Mateus Mendes:
Três anos de uma guerra bicentenária
A melhor forma de não entender a Guerra da Ucrânia
é iniciar a leitura a partir de 24 de fevereiro de 2022. Por isso é que a mídia
oligopolista e seus analistas prediletos o fazem. Quando não, salvo exceções
que só servem para confirmar a regra, estendem a análise até, no máximo, a
retomada da Crimeia, em 2014.
No entanto, sem querer entrar na discussão acerca
da Rússia de Kiev, do Grão-ducado da Lituânia ou qualquer ponto na Idade Média,
seria prudente ampliar o foco. Meio dos anos 1990, quando a Otan se expande
sobre os antigos Estados socialistas? Fim da Guerra Fria? Guerra Fria?
Revolução de 1917? Arrisco dizer que, sob o prisma dos ciclos de longa duração,
seria interessante retrocedermos ao início do século XIX, afinal, nesses pouco
mais de duzentos anos, os dois únicos momentos em que o Ocidente (ou seu
protótipo) deixou de ter a Rússia como principal inimigo foram as duas vezes em
que uma aliança contra a Alemanha foi necessária.
Em 1815, quando o Tratado de Viena encerrou as
guerras napoleônicas, houve uma enorme simplificação do sistema interestatal
europeu. Por razões compreensíveis, na escola brasileiras ensinam que Portugal
e Espanha foram rebaixadas ainda mais. Porém, pouco se fala do que houve no
Leste Europeu. Lá, Áustria, Prússia e Rússia dividiram o espólio da comunidade
polaco-lituana. O outrora poderoso Estado, que se estendia do Báltico até a
poucos quilômetros da Crimeia, fora destroçado por Napoleão em 1795.
O que viria a se chamar de Ocidente começou a se
desenhar naquele momento. Não sem algumas mudanças. (Para não falar da entrada
dos EUA, cuja pretensão imperial da Doutrina Monroe não seria mais que palavras
ao vento não fosse o consentimento europeu…). A França era poderosa demais para
ser posta no mesmo balaio dos ibéricos, e logo foi reabilitada. A Áustria
cairia na insignificância um século mais tarde, não sem antes perder parte de
seu território para o Piemonte-Sardenha na unificação italiana. Também a Prússia
lhe tomou território, assim como fez com a Dinamarca e a França, a fim de
promover a unificação alemã.
Já o Reino Unido estava acima das potências
continentais e tinha na Rússia seu principal inimigo. Começava o grande jogo,
conjunto de movimentos geopolíticos de Londres para evitar a expansão de São
Petersburgo na Ásia Central. É nesse contexto que ocorre a invasão britânica ao
Afeganistão, em 1838, e toda uma série de eventos por toda a Eurásia.
O ponto alto da rivalidade anglo-russa, porém, foi
em 1853. Liderado pelo Reino Unido, esse protótipo de Ocidente se aliaria aos
turcos contra a Rússia na Crimeia. Certamente os cruzados britânicos, franceses
e italianos se reviraram no túmulo por causa dessa heresia de seus tataranetos.
Mas a Terra é redonda, e a Ásia é muito grande. No
Extremo Oriente, o menino pródigo dos europeus promovia sua primeira humilhação
aos japoneses. Face à ameaça, Tóquio concluíra que seria melhor copiar o
desenvolvimento europeu do que sucumbir como a Índia e a China. Firmava-se
assim a parceria nipo-britânica que possibilitou a Era Meiji. Da parte do
Japão, se tratava de aproveitar as rivalidades entre as potências europeias e
promover o desenvolvimento acelerado por meio de um catching up. Da
parte do Reino Unido, não só criava um porto seguro para os investimentos, mas
também uma possível nova frente contra a Rússia.
Quarenta anos depois do início da Era Meiji, em
1905, o Japão começa seu expansionismo na Ásia continental e chega às
fronteiras da Rússia. A vitória japonesa sobre os russos é anunciada com a
primeira derrota de um país europeu para um país não europeu, algo que só é
verdade até a página dois. Embora não seja um país europeu, o Japão que
derrotou a Rússia mimetizara o projeto industrial-militar do mais poderoso dos
países europeus, e o fizeram por concessão estratégica do Reino Unido.
A derrota para os japoneses foi o réquiem para o
absolutismo russo. Alguns dos pilares das duas revoluções de 1917 foram
lançados na Revolução de 1905. Na Revolução de fevereiro, o projeto ocidental –
governo representativo, direito civil burguês e um governo ilustrado – parecia
anunciar a grande e final vitória político-ideológica franco-britânica. No
entanto, a roda da história não parou no ponto em que as burguesias europeias
ansiavam, e deu mais um passo. Esse giro extra atraiu, mais que a atenção, a
ira das burguesias ocidentais: não só os territórios russos tomados pelos
alemães durante a guerra não foram devolvidos, como os ocidentais enviaram
soldados para se somar ao Exército Branco na Guerra Civil (1918-1921).
Vencida a guerra civil – que, dado o grau de
envolvimento de potências estrangeiras, há que se questionar se o termo “civil”
é realmente aplicável –, vieram a fundação da União Soviética, a NEP e os
planos quinquenais. Além de desconhecer a crise de 1929, a União Soviética
promoveu um espantoso desenvolvimento industrial, cujo crescimento médio nos
anos 1930 foi de 16,5%.
A União Soviética era caracterizada por uma
economia planejada centralmente, marcada pela escassez de capital e pela
propriedade estatal dos meios de produção, incluindo a coletivização agrícola.
A produção estava orientada pelo valor de uso e não pelo de troca, ou seja, sua
função era atender às necessidades sociais, em vez de buscar lucro. Nos seus
primeiros anos de existência, a estratégia de desenvolvimento adotada pelo
Estado soviético, que controlava todo o comércio exterior, foi vender
matéria-prima e comprar as máquinas que seriam os alicerces de sua indústria.
Agora, à variável geopolítica se somavam as
variáveis política, econômica e ideológica. A consciência de que a União
Soviética era persona non grata no concerto das nações fez com
que o complexo industrial-militar assumisse a centralidade do planejamento
econômico.
A história não tardaria a demonstrar o acerto das
escolhas. A capitulação da França e do Reino Unido em Munique (1938) deixou
claro que havia setores em Paris e Londres que achavam problemática uma
expansão da Alemanha nazista para o leste, afinal, é lá que estava a União
Soviética.
Mesmo quando Washington e Londres se aliaram a
Moscou para derrotar Berlim, o fizeram com ressalvas. Prova disso é que
Franklin D. Roosevelt segurou ao máximo a entrada dos estadunidenses e
britânicos na região oriental da Europa a fim de aumentar o custo militar e
humano que os soviéticos pagariam.
Depois, com a morte de Roosevelt, com Truman a
relação piorou muito. De largada, o novo presidente se fez de desentendido e
transformou em palavras ao vento a promessa do seu antecessor em ajudar na
reconstrução da União Soviética. Em 1947, lançou a política de contenção. Em
1949, criou a Otan. Para além de “manter os russos fora, os estadunidenses
dentro e os alemães para baixo”, a Otan estruturou o protetorado informal dos
Estados Unidos sobre a Europa e serviu de instrumento para suas ambições
geoestratégicas.
Nos anos 1970, os movimentos de Washington mostram
que a questão ideológica poderia ser relativizada e que o cerco à Rússia
continuava a ser uma das principais diretrizes geopolíticas. Em 1972, os
Estados Unidos se aproximaram da China comunista, rifando seus aliados
taiwaneses. Entre 1977 e 1981, Jimmy Carter e Brzezinski recuperam Mackinder e
sua teoria do Heartland e insuflaram o surgimento do fundamentalismo islâmico
nas franjas da União Soviética, que se atolou na defesa dos aliados laicos no
Afeganistão.
Com a vitória ocidental na Guerra Fria, a Rússia,
agora um Estado capitalista, esperava que, uma vez não houve uma derrota
militar em stricto sensu, seria respeitada em sua condição de
potência geopolítica. A primeira década pós-Guerra Fria mostrou que essa
expectativa não passava de ilusão.
A liberalização da economia destruiu econômica e
socialmente o país: as privatizações arruinaram o Estado de bem-estar e o
ataque especulativo do capital internacional colocou o país de joelhos.
Na dimensão geopolítica, a humilhação foi ainda
maior. Belgrado, aliado histórico de Moscou, viu seu território não apenas ser
retalhado como bombardeado e ocupado pela Otan duas vezes. Foi nessa década
também que um compromisso internacional de um presidente estadunidense se
mostrou não mais que palavras ao vento: a Otan iniciou sua expansão sobre os
países do entorno estratégico de Moscou.
A prova de que tal ofensiva não foi um capricho
deste ou daquele ocupante da Casa Branca e sim uma deliberação estratégica é
que, salvo Bush pai e uma vez iniciada a expansão sobre o espólio soviético,
todos os presidentes estadunidenses promoveram alguma ampliação da Otan.
Entre 2004 e 2005, Moscou teve que amargar ainda
quatro revezes. Nesse período, três ex-repúblicas soviéticas foram palcos de
revoluções coloridas (Geórgia, 2003; Ucrânia, 2004/05; e Quirguistão, 2005) e
viram governos alinhados à Rússia serem substituídos por governos pró-Ocidente.
Em 2004, ocorreu a maior expansão da Otan – sete países foram incluídos –, com
o detalhe de que pela primeira vez essa expansão incluía países que compuseram
a União Soviética – Estônia, Letônia e Lituânia – e fazem fronteira com a
Rússia.
Em abril de 2008, a Otan convidou a Geórgia e a
Ucrânia para ingressarem na aliança militar. Em agosto, contando com a
retaguarda do Ocidente, a Geórgia invadiu a Ossétia, região georgiana autônoma
de maioria étnica russa. Porém, dessa vez, a Rússia não deixaria passar.
Sob liderança de Vladimir Putin, ocorreram a
reorganização tanto das elites política e econômica do país quanto do próprio
Estado russo, que se preparou para exigir que sua condição de potência
geopolítica fosse respeitada. Assim, desde 2000, Moscou abandonou as políticas
liberais e reestruturou seu complexo industrial-militar: restabeleceu o
controle estatal sobre o setor energético e iniciou um programa de pesquisa,
desenvolvimento e inovação que a tornaria a vanguarda em aviões de combate,
mísseis e sistemas antiaéreos. Assim, a Rússia estava pronta para reagir à
provocação, e o fez, forçando Tiblíssi a capitular em cinco dias.
A próxima provocação do Ocidente redundaria na
inevitabilidade do conflito que agora faz três anos e tem seus desdobramentos
bem conhecidos. Descontente com o governo pró-Rússia, o Ocidente estimulou mais
uma revolução colorida na Ucrânia, apoiando-se em grupos abertamente fascistas
como o Pravy Sektor e o Batalhão Azov. Ato contínuo à Eutomaidan
(nov.2013-fev.2014), a Rússia anexou a Crimeia (março de 2014) – onde fica fundeado
o grosso de sua esquadra – e equipou os separatistas em Donetsk e Lugansk.
Até fevereiro de 2022, a Rússia sinalizou diversas
vezes que não admitiria a entrada da Ucrânia na Otan e exigiu que Kiev se
abstivesse de agredir as minorias etno-russas do Donbass. Face à intransigência
do Ocidente em manter o cerco à Rússia e à anuência da Ucrânia em ser um
instrumento na manobra, restou à Rússia pouca margem de manobra: ou iniciava a
guerra, ou veria a Otan estabelecer uma enorme fronteira a poucos metros de
Moscou.
Agora, nada adianta ficar demonizando a Rússia ou
dizer que a culpa é de Vladimir Putin. Quem acha que Vladimir Putin é um
autocrata megalômano e alucinado não entendeu nada: ele é a pessoa que
conseguiu canalizar o descontentamento da elite russa com mais de dois séculos
de cercos e ofensivas. Tampouco pode ter fruto envernizar e edulcorar
neonazistas como Navalny ou dizer que Vladimir Putin e as elites russas não têm
apegos às pautas liberais que seduzem a esquerda no Ocidente e em parte da América
Latina.
Outra análise simplória é pôr Vladimir Putin no
mesmo balaio que Donald Trump e a extrema direita europeia. A Otan é a maior
ameaça à segurança russa, e a esquerda institucional europeia nunca cogitou
desmobilizá-la ou frear suas expansões. Além disso, se a extrema direita
desestabiliza a Europa e os Estados Unidos e se foi a estabilidade dos governos
de centro-direita que promoveram a expansão da Otan, é plausível acreditar que,
com a extrema direita nesses países, a Rússia, ao menos no curto prazo, tem
maiores chances de ter sua segurança preservada. Em outras palavras, com
dificuldades internas, o Ocidente ameaça menos a Rússia.
Finalmente, Donald Trump de fato promoveu uma
guinada na posição estadunidense. A decisão de rifar a Ucrânia e se pôr ao lado
Rússia no conflito não encontra paralelo. Não obstante, ainda é cedo para dizer
se tal inflexão será um momento excepcional ou um novo paradigma da política
externa estadunidense.
O que é seguro dizer é que, termine nas próximas
semanas ou nos próximos anos, o conflito que ora completa três anos é parte de
uma guerra que já dura dois séculos.
¨ O que se sabe do acordo para que EUA tenham acesso a
minerais da Ucrânia
A Ucrânia concordou com
os termos de um grande acordo com os Estados Unidos envolvendo mineirais, segundo disse um
funcionário de alto escalão em Kiev à BBC.
"Nós realmente
concordamos com uma série de boas emendas e vemos isso como um resultado
positivo", disse o funcionário, sem fornecer mais detalhes.
Relatos na imprensa
dizem que Washington retirou sua demanda inicial pelo direito a US$ 500 bilhões
(cerca de R$ 2,8 trilhões) em receita potencial pela utilização dos recursos
naturais, mas não deu garantias firmes de segurança à Ucrânia, que está
devastada pela guerra com a Rússia.
Esta é uma
demanda-chave da Ucrânia.
De acordo com
fontes ucranianas, os EUA tiveram que recuar em algumas
de suas demandas mais desgastantes para a Ucrânia, e muitos dos detalhes deste
acordo exigirão mais negociações.
O site de notícias
ucraniano Ukrainska Pravda relatou que o acordo sobre minerais deve ser
assinado pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, e
pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.
Os dois países
também teriam concordado em criar um fundo de investimentos para a reconstrução
da Ucrânia.
O presidente dos
EUA, Donald Trump, disse esperar que
o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assine o acordo ainda esta semana.
Há poucos dias, os
dois trocaram palavras fortes um sobre o outro.
Sem ainda confirmar
que um acordo havia sido alcançado, Trump disse nesta terça-feira (25/02) que,
em troca do acordo, a Ucrânia teria "o direito de lutar".
"Eles são
muito corajosos", disse ele aos repórteres, mas "sem os Estados
Unidos, seu dinheiro e seu aparato militar, esta guerra teria acabado em um
período muito curto de tempo".
Questionado se o
fornecimento de equipamentos e munições dos EUA para a Ucrânia continuaria, ele
disse: "Talvez até termos um acordo com a Rússia... Precisamos ter um
acordo, caso contrário, vai continuar."
Haveria necessidade
de "alguma forma de manutenção da paz" na Ucrânia após qualquer
acordo de paz, ele acrescentou, mas este precisaria ser "aceitável para
todos".
Na semana
passada, Trump descreveu Zelensky como um
"ditador" e
pareceu culpar a Ucrânia, e não a Rússia, por começar a guerra.
As declarações de
Trump vieram depois que o presidente ucraniano rejeitou as demandas dos EUA por
US$ 500 bilhões em riqueza mineral e sugeriu que o presidente americano estava
vivendo em um "espaço de desinformação" criado pela Rússia.
Trump tem
pressionado pelo acesso aos minerais da Ucrânia em troca da ajuda militar e
outros tipos de auxílio que já foram fornecidos a Kiev desde que Moscou lançou
uma invasão em grande escala ao país vizinho, há três anos.
Mas Zelensky
argumentou que nem de longe o auxílio americano teve essa dimensão,
acrescentando: "Não posso vender nosso Estado."
Na terça-feira,
Trump disse que os EUA deram à Ucrânia entre US$ 300 bilhões e US$ 350 bilhões
(de R$1,7 tri a R$ 2 tri).
"Queremos esse
dinheiro de volta", disse o presidente americano.
"Estamos
ajudando o país a superar um problema muito, muito grande... Mas o contribuinte
americano agora vai receber seu dinheiro de volta — mais."
A
vice-primeira-ministra da Ucrânia, Olha Stefanishyna, disse ao jornal Financial
Times — o primeiro a noticiar o acordo — que as conversas relativas a minerais
era "apenas parte de um quadro".
"Ouvimos
várias vezes do governo dos EUA que ele é parte de um quadro maior", disse
Stefanishyna, que liderou as negociações.
Com o acordo, um
novo cenário da política externa no terceiro mandato de Trump está
definido: a assistência dos EUA virá com condições.
Ajuda pura e
simples — seja dada por razões humanitárias ou estratégicas — é uma coisa do
passado.
Isso representa uma
reorganização fundamental da política externa americana dos últimos 75 anos,
desde os dias do Plano Marshall até o idealismo pós-Guerra Fria e o impulso da
"Agenda da Liberdade" de George W. Bush para promover a democracia global.
A Ucrânia é apenas
o começo. Espere que Trump e sua equipe apliquem o princípio "América
Primeiro" em todo o mundo nos próximos quatro anos.
A Ucrânia tem
enormes depósitos de elementos e minerais estratégicos, incluindo lítio e
titânio, bem como depósitos consideráveis de carvão, gás,
petróleo e urânio.
São recursos que
valem bilhões de dólares.
No ano passado,
Zelensky apresentou um "plano de vitória" à Ucrânia e seus parceiros
ocidentais. O plano propunha que empresas estrangeiras pudessem obter acesso a
parte da riqueza mineral do país no final da guerra.
Nesta terça-feira,
o presidente russo, Vladimir Putin, disse que estava aberto a oferecer aos EUA
acesso a minerais raros, incluindo de regiões da Ucrânia ocupadas pela Rússia.
A Ucrânia e seus
aliados europeus ficaram alarmados com um recente degelo nas relações
EUA-Rússia,
incluindo suas negociações bilaterais na Arábia Saudita na semana passada.
Kiev e a Europa
como um todo se preocupam que possam ser excluídos de quaisquer negociações que
visem acabar com a guerra — e que a segurança futura da região possa ser
decidida pelas costas deles.
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Que minerais a Ucrânia tem?
Estima-se que cerca
de 5% dos materiais brutos estratégicos do mundo estão na Ucrânia, incluindo:
19 milhões de
toneladas de reservas comprovadas de grafite, usado para fazer baterias para
veículos elétricos
Um terço de todas
as reservas europeias de lítio, o principal componente das baterias atuais.
Antes da invasão pela
Rússia, a Ucrânia também produzia 7% do titânio do mundo — usado na construção
de tudo, de aviões a usinas de energia.
O solo ucraniano
também contém depósitos significativos de metais "terras raras", um
grupo de 17 elementos usados para produzir armas,
turbinas eólicas, eletrônicos e outros produtos vitais no mundo moderno
Alguns depósitos
minerais foram dominados pela Rússia.
De acordo com Yulia
Svyrydenko, ministra da Economia da Ucrânia, recursos no valor de US$ 350
bilhões (cerca de R$ 2 tri) estão em territórios ocupados pela Rússia hoje.
Fonte: A Terra é
Redonda/BBC News
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