Trump está em
campanha para ganhar o Nobel da Paz?
Desde seu primeiro
mandato (2017-2021), o presidente americano, Donald Trump, sempre deixou
claro o desejo de receber o Prêmio Nobel da
Paz.
Apesar de ter sido
nomeado mais de uma vez, o republicano nunca conseguiu igualar o feito de seu
antecessor, Barack Obama (2009-2017), que foi agraciado com a distinção em
2009.
Nas primeiras
semanas desde que voltou à Casa Branca, Trump tem oferecido propostas
controversas para alcançar a paz na guerra da Rússia na
Ucrânia e
no conflito entre
israelenses e palestinos em Gaza. Observadores acreditam que esses esforços
fazem parte de sua estratégia para conquistar o prêmio.
"Eles nunca me
darão um Prêmio Nobel da Paz", reclamou Trump neste mês em declarações a
jornalistas. "Eu mereço, mas eles nunca me darão."
Entretanto, ao
mesmo tempo em que manifesta o desejo de receber a honraria, diversas de suas
ações e declarações podem prejudicar suas chances.
Trump e o
presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversaram por telefone neste mês, no
que o americano descreveu como "o início da negociação para acabar com a
guerra na Ucrânia", e representantes dos dois países se reuniram na Arábia
Saudita.
Depois de repetir
durante a campanha que, se eleito, acabaria com a
guerra da Rússia na Ucrânia "em 24 horas", Trump passou a admitir
um prazo mais realista de pelo menos seis meses para garantir uma paz justa e
duradoura. Mas há preocupação entre aliados de que a Europa e a própria Ucrânia
sejam deixadas de lado nessas negociações.
Na quarta-feira
(19/02), Trump escreveu em sua rede social, a Truth Social, que o presidente
ucraniano Volodymyr Zelensky é um "ditador".
"Um ditador
sem eleições, é melhor que Zelenskyy [sic] aja rápido ou não terá mais um
país", escreveu o presidente americano.
No caso de
Gaza, a proposta de Trump
de deslocar 2 milhões de palestinos e assumir o controle
do território gerou
choque e condenação internacional. O presidente já havia assumido crédito
pelo cessar-fogo
anunciado em janeiro,
negociado ainda durante o governo de Joe Biden.
"O seu
objetivo é uma paz duradoura no Médio Oriente para todas as pessoas da
região", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, sobre os
planos de Trump para Gaza.
Mas muitos
especialistas jurídicos ressaltam que qualquer proposta que envolva o
deslocamento forçado de comunidades é proibida pelo direito internacional.
"Independentemente
do aspecto legal, a história mostra que uma paz duradoura não pode ser
alcançada por meio de expulsões forçadas ou tomadas de poder territoriais, mas
sim por meio da diplomacia, do cumprimento do direito internacional e de
esforços reais de resolução de conflitos", diz à BBC News Brasil o diretor
do Peace Research Institute Oslo (Instituto de Pesquisas sobre a Paz de Oslo,
ou Prio, na sigla em inglês), Henrik Urdal.
"A proposta
não é um plano realista para trazer paz duradoura sustentável entre Israel e
Palestina. Uma paz duradoura nesta região requer esforços de resolução de
conflitos de longo prazo que sejam acordados por todos os lados", destaca
Urdal.
"O mandato do
Comitê Nobel é reconhecer contribuições específicas para a paz. Mas o Comitê
também pode considerar o histórico mais amplo de um indivíduo e o contexto de
suas ações", ressalta.
"Se o
presidente Trump ordenasse o deslocamento forçado de milhões de habitantes de
Gaza, minando assim o direito internacional, isso poderia prejudicar seriamente
quaisquer chances que ele pudesse ter tido anteriormente", afirma Urdal.
Desde que iniciou o
seu segundo mandato, Trump fez
diversas declarações que, segundo analistas, remetem ao imperialismo americano
do século 19, entre elas a de que não descarta o uso de força militar ou
pressão econômica para comprar a Groenlândia da
Dinamarca e o Canal do Panamá.
"Devo dizer
que as ameaças de tomar a Groenlândia e o Canal do Panamá, não excluindo a
possibilidade de usar meios militares, minam fundamentalmente o respeito pelo
direito internacional e pelas fronteiras internacionais", observa Urdal.
"E isso pesará
muito contra um Nobel para Trump. Se ele quer o prêmio, precisa parar de falar
sobre tomar territórios de outros países", afirma.
·
'Fixação'
com o Nobel
Trump já manifestou
diversas vezes sua frustração por nunca ter recebido o Nobel da Paz, tanto em
declarações públicas quanto em encontros privados com autoridades. Segundo
descrições da imprensa americana, o Nobel é uma "fixação" e uma
"obsessão" para o presidente.
"Eles deram o
Prêmio Nobel para Obama", reclamou Trump em um comício em Las Vegas em
outubro passado, durante a reta final da campanha.
"Ele foi
eleito e anunciaram que ganharia o Prêmio Nobel. Eu fui eleito em uma eleição
muito maior, melhor e mais louca, mas deram a ele o Nobel", disse o
republicano, diante da multidão.
No momento em que
inicia seu segundo mandato, Trump, que foi indicado ao prêmio no fim do ano
passado, demonstra continuar perseguindo o objetivo. Em seu discurso de posse,
ele disse que seu "legado de maior orgulho será o de um pacificador e
unificador" e afirmou que o sucesso será medido "não apenas pelas
batalhas que vencermos, mas também pelas guerras que terminarmos".
Trump é considerado
por muitos um político polêmico, que explora divisões e tem uma retórica muitas
vezes agressiva. Essas características fariam dele um candidato inusitado para
um prêmio já concedido a nomes como Martin Luther King
Jr. (em
1964), Madre Teresa (em 1979)
e Nelson Mandela (em 1993).
"Se Trump
ganhasse (o Nobel da Paz), sem dúvida estaria entre os vencedores mais
controversos", diz Urdal.
Mas mesmo alguns de
seus críticos admitem que ele poderia usar a vontade de ganhar o prêmio para
realmente alcançar a paz em diferentes conflitos.
"Embora seja
fácil zombar com superioridade moral da obsessão de Trump com o Nobel, sua
vaidade oferece uma oportunidade de acabar com hostilidades em vários pontos
críticos do mundo", escreveu em artigo de opinião publicado em janeiro no
jornal The Washington Post o democrata Rahm Emanuel, que foi chefe de gabinete
no governo de Obama.
"Independentemente
do que se possa pensar sobre os motivos de Trump para buscar o prêmio,
deveríamos desejar seu sucesso tanto quanto ele deseja validação", disse
Emanuel, ao listar vários conflitos para os quais Trump poderia buscar uma
resolução.
Segundo Evelyn
Farkas, diretora executiva do Instituto McCain, organização sem fins lucrativos
e apartidária focada em democracia e direitos humanos, "por mais
extraordinárias que possam parecer" as declarações de Trump de que ele
deveria receber o Nobel, ele realmente poderia ganhar o prêmio.
Em entrevista antes
dos contatos mais recentes entre Trump e Putin, Farkas, que foi subsecretária
assistente de Defesa durante o governo Obama, disse que se Trump conseguisse
alcançar "uma paz justa e duradoura, com uma garantia de segurança para a
Ucrânia", isso seria de fato digno de um Nobel.
"Trump pode
ganhar um Nobel se pressionar Putin (com garantias de segurança e soberania
para a Ucrânia)", disse Farkas à BBC News Brasil.
"Ambos os
lados (Rússia e Ucrânia) estão cansados, têm uma quantidade limitada de
recursos econômicos, mão de obra e munições para continuar lutando", ressalta
Farkas. "Ambos estão buscando um fim para a guerra, mas têm fortes linhas
vermelhas (sobre como isso seria feito)."
No entanto,
especialistas salientam que não basta apenas um acordo rápido, é preciso
garantir paz duradoura.
"Se Trump
pressionar Putin, talvez consiga fazer com que Putin espere uma garantia de
segurança dos Estados Unidos ou da Otan (Organização do Tratado do Atlântico
Norte) para a Ucrânia e, em troca, a Rússia possa obter território da
Ucrânia", afirmou Farkas.
·
Oportunidades
e desafios
Segundo
especialistas, a crise no Oriente Médio representa uma oportunidade para Trump
usar sua influência na busca pela paz em esforços envolvendo não apenas a
guerra entre israelenses e palestinos, mas também Líbano, Síria, Arábia Saudita
e Irã.
"No momento,
ou estamos à beira de um período de estabilidade sem precedentes no Oriente
Médio, ou à beira de instabilidade contínua", diz Farkas.
"E muito disto
está, francamente, nas mãos de Trump, porque os Estados Unidos continuam a ser
a potência econômica, política e militar mais forte do mundo. Temos a
capacidade de pressionar nossos aliados, adversários e parceiros a chegarem a
um acordo", afirma.
Depois de, em seu
primeiro mandato, anunciar a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã e
defender uma estratégia de "pressão máxima", Trump agora afirma estar
aberto a negociações.
Farkas diz ainda
que, se Trump solucionasse o conflito entre Armênia e Azerbaijão ou a crise na Venezuela, poderia ser
cogitado para o Nobel.
Urdal, do Prio,
cita como feito digno do prêmio um acordo de desarmamento, lembrando do risco
representado tanto por armas nucleares quanto por sistemas autônomos
alimentados por Inteligência
Artificial.
Destaca ainda uma solução para a crise no Sudão.
"Em princípio,
qualquer um pode receber o Nobel da Paz. O requisito é que faça uma contribuição
suficientemente digna para a paz", ressalta Urdal.
"Se haverá um
Nobel para o possível fim das guerras na Ucrânia e em Gaza depende do tipo de
paz alcançada, e se será justa e sustentável", salienta.
Ao longo da
história, vários nomes controversos já foram indicados ao Nobel da Paz. Quando
o então secretário de Estado americano Henry Kissinger ganhou o
Nobel, em 1973, dois membros do comitê chegaram a renunciar em protesto. Críticos
ressaltaram o papel de Kissinger em eventos como bombardeios no Vietnã, Laos e
Camboja ou a Operação Condor, na América do
Sul, entre outros.
Também há casos de
controvérsia na entrega da honraria a chefes de Estado, o que poderia pesar
contra o presidente americano.
Um exemplo recente
é o do primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, vencedor em 2019 pelos
esforços para acabar com a guerra com a Eritreia. As críticas à decisão
aumentaram depois que ele ordenou uma ofensiva na região do Tigray que deixou
milhares de mortos.
"Não sabemos
exatamente o que o comitê está ponderando (na escolha do vencedor), mas eles
estão muito conscientes do perigo de dar o prêmio a um chefe de Estado",
afirma Urdal.
·
Presidentes
agraciados
O Nobel da Paz foi
estabelecido há mais de cem anos como reconhecimento àqueles "que mais
fizeram pela fraternidade entre as nações, a abolição ou redução de exércitos
permanentes e a realização e promoção de congressos de paz".
Diversos
presidentes americanos já foram indicados ao Nobel da Paz e, antes de Obama,
três outros receberam a honraria: Theodore Roosevelt (em 1906), Woodrow Wilson
(em 1920) e Jimmy Carter (em 2002, após ter deixado o governo).
Obama conquistou o
prêmio pouco mais de oito meses após assumir o poder, "pelos seus esforços
extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre
os povos."
Na época, críticos
consideraram a decisão prematura, ressaltando que ele ainda não havia tido
tempo para causar um impacto digno da distinção. Nos anos seguintes, com a
expansão da "guerra ao
terror",
muitos concluíram que Obama não mereceu ser agraciado.
As indicações ao
Nobel da Paz podem ser enviadas por ganhadores do prêmio em anos anteriores,
chefes de Estado, políticos, professores universitários e membros do Comitê
Norueguês do Nobel, entre outros.
Os vencedores são
escolhidos por esse comitê, cujos cinco membros são selecionados pelo
Parlamento da Noruega.
Trump recebeu
diferentes indicações no passado por seus esforços na mediação dos chamados
Acordos de Abraão, tratados de normalização de relações entre Israel e Emirados
Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos.
Muitos analistas
consideram esses acordos, assinados em 2020, o principal legado de política
externa de seu primeiro mandato.
O republicano
também recebeu outras nomeações por suas tentativas de negociação com a Coreia
do Norte e sua mediação para promover a normalização de laços econômicos entre
Kosovo e Sérvia.
Ao voltar à Casa
Branca em um momento em que conflitos se multiplicam ao redor do mundo,
analistas avaliam que o presidente americano tem novas oportunidades de usar
seu poder e influência para conquistar a paz e, talvez, o tão almejado
reconhecimento.
·
‘Trump está tentando virar o imperador do mundo’, critica
Lula
O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (20) que o presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, “está tentando virar o imperador do mundo”.
Em entrevista à rádio Tupi FM, do Rio de janeiro, Lula classificou como
“rompantes” as falas de Trump sobre anexar e rebatizar territórios de outros
países, e disse que “cada presidente cuida do seu pedaço”.
“O que eu
tenho ouvido são os rompantes do presidente Trump, que quer tomar o Canadá,
quer tomar a Groenlândia, quer tomar o Canal do Panamá, mudar o nome do
‘Golfo do México’ para o ‘Golfo da América’. Ou seja, ele foi eleito presidente
dos Estados Unidos e tem que cuidar dos Estados Unidos. Cada presidente cuida
do seu pedaço. Ele precisa tomar muito cuidado com o que ele fala porque ele
está fazendo um papel que não faz parte da história dos Estados Unidos. A
democracia criada e fortalecida a partir da Segunda Guerra Mundial obriga que
todo presidente da República tem que cuidar do seu país, da forma mais soberana
possível. Cada um administra o que é seu. Ele tem tido muitos rompantes todo
dia, habitual da extrema direita no mundo inteiro, de falar todo dia e toda
hora, sem medir as consequências da sua fala”, criticou.
Lula falou
sobre a importância das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, mas
alertou que o país não tem a mesma dependência dos americanos que tinha há 20
anos atrás. “Os Estados Unidos são um parceiro comercial importante para o
Brasil. Nós temos um déficit comercial de US$5 bilhões a US$7 bilhões e nós
temos uma relação de US$87 bilhões com os Estados Unidos, e é muito equilibrado
o que a gente exporta e o que a gente compra. Então nós não temos dependência
dos Estados Unidos como tivemos há 20 anos. Temos hoje uma relação comercial e
diplomática muito equilibrada no mundo. O que queremos, de verdade, é que o
presidente Trump governe os Estados Unidos, que ele pare com essa história de
protecionismo”, afirmou.
Segundo o
presidente, o protecionismo de Trump vai gerar inflação nos Estados Unidos. “Em
1980, quando se estabeleceu o Consenso de Washington, a palavra de ordem era
‘liberdade para o comércio’, ‘livre comércio’, ‘cada país tem que abrir suas
fronteiras’, ‘os produtos têm que viajar para o mundo inteiro’, ‘tudo mundo
pode comprar tudo’. Agora é contrário, agora ele está taxando os produtos de
todos os países. Isso vai causar inflação nos Estados Unidos, vai aumentar o
preço das coisas nos Estados Unidos. Isso pode não ser uma boa política para os
Estados Unidos. Eu, sinceramente, gostaria que o presidente Trump levasse em
conta que é preciso respeitar a soberania de cada país. Isso significa
fortalecer a democracia”, completou.
O presidente
também criticou a intromissão dos Estados Unidos em assuntos internos de outros
países e a relação de Trump com os imigrantes.”Do jeito que ele está fazendo,
está tentando virar o imperador do mundo, tentando dar palpite em todos os
países, em todas as políticas públicas, contra imigrantes. Os imigrantes que
estão nos Estados Unidos foram para lá muitas vezes para trabalhar em
profissões que os americanos já não queriam mais trabalhar”, disse.
Por fim, Lula
voltou a afirmar que o Brasil responderá caso Trump decida taxar produtos
brasileiros. “Então queremos que se respeite as regras da democracia, a ONU, a
OMC e que a gente faça uma relação comercial tranquila, soberana, sem
sobressaltos. Se por acaso o presidente Trump taxar produtos brasileiros haverá
reciprocidade do Brasil. Não tem outra alternativa. Isso pode encarecer os
produtos para todo mundo, pode aumentar os preços para todo mundo. Então não é
correto o que ele está fazendo, não é correto do ponto de vista político,
porque é muita ameaça todo santo dia e isso não traz benefícios”, lamentou.
¨ Norte-americanos
temem que campanha de Musk para cortar custos prejudique serviços, mostra
pesquisa
A maioria dos
norte-americanos teme que a iniciativa de Elon Musk de reduzir o governo
federal possa prejudicar os serviços dos quais suas comunidades dependem e
acredita que os bilionários têm muita influência sobre o governo do presidente
Donald Trump, segundo uma nova pesquisa da Reuters/Ipsos.
Cerca de 58%
dos entrevistados da pesquisa de seis dias concluída na terça-feira disseram
estar preocupados que programas federais, como pagamentos de aposentadoria da
Previdência Social e auxílio estudantil, poderiam ser atrasados pela campanha
de Musk, o dobro dos 29% dos entrevistados que disseram não se preocupar com
isso.
Os norte-americanos,
incluindo alguns dos mais fervorosos apoiadores de Trump, estão nervosos com a
influência que os norte-americanos ricos estão tendo na Casa Branca depois que
Trump abasteceu seu gabinete e círculo de assessores com executivos de empresas
e bilionários.
Entre os
entrevistados da pesquisa, 71% concordaram com a afirmação de que os muito
ricos têm muita influência na Casa Branca e 69% disseram que acham que os ricos
estão ganhando dinheiro com suas conexões na Casa Branca.
Mesmo entre os
norte-americanos que disseram se identificar fortemente com o movimento Make
America Great Again, ou MAGA -- os apoiadores mais fervorosos do presidente,
que constituem cerca de um terço de seu partido -- cerca de 44% acham que os
norte-americanos mais ricos estão lucrando com as conexões com a Casa Branca.
Musk, a pessoa
mais rica do mundo, foi escolhido por Trump para liderar uma iniciativa de
corte de custos chamada Departamento de Eficiência Governamental, que demitiu
mais de 10.000 funcionários públicos nas últimas duas semanas de uma forma que
os democratas e outros críticos chamaram de aleatória.
Até o momento,
os republicanos estão apoiando amplamente a iniciativa Doge de Musk, mas o
restante do país está menos impressionado.
Cerca de 42%
dos entrevistados na pesquisa Reuters/Ipsos apoiam a força-tarefa de Musk para
cortar gastos do governo, em comparação com 53% que se opõem. A divisão
ultrapassa claramente as linhas partidárias.
A maioria dos
entrevistados -- 62% -- rejeitou uma declaração de que o presidente tem o
direito de demitir qualquer funcionário federal que discorde do presidente, em
comparação com 23% que disseram concordar.
Com essas
preocupações, há o risco de uma reação política negativa se Trump e Musk forem
vistos como tendo ido longe demais, dizem analistas. Embora Trump esteja
impedido de exercer um terceiro mandato pela Constituição dos EUA, os
republicanos que controlam o Congresso enfrentarão os eleitores no próximo ano.
A pesquisa
Reuters/Ipsos, realizada online e em todo o país, entrevistou 4.145 adultos dos
EUA e a margem de erro é de cerca de 2 pontos percentuais.
Fonte: BBC News/Brasil
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