dia 24/11, o ministério das
Relações Exteriores da Venezuela classificou a designação do Cartel de los
Soles como organização terrorista como "uma fabricação ridícula". O
governo insistiu que o Cartel de los Soles é "inexistente" e que a
medida constitui "uma mentira vil para justificar uma intervenção
ilegítima e ilegal contra a Venezuela".
Fonte:
BBC News Mundo

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