Entrar ou viver nos
EUA em situação irregular é crime?
Desde que Donald
Trump voltou à Presidência dos Estados Unidos, em 20 de janeiro, até agora, 292
pessoas já foram deportadas para o Brasil.
Foram 88 num
primeiro voo que fez escala em Manaus e foi
classificado como "inaceitável" diante das condições a bordo; 110 num
segundo com destino a Fortaleza; e 94 na
sexta-feira passada (21/2), também com primeiro pouso na capital do Ceará.
Estes brasileiros
se tornaram assim parte do que Trump prometeu ser "a maior operação
de deportação em massa da história" dos Estados Unidos, uma das suas principais
promessas de campanha.
Em meio à
campanha, os imigrantes afetados vêm sendo
descritos como "criminosos ilegais".
No mês passado, em
resposta a perguntas de jornalistas sobre as deportações em curso, a porta-voz
da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que "se você é um indivíduo, um
cidadão estrangeiro, que entra ilegalmente nos Estados Unidos, você é, por
definição, um criminoso".
Diante da pergunta
sobre quantas entre as 3,5 mil pessoas até então detidas pelo serviço
de imigração sob o novo governo tinham antecedentes criminais em comparação a
quantas apenas estavam ilegalmente no país, Leavitt respondeu:
"Todos eles,
porque violaram ilegalmente as leis da nossa nação e, portanto, são criminosos,
no que diz respeito a este governo", disse.
"Sei que o
último governo não via dessa forma, então é uma grande mudança cultural em
nossa nação ver alguém que viola nossas leis de imigração como um criminoso.
Mas é exatamente isso que eles são."
No entanto, de
acordo com a lei nos Estados Unidos, nem todos os imigrantes que estão no
país sem autorização estão cometendo um crime.
A mera presença
física no território americano sem autorização é considerada uma infração civil
e não criminal.
Pode ser punida com
pagamento de multa e pode resultar em deportação, mas não é um crime.
Assim, se uma
pessoa entrar no país com um visto válido e permanecer após a expiração, ou se
violar as condições do visto (como trabalhar com um visto que não inclui esse
tipo de autorização), pode ser deportada, mas não pode ser acusada de crime
federal somente por causa dessa infração civil.
"Visto
expirado não é crime", diz à BBC News Brasil a especialista em imigração
Gabrielle Oliveira, professora da Universidade Harvard. "É uma questão de
documentação, burocrática."
O advogado de
imigração David Wilks, membro do conselho da Associação Americana de Advogados
de Imigração (AILA, na sigla em inglês), lembra que cada caso é único.
"Mas se for
(apenas) uma violação regulatória, isso não faz de você um criminoso", diz
Wilks à BBC News Brasil.
"Se você tem
uma infração civil, isso significa que você pode estar violando a lei, mas você
não é necessariamente um criminoso, porque a lei que você violou não é de
natureza criminal."
Pessoas enfrentando
processo de remoção do país como resultado dessa infração civil podem ser
detidas, mas isso não significa que sejam alvo de processo criminal. Elas estão
sujeitas a uma pena civil, que no caso é a deportação.
·
Quando
isso é crime?
A situação é
diferente para quem entra nos Estados Unidos sem permissão ou para quem já foi
deportado e voltou a ingressar no país, em violação à ordem de deportação.
Nesses casos, podem enfrentar acusações criminais.
De acordo com o
Título 8 do Código de Leis (que compila a legislação federal do país), Seção
1325, é crime entrar ilegalmente nos Estados Unidos.
Isso se aplica a
imigrantes que não entram com a devida inspeção em um porto de entrada.
Vale tanto para os
que cruzam a fronteira ilegalmente, fora dos portos oficiais de entrada, quanto
para os que de alguma maneira "evitam exame ou inspeção por agentes de
imigração" ou fazem declarações falsas ao "entrar ou tentar entrar".
Cometer uma
infração desse tipo pela primeira vez é considerado um misdemeanor, que
equivale a uma contravenção ou crime mais leve, e pode ser punido "com
multa, até seis meses de prisão, ou ambos".
Mas quem reentrar
ou tentar reentrar ilegalmente, ou quem for encontrado no país sem autorização
após ter sido deportado, ter recebido
ordem de remoção ou ter o pedido de admissão negado, estará
cometendo felony, que é um crime mais grave do que misdemeanor.
Nesses casos,
estará sujeito a pena de até dois anos de prisão. Se a pessoa foi removida
anteriormente após ter sido condenada por certos crimes, a pena pode ser ainda
mais alta.
Quem teve uma única
condenação por felony ou três condenações por misdemeanor envolvendo drogas ou crimes
contra uma pessoa pode receber até 10 anos de prisão.
Os que têm uma
condenação por aggravated felony, que inclui uma lista de crimes como
estupro ou assassinato, entre vários outros, estarão sujeitos a até 20 anos.
"Quando é um
crime, a pessoa tem direito a um advogado", ressalta Wilks. "O que
historicamente é parte da razão pela qual muitas leis de imigração (nos Estados
Unidos) têm natureza civil, para que o direito a um advogado não se
aplique."
'Retórica de Trump
racionaliza deportações em massa'
Muitas das pessoas
sujeitas a deportação nos Estados Unidos não cometeram nenhum crime.
Diante disso, a
descrição desses imigrantes como "ilegais" ou até mesmo
"criminosos" costuma ser criticada.
Um dos argumentos é
o de que o uso do termo "criminoso" acaba igualando meras infrações
regulatórias com crimes violentos.
"Pode haver
algum tipo de ação criminosa que obrigue uma pessoa a deixar os Estados
Unidos", afirma Wilks, citando como exemplo cometer um crime grave contra
outro indivíduo.
"Mas, na
maioria das vezes, quando vejo alguém que perdeu seu status (de imigração), é
porque cometeu algum erro de documentação. Eles violaram a lei, mas não são
atos criminais", destaca o advogado.
"Só porque não
são criminosos, não significa que não precisem retificar essas violações e
garantir que voltem a estar em conformidade", salienta Wilks.
"Mas é preciso
ter cuidado com o que chamamos as pessoas."
Para Gabrielle
Oliveira, de Harvard, é importante destacar que, mesmo em caso
de misdemeanor, não significa que a pessoa cometeu algum crime grave.
"Não é que
essas pessoas mataram ou roubaram", salienta.
A professora diz
que a retórica do governo Trump, descrevendo todos
os imigrantes em situação irregular como "criminosos", pode ser uma
maneira de preparar para ações futuras.
"A retórica é
o começo de preparar como você racionaliza o movimento de deportações em
massa", afirma Oliveira.
·
O
que diz a lei do Brasil e de outros países
Nem todos os
governos consideram crime a travessia de suas fronteiras sem permissão.
Segundo um
levantamento de 162 países publicado em 2019 pela Biblioteca Jurídica do
Congresso dos Estados Unidos, 124 deles tratam a entrada ilegal em seu
território como crime.
Os outros impõem
apenas sanções civis ou administrativas, "normalmente multas ou
deportação". O Brasil está incluído neste segundo grupo.
No Brasil, não é
crime entrar ou permanecer no país em situação irregular. De acordo com a Lei
de Migração, de 2017, que regula a "entrada e estada" de migrantes e
visitantes, entre os princípios e diretrizes que regem a política migratória
brasileira está o de "não criminalização da migração".
Pessoas que se
encontram em situação migratória irregular em território nacional (seja por
"entrada irregular, estada irregular ou cancelamento de autorização de
residência") recebem notificação e prazo de 60 dias para regularizar a
situação ou deixar o país voluntariamente.
Esse prazo pode ser
prorrogado por mais 60 dias, dependendo das circunstâncias. Caso a situação não
seja resolvida até o prazo final, a pessoa estará sujeita a procedimento
administrativo, que inclui a deportação.
Conforme a lei,
"entrar em território nacional sem estar autorizado" constitui uma
"infração" sujeita à "sanção" de deportação "caso não
saia do país ou não regularize a situação migratória no prazo fixado".
Outra infração é
"permanecer em território nacional depois de esgotado o prazo legal da
documentação migratória".
Nesse caso, a
sanção prevista é "multa por dia de excesso e deportação, caso não saia do
país ou não regularize a situação migratória no prazo fixado".
"Furtar-se ao
controle migratório, na entrada ou saída do território nacional" também é
infração, punida com multa.
Segundo a análise
da Biblioteca Jurídica do Congresso dos Estados Unidos, há entre os países
"uma ampla gama de punições para travessia ilegal de fronteiras, incluindo
deportação, multas, detenção, serviço comunitário e prisão de penas
variadas".
"Em regra, a
duração da pena de prisão, que pode variar de alguns meses a 15 anos, depende
das circunstâncias em que ocorreu a entrada."
Entre os países
listados pela Biblioteca do Congresso que consideram crime a entrada ilegal de
imigrantes está o Reino Unido, onde a pena pode ser de multa, prisão, ou ambos,
além de deportação.
Segundo relatório
de janeiro deste ano publicado pelo Migration Observatory, projeto de análise
de questões relacionadas à imigração ligado à Universidade de Oxford, "no
Reino Unido, é considerado crime entrar ou permanecer no país sem
autorização", conforme a Lei de Imigração de 1971.
O relatório cita
entre as principais maneiras de se tornar um migrante não autorizado no Reino
Unido as seguintes:
"Entrar com
visto e permanecer além do prazo (incluindo casos em que a autorização de
residência é cancelada devido a uma condenação criminal)", "entrar
sem autorização ou por meio de fraude, como com documentos falsificados",
"não deixar o país após ter pedido de asilo rejeitado e todos os direitos
de apelação esgotados", ou "nascer no Reino Unido de pais que são
migrantes não autorizados".
Segundo o estudo da
Biblioteca do Congresso americano, a maioria dos países "prevê punições
mais severas" diante de determinadas circunstâncias agravantes.
Entre os exemplos
citados estão os casos de pessoas que tentam cruzar ilegalmente armadas ou com
uso de força e os casos em que há danos à propriedade privada.
¨ Claudio Katz: Inimigos
entrelaçados
Donald Trump procura romper a aliança da Rússia com
a China, para minar a rede internacional que seu grande concorrente forjou. Ele
tenta aproximar Moscou para enfraquecer Pequim, através de uma estratégia que
inverte a sedução implementada pelo Departamento de Estado sob Richard Nixon e
Henry Kissinger.
Há vários anos, esta política é apoiada por
importantes conselheiros da Casa Branca (Mearsheimer, Kennan), que destacam a
impossibilidade de derrotar simultaneamente a Rússia e a China. Defendem a
concentração de forças contra o rival econômico, contemporizando com o
adversário geopolítico.
Mas esta manobra da Guerra Fria difere do passado
devido à grande fraqueza produtiva dos Estados Unidos. A primeira potência não
compete com um ator economicamente inferior, como era a União Soviética, mas
com uma locomotiva asiática que tende a deslocar o hegemón em
declínio.
Por outro lado, a Rússia não tem urgência, ou
interesse imediato, em negociar nos termos que Donald Trump imagina. Entrou
numa aliança defensiva com a China que começou no plano comercial, se estendeu
à economia e agora desponta como salvaguarda militar. As duas potências
convergem na resistência contra o mesmo agressor.
A Rússia precisa contrapor o cerco militar, que a
OTAN promove instalando mísseis apontados para Moscou. O Pentágono iniciou este
acossamento com as “revoluções coloridas”, que instalaram governos títeres dos
Estados Unidos na região. Com a mesma intenção, impulsionou a guerra na
Ucrânia, ampliou a militarização da Europa e forçou o alinhamento de países
tradicionalmente neutros (como a Suécia e a Finlândia).
A China está sob o mesmo cerco, através de novos
acordos com Austrália, Índia, Japão, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Filipinas,
que a Casa Branca forjou para fustigar seu rival. Para aumentar esta tensão, o
Departamento de Estado aumenta o fornecimento de armas aos separatistas de
Taiwan, pondo em dúvida o princípio de “uma só China”, que articula a
integridade territorial do gigante oriental.
A transformação de uma economia asiática marginal
na maior potência em ascensão do século XXI está baseada na reversão de sua
fratura nacional. Washington sabe que a recuperação de Hong Kong foi um marco
nesta mudança e concebe operações para impedir Taiwan de seguir o mesmo
caminho. Pequim, por sua vez, reforça uma aliança com Moscou para inclinar a
balança deste resultado. Donald Trump aposta na quebra desse acordo, mas tem
poucos recursos para conseguir essa ruptura.
O Kremlin não tem urgência econômica para negociar
com a Casa Branca. As sanções ocidentais foram um fracasso e a Rússia
substituiu a perda do mercado europeu do gás por uma nova e lucrativa demanda
asiática. Com estas receitas, manteve seu superávit comercial, preservou a
estabilidade do rublo e financiou as despesas bélicas na Ucrânia (Mearsheimer,
2023).
Esta sequência ilustra a fragilidade dos golpes
ocidentais contra uma grande economia. Ficou demonstrado que há opções contra o
acosso ianque, e que o acossador pode acabar favorecendo o acossado.
·
Infortúnios
na Ucrânia
Vladimir Putin também não tem pressa em chegar a um
acordo com Donald Trump no plano militar. Após três anos de batalhas
sangrentas, está ganhando a guerra na Ucrânia. É verdade que não conseguiu
enterrar o governo de Kiev com uma operação relâmpago e teve que recuar para as
zonas fronteiriças e travar uma dura guerra de posições. Mas a Ucrânia foi
completamente demolida, com 700.000 baixas e uma crise de recrutamento que a
impede de substituir tropas.
Kiev também não dispõe de artilharia suficiente
para contrapor a saraivada de bombas que recebe, nem consegue manter
trincheiras tão extensas, com recursos que são mais facilmente substituídos
pelo inimigo.
Volodymyr Zelensky tem tentado compensar estas
adversidades com operações aventureiras de entrada e bombardeio ao território
russo ou com ataques terroristas, executados por parceiros jihadistas. Mas sua
recente contraofensiva fracassada agravou a devastação na Ucrânia e aumentou o
desânimo geral em relação ao desenrolar do conflito.
Vladimir Putin tornou críveis suas advertências de
respostas mortíferas a uma maior escalada da OTAN. Confrontado com o “risco
existencial” que essa ofensiva representa para a Rússia, permitiu o
recrutamento de mais tropas caso o conflito se estenda a outros países
fronteiriços. Também modificou a doutrina militar para ampliar as opções de
utilização de armas atômicas.
Suas advertências adquiriram nova envergadura desde
que assegurou sua autoridade interna, dissolvendo o grupo paramilitar liderado
por Prigozhin. Esta limpeza trouxe coesão à estrutura do exército, que estava
ameaçada pelo protagonismo das milícias privadas.
Com esta consolidação, Vladimir Putin prepara-se
para negociar o futuro da Ucrânia nos termos da Doutrina Primakov. Este código
pressupõe o reconhecimento ianque da centralidade geopolítica da Rússia e o fim
dos mísseis da OTAN na Europa do Leste.
O líder russo não discutirá apenas como a Ucrânia
será dividida em dois países, que regiões serão anexadas e quais as garantias
de desmilitarização da região, que permaneceria sob proteção ocidental. Exigirá
também que o armistício constitua um precedente para outros conflitos não
resolvidos no espaço pós-soviético. Exigirá o fim da interferência do Pentágono
na Moldávia, Romênia, Geórgia, Armênia e Azerbaijão.
Vladimir Putin também não tem pressa política em
obter acordos com Donald Trump. Assegurou seu longo mandato com outra vitória
eleitoral, no opaco sistema eleitoral russo, e obteve essa vantagem com maior
participação eleitoral do que em disputas anteriores.
O dirigente do Kremlin aproveitou esta convalidação
para fortalecer seu perfil autoritário e reforçar a criminalização de qualquer
dissidência significativa. Beneficia-se de uma passividade popular continuada,
que não foi alterada pela guerra na Ucrânia. Pelo contrário, o oficialismo
aproveitou esse conflito para recriar o nacionalismo e recrutar os jovens das
zonas empobrecidas. Estes setores mostraram grande disposição para sacrificar
suas vidas nas linhas da frente em troca de alguma remuneração e pensões para
suas famílias.
Com sua habitual prepotência, Donald Trump prometeu
resolver a guerra da Ucrânia em poucas horas, mas negociará com Vladimir Putin,
numa posição defensiva. Desde a revolta do Maidan e a miniguerra do Donbas,
seus antecessores fracassaram na armadilha que tentaram armar para a Rússia.
Presumiram que conseguiriam forçar o mesmo pântano que a União Soviética
enfrentou no Afeganistão e, por essa razão, sabotaram todas as tentativas de
conter a sangria da Ucrânia. Mas o tiro saiu pela culatra e a Casa Branca agora
ficou às custas do Kremlin.
É verdade que Washington submeteu a Europa,
expandiu a OTAN, militarizou o Velho Continente e introduziu uma russofobia que
alimenta o crescimento da extrema-direita. Mas a vitória de Moscou no campo de
batalha coloca os Estados Unidos numa péssima posição em qualquer tratativa.
Nesta discussão, Donald Trump privilegia a obtenção
de vantagens no negócio da reconstrução da Ucrânia. Este país tem 70% de sua
estrutura econômica completamente demolida. A indústria foi pulverizada, o
déficit comercial triplicou e as exportações de grãos colapsaram. Além disso,
os capitalistas fugiram do país, esvaziando as reservas bancárias, e o declínio
demográfico precedente é acentuado pela perda de jovens nas trincheiras
(Roberts, 2023).
Essa hecatombe é uma ótima notícia para os
mercadores da morte. A Ucrânia tem sido o celeiro da Europa e tem estado no
pódio internacional da produção de cevada, trigo e óleo de girassol. É altamente
cobiçada por dez corporações agrícolas, que esperam apropriar-se de um terço
das terras férteis do país.
O FMI promove ativamente outras transferências com
planos de ajuste, que Volodymyr Zelenski põe em prática demolindo o código de
trabalho, proibindo greves e ilegalizando os sindicatos. O país também possui
uma grande reserva de terras raras e minerais cobiçados pelos gigantes
digitais.
A disposição neoliberal de vender todos estes
ativos é abertamente exposta pelos ministros corruptos de Volodymyr Zelenski,
que têm Javier Milei como sua principal referência econômica internacional.
Esta admiração confirma as inúmeras semelhanças entre a Ucrânia e a prostração
da Argentina diante de seus credores (Castiglioni; Cantamutto, 2022).
Kiev sairá totalmente hipotecada da guerra, com
dívidas monumentais com os contratantes do Pentágono. Donald Trump quer
aproveitar esta subjugação para entregar ao Black Rock (e a outros fundos de
investimento) a gestão da reconstrução (Marco del Pont, 2023). Mas estes negócios
requerem um cenário favorável, em negociações que estão configurando-se como
muito adversas para os Estados Unidos.
Fonte: BBC News Brasil/A Terra é Redonda
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