Quem é Hayden
Davis, o empresário pivô do escândalo de criptomoedas que teria dito que
'controla' Milei
A primeira vez que
muitos argentinos viram o rosto de Hayden Mark Davis foi em 30 de janeiro deste
ano.
Naquele dia, o
presidente da Argentina, Javier Milei, teve uma reunião
na Casa Rosada com o americano de 35 anos, que é CEO da Kelsier Ventures, uma
empresa de consultoria e investimentos em criptomoedas e negócios
digitais.
"Hoje tivemos
uma conversa muito interessante com o empresário Hayden Mark Davis, que estava
me assessorando sobre o impacto e as aplicações da tecnologia blockchain e
da inteligência
artificial no
país. Continuamos trabalhando para acelerar o desenvolvimento tecnológico
argentino, e fazer da Argentina uma potência tecnológica global", escreveu
Milei no X (antigo Twitter), anexando uma foto com Davis.
Davis não era uma
figura com um nome bem estabelecido no setor de criptomoedas, diz Santiago
Siri, especialista neste tipo de tecnologia, à BBC News Mundo, serviço de
notícias em espanhol da BBC.
Vê-lo ao lado do
presidente, e perceber que Milei estava recebendo conselhos de alguém
praticamente desconhecido, despertou a curiosidade deste especialista
argentino, que se propôs a saber mais sobre Davis.
"Não havia
nenhuma informação a respeito. E no século 21, no ano de 2025, apagar seu
rastro digital é uma coisa muito difícil de fazer, exigindo um esforço
deliberado. Isso já levanta alguns sinais de alerta", conta Siri.
No próprio dia 30
de janeiro, ele postou uma mensagem no X sugerindo a natureza estranha do
encontro.
"Será um cara
que vai ser usado para criar uma moeda Milei? Vamos torcer para que não seja
outra CoinX", escreveu Siri, referindo-se a um projeto de investimento
digital fracassado que Milei promoveu em 2022, e do qual se desvinculou
posteriormente.
Mas desde o fim de
semana, o nome de Hayden Davis tem sido um dos que mais reverberam na
Argentina, depois que o lançamento
fracassado da criptomoeda $LIBRA levou, segundo veículos argentinos,
dezenas de milhares de investidores a perderem quase US$
90 milhões em
questão de minutos.
Milei postou uma
mensagem no X na última sexta-feira (14/2), divulgando — de acordo com sua
defesa pessoal — a $LIBRA como um projeto de investimento que forneceria fundos
para empreendimentos na Argentina.
Pouco tempo depois,
ele deletou a mensagem, alegando que "não conhecia os detalhes do
projeto".
Quando ele excluiu
a mensagem, o valor da moeda já havia registrado uma alta de 1.300% e uma queda
semelhante, o que levou aqueles que venderam suas moedas quando estava em alta
a embolsar milhões de dólares, e todos os demais que não fizeram isso, a perdas
astronômicas quando o valor despencou.
Mas, desde então,
muitos indícios levam à conclusão de que Milei e seu círculo próximo, que
inclui sua irmã e braço direito no governo, Karina Milei, tinham algum grau
de conhecimento do projeto $LIBRA, com o qual o presidente, envolvido no
escândalo, agora diz não ter nenhuma ligação.
·
O
papel de Davis
Antes da aparição
de Davis na Casa Rosada em 30 de janeiro, pouco se sabia sobre o empresário de
criptomoedas americano.
Em uma entrevista
recente, ele afirmou ter participado do lançamento da
criptomoeda da primeira-dama dos EUA, Melania Trump, chamada $MELANIA.
Sua alegação, no entanto, não pode ser corroborada de forma independente.
O site da empresa
Kelsier Ventures não oferece informações sobre Davis, apenas uma descrição
geral de como ela opera como uma empresa que "impulsiona a inovação na
web3 por meio da sinergia entre experiência em comercialização, pesquisa
aprofundada e investimentos direcionados".
Mas, com o
escândalo na Argentina, começou a surgir a informação de que Davis liderou o
lançamento da $LIBRA, sendo um dos patrocinadores do projeto.
"Ele era o
provedor de liquidez, que atuava um pouco como o banco. Ele disse que havia
fornecido US$ 100 bilhões", explica Siri, observando que há outros
personagens envolvidos.
"Tem também o
Mauricio Novelli, que há cerca de 5 anos faz esquemas de cripto com Milei,
quando ele era deputado. E temos que ficar especialmente de olho na irmã de
Javier Milei, Karina Milei, que sempre atuou como arrecadadora de fundos, tanto
para o partido político quanto para a fundação ligada às ideias de Milei",
acrescenta.
Novelli, fundador
da N&W Professional Traders, também é conhecido por ter acesso à família
presidencial argentina. No ano passado, ele compartilhou uma foto com Javier
Milei.
Outros dois nomes
mencionados são os dos empresários Manuel Terrones Godoy e Julian Peh, este
último da empresa KIP Protocol.
Embora tenham sido
apontados publicamente como os cabeças da $LIBRA, até agora nenhum deles foi
formalmente acusado de qualquer crime. O governo argentino prometeu uma
investigação.
Para Siri, o fato
de o presidente Milei ter se cercado de pessoas "inexperientes,
desconhecidas e improvisadas", mas que têm acesso a ele por meio de outros
intermediários, foi o início do desastre no lançamento da $LIBRA.
"A
consequência de se juntar a aplaudidores e pessoas sem vocação para fazê-lo
enxergar as diferentes nuances de um projeto tecnológico altamente complexo
como este, é que o presidente toma decisões ruins", diz Siri
·
'Eu
controlo Milei'
Em entrevistas,
Davis garantiu que era apenas um conselheiro do presidente, e que não houve
nenhuma ação fraudulenta no lançamento da $LIBRA — ele disse não saber por que
Milei retirou intempestivamente seu apoio.
No mundo das
"memecoins", como estes tipos de criptomoedas são chamadas, o apoio
de figuras públicas é vital para manter ou aumentar seu valor.
"Não tenho
nenhum desejo de ser o inimigo número um. Não estou me beneficiando com isso.
Minha vida está em jogo", disse Davis ao jornalista Stephen Findeisen.
Em outra
entrevista, ele afirmou ter US$ 100 milhões prontos para injetar na $LIBRA, um
capital que "é da Argentina", sem dar detalhes sobre a origem do
dinheiro, mas garantindo que não ganhou nada com a queda da criptomoeda.
"Teremos que
ver o que Davis quer dizer quando afirma que esse dinheiro é da
Argentina", diz Siri.
Embora Davis tenha
tentado tranquilizar os argentinos com sua mensagem, o site de notícias
especializado em criptomoedas CoinDesk publicou na terça-feira (18/2) supostas
mensagens de Davis, nas quais o americano supostamente se gabava em dezembro do
ano passado de ter controle sobre o presidente Milei.
"Eu controlo
esse ****", disse Davis sobre o presidente, em uma das mensagens que a
imprensa argentina, como o jornal La Nación, afirma ter visto, mas que a BBC
não conseguiu verificar de forma independente.
"Enviei $$
para a irmã dele, e ele assina qualquer coisa, e faz o que eu quero. Uma
loucura", ele acrescenta, em uma mensagem de texto para um destinatário
desconhecido.
Até agora, não foi publicada
nenhuma evidência de que Davis tenha enviado dinheiro ao presidente ou aos que
estão à sua volta.
A Casa Rosada
chegou, inclusive, a se dissociar da ideia de que Davis era assessor do chefe
de Estado argentino: "Davis não tinha e não tem nenhum vínculo com o
governo argentino, ele foi apresentado pelos representantes da KIP Protocol
como um de seus sócios no projeto".
Além das acusações
que podem surgir das investigações, uma questão que permanece no ar é se
aqueles que investiram dinheiro na $LIBRA vão conseguir recuperar o que até
agora parece ter sido perdido.
Para Siri, isso é
altamente improvável. "Eu vejo isso como algo muito complexo. A menos que
os tribunais consigam confiscar os fundos de Davis e seja feita uma
compensação, provando que o dono de uma carteira interagiu com isso, é
complexo. Se quiséssemos reverter as transações, há um custo imenso de
comissões que são pagas sobre essas transações", ressalta.
"Houve mais de
US$ 1,5 bilhão em transações nesta moeda Milei. A moeda atingiu uma capitalização
de mercado de US$ 4 bilhões, teve uma liquidez de US$ 800 milhões e pagou mais
de US$ 20 milhões em comissões aos sistemas que se ofereceram para trocar essas
moedas por outras."
"Então,
reverter essas transações é francamente muito complexo, e a Justiça teria que
confiscar os fundos de Davis para reembolsar os investidores por meio de um
processo de reversão de tudo isso", conclui.
¨ Criador de
criptomoeda diz que mandava dinheiro para irmã de Milei e que ele faria o que
ela mandasse
Mensagens obtidas pelo
jornal argentino La Nacion e pelo site de notícias especializado em
criptomoedas CoinDesk relatam que um dos criadores da criptomoeda $Libra fazia
pagamentos ao governo de Javier Milei. Nas trocas de mensagens com empresários
acessadas pelos portais, Hayden Davis, com quem Milei chegou a se reunir
presencialmente na Casa Rosada no ano passado, diz especificamente que envia
dinheiro à irmã de Milei, Karina, que também é secretária-geral da Presidência,
destaca reportagem da Folha de S.Paulo.
Davis falou em mensagens
trocadas com empresários como utilizou sua influência sobre o mandatário
argentino. Em uma delas, datada de 11 de dezembro, Davis se gabava de controlar
Milei e afirmou: "Envio dinheiro à sua irmã e ele assina o que eu digo e
faz o que quero."
O escândalo, conhecido como
“criptogate”, já gerou enorme repercussão na Argentina e motivou um pedido
formal de impeachment contra Milei. A Justiça abriu investigações, e a
gravidade das denúncias aumenta à medida que as chances de o Congresso avançar
no processo são grandes.
A situação de Milei se
agravou com a revelação de que ele promoveu uma criptomoeda fraudulenta $Libra,
que, após sua propaganda, teve um aumento momentâneo de valor antes de
despender, prejudicando consideravelmente os investidores. Pressionado, Milei
apagou a publicação e tentou minimizar o caso, anunciando um suposto
"escritório anticorrupção" dentro do próprio governo – medida
amplamente criticada por opositores, que aciona uma manobra para encobrir o
escândalo.
Com a crescente revolta popular
e pressão política, a queda de Milei se torna provável. A Justiça Argentina
avança na investigação, e sua prisão pode ser apenas uma questão de tempo. O
ultradireitista, que tentou vender uma imagem de "caçador de
corruptos", agora se vê no centro de um dos maiores casos de corrupção da
história recente do país, e seu governo pode estar com os dias contados.
Diante do aprofundamento das
investigações e da pressão crescente sobre o governo, o destino de Javier Milei
se torna cada vez mais incerto. Parlamentares oposicionistas, fortalecidos pelo
escândalo, articulam novas estratégias para acelerar o processo de impeachment.
A Justiça argentina, que já
tem acesso às mensagens comprometedoras, pode convocar Karina Milei para
prestar esclarecimentos sobre os repasses financeiros. A irmã do presidente,
que concentra grande influência dentro do governo, poderá ser indiciada por
corrupção e lavagem de dinheiro, o que também comprometeria diretamente Milei.
Caso a comprovação dos pagamentos se fortaleça, a prisão preventiva do
mandatário argentino se tornará uma possibilidade real, especialmente diante da
gravidade das acusações.
Enquanto isso, a população
reage com indignação. Os protestos começaram a se espalhar pelas principais
cidades da Argentina, com manifestantes exigindo a renúncia imediata de Milei.
O descontentamento se soma à crise econômica que já atinge duramente os
argentinos, com inflação elevada e políticas ultraliberais que aprofundaram a
miséria e o desemprego.
No Congresso, o pedido de
impeachment já protocolado pode ganhar força com a adesão de novos
parlamentares da oposição e até mesmo de setores moderados que inicialmente
enxergam Milei como um risco para a estabilidade do país. Embora a governança
de Milei já tenha sido fragilizada, o escândalo do "criptogate" pode
ser o golpe final em sua gestão, acelerando seu afastamento e abrindo caminho
para um novo governo.
Nos bastidores, analistas
políticos avaliam que, caso Milei tente resistir e se recuse a deixar o poder,
sua remoção poderá ocorrer de maneira ainda mais dramática. A Justiça pode
determinar sua detenção preventiva antes mesmo da conclusão do processo de
impeachment, caso entenda que ele representa um risco à investigação ou tente
obstruir a Justiça.
A derrocada de Milei, que se
apresentou como um líder "anticorrupção", mas agora está atolada em
um dos maiores escândalos políticos da história argentina, parece decisiva. O
país pode estar à beira de uma nova fase política, como o fim prematuro do
governo ultradireitista e o início de um novo ciclo.
¨ A criptomoeda que virou escândalo para Milei
No momento em que o
presidente da Argentina, Javier Milei, compartilhou em
suas redes sociais o lançamento de uma nova criptomoeda, Clemente Varas
Collado, de 25 anos, investiu US$ 12 mil (R$ 68,4 mil) rapidamente.
Algumas horas
depois, Clemente havia perdido a metade.
"Achei que a
$LIBRA era uma versão mais segura porque foi promovida pelo presidente
argentino. Não parecia uma memecoin [criptomoeda
originada de um meme da internet], mas algo mais sério", diz à BBC News
Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, o investidor chileno radicado
em Miami.
De acordo com uma
denúncia penal apresentada na segunda-feira (17/2) na Argentina, Milei teria
integrado uma "associação ilícita" que gerou prejuízo a "mais de
40 mil pessoas, com perdas superiores a US$ 4 bilhões". Milei nega as
acusações e
afirma que não são mais de 5 mil as pessoas afetadas.
"O mundo
das criptomoedas entrou em
colapso depois disso. Muitas pessoas perderam muito dinheiro", diz Varas,
que visitou Buenos Aires em outubro passado para participar do Argentina
Fintech Forum 2024, um evento da indústria de tecnologia financeira.
"Milei é
alguém que é muito respeitado no mundo das criptomoedas", diz ele, e
afirma que isso afeta negativamente a imagem internacional do presidente
argentino no mundo das finanças.
De todo modo, para
ele não se trata de uma tentativa de fraude por parte do mandatário, mas sim de
uma possível falta de informação. Algumas horas depois, a primeira entrevista
com Milei foi publicada na imprensa local após o escândalo.
Nela, o presidente
disse: "Se você vai ao cassino e perde dinheiro, qual é a reclamação, se
você sabia que ele tinha essas características?"
LEIA A E
ENTREVISTA:
·
Por
que você investiu nessa criptomoeda?
Clemente Varas
Collado - Porque na sexta-feira à tarde, vi que Milei estava promovendo-a
em sua conta do X [antigo Twitter].
Pensei que fosse
outra versão das memecoins de Donald Trump, que era um
projeto apoiado por Milei para explorar o mundo das criptos, e pensei que a
$LIBRA fosse parte desse plano.
Então, com toda
essa informação, decidi comprar essa moeda e investir dinheiro.
·
Você
perdeu muito dinheiro?
Varas - Perdi
a metade. Investi US$ 12 mil. Tenho amigos que perderam até US$ 100 mil,
pessoas que tinham ido muito bem com as moedas de Trump.
·
O
risco do investimento era muito alto...
Varas - É o
mais arriscado que existe no mundo das criptomoedas. Esse tipo de moeda pode
cair ou subir muito em poucas horas. A maioria vai a zero em poucos dias.
Por isso, quero
ressaltar que somos responsáveis por todas as coisas que fazemos. E é muito
arriscado comprar essas moedas. Elas podem subir de preço muito rápido ou cair
de preço muito rápido.
·
De
novo, por que você investiu?
Varas - Porque
já tinha investido na criptomoeda de Trump. Essa foi a primeira vez que tivemos
um presidente criando uma moeda enquanto estava no cargo.
Pensei que fosse
algo parecido. Pensei que fosse uma versão do bitcoin, mas mais segura.
Pensei que me
sairia melhor porque estava relacionado a Milei. Ou seja, à primeira vista, não
era uma memecoin, mas algo mais sério.
·
Você
já conhecia Milei?
Varas - Sim. E
eu gostava dele. Todos diziam que ele estava fazendo um bom trabalho. Eu o via
de uma maneira muito positiva.
·
Ele
te passava confiança?
Varas - Sim,
Milei é alguém respeitado no mundo das criptomoedas.
Em outubro passado,
estive em Buenos Aires, em uma conferência de blockchain [tecnologia de
registro digital descentralizado], onde algumas pessoas que estavam muito
envolvidas no tema me disseram que estavam se comunicando com a equipe de Milei
para criar a moeda.
·
Na
sua opinião, a divulgação do $LIBRA foi uma fraude?
Varas - Não,
não acho que tenha sido uma fraude de Milei com o mundo das criptos. Acho que
foi do criador [da criptomoeda].
Acredito que Milei
não entende bem o mundo das criptos.
Penso que Milei não
entendeu muito bem e disse "vamos fazer isso", e depois entendeu a
magnitude de promover uma criptomoeda como essa.
·
Então,
o presidente não entendeu o que estava compartilhando em suas redes?
Varas - Há
duas opções. A primeira é que fizeram uma fraude com ele, que se encontrou com
essa equipe e não sabia o que estava acontecendo. Se essa for a justificativa
de Milei, então ele está demostrando incompetência em um tema importante.
A segunda opção é
que ele diga que foi um experimento, que estavam testando e não deu certo. Mas
aí ele mentiu na sexta-feira, quando disse que não tinha nada a ver com isso.
Então, ou ele diz
que foi enganado ou diz que realmente tinha algo a ver com isso. É uma situação
muito complicada para ele.
·
Muitos
falam de um rug pull, que é quando os promotores de uma criptomoeda atraem
compradores só para interromper a atividade comercial, sair e ficar com o
dinheiro. Você vê dessa forma?
Varas - Olha,
eu não sei. Não acho que ele tenha entendido o que estava fazendo.
Acredito que ele
publicou esse tuíte e, algumas horas depois, alguém falou com ele, imagino que
alguém da sua equipe, e explicou melhor o que estava acontecendo. Depois ele
apagou e fiquei muito surpreso.
·
Você
acha que o escândalo que estamos vendo enfraquece o mundo das criptomoeadas?
Varas - O
mundo das criptomoedas colapsou depois disso. Muitas pessoas perderam muito.
Mas o mais difícil
foi que havia pessoas que compraram essa moeda antes de Milei publicar o tuíte.
E ganharam. Ganharam muita, muita grana.
As pessoas que
ganharam tinham uma vantagem porque sabiam disso antes, sabiam que vinha uma
moeda da Argentina.
Então elas estavam
esperando e, quando viram que era essa, compraram imediatamente e ganharam.
·
Qual
a conclusão que você tira de tudo isso?
Varas - Acho
que estamos aprendendo que esse mundo das memecoins não é tão justo quanto
parecia; nem todos competem com a mesma informação, com os mesmos recursos.
Existem pessoas que têm uma vantagem gigante.
Ou seja, se você
não tem a informação privilegiada, está jogando um jogo com uma desvantagem
muito grande.
Fonte: BBC News
Mundo/Brasil 247
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