Tática de Bolsonaro de
esticar a corda pode tirar Tarcísio de 2026
Após
a apresentação da denúncia da Procuradoria-Geral da República sobre a tentativa
de golpe de estado, líderes da direita avaliam que o ex-presidente Bolsonaro
trabalha com a tática de esticar a corda para a disputa em 2026, o que pode
tirar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), da corrida
presidencial.
O
plano A de Bolsonaro é se manter na disputa para ser candidato até o Judiciário
rejeitar todos os recursos de inelegibilidade.
Só
que o timing da Justiça pode não coincidir com o prazo que governadores têm
para se descompatibilizar do cargo -- abril do ano eleitoral.
Bolsonaro
sabe que Tarcisio não vai repetir o efeito Doria, ser desleal ao seu padrinho
politico. E, por isso, pode ficar fora da disputa pois não vai se lançar com
Bolsonaro interditando o debate do sucessor, sem as bençãos do ex-presidente .
A
família Bolsonaro tem defendido que o candidato saia da família para a vice ou
cabeça de chapa.
¨ Kassab volta a
defender candidatura de Tarcísio à reeleição e fala em “dobradinha” com Ratinho
Jr
O secretário
de Relações Institucionais de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto
Kassab, defendeu, nesta sexta-feira (21) uma “dobradinha” nas eleições de 2026,
com Ratinho Jr. (PSD) concorrendo à Presidência e Tarcísio de Freitas
(Republicanos) à reeleição em São Paulo. Kassab confirmou que Ratinho já se
colocou à disposição para concorrer ao Planalto, mas o partido ainda não bateu
o martelo. As informações são da CNN Brasil.
“Nessa
eleição, vamos fazer um esforço muito grande para ter candidatura própria.
Felizmente, já temos um nome que se apresentou, que é o de Ratinho Junior. Se
for ele, o partido estará muito bem representado. Teremos uma dobradinha boa do
Tarcísio no estado e ele, nacionalmente”, disse.
Na sequência,
ele confirmou que o PSD estará com o governador de São Paulo em uma eventual
candidatura à reeleição. “Aqui em São Paulo, nosso caminho é com o governador
Tarcísio. Não tem nenhuma crise. O PSD vai continuar com a chapa do governador
Tarcísio”, afirmou.
Tarcísio é
apontado como um dos principais nomes para substituir o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) como candidato da extrema direita na eleição pela Presidência em
2026. Apesar de negar publicamente essa possibilidade, nos bastidores, o
governador de São Paulo afirma que pode ser candidato ao Planalto. Kassab
afirmou que Tarcísio descartou a candidatura à Presidência. “Ele não será
candidato. Ele tem deixado claro, portanto, é uma decisão dele que devemos respeitar”,
relatou.
¨ “Não tenho
plano de fuga”, diz Bolsonaro sobre prisão
O
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (21) que não tem
plano de fundo para evitar uma eventual prisão, informa o jornalista Igor
Gadelha, do Metrópoles. Na última terça-feira, Bolsonaro foi denunciado pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) por ter liderado uma tentativa de golpe
de Estado no Brasil em 2022. “Não tenho plano de fuga. Sou inocente”, disse o
ex-presidente.
Bolsonaro
também negou ter discutido, em reunião com deputados aliados na última
quarta-feira (21), um possível pedido de asilo em embaixadas de países
governados pela direita. Segundo o ex-presidente, se fosse culpado, já teria
pedido asilo.
Os
bolsonaristas segue afirmando que a denúncia contra Bolsonaro é um “jogo de
cartas marcadas”, e já tratam a prisão do ex-presidente como certa.
Pimenta pede à
PGR tornozeleira eletrônica para Bolsonaro por risco de fuga
O
deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), ex-ministro da Secretaria de
Comunicação Social da Presidência (Secom), acionou a Procuradoria-Geral da
República (PGR) nesta quinta-feira (20) pedindo a imposição de uma tornozeleira
eletrônica a Jair Bolsonaro (PL), informa reportagem de Gabriel de Sousa no jornal Estadão.
No ofício
enviado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, Pimenta argumenta que a
medida é necessária para evitar uma possível fuga do ex-chefe do Executivo,
citando reportagens que mencionam discussões de Bolsonaro com aliados sobre a
possibilidade de deixar o país.
"Considerando
a necessidade de resguardar a ordem pública, a instrução processual e a
eficácia da persecução penal, faz-se imperativo que seja imposta a Jair
Bolsonaro a utilização de tornozeleira eletrônica como medida cautelar adequada
e proporcional aos fatos noticiados", afirmou Pimenta no documento, ainda
de acordo com o jornal.
Em nota ao
Estadão, a defesa de Bolsonaro afirmou: "o presidente Bolsonaro compareceu
a todos os atos da investigação, obedeceu a todas as medidas cautelares de
distanciamento dos demais investigados e sempre reiterou, em sucessivas
entrevistas, que não iria fugir. Qual seria a evidência concreta de risco de
fuga?"
¨
Michelle
quase 'pirou' quando viu a mudança sair do Alvorada e disse que era preciso
'fazer alguma coisa', relata Cid
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entrou em pânico ao ver a mudança
da família sendo retirada do Palácio da Alvorada no final de dezembro de 2022,
segundo revelou o ex-ajudante de ordens Mauro Cid em sua delação premiada. De
acordo com o relato, Michelle ficou desesperada e pediu que fosse tomada alguma
medida diante da iminente saída de Jair Bolsonaro do cargo.
"Quando ela viu a mudança saindo, ela quase
pirou, entrou em pânico", disse Cid, destacando que a ex-primeira-dama pressionava
pessoas próximas para que "fizessem alguma coisa". Questionado pelos
investigadores sobre o que Michelle teria dito exatamente, Cid confirmou:
"Ela falava pra gente fazer alguma coisa, tinha que fazer alguma
coisa".
Cid ainda relatou a existência de um grupo que
resistia à transição democrática .
Além de Michelle, Eduardo Bolsonaro, Magno Malta,
Onyx Lorenzoni, Gilson Machado e o general Mário Fernandes são apontados como
figuras que atuavam para tentar manter Bolsonaro no poder.
De acordo com Cid, o general Mário Fernandes era um
dos mais ativos na tentativa de convencer militares a aderirem ao golpe.
"Ele ia falar com generais, falava com o
comandante do Exército, Freire Gomes, tentando convencê-los. Ele era muito
ostensivo, escrevia nos grupos de WhatsApp militar sobre isso", revelou.
Segundo o depoimento, Fernandes quase foi punido pelo alto comando do Exército
devido à sua insistência na narrativa golpista.
O relato também menciona que Gilson Machado,
ex-ministro do Turismo, era um dos maiores incentivadores da ideia de que
Bolsonaro deveria deixar o Brasil antes da posse de Lula. Segundo Cid, Machado
chegou a vazar informações para a imprensa com o objetivo de pressioná-lo e
criar um racha dentro do bolsonarismo.
¨ Michelle
Bolsonaro nega envolvimento em suposto golpe e atribui delação de Cid a
“momento de perturbação mental”
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) negou, nesta
sexta-feira (21), qualquer participação em uma suposta articulação golpista em
2022. Citada na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como integrante de um grupo que defendia a
ruptura institucional, Michelle classificou as declarações de Cid como fruto de
“um momento de perturbação mental”. A afirmação foi feita durante entrevista a
jornalistas após um evento do PL em Brasília (DF), destaca reportagem da CNN Brasil.
A declaração
ocorre três dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar 34
pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por suposto envolvimento em
um plano golpista. Michelle contestou as provas apresentadas pela PGR,
afirmando que a denúncia se baseia em uma “narrativa mentirosa”. “Não tem
nenhuma prova [na denúncia]”, enfatizou.
Sobre as
acusações, a ex-primeira-dama demonstrou confiança na justiça divina e na
defesa de seu marido. “[As falas feitas durante a delação ocorreram em] momento
de perturbação mental. [Estou] zero apreensiva; 100% confiante em Deus, porque
meu marido está sofrendo uma perseguição. A verdade vai prevalecer”, declarou.
A denúncia da
PGR acusa Jair Bolsonaro de crimes como organização criminosa armada, tentativa
de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano
qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Durante o
evento do PL, Michelle também criticou a estratégia de comunicação do governo
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não adianta contratar
marqueteiro vendendo sonhos quando a realidade é outra”, afirmou. A declaração
foi feita em meio à recente nomeação do publicitário Sidônio Palmeira para a
Secretaria de Comunicação Social (Secom), substituindo o deputado federal Paulo
Pimenta (PT-RS).
Fonte: g1/Agencia
Brasil/Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário