quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

César Fonseca: Lula em transe e o advogado do semipresidencialismo parlamentarista

O rico advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, popular Kakay, escreveu a Lula por intermédio de rede social, para ser noticiado, claro, e, com isso, atender sua imensa vaidade de aparecer como personagem notório da capital da República, como advogado criminalista que se pontifica no STF. Freud explica.

Na sua carta-artigo, cheia de indiretas, desejos não confessados e tentativa de ser Maquiavel a serviço do Príncipe, diz que Lula 3(2022-) já era por ter se afastado da prática da política, comparado ao Lula 1 e 2(2003-2010). Eram outras circunstâncias, quando o presidencialismo era forte e o quadro internacional e nacional também se diferencia qualitativamente do atual. Os adeptos do parlamentarismo haviam sido derrotados em 1962 e 1989, para tentarem submeter o executivo ao legislativo, onde funciona a democracia do dinheiro que compra bases eleitorais pela burguesia nacional, aliada ao capital estrangeiro.

É sempre imprescindível raciocinar as condições políticas objetivas, reais, do Brasil como nação economicamente dependente do dólar, desde final da segunda guerra mundial, quando os Estados Unidos se ergueram como potência hegemônica. Lula 1 e 2 viveu o tempo em que o império americano ainda não tinha decidido desvestir de sua moralidade falsa do tempo da guerra fria para vestir atualmente do figurino da inescrupulosidade total no cenário da Real Politik neoliberal imperialista da financeirização econômica global a exigir submissão integral dos aliados. Isso, como se espera pela dialética do poder, condiciona a política interna dos aliados, exigindo obediência dos governos do capitalismo periférico às ordens superiores, jogando fora o que o império não deseja: qualquer vestígio de independência progressista de viés esquerdista, na América Latina submissa à Doutrina Monroe.

O ex-presidente Joe Biden ainda conseguiu apoiar decididamente a candidatura Lula 3 para barrar, em 2022, o retorno do fascista Bolsonaro, inelegível por oito anos, porém, agora, para desgraça da democracia, o fascista é aliado preferencial do novo imperador, Donald Trump. Lula, nesse novo ambiente, é rejeitado pelo novo status quo que cerca o imperador Trump que apoia Bolsonaro e força, indireta e impulsivamente, as instituições tupiniquins – Congresso e Judiciário – para que seja dada anistia ao seu aliado, a fim de que possa ser candidato em 2026, quando teria apoio financeiro total do império e de sua entourage de big techs. 

·       Ressurreição do semipresidencialismo  

É nesse contexto que está renascendo a ideia do semipresidencialismo-parlamentarismo, embalada pelo novo presidente da Câmara, o bolsonarista disfarçado, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), pronto para colocar em votação, tanto o novo regime de governo, como a anistia, que beneficiaria o ex-presidente fascista. Inegavelmente, Motta age como agente de Trump para tentar derrubar o presidencialismo constitucional lulista.

Kakay, oportunista, que tem faro de perdigueiro, sente o cheiro da nova ordem e clama aos céus para que a direita, dominante no parlamento, vença em 2026, de modo a evitar, segundo ele, o retorno da ultradireita. Para tanto, faz intriga contra Lula, a fim de torná-lo rei da Inglaterra em pretenso parlamentarismo tupiniquim.

Tanto uma, regra parlamentarista-semipresidencialista, quanto a outra, a anistia, são armações golpistas indisfarçáveis para derrubar Lula, que sofre nas mãos da direita e ultradireita, maioria esmagadora no Congresso, para inviabilizar a governabilidade presidencialista desenvolvimentista.

·       Transe lulista contra o golpe  

Seria ou não a hora de Lula fazer como fez Jango Goulart, em 1962, que chamou plebiscito contra o parlamentarismo que os golpistas queriam lhe impor goela abaixo, para destruir o trabalhismo nacionalista? O fato é que, nas atuais circunstâncias em que tenta enfiar a faca nas costas do presidente Lula, o esperto Kakai se antecipa em pontificar-se como advogado do semipresidencialismo, para ocultamente apontar Hugo Motta como o alvo central das suas considerações. Dá de lambuja que Lula caminha para ser carta fora do baralho. Ora, Lula teria ou não força política para convocar o povo para a defesa do presidencialismo legítimo, constitucional, contra o sempresidencialismo-parlamentarismo inconstitucional?

Não é possível ser enganado por essa articulação disfarçada de democracia de Kakay. Ele deixa rastro de que se empenha em rifar Lula antes da hora, dada sua fragilidade parlamentar que o coloca nos braços do Centrão, interessado em reforma ministerial na qual seus representantes seriam os novos articuladores do governo de centro-direita. Kakay, inegavelmente, tenta cavar a direita – pede a Deus piedade para que seja alcançada essa graça, de forma inescrupulosa – para evitar o que considera a tragédia: a volta da ultradireita.

Só que o famoso advogado – em sua tentativa de ser estrela de Roliúde – parece não levar em consideração o que evidencia como óbvio: a direita não vence a ultradireita, porque carece de liderança para juntar o pessoal, salvo o Lula, como aconteceu em 2022. O problema é que 2022 é passado. As circunstâncias estão sendo determinadas pela direita, como ficou patente o resultado eleitoral de 2024.

Lula só é poder se fizer a reforma ministerial de direita para vencer a ultradireita, contando com o centro. Kakay está emulando a direita diante do Lula fraco no parlamento. Na prática, ele faz o discurso do poder real: semiparlamentarismo. Está querendo agradar o potencial pretenso primeiro-ministro parlamentarista: o deputado Hugo Motta, do Centrão, o poder de fato. Mas, e se Lula levantar a bandeira do presidencialismo e correr o Brasil com ela dizendo que está sendo golpeado pelo parlamentarismo fascista, inconstitucional, viraria ou não o jogo?

Como dizia Glauber Rocha, pai do Cinema Novo: a luta política é luta ideológica. Lula, portanto, tem pela frente o desafio de entrar na Era de Pompeia, como diria o diretor de “Terra em transe”. Esse transe, por acaso, não é o que o presidente mais popular da história do Brasil – ao lado de Getúlio Vargas – está vivendo? Se não partir para o ataque, pode virar Rei da Inglaterra.

 

¨      O que é isso, companheiro? Por Florestan Fernandes Jr.

Nunca tive notícias de alguém que escreve uma carta aberta criticando um amigo. Mas foi exatamente isso que fez o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Respeito muito o Kakay pelo seu posicionamento político, mas não havia momento pior para ele fazer o seu verdadeiro “sincericídio” público ao amigo “ausente”.

Todos nós sabemos que Lula conseguiu compor uma frente ampla porque o centro não tinha um nome para derrotar Bolsonaro. Todos nós sabíamos que essa frente tinha data de validade. E ela chegou no meio do ano passado para cá. Basta ver a guinada que a mídia corporativa deu nas relações com o governo federal. Acabou a aliança para a pacificação. Pela milésima vez, o chamado PIG tenta desconstruir os avanços inequívocos de uma administração de Lula. Como sempre atacando na área em que ele vai melhor para as classes mais pobres.

No meio do ano passado, começou a pressão das grandes empresas de comunicação para o governo prorrogar a desoneração da folha de pagamento. Isso em pleno momento em que Haddad tentava elaborar o tal pacote de gastos para atender as demandas do mercado financeiro. Nos últimos cinco meses de 2024 o governo passou a viver sob o fogo cerrado da mídia e da oposição. Intrigas palacianas, cizânias políticas, diatribes entre ministros, tudo foi usado para pressionar o governo a reduzir os investimentos públicos.

Lula resistiu, mas a conta foi alta, afetando sua popularidade. A especulação com o dólar ajudou a ampliar a inflação dos alimentos que já era esperada por conta da quebra de safra. Na sequência a extrema direita cria uma fake News, amplamente divulgada de que o governo iria taxar o PIX. Resultado: caminho aberto para Roberto Campos subir os juros e botar mais lenha na fervura na desconstrução de Lula. O objetivo está claro, desidratar o presidente e abrir caminho para o candidato de extrema direita perfumado, Tarcísio de Freitas.

Como disse Kakay, Lula não é mais o mesmo. Aliás, nenhum de nós somos os mesmos depois de duas décadas.  Nem Kakay, nem Lula e muito menos o mundo.

Muita coisa piorou, e muito, desde a chegada definitiva da extrema-direita surfando nas plataformas digitais. Apesar disso, com um Congresso hostil, um Banco Central comandado por um bolsonarista, o governo Lula aprovou uma reforma tributária histórica, tirou mais de 24 milhões de pessoas do mapa da fome, criou 3,7 milhões de empregos com carteira assinada, elevou o salário-mínimo a R$1518,00, desemprego no menor patamar com taxa de 6,1%, recorde no numero de pessoas ocupadas, 104 milhões, crescimento do PIB no ano passado de 3,8%.

Esses são apenas alguns dos números da economia do governo Lula, e vamos combinar, não é nada mau para um governo que sucedeu a terra arrasada deixada por Paulo Guedes e o desgoverno Bolsonaro. É hora de a esquerda estar unida, não é hora de ampliarmos as crises já fabricadas ou não.

Que fique claro para todos que a derrota de Lula vai lançar o Brasil num abismo de muitos anos. Para o amigo Kakay, que adora poesia, encerro meu texto oferecendo o “Poema do amigo aprendiz” atribuído a Fernando Pessoa.

“Quero ser o teu Amigo.

Nem de mais e nem de menos.

Nem tão longe e nem tão perto.

Na medida mais precisa que eu puder.

Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,

Da maneira mais discreta que eu souber.

Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.

Sem forçar sua vontade.

Sem falar, quando for hora de calar.

E sem calar, quando for hora de falar.

Nem ausente, nem presente demais.

Simplesmente, calmamente, ser-te paz.

É bonito ser AMIGO, mas confesso é tão difícil aprender!!!

E por isso eu te suplico paciência.

Vou encher este teu rosto de lembranças,

Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...”

 

¨      Kakay fora! Por Ricardo Nêggo Tom

Analisando o início da “carta” que o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, escreveu para alertar ao presidente Lula sobre os rumos do seu governo, fiquei com a impressão de estar lendo um artigo escrito para alguma coluna de jornal. Uma frase de Clarice Lispector como “prefácio”, e um título que endeusa a figura política do presidente, contradizem boa parte do conteúdo da missiva que, segundo o próprio Kakay, “vazou” de uma lista de transmissão entre amigos e foi parar nas mãos da jornalista Andréia Sadi, da Globonews, que a publicou em sua coluna ressaltando a proximidade do advogado com Lula e o campo progressista. Algo que sugere o descontentamento de um importante e histórico “aliado” com o atual governo, e municia a extrema-direita em sua artilharia pesada e desonesta contra Lula, o PT e a esquerda.

A “carta” é repleta de inconfidências introduzidas sob prosopopeias políticas como: “um dia alguém me disse”, “certa vez um passarinho me contou”, “ouvi de um canário que...”, e que pretendem justificar a exegese feita pelo autor com relação ao histórico político e pessoal de Lula e de seus governos anteriores. Kakay avalia que “por circunstâncias diversas, políticas e principalmente pessoais”, Lula é outro. Óbvio que sim. Até porque, política e socialmente falando, o país e o mundo mudaram muito de 2002 para cá. E do ponto de vista pessoal, Lula está prestes a completar 80 anos de idade, e é natural que enfrente um desgaste físico, mental e emocional. O que não o tem impedido de exercer a presidência ativamente. Sem contar que Lula ficou preso injustamente, é sempre bom que se diga, por mais de 500 dias, além de sofrer um sistemático ataque do PIG e das elites financeiras do país, desde que começou a fazer política.

Não que a “carta” de Kakay contenha apenas críticas vazias ou alfinetadas gratuitas. Pelo contrário, algumas ponderações e afirmações feitas por ele merecem ser avaliadas pelo governo, e principalmente pelo presidente Lula. Como, por exemplo, a crítica com relação à capacidade política de algumas pessoas do seu entorno, sobretudo, algumas que estão no alto escalão do governo. Kakay também parece se ressentir ao dizer que Lula “não recebe mais os velhos amigos políticos e perdeu o que tinha de melhor: sua inigualável capacidade de seduzir, de ouvir, de olhar a cena política.” Ok! Também entendo que uma das autocríticas que Lula e os quadros políticos mais antigos do PT precisam fazer, é sobre a percepção de que o cenário político brasileiro mudou. Não temos mais adversários políticos, cujo debate se pautava no campo das ideias e das convicções. Não existe mais direita no Brasil. O que existe é um fascismo militante que quer destruir a democracia e usa Deus acima de tudo e de todos para estabelecer a sua dominação.

Talvez, até mesmo a esquerda esteja se deslocando ao centro, sob a necessidade de uma frente ampla no combate ao bolsonarismo, acreditando que isso possa ser uma espécie de renovação. O que é bem problemático e denota um erro estratégico e de percepção da nova realidade. No entanto, o momento em que essa “carta” vem a público é, no mínimo, inoportuno. Basta observar a sanha do PIG em desestabilizar o governo, mesmo com os excelentes números apresentados até aqui. Lula trabalha muito, incansavelmente, visando o melhor para o país. Erra? Sim. Todo mundo erra, já dizia o poeta. Mas não merece ser vítima de fogo amigo e de trairagem de quem se diz aliado. Ou escrever que: “e nós temos o Haddad, o mais fenomenal político desta geração em termos de preparo. Um gênio. Preparado e pronto para assumir seu papel.”, não soa como trairagem e conspiração?

Haddad, em que pese sua competência e seu caráter ilibado, nunca será Lula e nem chegará perto. Não tem carisma e nem apelo popular para tal. Haddad é um burocrata, um político de escritório. Um isolado e capturado por força do ofício. E tudo bem que assim o seja. Não há demérito nisso. Porém, entender que ele seria uma alternativa imediata a Lula, é contradizer a própria preocupação exposta na “carta”. Haddad enfrenta resistência dentro do próprio partido e não tem toda essa capacidade de agregamento para as esquerdas. Diferentemente de Lula, como o próprio Kakay diz na carta, que sabe seduzir até mesmo adversários e trazê-los para o seu projeto. Caso seja o candidato em 2026, Haddad perderia feio para qualquer nome da extrema-direita. Iria reeditar o papelão feito por Marcelo Freixo no Rio de Janeiro, quando foi esmagado pelo desconhecido e irrelevante Cláudio Castro na disputa pelo governo do Estado, justamente por ser mais burocrata do que político. Além de ter abandonado algumas de suas convicções e as bandeiras que sempre defendeu, acreditando que seduziria “isentões”, indecisos e bem intencionados.

Para piorar, Kakay finaliza sua “carta” dizendo que está "olhando o quadro e torcendo para o crescimento de uma direita civilizada". E arremata dizendo que, "com a condenação de Bolsonaro e a prisão, que pode se dar até setembro, nos resta torcer para uma direita centrista, que afaste o fascismo.” Ou seja, mais um tom de contradição em sua crítica, e falta de percepção do atual cenário político brasileiro. Não existe mais direita civilizada com força política no país. É esquerda ou barbárie. A barbárie que ele diz temer em sua “carta”, mas que acabou municiando com o seu disse me disse fora de hora e local. Se não for para ajudar, kakay fora!

 

¨      Não está sendo fácil! Não está sendo fáciuuuu! Por Denise Assis

Inoportuna é o mínimo que se pode dizer da “carta aberta” do advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, falando de um suposto “isolamento” do presidente Lula. O adjetivo não é meu. Foi empregado por um companheiro de grupo do criminalista, o coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho. Ele fez questão de vir a público se pronunciar, para que não pairasse dúvida de que essa é uma opinião pessoal, emitida por Kakay. Tivesse ele tomado um uísque ou um banho frio, e a teria deletado. Talvez a onda de calor tenha fervido os miolos de Kakay, a ponto de abrir num momento em que pesquisas apontam queda na popularidade do presidente, uma dissidência entre os seus colegas de grupo.

O isolamento de Lula que nos fala Kakay, chegando a apontar para a direita, como solução, ele que sempre se colocou no lado progressista da história, precisa ser visto detidamente. Ninguém ignora que Lula pegou o país nos escombros, e totalmente desmoralizado do ponto de vista das relações internacionais. Mal acabou de ser eleito, ainda mesmo antes da posse e o presidente já precisou arrumar as malas e rumar para a COP-27, realizada de 6 a 20 de novembro de 2022, na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito. Oportunidade única para começar a refazer laços e costuras esgarçadas por Bolsonaro e os seus chanceleres amestrados. Além de ser uma etapa crucial nas negociações globais sobre o clima, tema caro ao país que detém nada menos que a Amazônia, com um foco renovado em financiamento climático, perdas e danos e o avanço das metas do Acordo de Paris.

Depois dessa se seguiram muitas outras agendas indispensáveis, como encontros com Joe Biden, na condição de chefe de Estado e outras, que deram visibilidade ao país e ao presidente que chegava num país demolido, a ponto de não ter nos cofres, recursos para quitar a folha de pagamento no primeiro mês.

Já nessas viagens, os primeiros incômodos de dores no quadril deram sinais de que era preciso parar para uma cirurgia, sob pena de não conseguir cumprir mais agendas externas. Mais um tempo longe das ruas, do povo e da possibilidade de viajar pelo país, como planejou desde o primeiro momento. E, se formos mergulhar mês a mês, nos compromissos de Lula, veremos que precisou percorrer um caminho de “reconstrução” da imagem do Brasil, lá fora, para que as atividades internas pudessem deslanchar.

Visitar a China – quem não iria? -, foi um acerto. Organizar o encontro do G-20, indispensável. Sem falar no acidente doméstico, no banheiro do Alvorada, que o tirou de circulação por um bom tempo.

Enfim, o presidente Lula tentou se equilibrar no slogan criado para o seu governo: “União e Reconstrução”. Procurou unir aqui dentro, enquanto reconstruía a imagem lá de fora. Como então cobrar furiosamente de Lula, sem levar em conta as circunstâncias em que ele assumiu o governo? Arrumar a casa, limpar a grama da frente dos quartéis, pacificar a caserna, amansar o feroz Arthur Lira, que mordia e assoprava um Congresso onde as pautas nunca passaram com facilidade, porque dominado pelo centrão, e pela ultradireita organizada em verdadeira trincheira para fazer voar pelas redes as fake news que abalassem as estruturas do governo.

Para agravar ainda mais, São Pedro resolveu brigar com o Rio Grande do Sul, levando praticamente todos os ministros e o presidente para lá, por dias a fio.

Enquanto isso, a economia estrangulada pelo “arcabouço fiscal”, obedecia às ordens do czar do Banco Central, Roberto Campos, que impulsionava o dólar para a estratosfera. Ou o dólar não baixou depois da sua saída do cargo? O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viveu uma verdadeira montanha russa no seu primeiro ano de governo. No segundo, pegou pela quebra de safra, aumento dos produtos pela ação das guerras e a troca de presidentes das duas casas, Câmara e Senado.

Assim que deu, botou o pé na estrada, botou a boca no mundo. Tem falado para as rádios de Minas, da Bahia, do Amapá, por onde tem andado. Já reuniu a imprensa numa coletiva informal, mas bem-sucedida.

Lula não se isolou. Cumpriu as circunstâncias que lhe foram apresentadas, escapando aqui e ali das rasteiras e trapaças da sorte. Claro, vão dizer que os governantes são eleitos para solucionar. Lula governa. Lula fala, Lula se preocupa. O mundo mudou. Lula anda calibrando o discurso, observando a mudança do mercado de trabalho, impulsionando pequenos negócios e novos programas, como o Pé de Meia, que o golpista não indiciado, Augusto Nardes, da trincheira do TCU, tentou queimar na largada. Se pudesse cantarolar uma musiquinha, agora, talvez ele escolhesse aquela: “não está sendo fácil/não está sendo fácilllll”.

 

Fonte: Brasil 247

 

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