Francisco Fernandes Ladeira: Geopolítica palestina na
mídia - como transformar genocidas em vítimas
Na década de 1960, em
um de seus últimos discursos, Malcolm X advertiu que a imprensa é tão poderosa
em seu papel de construção de determinadas imagens, que pode fazer um criminoso
se passar por vítima e a vítima se passar por criminoso. Consequentemente, se
não formos cuidadosos, os jornais vão acabar nos fazendo odiar as pessoas que
estão sendo oprimidas e adorar as pessoas que oprimem.
Mais de meio século
depois, o pensamento do ativista estadunidense continua atual, sobretudo se
levarmos em conta a cobertura midiática sobre as trocas de prisioneiros entre o
Estado de Israel e o grupo Hamas – condição do acordo de cessar-fogo que, por
enquanto, tem interrompido o genocídio na Faixa de Gaza.
Como a história nos
mostra, o sionismo – ideologia por trás da criação de Israel – jamais foi um
projeto de libertação nacional judaica, mas um representante direto do
imperialismo europeu do final do século XXI. Logo, na Palestina, há uma
(anacrônica) relação entre colonizadores (israelenses) e colonizados
(palestinos).
Nesse contexto, podemos
entender a ofensiva do Hamas e de outros grupos da resistência palestina no sul
de Israel, ocorrida em 7 de outubro de 2023. Um dos objetivos dessa ação era a
libertação de cidadãos palestinos presos por Israel (a maioria sem nenhum tipo
de acusação formal). Conforme preconiza a ONU, seguindo o princípio de
autodeterminação dos povos, toda população sob domínio colonial tem o direito
de se rebelar contra seus colonizadores.
No entanto, na grande
mídia brasileira, totalmente submissa aos interesses dos países imperialistas
(em consequência, também do sionismo), o “7 de outubro” foi reduzido à sua
imediatidade e classificado como “início da guerra entre Hamas e Israel”, “o
maior ataque contra judeus desde o Holocausto” e o “11 de setembro israelense”.
A desproporcional
reação israelense à contraofensiva palestina – com cerca de 50 mil mortos e a Faixa
de Gaza se transformando em terra arrasada – mostrou ao mundo o primeiro
genocídio televisionado e compartilhado nas redes sociais (que, evidentemente,
não começou após o “7 de outubro”; remete, pelo menos, à criação do Estado de
Israel, em 1948, com o plano de limpeza étnica da palestina, organizado pelo
movimento sionista).
Nem as fortes imagens
sobre os crimes de guerra israelense em Gaza foram suficientes para a imprensa
hegemônica modificar sua linha editorial em relação à geopolítica palestina. Aliás,
os fatos nunca importaram em seus noticiários internacionais. Mais importante
são os interesses econômicos e ideológicos.
Assim, desde que
começou o anteriormente mencionado acordo de cessar-fogo, um mês atrás, com a
troca de reféns entre palestinos e israelenses, a grande mídia retornou com
mais intensidade sua campanha de transformar os israelenses – responsáveis pelo
genocídio em Gaza – em “vítimas” dos “terroristas” do Hamas. Diga-se de
passagem, nem ONU, tampouco o governo brasileiro, consideram o grupo palestino
como tal (mas, como eu disse, a realidade é o que menos importa para os grandes
grupos de comunicação).
De acordo com a pontual
análise do professor Khaled Beydoun, o viés da cobertura midiática sobre a
troca de reféns entre Israel e Hamas apresenta três pontos básicos. Primeiro,
vemos os rostos, nomes e famílias dos reféns israelenses – eles são totalmente
humanizados, assim como suas histórias e experiências enquanto prisioneiros.
Portanto, são dignos de nossa comoção, são “gente como a gente”, como afirmou
certa vez Guga Chacra, em comentário na GloboNews.
Em contrapartida, nunca
vemos as faces, nomes ou famílias dos reféns palestinos – são reduzidos a
estatísticas sem rostos. Como suas imagens e histórias permanecem invisíveis,
os palestinos não são dignos de qualquer tipo de alteridade. Pelo contrário,
são vistos como “terroristas em potencial”. As “Leis de Detenção
Administrativa” – que permitem às forças policiais israelenses a detenção de
qualquer palestino sem acusação formal por períodos prolongados – são
estrategicamente ocultadas nos noticiários. Do mesmo modo, a crueldade sionista
contra presos palestinos – privados dos mais elementares direitos assegurados
por convenções internacionais – também é negligenciada.
Por fim, conclui
Beydoun, enquanto os israelenses são chamados de “reféns”, os palestinos (mesmo
crianças) ainda são chamados de “prisioneiros”. Aliás, as manipulações lexicais
– ou seja, o uso capcioso de determinadas palavras – é uma prática corriqueira
dos noticiários internacionais. Assim, a mesma mídia que, de maneira falaciosa,
chama o presidente venezuelano Nicolás Maduro de “ditador”, não se refere ao
primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu como “genocida”.
Em suma, a análise
sobre um determinado ator geopolítico nas páginas da Folha de S. Paulo,
nas ondas sonoras da Jovem Pan ou na tela da Rede Globo, não são objetivas ou
encontram algum tipo de respaldo no andamento das relações internacionais.
Depende da posição no xadrez geopolítico. Aliados dos países imperialistas
serão representados positivamente. Já aqueles que minimamente resistem aos
ditames das grandes potências serão demonizados. Como dito, a realidade é o que
menos importa!
¨
Israel invade Cisjordânia pela primeira vez em mais de 20
anos
As Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) invadiram
neste domingo (23) a Cisjordânia, pela primeira vez desde sua ofensiva na
região em 2002. Com tanques de guerra, os militares expandiram a operação no
norte, na cidade de Jenin.
Tropas do Exército israelense deram início aos ataques ao redor da maior
cidade de Cisjordânia, com cerca de 50 mil pessoas. A ofensiva na região
começou há um mês, quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,
anunciou uma “operação militar significativa e em grande escala” contra os
militantes palestinos de Jenin.
Desde então, a ofensiva militar estava se expandido gradativamente para
outros locais da área que abrigam campos de refugiados. A população já temia
que o território poderia se transformar em uma “segunda Faixa de Gaza”.
Segundo a agência palestina de notícias Wafa, essa nova ofensiva deixou
um saldo de “ao menos 27 mortes, dezenas de feridos, mais de 160 detidos e
destruição generalizada” na região.
Ainda de acordo com eles, os militares iniciaram buscas em casas
enquanto destruíram estradas, linhas de energia, encanamentos de água e
veículos civis.
“Essas demolições são frequentemente parte de uma estratégia mais ampla
para expandir assentamentos israelenses ilegais e limpar terras para ocupação
futura, ao mesmo tempo em que limitam severamente a capacidade dos palestinos
de manter uma presença em suas terras”, afirmou a Wafa.
A invasão ocorre ao mesmo tempo em que o ministro da Defesa, Israel
Katz, anunciou que os militares esvaziaram três campos de refugiados no norte
da Cisjordânia. “40 mil palestinos já foram evacuados dos campos de Jenin,
Tulkarem e Nur Shams, e esses campos agora estão vazios”, disse.
Katz declarou também que tinha ordens de não permitir que moradores da
região retornassem. Além disso, segundo o ministro da Defesa, há uma instrução
para que os soldados israelenses se preparem para uma estadia prolongada nos
campos de refugiados durante o próximo ano.
Essa ação na Cisjordânia é mais uma violação de Israel. No sábado
(22/02), o Hamas já havia denunciado uma “flagrante violação” dos termos do
cessar-fogo após o governo de Netanyahu decidir adiar a libertação de presos
palestinos.
O grupo palestino entregou uma nova leva de reféns a Tel Aviv, cinco dos
seis últimos prisioneiros a serem liberados na primeira fase do acordo de
cessar-fogo na Faixa de Gaza, que começou em 29 de janeiro.
Em contrapartida, 620 presos palestinos seriam libertos de acordo com a
trégua. De acordo com a Autoridade de Radiodifusão Israelense, a suspensão
ocorreu deliberadamente pelo governo de Netanyahu, alegando que a medida seria
uma retaliação pelo erro do grupo palestino em relação aos restos mortais de
Shiri Bibas.
O Hamas pediu aos mediadores do acordo que pressionem Tel Avivi para
cumprir o que foi acordado na trégua.
A primeira etapa do acordo de cessar-fogo, que tem duração de 42 dias,
termina em 2 de março. A segunda e próxima fase prevê a retirada gradual das
tropas israelenses do território palestino.
¨ "Nada é
tão parecido com o nazismo do que o sionismo", diz Altman, após invasão da
Cisjordânia
O Exército de
Israel realizou, nesta semana, uma operação militar na Cisjordânia, resultando
na evacuação de três campos de refugiados e no deslocamento de cerca de 40 mil
palestinos. A ação intensificou a tensão na região e gerou diversas reações
internacionais.
O jornalista
Breno Altman se manifestou sobre o ocorrido, criticando duramente a ofensiva
israelense. "O Estado colonial e racista de Israel acaba de invadir com
tanques a Cisjordânia. Três campos de refugiados foram esvaziados, com o
deslocamento de quarenta mil palestinos. Mais um ato de limpeza étnica do
regime sionista. Nada é tão parecido com o nazismo quanto o sionismo."
Segundo
autoridades israelenses, a operação teria como objetivo neutralizar ameaças
terroristas na região e desmantelar infraestruturas militantes. No entanto,
entidades humanitárias e grupos de direitos humanos condenaram a ação,
denunciando o impacto sobre civis.
A situação na
Cisjordânia tem se agravado nos últimos meses, com o aumento das incursões
militares e das restrições impostas pela administração israelense. Organizações
internacionais alertam para o agravamento da crise humanitária na região,
enquanto líderes políticos discutem as consequências diplomáticas da escalada do
conflito.
¨
Israel descumpre acordo de cessar-fogo e mantém 602
palestinos prisioneiros
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, determinou o
descumprimento do acordo de libertação de prisioneiros palestinos, que
devia ser realizado neste domingo (23). Milhares de palestinos aguardavam a
libertação dos 602 prisioneiros, ação que é parte do acordo de cessar-fogo
iniciado em 19 de janeiro.
“Foi decidido adiar a libertação de terroristas planejada até que a
próxima libertação de reféns seja garantida sem as cerimônias humilhantes”,
informou o gabinete de Netanyahu, em referência aos atos realizados durante a
libertação de israelenses pelo Hamas.
O Hamas acusou Israel de “violação flagrante” do acordo de cessar-fogo e
pediu aos mediadores internacionais, “em particular os Estados Unidos”, que
“pressionem o inimigo para que […] liberte imediatamente este grupo de
prisioneiros”.
Neste sábado (22), o Hamas cumpriu a última parte da primeira fase do
acordo de cessar-fogo com Israel, libertando seis prisioneiros israelenses.
Todos foram entregues à Curz Vermelha. Tal Shoham e Avera Mengisto, foram
libertados em Rafah, cidade ao sul de Gaza.
Depois de algumas horas, foram libertados Omer Shem, Eliya Cohen e Omer
Wenkert, no campo de Nuseirat, região central de Gaza. O último
prisioneiro, Hisham Al-Sayed, foi entregue ao Comitê Internacional da Cruz
Vermelha (CICV) no final do dia.
Assim como em libertações anteriores, o Hamas apresentou cinco
prisioneiros em um palco antes de entregá-los ao CICV, procedimento que já
havia sido criticadas por esta organização, pela ONU e por Israel. Após a
liberação, Netanyahu afirmou que a libertação dos presos palestinos não
acontecerá “até que se assegure a próxima libertação de reféns sem as
cerimônias humilhantes”.
Mesmo com o avanço na liberação de prisioneiros, o chefe do Estado-maior
de Israel, tenente-general Herzi Halevi afirmou que as forças do país estão
preparando “planos ofensivos”, sem dar detalhes sobre as possíveis ações
militares.
A primeira fase do acordo se encerra em março. Ainda há incertezas se
será possível alcançar a segunda fase, que colocaria fim ao genocídio
israelense em Gaza. Em mais de um ano de ataques, mais de 47 mil pessoas
morreram, a maior parte delas, mulheres e crianças. Dos 251 sequestrados
em 7 de outubro, 62 continuam em cativeiro em Gaza, dos quais 35 estariam
mortos, segundo o exército israelense.
Desde que a trégua entrou em vigor, 29 reféns israelenses – quatro deles
mortos – foram entregues a Israel, em troca de mais de 1.100 detentos
palestinos. Segundo o Hamas, que governa Gaza desde 2007, resta ao grupo apenas
entregar quatro corpos de reféns a Israel antes do fim da primeira fase do
acordo.
As negociações indiretas para a segunda etapa, que deve resultar no fim
definitivo da guerra, foram adiadas.
¨ Hamas denuncia
flagrante violação de Israel
O governo de Israel recebeu, na madrugada deste sábado (22/02), cinco dos seis últimos prisioneiros a serem liberados pelo Hamas na primeira fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que
começou em 29 de janeiro.
Em contrapartida, 620 presos palestinos seriam libertos de acordo com a
trégua. O grupo palestino apontou uma “flagrante violação” dos termos do
cessar-fogo após a decisão de Israel.
“O fracasso da ocupação [israelense] em cumprir a libertação do sétimo
lote de prisioneiros no acordo de troca no prazo acordado constitui uma
violação flagrante do acordo”, disse o porta-voz do Hamas, Abdel Latif
al-Qanou, em um comunicado.
Latif al-Qanou acusou o premiê israelense Benjamin Netanyahu de se
envolver em “táticas de procrastinação e protelação” para minar o acordo.
A troca estava prevista para às 20h do horário local, porém não
aconteceu. O jornal israelense Times of Israel disse que o governo decidiu
adiar até “terminar consultas de segurança sobre o retorno dos demais reféns”.
Porém, segundo a Autoridade de Radiodifusão Israelense, o atrasou
ocorreu deliberadamente pelo governo, alegando que a medida seria uma
retaliação pelo erro do grupo palestino em relação aos restos mortais de Shiri
Bibas.
A família de Shiri Bibas confirmou neste sábado a entrega ao governo de
Israel do corpo da refém de origem argentina, cujo cadáver não havia sido
devolvido na quinta-feira com os de seus filhos, Ariel e Kfir, também feitos
reféns pelo Hamas.
Tel Aviv alegou que não foram encontrados sinais de ferimentos por
bombardeios nos corpos dos irmãos Ariel e Kfir Bibas e da mãe deles, Shiri,
mortos enquanto estavam sob poder do Hamas na Faixa de Gaza.
Os restos mortais dos três reféns foram restituídos a Israel no âmbito
do cessar-fogo em vigor no enclave palestino desde 19 de janeiro. O Hamas
anunciou que Ariel, de quatro anos, Kfir, nove meses, e Shiri, 32, foram mortos
em um bombardeio israelense em novembro de 2023.
¨ Hamas afirma que cessar fogo está em risco
O grupo islâmico Hamas criticou neste
domingo (23/02) a decisão de Israel de adiar a libertação de ao menos 600
prisioneiros palestinos no âmbito do cessar-fogo na Faixa de Gaza e disse que a medida
coloca a trégua em risco.
Em comunicado, o Hamas cobrou que os mediadores pressionem Israel a
cumprir o acordo de cessar-fogo e negou as acusações sobre o tratamento dos
reféns.
“A cerimônia de entrega dos prisioneiros não inclui nenhum insulto, e
sim reflete o tratamento nobre e humano reservado a eles”, disse o grupo.
Isso por que, o governo do premiê Benjamin Netanyahu postergou sua parte
no acordo falando que o Hamas tem que se comprometer a não tratar mais os
reféns de forma “humilhante”.
No sábado (22/02), o governo de Israel recebeu cinco dos seis últimos prisioneiros a serem liberados pelo Hamas na primeira fase do acordo de
cessar-fogo na Faixa de Gaza, que começou em 29 de janeiro. Em contrapartida,
era esperado que Tel Aviv libertasse os presos palestinos.
Desde o início da trégua, o Hamas faz uma cerimônia na Faixa de Gaza
antes de entregá-los à Cruz Vermelha. No último sábado, um dos israelenses,
Omer Shem Tov, se mostrou sorridente e chegou a dar beijos nas testas de dois
combatentes islamistas.
Até o momento, o grupo palestino já restituiu 25 reféns israelenses
vivos no âmbito do cessar-fogo, além de cinco tailandeses e quatro corpos de
sequestrados mortos.
¨ Líderes
africanos pedem que Israel seja processado por genocídio em Gaza
Os líderes dos
55 países-membros da União Africana (UA) condenaram neste domingo (16) a
ocupação israelense do território palestino e as agressões na Faixa de Gaza e
na Cisjordânia ocupada desde 7 de outubro de 2023.
"srael
está cometendo genocídio contra os palestinos e deve ser processado internacionalmente",
diz uma declaração emitida na conclusão da cúpula do bloco africano em Adis
Abeba, capital da Etiópia.
Os líderes
africanos pediram o fim da cooperação e normalização com Israel até que o país
encerre sua ocupação e agressão contra a Palestina.
Uma fonte do
Ministério das Relações Exteriores da Somália enfatizou que seu país nunca
aceitaria o deslocamento de palestinos de Gaza para Puntlândia e
Somalilândia.
O Ministério
das Relações Exteriores da Palestina elogiou mais tarde a declaração da UA em
uma publicação no X, expressando gratidão ao bloco por sua “posição honrosa”
sobre a “rejeição dos planos de deslocamento e anexação” da cúpula, elaborados
por Israel e pelos Estados Unidos contra o povo palestino, informa o canal
iraniano HispanTV.
No sábado, a
UA deu a palavra ao presidente palestino Mahmoud Abbas em meio ao apoio unânime
do bloco à Palestina e à rejeição ao genocídio israelense em Gaza. Falando em
uma cúpula em Adis Abeba no sábado, o líder palestino rejeitou firmemente um
plano desastroso de seu colega americano Donald Trump de deslocar
permanentemente o povo palestino de Gaza.
Abbas
enfatizou que “os apelos para expulsar o povo palestino de suas terras e
deslocá-lo à força não eram nada mais do que uma forma de distrair a atenção
dos crimes de guerra, genocídio e destruição em Gaza, bem como dos crimes de
expansão de assentamentos e tentativas de anexar a Cisjordânia”.
“O único lugar
para onde os 1,5 milhões de refugiados que vivem em Gaza devem retornar são as
cidades e vilas de onde foram deslocados em 1948 [ano em que o regime
israelense foi fundado], de acordo com a Resolução 194 da ONU”, enfatizou.
Fonte: Observatório
Da Imprensa/Opera Mundi/Brasil 247/AFP
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