Quanto tempo duram
os sintomas da dengue?
Casos de dengue são comuns em
diversos países da América do Sul, região do planeta que sofre com
surtos a cada temporada de calor. Como define o Ministério da Saúde do Brasil,
“a dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses,
que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores
artrópodes”.
Em solo brasileiro,
especificamente, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Após a
picada, o vírus da dengue penetra na corrente sanguínea, onde fica em
um período de incubação que vai de quatro a sete dias. Depois
disso, o vírus se multiplica em órgãos como baço, fígado e tecidos
linfáticos, explica a fonte.
“Todas as faixas
etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com
condições preexistentes como as mulheres
grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas
maiores de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela
doença", continua.
Com a chegada
da temporada de calor no Hemisfério Sul, veja o que é preciso saber para
estar bem informado a respeito da dengue: National
Geographic esclarece as principais dúvidas que seguem pairando
sobre a doença.
·
1.
O que é a dengue tipo 3?
A dengue se
apresenta em diferentes tipos de vírus – chamados de DENV, informa o
Ministério da Saúde brasileiro. “Até o momento são conhecidos quatro
sorotipos de dengue – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 –, que
apresentam distintos materiais genéticos (genótipos) e linhagens”,
continua a fonte oficial.
A Fiocruz, por sua
vez, informa que “todos os quatro sorotipos podem levar à dengue grave logo na
primeira infecção”, porém isso acontece com maior frequência após a segunda ou terceira
infecção.
A entidade afirma
ainda que os sorotipos 2 e 3 são considerados mais virulentos.
Portanto, a dengue tipo 3 pode evoluir para um quadro mais grave, que é
popularmente conhecido como dengue hemorrágica – ainda que esse termo
tenha sido deixado de lado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2009, já
que nem sempre ocorre hemorragia nesses casos, completa um artigo de
NatGeo sobre o tema.
Mas como ressalta a
Fiocruz, todos os tipos de dengue podem evoluir para um quadro agudo,
quando ocorre uma importante diminuição das plaquetas no sangue, continua
o texto de NatGeo.
·
2.
Quanto tempo duram os sintomas da dengue?
Os sintomas da dengue incluem febre
alta (39°C a 40°C) de início repentino e mais as manifestações: dor
de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares
e dor atrás dos olhos, como detalha a fonte governamental.
Também estão
listados como sintomas da dengue: dor abdominal intensa e
contínua; vômitos persistentes; acúmulo de líquidos em
cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame
pericárdico); hipotensão postural e/ou lipotímia; letargia e/ou
irritabilidade; aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia); sangramento
de mucosa; e aumento progressivo do hematócrito.
Quando os
sintomas aparecem, eles costumam ocorrer de 4 a 10 dias após a infecção, e
duram de 2 a 7 dias até irem se dissipando, informa a OMS. Quem sofrer com
essas manifestações relacionadas ao problema de
saúde deve procurar imediatamente atendimento e tratamento
adequado.
·
3.
Quem pode tomar a vacina da dengue?
Até o
momento, existem dois tipos de vacina da dengue que estão
sendo aplicadas no Brasil, indica um documento da Sociedade Brasileira de
Imunizações. São elas a Dengvaxia© (Sanofi Pasteur), uma vacina
tetravalente, criada a partir do vírus vivo atenuado, e que precisa ser aplicada
em três doses com intervalo de seis meses entre elas. É
indicada somente para quem já teve dengue, informa a SBI.
A outra vacina
disponível é a Qdenga© (Takeda), imunizante tetravalente, também criado a
partir do vírus vivo atenuado, e aplicada em duas doses com intervalo de
três meses entre elas. Pode ser tomada por qualquer pessoa,
independentemente de ter tido ou não dengue previamente, esclarece a fonte
médica.
A vacina Qdenga é
recomendada para pessoas entre 4 e 60 anos de idade, com algumas
exceções. “Como toda vacina de vírus vivo, está contraindicada para
gestantes e mulheres que estão amamentando, além de quem
possua imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias
de tratamento para estas doenças.
Para quem já teve a
doença, por sua vez, o ideal é esperar um período de 6 meses após a
dengue para tomar a vacina, diz a SBI, que ressalta que o imunizante não
deve ser tomado com menos de 30 dias para quem já deu positivo para
qualquer um dos vírus DENV.
·
4.
Quais remédios devem ser evitados por quem está com dengue?
O tratamento
para a dengue varia de
acordo com a quantidade dos sintomas e a gravidade do quadro de cada
pessoa afetada. De maneira geral, deve-se reforçar a hidratação
oral (com água, soro caseiro, água de coco), ou venosa,
dependendo da fase da doença, recomenda um artigo sobre dengue da Biblioteca
Virtual de Saúde do ministério brasileiro.
“Esta medicação é
fundamental e está indicada em todos os casos em abundância”, diz a
fonte.
O artigo
especializado reforça, por sua vez, que tipo de remédios não
devem ser ingeridos durante quadros de dengue: “não devem ser
usados medicamentos à base de ácido acetil
salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem
aumentar o risco de hemorragias”.
¨
Como é o mosquito
da dengue? Você sabe a diferença entre ele e o pernilongo comum?
O mosquito que
transmite a dengue (e também de
outras doenças como zika, a febre amarela e chikungunya) é o Aedes
aegypti – vetor de transmissão dos vírus conhecidos como o arbovírus,
como explica a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Apesar
dessa espécie de mosquito estar muito presente nas
Américas, especialmente na América do Sul, ela não é
originária da região – que atualmente enfrenta vários casos de
dengue em uma epidemia alertada pela Organização Pan-Americana de Saúde
(Opas), principalmente no Brasil e na Argentina.
O Aedes aegypti é originário
da África e se espalhou pelo mundo. Ele foi introduzido nas Américas após
a chegada dos europeus no continente, conforme explica o artigo
da National Geographic: “Qual é a origem do
mosquito transmissor da dengue?”.
<><> O
que é a dengue?
A dengue é uma
infecção viral transmitida justamente com a picada das fêmeas de
mosquitos do Aedes aegypti infectados com o vírus – e não há um
tratamento específico, apesar de já existir vacina contra a
dengue.
O mais indicado
segundo a Opas é a prevenção da doença por meio da conscientização da
população para diminuir a proliferação do mosquito da dengue e
o uso de repelentes específicos para evitar possíveis picadas.
Mas como
identificar se um mosquito é o Aedes aegypti ou
outro inseto parecido, como um pernilongo comum? Quais são
suas principais características? Descubra, a seguir, e se proteja de
possíveis picadas.
<><> Como
identificar o mosquito da dengue, o Aedes aegypti?
O mosquito da dengue é preto
com listras brancas na cabeça, no corpo e
nas pernas, e suas asas são translúcidas, como explica o site da
Secretaria de Saúde do estado do Espírito Santo, que fica na região sudeste do
Brasil e é uma das áreas mais afetadas pela epidemia de dengue de 2024.
Outra
característica importante para identificá-lo é que o Aedes aegypti é
um mosquito bem pequeno, tendo apenas de 3 a 4 milímetros.
Os machos dessa espécie alimentam-se exclusivamente de frutas.
Já as fêmeas, no entanto, necessitam de sangue para
o amadurecimento dos ovos que são depositados separadamente nas
paredes internas de objetos próximos à superfície de algum local com água
parada.
No momento em que a
fêmea põe os ovos eles são brancos, mas logo se tornam negros e
brilhantes. As fêmeas do Aedes aegypti colocam de 100 a 200 ovos
por mês, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
instituição ligada ao Ministério da Saúde do Brasil e responsável por pesquisas
e desenvolvimento de tecnologia em Saúde.
O Aedes
aegypti é um mosquito doméstico e adaptado ao ambiente
urbano, já que consegue se reproduzir em baldes de
água, vasos de plantas, poças d’água, pneus
abandonados, calhas entupidas ou qualquer outro pequeno recipiente
com água parada, como explica a Fiocruz.
<><> As
4 dicas para diferenciar o mosquito da dengue de um mosquito comum
Muitas pessoas têm
grande dificuldade em identificar se um mosquito é um Aedes
aegypti ou outro mosquito qualquer, e a dúvida maior é em relação
ao pernilongo, pois os dois são insetos de aparência bem similar. Mas
há diferenças significativas que vale a pena observar para evitar a
proliferação do mosquito da dengue e se proteger
de picadas também.
De acordo com
a Agência Brasil, o mosquito da dengue e o pernilongo são parecidos, mas
são mosquitos de famílias
diferentes. Enquanto o primeiro é o Aedes aegypti, o
pernilongo (ou muriçoca, como é conhecido em algumas regiões
brasileiras) é o Culex quinquefasciatus – que é comum em regiões mais
quentes das Américas, Ásia, África e Oceania.
É possível
identificar cada um deles quando estão em repouso, parado em algum local,
ou até “em ação”, voando ou picando alguém. Veja as quatro dicas a
seguir:
Para identificar
qual mosquito você está vendo é preciso observar primeiramente as cores,
pois são bem diferentes. O site da Agência Brasil explica que ao
contrário do Aedes aegypti, que possui o corpo preto e cheio de
listras brancas, o pernilongo, por sua vez, tem uma
coloração marrom uniforme.
Um ponto também
importante para observar é o tamanho do mosquito: o da dengue
é menor, tem cerca de 3 a 4 milímetros como dito acima. Já o Culex
quinquefasciatus é maior e possui de 5 a 7 milímetros.
É importante também
estar atento em relação aos hábitos de voo, que é algo que os diferencia
bastante. O mosquito da dengue costuma estar ativo e picar
especialmente de manhã e no final da tarde, enquanto ainda há luz, como
explica o site do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e
Técnicas da Argentina (Conicet) Conicet.
Além disso, o Aedes aegypti é mais veloz e silencioso.
Os pernilongos, por sua vez, possuem um hábito bem diferente
e preferem agir à noite, a partir das 18h e não são nada
silenciosos, costumam fazer um “zumbido” e incomodar as pessoas com
seus ruídos à noite.
Outra diferença é
quanto à picada de cada um desses mosquitos. A do pernilongo deixa
um pequeno calombo avermelhado e essa marca provoca coceira.
Porém, a picada do mosquito da dengue não deixa marcas e
também não provoca coceira no local, conforme explica a Agência
Brasil.
Fonte: National Geographic Brasil
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