sábado, 22 de fevereiro de 2025

Raniero La Valle: Era preciso um louco para dizer que o Ocidente está morto

Trump não perde tempo, é sua maneira de agradecer pela Casa Branca recebida como presente do eleitorado democrático. Orgulhoso da solução inovadora estabelecida para Gaza, instigou seu parceiro Netanyahu a “abrir as portas do inferno” se todos os reféns não viessem a ser libertados antes do cronograma da trégua. Enquanto isso, ele e seu secretário de Estado enviaram 1.800 bombas de 900 quilos para Israel, como se não tivesse tido inferno suficiente até agora. E até as mostraram para nós na TV.

Para sair da guerra com a Rússia na Ucrânia, destratou grosseiramente a Europa, sem mencionar Zelensky, excluindo-os de futuras negociações.

O “Ocidente alargado”, que, na verdade, seria Estados Unidos alargados, está atônito, o pensamento único está destruído. Se isso se tornou o Ocidente, o que falar do “resto do mundo”, como o Corriere della Sera o chama. Era preciso que um louco pousasse na Casa Branca para que fosse anunciado ao mundo que o ídolo havia caído, o Deus anunciado pelos messianismos terrenos. Aquele Deus está morto é a mensagem propagada por toda a Terra. Havia sido preanunciado pelo “homem louco” descrito por Nietzsche em A Gaia Ciência, aquele louco que “correu para o mercado e começou a gritar: 'Eu procuro Deus! Eu procuro Deus... Para onde foi Deus? Eu lhes direi! Nós o matamos'”. Esse era o Deus pelo qual guerras humanitárias e genocídios haviam sido travados, o Deus da competição estratégica e da deportação de migrantes, o Deus impotente em impedir “a abertura das portas do inferno”, justamente quando o Papa Francisco diz acreditar, sem fazer disso um dogma, que o inferno está vazio. Mas aquele Deus não era o Deus verdadeiro, era um ídolo, veiculado pelo messianismo estadunidense, que, por sua vez, o havia recebido, de acordo com a reconstrução feita pelo teólogo jesuíta alemão Erich Przywara em seu Ideia da Europa, da “comunidade dos eleitos predestinados” da Genebra de Lutero, “que comportava a ideia de uma terra-de-Deus, ou seja, aquela dos eleitos anglo-saxões, que queriam e ainda hoje querem ser os conquistadores do mundo com cruzadas morais”.

Os documentos oficiais sobre a estratégia estadunidense, antes e depois do atentado às duas torres, afirmavam de fato que existe “um único modelo sustentável” para os povos de todo o mundo e para todos os tempos, “Liberdade, Democracia e Livre Empresa”, e que “os Estados Unidos desfrutam de uma posição de força militar incomparável e grandioso poder econômico e político” para “proteger esses valores contra os inimigos” (incluindo os neonazistas alemães?). Portanto, prometiam a Casa Branca e o Pentágono, “estenderemos a paz promovendo sociedades livres e abertas em todos os continentes” (também em Gaza?). E eis que aquele Deus, com o advento de Trump na Casa Branca, caiu com um grande clamor, não como o Deus verdadeiro que foi embora no silêncio de uma única frase na cruz, mas como o falso Deus fundido no bezerro de ouro, que foi despedaçado no “fragor do povo que gritava” diante de Josué e logo depois provocou três mil mortes no acampamento de Moisés como em Gaza. Assim, caiu o ídolo do escudo atlântico, da invencibilidade dos EUA, da superioridade e do valor absoluto dos valores liberais ocidentais contra os horrores das autocracias, do nazismo que só é mau se perseguir os Judeus.

E aqui está o resultado: a Europa não se resigna a ser derrotada na Ucrânia e implode, em Gaza foi dado sinal verde para “terminar o trabalho” do extermínio; e onde é semeado o sangue de um número tão grande de vítimas sacrificiais, judias e palestinas, estão prontos os projetos imobiliários de residências na futura Riviera do Oriente Médio. Mas a Europa, Netanyahu e o Ocidente têm pouco a criticar a Trump: são como ele. É claro que quando um ídolo se desfaz, segue-se um terremoto, talvez um tsunami, mas também pode ocorrer uma virada salutar. A Europa, Zelensky e a Ucrânia entram em crise.

A Europa, em vez de ficar feliz com a paz em sua casa, está se agitando descontroladamente porque não consegue aceitar sua derrota na Ucrânia. Teve sua guerra patriótica, que fez com que os ucranianos a travassem em nome dos Estados Unidos, e agora, submissa como foi de uns e de outros, é jogada fora: certamente não pode enviar um exército que não tem para lutar. Aqui, o renascimento consiste em entender que a “ideia de Europa” é um começo do futuro de um mundo diferente, a UE não pode se reduzir a ser um Estado como os outros, com seu exército, sua política de poder, sua soberania intolerante ao direito, governada por Úrsula e Mark Rutte.

Zelensky está desesperado porque não o querem nas negociações, talvez lhe concedam um assento auxiliar. Homem midiático, subiu em todos os palcos com carranca de demiurgo, senhor da guerra e da paz (que, nesse interim, tinha providenciado proibir por lei). Como os grandes atores aspiram fazer (e por isso nunca deveriam ser postos como chefes de governo ou de estado), quer morrer no palco, ele e toda a companhia. Assim, hoje à Ucrânia só falta uma coisa. O 25 de julho (queda do regime fascista).

A Ucrânia finalmente pode e deve viver. Sem os mísseis da OTAN na fronteira, não incomoda ninguém, a Rússia não tem motivos para invadi-la, pois o que fez até agora lhe basta, tanto em relação à população russa fora de suas fronteiras quanto em relação à sua segurança, incluindo o Mar Negro. Os países escandinavos podem voltar à sua bela neutralidade. E Trump, se parasse de atiçar o fogo entre Israel e Palestina, poderia lidar com a China.

Talvez tenha chegado a hora de retomar seriamente o tema do messianismo, o verdadeiro, que significa a salvação do mundo.

 

¨      Bem-vindo à nova ordem mundial. Por Marc Saxer 

Na Conferência de Segurança de Munique, que ocorreu de 14 a 16 de fevereiro, duas visões diametralmente opostas de ordem entraram em conflito. Os historiadores do futuro provavelmente apontarão este momento como o fim definitivo da ordem mundial liberal liderada pelos EUA e o ponto em que a erosão da hegemonia liberal dentro das democracias ocidentais se tornou inegável.

O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, tinha duas mensagens importantes para os europeus. Primeiro, ele disse que os Estados Unidos estão reformando fundamentalmente seu sistema de governança e espera que seus aliados sigam o exemplo. Em segundo lugar, ele argumentou que se a Europa não empreender essa transformação, os valores compartilhados que sustentam a parceria transatlântica desaparecerão, junto com a garantia de segurança dos Estados Unidos.

As reações europeias foram reveladoras. Muitos analistas não conseguiram compreender a natureza importante da declaração dos EUA, descartando-a como uma interferência ultrajante, vinda de um funcionário do governo Trump e, portanto, "de direita" e "malvada". Os cínicos podem argumentar que isso ignora a lógica imperial que considera os assuntos dos vassalos como inerentemente internos. Essa mentalidade ficou evidente quando Trump se referiu ao primeiro-ministro canadense Justin Trudeau como um “governador”, como se ele governasse um estado americano.

Observadores astutos reconheceram que esta não era uma discussão entre iguais, mas um ultimato de um chefe ou líder: alinhar-se ou enfrentar a agressão russa sozinho. Alguns até especularam que o verdadeiro objetivo dos EUA era desmantelar a União Europeia, abrindo caminho para que os oligarcas americanos tivessem rédea solta em uma Europa fragmentada por miniestados fracos.

Há pouco a acrescentar a essa leitura geopolítica. Os Estados Unidos estão questionando abertamente a aliança transatlântica, o principal pilar da segurança da Europa Ocidental há mais de 80 anos. Mesmo que seja renovada — sua própria incerteza já está enfraquecendo seu poder de dissuasão — espera-se que os europeus suportem o principal fardo da defesa convencional, e possivelmente até nuclear, de seu continente. Enquanto isso, os Estados Unidos concentrarão toda a sua atenção em sua luta hegemônica com a China.

Em nível global, os Estados Unidos já não estão dispostos a agir como garantes das instituições multilaterais e do direito internacional, que outrora eram enquadrados como a “ordem mundial liberal baseada em regras”. Isso não apenas anuncia a paralisia do sistema das Nações Unidas, mas também coloca em questão a abertura da economia global. O hegemônico está declarando obsoleta a própria ordem que ele mesmo construiu.

Para os europeus, com seus exércitos em miniatura deliberadamente interligados à máquina militar americana e suas economias de exportação profundamente inseridas nas cadeias de suprimentos globais, os fundamentos de sua segurança e prosperidade estão mudando drasticamente.

O que permanece em grande parte inexplorado é o choque entre duas visões radicalmente diferentes de ordem, tanto em escala global quanto nacional. Embora muitos estejam apenas começando a entender o fim da ordem liberal, poucos realmente entendem o que a substituirá. Não é de se admirar que muitos europeus e americanos progressistas tenham dificuldade em interpretar a mensagem do governo dos EUA: ainda precisamos aprender o vocabulário dessa ordem emergente.

Na Europa, as tentativas do presidente dos EUA de anexar a Groenlândia, o Panamá e o Canadá foram amplamente descartadas como provocações absurdas. Por trás deles, no entanto, estava o possível renascimento da Doutrina Monroe: uma retirada estratégica para o Hemisfério Ocidental, onde o domínio americano permanece incontestável. Combinado com o desejo de “vender” a Ucrânia para a Rússia, percebe-se um retorno ao pensamento de esferas de influência, há muito conhecido na Europa, mas marginalizado durante o momento unipolar dos Estados Unidos. É até concebível que Washington chegue a um entendimento com seus maiores rivais, China e Rússia, concordando em ficar fora das esferas de influência um do outro. Se assim for, o destino de Taiwan estará tão selado quanto o do Cáucaso.

Os europeus falam sobre traição, mas vale lembrar que eles estabilizaram sua própria ordem multipolar por meio de esferas de influência e acordos, com sucesso no século XIX. Sempre que uma única potência buscava a hegemonia pela força, o resultado eram guerras mundiais catastróficas.

Hoje, os neoconservadores americanos acreditam que podem vencer uma guerra contra uma China com armas nucleares. Vale ressaltar que Trump removeu a proteção pessoal das figuras mais proeminentes naquele espaço, o que na prática as marginalizou politicamente. O governo dos EUA agora parece reconhecer que a vitória em um conflito militar com a China é inatingível, eliminando qualquer caminho de volta a um mundo unipolar. O verdadeiro ponto de virada, então, está na mudança do equilíbrio global de poder. Os americanos simplesmente aceitaram essa realidade mais rápido que os europeus.

Não é preciso ser um adivinho para prever que a Europa em breve abandonará sua postura de "agora mais do que nunca" em relação à Ucrânia. Da mesma forma, os esforços para importar valores ocidentais ao mundo provavelmente acabarão na lata de lixo da história. Se a Europa quiser evitar se tornar um mero peão na competição entre grandes potências, ela deverá iniciar uma reforma interna ousada. Somente por meio de um contrato social negociado que distribui de forma justa os imensos custos é que se pode construir a força militar e política necessária para uma verdadeira autoafirmação.

A restrição do sistema de governança interna dos Estados Unidos é igualmente radical, com Trump usando uma abordagem direcionada semelhante à de Musk. Na Europa, a visão comum é que ele busca vingança contra o chamado estado profundo ou até mesmo pretende transformar os Estados Unidos em um regime autoritário, talvez até uma monarquia. Na verdade, alguns em seu governo acreditam que as democracias liberais ocidentais não podem mais competir com o capitalismo de estado chinês e vislumbram uma nova forma de governo tecnocrático.

A dependência de Trump em decretos executivos reflete essa mentalidade. No entanto, os críticos europeus são rápidos em descartar o apelo do vice-presidente dos EUA por liberdade de expressão e respeito à vontade dos deputados como meramente "de direita" e "intrusivo". Mesmo na Europa, um número crescente de cidadãos está denunciando essas tendências e protestando cada vez mais para exigir mudanças.

Mais importante ainda, esta crítica ignora que os sistemas de governança sempre evoluíram em resposta a novos desafios e tecnologias. A Revolução Francesa e as reformas prussianas foram manifestações diferentes desse processo. Hoje, os estados burocráticos criados no fim do século XIX estão lutando para gerenciar as complexidades de um mundo globalizado, interconectado e em rápida aceleração.

Isso é especialmente evidente em sua resposta aos fluxos globais – sejam eles pandemias, sejam eles migrações, crises de dados ou financeiras – que estão se espalhando pelo mundo a uma velocidade sem precedentes. A elite tecnológica do Vale do Silício, liderada por Elon Musk, prevê uma solução: substituir burocracias lentas e analógicas, muitas vezes criticadas por ineficiência e corrupção, por uma governança baseada em IA que seja mais eficiente, competente e responsiva.

Em suma, na sua competição sistêmica com a China, os Estados Unidos apostam numa atualização do sistema operacional. Yanis Varoufakis alerta corretamente que esses desenvolvimentos não são meramente serviços públicos benignos. O homem mais rico do mundo não está cortando a ajuda a milhões de crianças famintas pelo altruísmo. Por trás disso está a visão dos oligarcas de integrar o tecnofeudalismo à estrutura institucional do estado americano.

O objetivo é uma tecnocracia hipereficiente, isolada da supervisão democrática, dedicada exclusivamente a sustentar a infraestrutura fiscal e material do capitalismo digital. Avisos constantes sobre um retorno ao fascismo histórico podem, portanto, ser inúteis: tais comparações ignoram que a transformação que se desenrola hoje é moldada exclusivamente pelo nosso tempo.

Na verdade, é por isso que outros rótulos do século XX também não se encaixaram nessa nova aparência. O desmantelamento das velhas burocracias por Elon Musk também não é um retorno ao neoliberalismo, pois esse modelo não pode competir com o capitalismo de estado chinês. Da mesma forma, a retórica de J.D. Vance sobre a liberdade de expressão e o respeito à vontade dos eleitores não reflete uma mentalidade verdadeiramente “liberal”, já que o governo Trump desafia simultaneamente o Estado de direito e a separação de poderes.

Entretanto, as disputas de poder dentro dessa nova formação estão longe de serem resolvidas. A disputa pública entre Steve Bannon, a força intelectual por trás do movimento MAGA, e Elon Musk, o senhor da tecnologia, nos dá um vislumbre das batalhas brutais travadas dentro da coalizão trumpista. Enquanto o objetivo é desmantelar a velha ordem, essa aliança continuará. Mas em uma entrevista surpreendente ao New York Times, Bannon deixou claro: se os oligarcas da tecnologia tentarem institucionalizar o tecnofeudalismo, ele declarará guerra a eles.

Da orientação geoestratégica à redistribuição interna do império americano, quase tudo é fundamentalmente controverso. Ainda é impossível saber quais facções — e quais modelos ideológicos — acabarão prevalecendo. Os europeus precisam aprender urgentemente a decifrar o que realmente significa essas disputas de poder. Interpretá-los através das lentes de um liberalismo ultrapassado seria inútil.

Em vez de lamentar a irracionalidade, a corrupção ou a indecência da equipe de Trump, os europeus precisam ter consciência de que realmente estão no jogo e usar sua influência cada vez menor para proteger seus próprios interesses. Uma coisa é certa: já entraremos na próxima época da história mundial. Se não conseguirmos entender rapidamente sua dinâmica, corremos o risco de sermos esmagados por ela.

Como Mikhail Gorbachev alertou: “Quem chega tarde demais é punido pela vida”.

 

¨      Pessoas ultrarreligiosas atacam Musk. Defensores da Bíblia vs. Tecnodireita: é um choque entre a MAGA. Por Enrico Franceschini 

Direita ultrarreligiosa versus revolucionários transumanistas. É a batalha que se avizinha no horizonte entre duas correntes do movimento MAGA (Make America Great Again), em cujas asas Donald Trump reconquistou a Casa Branca. O fato de Elon Musk, o porta-estandarte da revolução digital, ter treze filhos de quatro mães diferentes, a última das quais nasceu recentemente, não passou despercebido entre os representantes do conservadorismo cristão mais tradicional.

“Eu recomendo fortemente ter um pai morando com você para que você não precise tuitar para se comunicar com ele”, escreve a colunista ultraconservadora Bethany Mandel, aludindo à unidade familiar estendida incomum do dono do X (antigo Twitter), Tesla e Space X. “O nascimento do 13º filho de Musk ressalta que os valores conservadores tradicionais não significam nada para hipócritas sem Deus”, ecoa Jon Rot, outra figura proeminente da direita religiosa americana. “Musk é um determinista genético que não tem nada a ver com os defensores da monogamia e da santidade do casamento”, diz Matthew Schmitz, editor da Compact, uma revista cristã ultraconservadora dos Estados Unidos.

Como observa o site de notícias Politico, o homem mais rico do mundo pertence ao chamado "pensamento transumanista", uma filosofia muito difundida entre os capitães da indústria do Vale do Silício: ele aspira fazer dos seres humanos uma espécie interplanetária, quer integrar chips e computadores ao cérebro e usou a inseminação artificial para conceber a maioria de seus filhos; em suma, ele vê a fusão entre humanos e tecnologia como inevitável. Todos os conceitos soam como heresia aos ouvidos da direita religiosa pró-Trump.

A presença de Musk e dos chefes das maiores empresas digitais do mundo na cerimônia de posse da presidência de Trump em 21 de janeiro levantou preocupações dentro do movimento cristão ultraconservador, que também está do lado de Donald. De um lado dessa coalizão estão empreendedores que querem colonizar Marte e criar uma inteligência artificial superior à do Homo Sapiens. Por outro lado, há pregadores e comentaristas totalmente contra a inseminação artificial e, num sentido mais amplo, contra tecnologias que colocam as máquinas antes ou no mesmo nível dos humanos.

Esta é uma situação muito diferente da primeira administração Trump, quando o vice-presidente era Mike Pence, um homem religioso ultraconservador: agora o vice-presidente é JD Vance, um ex-financista que enriqueceu com novas tecnologias, apoia Musk e promove a ideia de inteligência artificial ilimitada, embora tenha feito um grande alarido sobre sua conversão ao catolicismo.

Até agora, esse dualismo de posições não explodiu, mas vários analistas se perguntam por quanto tempo dois ideais tão contrastantes podem coexistir na coalizão de Trump. Para a direita religiosa, somente a Bíblia importa. Para os defensores do transumanismo, apenas a tecnologia importa . “Para alguém como Elon Musk, os 8 bilhões de pessoas na Terra podem nem sobreviver”, diz o professor Alexander Thomas da East London University , autor de um livro chamado “Politics and Ethics of Transhumanism”, ao Politico. “Tudo o que ele tem a fazer é sobreviver, e ele pode passar o cetro da civilização para uma espécie superior no futuro.” Anátema para os cristãos ultraconservadores da América.

 

Fonte: Il Fatto Quotidiano/Nueva Sociedad/La Reppublica/IHU

 

Nenhum comentário: