quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

A escalada da tensão entre Venezuela e EUA, dia a dia: bombardeios, porta-aviões e ameaça direta de ataque

A chegada de Donald Trump ao poder no começo deste ano nos Estados Unidos marcou uma escalada nas tensões militares com a Venezuela. O primeiro ato do presidente sobre a Venezuela, em fevereiro, foi designar organizações criminosas do país como grupos terroristas. Isso abriu caminho para deportações nos EUA de dezenas de venezuelanos — que foram acusados pelo governo americano de integrarem esses grupos. As deportações acabaram suspensas por uma decisão da Justiça americana.

Em agosto, os EUA aumentaram a recompensa por informações que levassem à prisão do presidente Nicolás Maduro; e começaram a enviar navios, jatos e um submarino nuclear ao mar do Caribe. Em setembro, forças americanas começaram a atacar barcos no Caribe e no Pacífico. O governo americano diz que as embarcações estavam transportando drogas da América do Sul para os EUA. Mais recentemente, há relatos de conversas telefônicas entre Trump e Maduro — com um ultimato do governo americano para que o venezuelano deixe o país. Os EUA também autorizaram operações especiais da agência de inteligência CIA na Venezuela e ameaçaram realizar uma ação terrestre no país. No final de novembro, o governo americano fechou o espaço aéreo venezuelano. Cidadãos americanos receberam a recomendação de não visitar a Venezuela ou deixar o país, caso estejam lá.

Confira abaixo a cronologia do aumento das tensões entre EUA e Venezuela.

>>>> A cronologia da tensão EUA-Venezuela

<><> 20 de fevereiro

O governo de Donald Trump designou oito organizações criminosas como grupos terroristas. Entre elas está o venezuelano Tren de Araguas.

<><> 16 de março

Os EUA deportaram mais de 200 venezuelanos acusados de participar do Tren de Aragua. Eles foram enviados por avião a El Salvador, cujo governo teria recebido pagamentos para manter os venezuelanos em suas prisões. No mês seguinte, a Suprema Corte dos Estados Unidos ordenou que o governo do presidente Donald Trump suspendesse a deportação de venezuelanos com base em uma lei de guerra do século 18.

<><> 18 de julho

Os governos dos EUA e da Venezuela realizaram uma troca de prisioneiros com a mediação do presidente de El Salvador, Nayib Bukele. Um total de 252 venezuelanos que haviam sido deportados dos Estados Unidos em março e estavam no Centro de Confinamento de Terroristas (Cecot), uma prisão de segurança máxima em El Salvador, foram enviados à Venezuela. Em troca, o governo de Nicolás Maduro libertou dez cidadãos americanos detidos na Venezuela e um número não especificado de venezuelanos que Washington considera presos políticos.

<><> 8 de agosto

Os EUA dobraram uma recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões, acusando-o de ser "um dos maiores narcotraficantes do mundo".

<><> 19 de agosto

Navios militares americanos foram despachados para águas do Caribe, próximas à costa da Venezuela. A justificativa do governo de Donald Trump é que os navios combateriam o narcotráfico vindo da América Latina. Maduro respondeu mobilizando uma milícia civil, a Milícia Bolivariana, que fez uma nova ronda de alistamentos voluntários.

<><> 2 de setembro

Os EUA realizaram o primeiro ataque a embarcações que vinham da Venezuela no mar do Caribe. Segundo Trump, a operação matou 11 "narcoterroristas". Ele afirmou que a embarcação estava em águas internacionais, no sul do Mar do Caribe, e transportava drogas ilegais com destino aos EUA. A ação tinha como alvo membros da gangue venezuelana Tren de Aragua. Na sua rede social Truth Social, Trump escreveu: "O ataque resultou em 11 terroristas mortos em ação. Nenhum militar americano foi ferido. Que isso sirva de aviso para qualquer um que esteja pensando em trazer drogas para os Estados Unidos da América. Cuidado!" Dias depois, Donald Trump ordenou o envio de 10 jatos F-35 para Porto Rico.

<><> 15 de setembro

As Forças Armadas americanas realizaram o segundo ataque a uma embarcação que teria partido da Venezuela levando drogas para os EUA. Segundo Trump, a operação resultou na morte de três homens e nenhum militar americano ficou ferido durante o ataque. Mais cedo naquele dia, Trump havia declarado que o país continua recebendo muitos carregamentos de drogas e que "muitos deles vêm da Venezuela".

<><> 19 de setembro

Três pessoas foram mortas no terceiro ataque do mesmo tipo no mar do Caribe. Trump alegou que elas trabalhavam para uma "organização terrorista" não especificada.

<><> 2 de outubro

Um memorando vazado enviado ao Congresso americano – e divulgado pela imprensa local – revelou que o governo americano decidiu que está em um "conflito armado não internacional" com cartéis de drogas. O documento afirma que Trump considera os cartéis de drogas grupos armados não estatais e que suas ações equivalem a "um ataque armado contra os EUA". Na mesma semana, Trump havia dito que seu governo está considerando atacar as operações de cartéis de drogas "que chegam por terra" aos EUA vindos da Venezuela.

<><> 3 de outubro

Os EUA realizaram o quarto ataque a barcos em águas internacionais na costa da Venezuela, matando quatro pessoas.

<><> 14 de outubro

Os EUA anunciam terem realizado o quinto ataque a barcos, que teria matado seis homens no Caribe. Trump afirma que informações de inteligência indicavam que a embarcação estava "traficando narcóticos" e "estava associada a redes ilícitas de narcoterrorismo".

<><> 15 de outubro

Trump confirmou que autorizou a agência de inteligência CIA a conduzir "operações secretas" dentro da Venezuela — e disse que estava considerando ataques a cartéis de drogas no país. Esse tipo de operação ocorre, por exemplo, quando serviços militares ou de inteligência realizam ataques ou assassinatos em outro país — mesmo que os exércitos dos dois países não estejam combatendo diretamente um ao outro.

Trump disse que os EUA "estão analisando operações em terra" enquanto consideram novos ataques na região.

<><> 16 de outubro

EUA realizam o sexto ataque a barcos no mar do Caribe. Duas pessoas teriam morrido e outras duas teriam sobrevivido. Os sobreviventes foram encaminhados para Colômbia e Equador.

<><> 17 de outubro

Sétimo ataque dos EUA a embarcações no mar do Caribe, com morte de três pessoas — EUA alegam que elas tinham relações com a Colômbia.

<><> 21 de outubro

EUA lançam seu oitavo ataque contra uma embarcação supostamente envolvida com narcotráfico, matando duas pessoas. Pela primeira vez o ataque acontece no Oceano Pacífico.

<><> 22 de outubro

Nono ataque dos EUA a embarcações, com três mortes. É o segundo ataque no Pacífico.

<><> 24 de outubro

Décimo ataque dos EUA, desta vez próximo ao litoral da Venezuela. O governo americano diz que a embarcação pertencia ao Tren de Aragua. Os EUA anunciam que estão deslocando o maior navio de guerra do mundo, o porta-aviões USS Gerald R. Ford, para o Caribe — marcando uma grande escalada militar na região. Já foram enviados outros navios de guerra, um submarino nuclear e aeronaves F-35.

<><> 27 de outubro

Três ataques a barcos — a maior ação americana até o momento — mataram 14 pessoas no Pacífico. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que os EUA atacaram quatro supostos barcos de narcotráfico.

<><> 29 de outubro

No 14º ataque americano, Hegseth afirma que os militares dos EUA mataram quatro pessoas em um barco que transportava drogas no Pacífico Oriental.

<><> 1º de novembro

Hegseth publica outro vídeo anunciando o 15º ataque. Segundo o secretário, a embarcação no Caribe era operada por uma organização terrorista cujo nome não foi revelado. Três pessoas teriam morrido.

<><> 4 de novembro

No 16º ataque conhecido, Hegseth afirma que duas pessoas morreram a bordo de um barco no Pacífico.

<><> 6 de novembro

Hegseth anuncia o 17º ataque, com três mortes.

<><> 9 de novembro

Mais dois ataques americanos a embarcações no Pacífico, com seis mortes.

<><> 10 de novembro

O 20º ataque americano mata mais quatro pessoas.

<><> 12 de novembro

O maior navio de guerra do mundo, o USS Gerald R. Ford, chega à América Latina — o que alguns analistas veem como mais um passo na escalada militar dos Estados Unidos na região.

<><> 15 de novembro

Três pessoas morrem em mais um ataque no Pacífico.

<><> 16 de novembro

Os EUA anunciaram que irão designar o Cartel de los Soles como uma organização terrorista. Washington acusa o presidente venezuelano Nicolás Maduro e outras figuras de seu governo de liderarem o cartel. Maduro nega veementemente as acusações.

Designar organizações como grupos terroristas concede às forças policiais e militares americanas maiores poderes para alvejá-las e desmantelá-las.

<><> 28 de novembro

O jornal americano New York Times afirma que Trump falou por telefone com Maduro. A conversa teria acontecido na semana anterior. Segundo o jornal, Trump e Maduro discutiram uma possível reunião entre ambos, nos Estados Unidos, embora o país norte-americano continue ameaçando uma ação militar contra a Venezuela. Um porta-voz da Casa Branca se recusou os pedidos do jornal de comentar a conversa entre Trump e Maduro. O governo venezuelano também não respondeu ao pedido de comentários do Times. No entanto, duas pessoas próximas do governo venezuelano confirmaram aque a ligação entre os dois líderes aconteceu. Nenhuma delas quis se identificar por não estar autorizada a falar publicamente sobre o assunto.

<><> 29 de novembro

Trump anunciou que o espaço aéreo "sobre" e "nos arredores" da Venezuela será fechado "por completo". "A todas as companhias aéreas, pilotos, narcotraficantes e traficantes de pessoas: por favor considerem o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela fechados em sua totalidade", escreveu na rede social Truth Social. O governo venezuelano acusou Trump de fazer uma "ameaça colonialista". O Ministério das Relações Exteriores classificou a declaração como "mais uma agressão extravagante, ilegal e injustificada contra o povo venezuelano".

<><> 2 de dezembro

O governo Trump anuncia a suspensão dos pedidos de imigração apresentados por cidadãos da Venezuela, de Cuba, do Haiti e de outros 16 países não europeus. Trump afirma que uma ação terrestre no país aconteceria "muito em breve". "Sabe, por terra é muito mais fácil, muito mais fácil. E nós sabemos as rotas que eles [traficantes] usam. Sabemos tudo sobre eles. Sabemos onde moram. Sabemos onde os caras maus moram, e vamos começar isso muito em breve também", disse o presidente americano na Casa Branca. No dia seguinte, o governo americano recomendou a seus cidadãos que não viajem para a Venezuela e, para aqueles que estão no país sul-americano, que tentem sair de lá.

<><> 4 de dezembro

Quatro pessoas morrem que seria o 22º ataque americano a barcos suspeitos de narcotráfico. O ataque aconteceu no Pacífico.

¨      Cartel de los Soles. O falso argumento para atacar

Os Estados Unidos designaram o Cartel de los Soles (Cartel dos Sóis, em espanhol) — um grupo que, segundo os EUA, é liderado pelo presidente da VenezuelaNicolás Maduro, e por outros integrantes de seu governo — como uma organização terrorista estrangeira. Essa designação dá às agências de segurança e aos militares dos EUA mais poderes para investigar e desmantelar o grupo. Nos últimos meses, os EUA intensificaram a pressão sobre Maduro, considerando seu governo ilegítimo após a eleição de 2024, amplamente rejeitada por acusações de fraude. A medida representa mais um instrumento para aumentar a pressão.

Mas, por outro lado, questionamentos sobre a existência do Cartel de los Soles também têm ganhado força. O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela rejeitou a designação "de forma categórica, firme e absoluta", a descrevendo como "uma mentira nova e ridícula". Não surpreendentemente, o ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, há muito chama o cartel de "fabricação".

Cabello, apontado pelos EUA como um dos integrantes de alto escalão do cartel, acusa autoridades americanas de usar a alegação como pretexto para atingir adversários. "Sempre que alguém os incomoda, nomeiam a pessoa como chefe do Cartel de los Soles", disse Cabello em agosto.

Gustavo Petro, presidente de esquerda da vizinha Colômbia, também negou a existência do cartel. "É uma desculpa fictícia da extrema-direita para derrubar governos que não lhes obedecem", escreveu Petro na rede social X, em agosto. O Departamento de Estado dos EUA mantém, porém, que o Cartel de los Soles não apenas existe como também "corrompeu as forças militares, de inteligência, o Legislativo e o Judiciário da Venezuela". Especialistas consultados pela BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) dizem que a verdade está em algum ponto no meio dessas alegações.

O termo Cartel de los Soles surgiu no início da década de 1990. Ele foi cunhado pela imprensa venezuelana após acusações de tráfico de drogas contra um general responsável pelas operações antidrogas na Guarda Nacional da Venezuela, e se referia à insígnia em forma de sol usada pelos generais nas ombreiras para indicar sua patente. Mike LaSusa, especialista em crime organizado nas Américas e diretor adjunto de conteúdo da Insight Crime, afirmou que o termo logo passou a ser usado para todos os funcionários venezuelanos supostamente ligados ao tráfico de drogas, independentemente de integrarem ou não a mesma organização.

Raúl Benítez-Manau, especialista em crime organizado da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), afirmou que as atividades do grupo começaram no final da década de 1980 e início da década de 1990, em resposta aos acontecimentos na vizinha Colômbia, a maior produtora de cocaína do mundo. Na época, o poderoso Cartel de Medellín, baseado na cidade colombiana de mesmo nome, estava sendo desmantelado, e uma ofensiva antidrogas no país apresentava resultados.

Com as rotas de contrabando tradicionais sob pressão, argumenta Benítez-Manau, o Cartel de los Soles passou a oferecer caminhos alternativos para transportar cocaína da Colômbia. O grupo se fortaleceu nos primeiros anos da presidência de Hugo Chávez (1954-2013), presidente de esquerda que liderou a Venezuela de 1999 até sua morte em 2013, segundo Benítez-Manau. "Chávez gostava de desafiar os EUA e cortou todos os vínculos de cooperação militar entre o exército venezuelano e os EUA", explicou Benítez-Manau.

Sem a supervisão da Drug Enforcement Administration (DEA, agência antidrogas dos EUA), "alguns oficiais do Exército [venezuelano] se sentiram à vontade para fazer negócios com criminosos", disse. A simpatia de Chávez pelas guerrilhas de esquerda das Farc, na Colômbia — que se financiavam em grande parte pelo tráfico de cocaína — também redirecionou parte do tráfico pela Venezuela, acrescentou. Sob pressão militar na Colômbia, o grupo guerrilheiro transferiu algumas operações para a Venezuela, seguro de que o presidente venezuelano "os via como aliados ideológicos de esquerda", explicou Benítez-Manau.

Wesley Tabor, ex-agente da DEA que atuou na Venezuela, disse que as Farc encontraram não apenas "um refúgio seguro na Venezuela", mas também que muitos funcionários do governo, "da polícia de rua à aviação militar", rapidamente se tornaram parceiros no tráfico de drogas. Juntos, eles "começaram a inundar os EUA com centenas de toneladas de cocaína", afirmou. O Cartel de los Soles, portanto, difere de outras redes de drogas por não ter uma estrutura formal, disse LaSusa. Não se trata de um grupo em si, disse ele, mas de "um sistema de corrupção generalizada". Ele acrescenta que o cartel tem sido alimentado pela crise econômica que atingiu a Venezuela sob o sucessor de Chávez, Nicolás Maduro. "O regime de Maduro não consegue oferecer um salário decente às forças de segurança e, para manter a lealdade delas, permite que aceitem subornos de traficantes", explicou LaSusa.

Oficiais de patente média e baixa que controlam os principais pontos de entrada e saída do país, como aeroportos, compõem o Cartel de los Soles, disse Benítez-Manau, pois estão em posição privilegiada para facilitar o fluxo de drogas. Mas autoridades dos EUA insistem que os tentáculos do cartel alcançam os mais altos escalões do governo de Maduro, incluindo o próprio presidente.

Em 2020, o Departamento de Justiça dos EUA acusou Maduro e 14 outros de conspirar com grupos armados colombianos para enviar cocaína aos EUA. Entre os funcionários de alto escalão citados estavam o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, e o ex-presidente do Supremo Tribunal da Venezuela, Maikel Moreno. Na denúncia, os promotores americanos também afirmaram que, desde pelo menos 1999, o Cartel de los Soles era liderado e administrado por Maduro, pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello, pelo ex-chefe de inteligência militar Hugo Carvajal e pelo ex-general Clíver Alcalá. Segundo eles, as informações fornecidas por ex-oficiais venezuelanos de alta patente, incluindo Carvajal e Alcalá, confirmam essas acusações.

Leamsy Salazar, ex-chefe de segurança do falecido Hugo Chávez, forneceu informações sobre o Cartel de los Soles às autoridades dos EUA já em 2014. Salazar, que deixou a Venezuela com ajuda da DEA, disse que Cabello liderava o Cartel de los Soles. Cabello negou a acusação, afirmando se tratar de uma "conspiração internacional". Mas as denúncias de ex-funcionários venezuelanos continuaram.

Em 2020, o general Alcalá se entregou a agentes da DEA após desentendimentos com o governo de Maduro e se declarou culpado por apoiar as Farc e suas operações de tráfico de cocaína. No início deste ano, o ex-chefe de inteligência venezuelano Hugo Carvajal, que também fugiu da Venezuela após discordar de Maduro, se declarou culpado em um tribunal dos EUA por tráfico de drogas e narcoterrorismo. "Durante anos, ele e outros oficiais do Cartel de los Soles usaram cocaína como arma, inundando Nova York e outras cidades americanas com veneno", disse um promotor federal sobre Carvajal, conhecido como "El Pollo" (A Galinha), durante o julgamento.

Maduro e o ministro do Interior, Cabello, permanecem na Venezuela, mas os EUA aumentaram recentemente as recompensas por informações que levem à captura deles para US$ 50 milhões (R$ 190 milhões) e US$ 25 milhões (R$ 95 milhões), respectivamente. No entanto, o governo de Maduro há muito rejeita as acusações de tráfico de drogas como uma tentativa dos Estados Unidos de justificar a derrubada do presidente. Em comunicado divulgado no dia 24/11, o ministério das Relações Exteriores da Venezuela classificou a designação do Cartel de los Soles como organização terrorista como "uma fabricação ridícula". O governo insistiu que o Cartel de los Soles é "inexistente" e que a medida constitui "uma mentira vil para justificar uma intervenção ilegítima e ilegal contra a Venezuela".

 

Fonte: BBC News Mundo

 

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