Urnas eletrônicas
protegeram o Brasil de mais um golpe militar
A solidez do
sistema eleitoral brasileiro e a segurança das urnas eletrônicas foram
cruciais para evitar que o país desmoronasse em um regime
autoritário.
As investigações da Polícia Federal
(PF) deixam
claro que a resistência de Jair Bolsonaro
(PL) em
dar continuidade ao planejamento golpista não decorreu da falta de intenção,
mas da incapacidade de provar qualquer fraude nas eleições de 2022.
Sem essa
comprovação, qualquer pretexto para suspender eleições, sequestrar autoridades
ou instaurar uma junta militar se esfacelava antes mesmo de sair do papel. Foi
essa falta de fundamentação que impediu que o golpe se concretizasse
e garantiu a sobrevivência da democracia brasileira diante da maior
ameaça desde a redemocratização.
<><> A
construção da narrativa de fraude
Bolsonaro tentou,
de todas as formas, sustentar uma narrativa de fraude eleitoral.
Pressionou aliados e militares para encontrar qualquer indício de
irregularidade, mesmo quando as análises técnicas mostravam a total integridade
do sistema. Exigiu um relatório "duro" sobre a segurança das
eleições, mas nem seus mais leais apoiadores conseguiram produzir algo
remotamente convincente. A ausência desse lastro minou as tentativas de
justificar um golpe.
Sem respaldo
técnico, Bolsonaro passou a incitar a reação popular, estimulando
protestos em frente aos quartéis e fomentando a esperança de uma intervenção
militar. Contudo, sem apoio institucional, sua estratégia se mostrou um beco
sem saída.
<><> O
medo de Bolsonaro
As investigações
também revelam que Bolsonaro evitava qualquer rastro escrito que o ligasse ao
golpe. Temia assinar documentos que oficializassem a intentona, ciente de que
isso o colocaria no centro da responsabilização criminal. Um exemplo
emblemático é o relato de que o general Estêvão Teófilo teria pedido que
Bolsonaro assinasse um decreto mobilizando tropas para a ruptura institucional.
O ex-presidente se recusou, evidenciando sua falta de confiança na viabilidade
do plano.
Se Bolsonaro
realmente acreditasse na existência de fraude, não teria hesitado em levar
adiante o golpe. Sua insegurança mostra que ele próprio duvidava do sucesso da
conspiração, temendo não apenas o fracasso, mas a punição que se seguiria.
<><> O
papel das urnas eletrônicas
A resiliência das
instituições democráticas brasileiras não se deve apenas a um compromisso
moral, mas ao fato de que as urnas eletrônicas funcionaram como um escudo
contra o golpismo. A impossibilidade de contestar os resultados com argumentos
minimamente críveis impediu que medidas extremas fossem justificadas. A
transparência do pleito desmontou qualquer tentativa de dar verniz de
legitimidade à ruptura institucional.
O Brasil já viveu
as consequências de um golpe de Estado. O regime de 1964 deixou um legado de
mortes, prisões e desaparecimentos. Um desfecho semelhante poderia ter ocorrido
se Bolsonaro tivesse levado adiante sua conspiração. Um estado de exceção teria
desencadeado perseguições em massa, repressão contra opositores e um governo
sustentado pelo medo e pela violência.
<><> O
futuro da democracia brasileira
O fracasso da
tentativa golpista não é um salvo-conduto para a democracia. O episódio reforça
a necessidade de uma defesa intransigente do Estado de Direito. A segurança das
urnas eletrônicas mostrou-se uma barreira intransponível contra o autoritarismo,
mas não se pode confiar apenas nelas para evitar retrocessos institucionais.
O Brasil precisa
aprender com esse episódio. A democracia não pode depender da hesitação de
um presidente golpista, mas sim de mecanismos institucionais sólidos que impeçam
qualquer nova tentativa de ruptura. A defesa do sistema eleitoral e do Estado
Democrático de Direito precisa ser um compromisso permanente. Somente assim
futuras eleições transcorrerão com transparência e legitimidade, sem abrir
espaço para aventuras autoritárias.
¨ Zarattini: Denúncia da PGR contra Bolsonaro confirma
que golpe começou em 2021
O deputado
federal Carlos
Zarattini (PT-SP)
esteve no programa Fórum Onze e
Meia desta
sexta-feira (21) para comentar a denúncia
da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por
tentativa de golpe de Estado. O parlamentar
elogiou o documento apresentado pelo procurador-geral Paulo Gonet e destacou
que a denúncia confirma o que a esquerda já vinha sinalizando: o golpe de
Bolsonaro não foi só no dia 8 de janeiro de 2023, mas, sim, começou antes,
ainda em 2021.
"A gente
sempre falou que o golpe não foi no dia 8 de janeiro, o golpe começou
antes lá em 7 de setembro de 2021 quando o Bolsonaro faz aquele
comício e ameaça com o golpe de Estado. É isso que é muito bom na denúncia do
Gonet, que ele começa a contar a história do golpe justamente no 7 de setembro
de 2021", afirma o deputado.
Zarattini acredita
que ainda deve ter "muita coisa para aparecer" após a
denúncia da PGR, uma vez que no documento também consta que a própria polícia
do Distrito Federal estava preparada para o golpe.
<><> Os
bolsonaristas e a anistia
O deputado também
comentou a defesa dos bolsonaristas para a aprovação de uma anistia pela
Câmara. O parlamentar afirma que, apesar de ter perdido força, o projeto não
está "enterrado". No entanto, ele defende que é "muito
pouco provável" que a proposta avance na Casa Legislativa, e até
mesmo por conta dos próprios bolsonaristas.
Para Zarattini,
neste momento, não há interesse da ala bolsonarista para que o
projeto seja aprovado devido à denúncia da PGR. A partir de agora, segundo o
deputado, a estratégia do grupo de extrema direita será diferente, focada
em deslegitimar o processo eleitoral. Ele cita a ida do deputado Eduardo
Bolsonaro (PL-SP)
aos Estados Unidos para reforçar a tese de que a Agência dos Estados Unidos
para o Desenvolvimento Internacional (USAID) tenha interferido para que Lula
(PT) ganhasse as eleições em 2022.
"Eles vão
agitar", diz o deputado. "O que o Eduardo Bolsonaro está fazendo é ir
lá nos Estados Unidos engrossar o 'lero-lero' do Elon Musk e do Trump que a
USAID ajudou na vitória do Lula, essa é a nova fake news", declara.
"Ele deve estar pegando alguma coisa lá produzida pelos caras e vai tentar
criar aqui uma comoção, voltar com a tese de que a eleição foi roubada, de
que a eleição teve apoio externo, tentar deslegitimar o processo eleitoral
brasileiro", avalia Zarattini.
"Eu acho que
eles não vão apostar na anistia agora, eles vão apostar em procurar crescer com
base nesse discurso mentiroso", completa.
¨ Delação de Mauro Cid e PGR evidenciam a urgência para
mudanças na formação dos militares
As recentes
revelações trazidas pela delação premiada de Mauro Cid e
pela denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República
(PGR) expõem uma realidade incontestável: as Forças Armadas
brasileiras carecem de uma reforma urgente em sua formação. O envolvimento
de oficiais superiores em uma trama para deslegitimar o processo
eleitoral e atentar contra a democracia não é um fenômeno
isolado, mas sim a manifestação de um problema estrutural enraizado na
cultura militar brasileira.
<><> Envolvimento
militar e risco à democracia
A PGR apontou,
na denúncia, que generais da ativa e da reserva, entre eles Augusto
Heleno e Braga Netto, participaram ativamente de uma organização
criminosa com o objetivo de impedir a posse de um governo
democraticamente eleito.
A delação de Mauro
Cid revela que esses militares mantinham contatos frequentes com grupos
políticos e planejavam abertamente ações de desestabilização do regime
democrático. A partir das mensagens obtidas na investigação, fica claro que a
articulação entre líderes militares e políticos
antidemocráticos ocorreu com o aval de setores formados dentro da doutrina
militar, que ainda enxergam a política como uma área de possível intervenção
castrense.
Trocas de mensagens
e registros obtidos pela investigação indicam que a tentativa de
golpe de Estado foi debatida internamente por membros das Forças Armadas,
evidenciando um alinhamento político-ideológico que contraria o papel
constitucional dessas instituições. A atuação desses militares confirma que
há brechas na formação militar que permitem a perpetuação de visões
autoritárias e antidemocráticas.
<><> O
legado de 1964 e a cultura militar
A prática
de associar as Forças Armadas a projetos políticos não é recente. Nos
quartéis, a narrativa sobre o golpe militar de 1964 é apresentada sob
uma perspectiva que o exime de suas violações, tornando-o uma ação
justificável e, por vezes, glorificada.
Um exemplo
concreto disso é a 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha,
localizada em Juiz de Fora, Minas Gerais, conhecida como “Brigada 31
de Março” — uma referência direta ao golpe de 64. O próprio nome da
unidade militar evidencia como a história do autoritarismo é preservada
como um legado positivo dentro da instituição, sem a devida contextualização
sobre os crimes cometidos durante a ditadura.
A delação de Mauro
Cid comprova que essa visão histórica distorcida influencia diretamente as atitudes
de militares em posições de comando. A naturalização da ruptura democrática
como instrumento legítimo dentro das Forças Armadas faz com que a ideia de
golpe de Estado permaneça como uma possibilidade plausível em determinados
círculos do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Essa abordagem
distorcida cria uma percepção equivocada nos militares sobre o papel que
devem desempenhar na sociedade, alimentando o revisionismo
histórico e a crença de que intervenções militares podem ser
legítimas.
<><> Formação
militar e riscos institucionais
A delação de
Mauro Cid e os documentos anexados pela investigação deixam claro que
oficiais militares viam o retorno a um regime de exceção como uma alternativa
viável, o que demonstra falhas profundas na formação desses agentes.
A educação
militar, ao longo das décadas, focou mais na criação de agentes
políticos do que na formação de profissionais voltados à defesa
nacional dentro dos marcos democráticos. Em vez de garantir que os
militares atuem como servidores do Estado brasileiro, a formação
atual muitas vezes os transforma em potenciais agentes de ruptura
institucional, com lealdades não à Constituição, mas a grupos políticos
específicos.
Além disso, a
denúncia da PGR demonstra que a existência de um grupo articulado entre militares
e políticos foi fundamentada em uma visão ultrapassada do papel das Forças
Armadas, que ainda se enxergam como tutoras da República. Essa percepção
reforça a necessidade de uma revisão ampla da formação dos militares, colocando
o compromisso democrático como eixo central do ensino nas academias militares.
<><> Falta
de fiscalização e controle externo
Além disso,
há evidências de que a estrutura militar brasileira carece de um maior
controle externo. A falta de fiscalização sobre os currículos dos cursos
militares permite que discursos ultraconservadores sejam disseminados
entre os oficiais sem qualquer contestação.
É fundamental que
as instituições militares passem por uma revisão curricular abrangente,
garantindo que a formação de seus integrantes esteja alinhada com os
princípios democráticos e com o respeito aos direitos humanos.
A atual conjuntura
expõe um vácuo institucional que precisa ser preenchido
com medidas que reforcem a responsabilidade e a transparência dentro das
Forças Armadas.
<><> A
necessidade de uma reforma estrutural
Diante desse
quadro, é fundamental discutir uma reforma estrutural na formação dos
militares. A formação acadêmica nas instituições militares deve
incluir um ensino mais aprofundado sobre democracia, direitos humanos e a
história recente do Brasil, com um olhar crítico sobre os impactos do
golpe de 64 e da ditadura.
Além disso, é
essencial o fortalecimento do controle civil sobre as Forças Armadas,
garantindo que sua atuação esteja alinhada às necessidades da defesa nacional e
não a projetos de poder.
A criação de
mecanismos de auditoria e supervisão independentes poderia ajudar a
mitigar esse problema, garantindo que a formação dos militares ocorra
dentro dos parâmetros constitucionais.
A solução passa por
uma reforma profunda na estrutura curricular das academias militares, retirando
o viés ideológico e substituindo-o por uma formação voltada à defesa do Estado
brasileiro, da soberania nacional e da segurança das instituições democráticas.
<><> Algumas
medidas são fundamentais:
Revisão
curricular – Introduzir o estudo crítico do regime militar, incluindo as
violações de direitos humanos e os abusos cometidos pela ditadura.
Maior controle
civil – O Ministério da Defesa e as Forças Armadas devem ter um conselho
civil que acompanhe a formação e a atuação dos militares.
Treinamento em
valores democráticos – Oficiais devem ser preparados para atuar dentro da
legalidade, respeitando a Constituição e os limites de sua função.
Fim das celebrações
ao golpe de 64 – O Estado brasileiro não pode mais tolerar que unidades
militares prestem homenagens a um regime que violou direitos fundamentais.
<><> Um
alerta para o Brasil
Os fatos revelados
pelas investigações são um alerta inadiável: a permanência de
uma cultura antidemocrática dentro das instituições
militares representa uma ameaça real ao Estado de Direito.
Reformar a formação
dos militares não é apenas uma questão pedagógica, mas um imperativo para a
estabilidade institucional do Brasil. O fortalecimento da democracia exige
que as Forças Armadas sejam reconfiguradas para atuar estritamente
dentro dos limites constitucionais, abandonando qualquer inclinação
a projetos de ruptura institucional.
O Brasil não pode
mais ignorar os sinais de alerta: sem uma reforma profunda e urgente, as
instituições militares continuarão a ser um fator de instabilidade
política e um risco à democracia.
¨ Justiça Militar pune praças com mais rigor enquanto
protege oficiais
A Justiça Militar brasileira
segue um padrão de aplicação de penas que favorece oficiais e pune com
maior severidade os praças e soldados. A hierarquia e a disciplina são os
pilares do Direito Penal Militar, mas a prática jurídica do Superior Tribunal
Militar (STM) demonstra que, quando se trata de corrupção ou crimes
financeiros, oficiais recebem penas desproporcionais ao dano causado ao erário
público.
Três casos julgados
recentemente pelo STM ilustram essa disparidade na aplicação da lei. Enquanto
praças envolvidos em furtos e irregularidades menores receberam penas de
reclusão significativas, oficiais envolvidos em fraudes milionárias tiveram
penas simbólicas ou substituíveis por restrições de direitos.
<<<< Caso
1: Capitão condenado por peculato – 4 anos de reclusão
No primeiro caso,
um capitão do Exército foi condenado a 4 anos de reclusão por
peculato. O oficial foi acusado de desviar pneus de viaturas militares,
causando um prejuízo estimado de R$ 300 mil. Segundo a denúncia do
Ministério Público Militar (MPM), o capitão acessava materiais destinados à
manutenção das viaturas e os desviava para uma borracharia, recebendo valores
indevidos e repassando os itens a terceiros.
Durante a
investigação, descobriu-se que o capitão fez mais de 600 ligações para a
borracharia, negociando o destino dos pneus desviados. O esquema só foi
descoberto após auditorias internas do Exército identificarem inconsistências
nos registros de peças substituídas.
Apesar da gravidade
do crime e do prejuízo ao patrimônio público, a Justiça Militar permitiu a
substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos,
flexibilizando a punição imposta ao oficial.
<<<< Caso
2: Soldado e civil condenados por furto de munições – 5 anos e 6 meses de
reclusão
No segundo caso,
um soldado e um civil foram condenados por furtar munições
do Exército e revendê-las no mercado ilegal. A investigação revelou que o
militar desviava projéteis de calibres 5.56, 7.62 e .50, que foram
posteriormente repassados a terceiros. O desvio foi identificado após uma
auditoria interna e resultou na abertura de um inquérito policial militar.
Os réus foram
julgados pela Justiça Militar, que impôs as seguintes penas:
Soldado: 5
anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado.
Civil: 3 anos
e 12 dias de reclusão, em regime aberto.
A severidade da
pena aplicada ao soldado decorre do entendimento de que crimes cometidos dentro
da estrutura militar afetam a hierarquia e a disciplina, o que é considerado
mais grave do que o próprio impacto financeiro da infração.
No julgamento, o
soldado tentou alegar que desconhecia as consequências do desvio, mas a Corte
considerou que ele tinha plena consciência do ato. O juiz enfatizou que o
militar agiu de forma premeditada e que a violação da disciplina era
inaceitável dentro das Forças Armadas.
<<<<<
Caso 3: Fraude de R$ 46 milhões em licitação – apenas 1 ano de detenção
O terceiro caso
ilustra a maior disparidade no tratamento judicial. Oficiais de alta patente
foram condenados por envolvimento em um esquema de fraude em licitação,
que causou um prejuízo de R$ 46 milhões aos cofres públicos. A fraude
envolvia contratos superfaturados para a aquisição de equipamentos hospitalares
destinados a unidades militares.
Embora o crime
tenha sido comprovado e envolvesse uma quantia muito superior aos outros
casos, os militares receberam penas de apenas 1 ano de detenção, com
possibilidade de substituição por pena alternativa.
O crime de fraude à
licitação está previsto na Lei 8.666/1993, com pena estipulada entre 2 a 6
anos de reclusão. No entanto, a Justiça Militar optou por aplicar o mínimo
possível, desconsiderando o impacto financeiro e a gravidade da infração. O caso foi mostrado
anteriormente por esta coluna.
<><> A
lógica da Justiça Militar: proteger a hierarquia, não o patrimônio público
A análise dos três
casos revela um padrão claro: a hierarquia e a disciplina militar pesam
mais que o dano ao erário público. Crimes cometidos por praças e soldados,
mesmo que envolvam valores menores, são punidos com mais rigor do que fraudes
milionárias praticadas por oficiais de alta patente.
>>> A
distorção fica evidente ao comparar as penas:
O capitão que
desviou R$ 300 mil recebeu 4 anos de reclusão, com possibilidade
de pena alternativa.
O soldado que
furtou munições recebeu 5 anos e 6 meses de prisão.
A fraude de R$
46 milhões, realizada por oficiais, resultou em apenas 1 ano de detenção,
substituível por pena alternativa.
A seletividade da
Justiça Militar gera uma proteção sistêmica para oficiais de alta patente,
enquanto praças enfrentam penas duras por crimes que, embora graves, causam
impacto financeiro menor.
<><> Impunidade
e corporativismo dentro da Justiça Militar
O Superior Tribunal
Militar é composto majoritariamente por oficiais-generais, o que favorece
um sistema de julgamento no qual os altos escalões são tratados com mais
benevolência. Isso explica por que fraudes milionárias são punidas de forma
branda, enquanto infrações menores cometidas por soldados resultam em penas
mais severas.
Essa estrutura
levanta questionamentos sobre a imparcialidade do tribunal e sobre a
necessidade de reformular a Justiça Militar para que crimes de corrupção dentro
das Forças Armadas sejam julgados com o mesmo rigor que delitos comuns.
Enquanto isso, a
mensagem enviada pela Justiça Militar é clara: desviar milhões pode ser um
problema menor do que desafiar a disciplina interna das Forças Armadas.
Fonte: Fórum
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