"O
Brasil está na mira de Trump", diz Pepe Escobar
O jornalista e analista
geopolítico Pepe Escobar afirmou, em seu programa Pepe Café, no YouTube, que a
nova administração de Donald Trump representará uma mudança radical na
geopolítica internacional. Segundo Escobar, o Brasil, como principal ator da
América Latina e membro dos BRICS, será diretamente afetado por essa nova abordagem.
"A guerra do Império do Caos contra os BRICS agora se multiplicará,
mirando o Sul Global, e o Brasil está no centro dessa estratégia",
declarou.
Escobar destacou que o
retorno de Trump à Casa Branca marca uma reconfiguração das relações
internacionais, com os Estados Unidos assumindo uma postura ainda mais
agressiva. "Trump 2.0 significa uma mudança de paradigma total, em que a
desordem internacional será imposta como regra", explicou. Ele apontou que
o objetivo principal será conter a China, enfraquecer os BRICS e consolidar a
influência americana sobre aliados e adversários.
·
Brasil e BRICS sob ataque
O analista alertou que a
nova administração deve intensificar pressões econômicas e políticas contra os
BRICS, bloco estratégico que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul. "O Brasil, como principal ator latino-americano nos BRICS, será alvo
de políticas que visam desestabilizar o bloco e limitar a cooperação econômica
e política entre seus membros", disse Escobar. Ele destacou também o fortalecimento
de iniciativas como o corredor de transporte Norte-Sul, que conecta Rússia, Irã
e Índia, como uma resposta às sanções e à tentativa de isolamento promovida
pelos EUA.
Segundo Escobar, Trump
adotará táticas ainda mais ousadas, que incluem o fortalecimento do controle
sobre aliados estratégicos e até mesmo movimentos de anexação territorial.
"A Groenlândia e o Canadá são exemplos claros dessa nova fase
imperialista, com Trump e sua equipe explorando todas as possibilidades, desde
plebiscitos até anexações unilaterais", afirmou.
Implicações para o Brasil
Pepe Escobar destacou que o
Brasil enfrentará um cenário geopolítico desafiador nos próximos anos,
especialmente com a escalada de tensões entre Estados Unidos e China. "As
elites brasileiras, alinhadas com os interesses americanos, devem intensificar
sua retórica contra os BRICS, enquanto Trump busca desestabilizar qualquer
iniciativa de integração regional ou global que ameace a hegemonia dos
EUA", alertou.
A posse de Trump nesta
segunda-feira, segundo Escobar, marca o início de uma era de profundas
transformações geopolíticas, com implicações diretas para o Brasil e sua
posição no cenário internacional. "Estamos entrando em um período de caos
imposto, em que o Sul Global e os BRICS serão o principal alvo", concluiu.
"Trump
vai atacar países da América Latina", prevê Pepe Escobar
O analista geopolítico Pepe
Escobar, em entrevista concedida ao jornalista Danny Haiphong, destacou a
América Latina como alvo prioritário de Donald Trump em um eventual segundo
mandato. Escobar analisou como o governo Trump pretende intensificar sua
política de "dividir e conquistar" na região, enquanto o BRICS,
liderado por Rússia e China, fortalece sua posição no tabuleiro global.
“Trump e sua administração
veem a América Latina como a última fronteira para reafirmar o controle, dado o
enfraquecimento da influência americana em outras partes do mundo”, afirmou
Escobar. Ele ressaltou que medidas como o aumento de sanções contra Cuba e
Venezuela, além de pressões indiretas sobre o Brasil, são ferramentas previstas
para conter o avanço de alianças globais lideradas pelo BRICS.
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Telefonema estratégico entre Putin e Xi Jinping
Escobar destacou também um
telefonema de 1 hora e 35 minutos entre Vladimir Putin e Xi Jinping, ocorrido logo
após a posse de Trump. A conversa foi descrita como uma “obra-prima” que selou
compromissos estratégicos entre Rússia e China, incluindo o fortalecimento da
relação com o Irã. Segundo Escobar, o BRICS está promovendo avanços
significativos, como o corredor internacional de transporte Norte-Sul,
conectando Rússia, Irã e Índia, ampliando o comércio e a integração com a Ásia
Central.
“Os EUA subestimam a força
do BRICS e de outras iniciativas multilaterais, como a Organização de
Cooperação de Xangai”, disse Escobar. Ele ressaltou que a falta de compreensão
do establishment americano sobre a nova ordem multipolar pode ser um grande
erro estratégico.
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A pressão sobre o Brasil e a disputa pelo lítio
Ao tratar da América Latina,
Escobar destacou que o Brasil está na mira das pressões americanas devido à sua
posição estratégica. Ele lembrou ainda do interesse de Elon Musk pelo lítio
sul-americano, com atenção especial a Bolívia, Chile e Argentina. “Bolsonaro
ainda é uma peça importante para Trump dentro do Brasil. Ele funciona como um
verdadeiro cavalo de Troia, pronto para ser usado em manobras políticas e
econômicas”, afirmou.
Escobar também ironizou
algumas das declarações recentes de Trump, como sua obsessão com o TikTok e a
ideia de colonizar Marte. Ele descreveu a estratégia de Trump para controlar a
rede social como uma “monstruosa operação de relações públicas”. Sobre o
discurso de Trump em relação à Palestina, Escobar criticou a tentativa de
transformar Gaza em uma “oportunidade imobiliária”, ignorando as demandas e os
direitos do povo local.
Para Escobar, enquanto Trump
busca consolidar sua influência no Ocidente, Rússia e China seguem ampliando
suas alianças estratégicas em direção a uma ordem multipolar mais sólida. “O
foco de Trump na América Latina revela o esgotamento das opções dos EUA em
outras regiões, enquanto o BRICS avança de forma consistente e integrada”,
concluiu.
¨ “A guerra
de Trump contra os BRICS é inevitável"
Em
entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, na TV 247, o analista geopolítico Pepe
Escobar traçou um panorama dos desafios que os BRICS enfrentarão diante da
segunda presidência de Donald Trump nos Estados Unidos. Para Escobar, a postura
de Trump e a aliança estratégica entre os países do Sul Global colocam o bloco
em rota de colisão direta com o que ele chama de "Império". “A guerra
de Trump contra os BRICS é uma guerra inevitável. É uma guerra contra os
líderes do Sul Global, o que inclui o Brasil”, afirmou.
A
posse de Trump em 20 de janeiro marcou o início de um novo capítulo na geopolítica
mundial, com ações já voltadas para intensificar o confronto com potências
emergentes. “O Império ainda não entendeu o significado da aliança estratégica
entre Rússia e Irã”, pontuou Escobar, destacando a conexão entre os BRICS e
outros atores-chave no cenário internacional.
O
analista também ressaltou a importância da entrada da Indonésia no BRICS,
consolidada recentemente. “É muito importante a entrada da Indonésia, que tem
tudo para ser uma potência global, no BRICS”, declarou, apontando para o potencial
do país no fortalecimento do bloco em questões econômicas e estratégicas.
Entre
os cenários traçados, Escobar destacou que Trump, caso adotasse uma postura
mais estratégica, poderia considerar um pacto com a China para dividir o mundo
em zonas de influência. “Se Trump fosse estrategista, ele pensaria num G2 para
dividir o mundo em zonas de influência”, sugeriu. Contudo, o analista acredita
que a confrontação será o caminho escolhido pelo presidente americano.
Outro
ponto crítico levantado por Escobar foi a decisão de Trump de abrir os arquivos
sobre o assassinato de John F. Kennedy, medida que promete desenterrar feridas
históricas e gerar tensões dentro do establishment americano. “Se Trump abrir
os arquivos sobre Kennedy, o deep state vai cair matando. Essa é a grande
ferida exposta para a história”, afirmou, referindo-se ao impacto que essas
revelações podem ter nos bastidores do poder nos EUA.
Diante
desse cenário, Escobar questiona como os BRICS irão se organizar para enfrentar
as ofensivas de Trump. “A grande questão é como os BRICS vão organizar sua
resposta a Trump”, disse, sugerindo que o bloco precisará de uma estratégia
sólida para resistir à pressão.
O
analista também destacou outro aspecto importante da estratégia de Trump: a
espoliação dos próprios aliados, que pode levar a desgastes diplomáticos
significativos. “O outro vetor é a espoliação dos aliados”, concluiu, sugerindo
que a política de Trump não apenas isola adversários, mas também enfraquece as
alianças tradicionais dos EUA.
A análise
de Pepe Escobar evidencia que a grande confrontação do século 21 já está em
curso, com os BRICS no centro da disputa por uma nova ordem global, desafiando
a hegemonia americana e abrindo caminhos para uma maior autonomia do Sul
Global.
¨ Bolsonaro aproveita os holofotes de Trump e mira 2026
Na
onda da reeleição do presidente Donald Trump nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro
(PL) teve uma semana intensa de declarações e entrevistas. Inelegível, o
ex-presidente prepara o terreno para a corrida eleitoral de 2026.
Durante
esta semana, o nome do político esteve em alta durante desentendimento com o
ex-ministro do governo e atual senador Marcos Pontes (PL-SP), que lançou candidatura à presidência da Casa Alta, mesmo
sem o apoio do partido, que está com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Bolsonaro também deu entrevistas para os veículos bolsonaristas Fio Diário e
Revista Oeste.
Palacianos
‘casca-grossa’
As
declarações de Bolsonaro na mídia não pararam por aí. Em entrevista ao Fio
Diário, o ex-mandatário fez uma crítica às nomeações feitas por ele no mandato
como presidente. Se pudesse voltar no tempo,
como ele mesmo afirmou, deveria ter indicado ministros mais "casca
grossa" em vez de generais aos ministérios palacianos. Integram essa
categoria de pastas sediadas no Palácio do Planalto a Casa Civil, o Gabinete de
Segurança Institucional (GSI), a Secretaria-Geral e a Secretaria de Governo.
Declaração
parece tentativa do ex-presidente de se distanciar
de nomes do antigo governo. Entre os ministros palacianos, estão Walter Braga
Netto e Augusto Heleno, que ocuparam a Casa Civil e o GSI, respectivamente. Os
dois militares são investigados no inquérito que apura tentativa de golpe de
Estado, Braga Netto está preso desde dezembro por participação na trama.
Segundo
o analista, Bolsonaro tem um perfil de se afastar bruscamente de aliados quando
isso pode prejudicar a imagem. “O Braga Netto virou persona non grata na
família Bolsonaro”, destacou César.
Outra
intenção por trás da declaração, destaca o especialista, pode ser reconquistar
o eleitorado mais ao centro, que foi importante na eleição de 2018, mas se
afastou em 2022.
<><> Profecia
da direita
O
novo cenário nos EUA e o indulto de Trump aos envolvidos
no ataque ao Capitólio deu a Bolsonaro esperanças de reverter a inelegibilidade e
voltar a subir a rampa do Palácio do Planalto. Autodenominado “preso político”, o brasileiro
acredita que a influência do republicano pode reverter a situação na Justiça
Eleitoral.
“Se ele me convidou, ele tem a certeza de que pode colaborar com a democracia
do Brasil, afastando inelegibilidades políticas, como essas duas minhas que eu
tive", declarou.
Para
o cientista politico e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(Uerj) Christian Lynch, o retorno de Trump favorece a direita, mas não
diretamente o bolsonarismo. “Ele [Bolsonaro] tenta vender a ideia de que se o
Trump voltou ao poder, isso é um sinal de que Bolsonaro vai voltar, como se
fosse uma profecia”, destaca.
Mesmo
inelegível, Bolsonaro continua a dar declarações em que afirma ser o candidato
da direita para 2026. Na sexta-feira (24/1), o ex-presidente recuou da estratégia
de lançar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) à presidência. Declaração,
segundo ele, se refere ao "no campo das ideias" e foi dita com
"ironia".
Segundo
Lynch, a estratégia de se manter na mídia é uma tentativa de Bolsonaro de
centralizar a direita brasileira na própria imagem. “O que aconteceu é que
surgiram um monte de outros concorrentes dentro da direita e até da direita
radical”, afirma.
Com
o avanço dos inquéritos na Polícia
Federal e dos processos no Supremo Tribunal Federal (STF), o futuro de Jair
Bolsonaro nas eleições ainda é incerto, com possibilidade de prisão para o
ex-presidente. Por isso, as estratégias do bolsonarismo no jogo eleitoral ainda
podem se transformar até 2026, explica o cientista político André César. Mas,
para o analista, uma coisa é certa: neste ano, na política, de tédio a gente
não morre.
¨ Bolsonaro
defende deportação em massa de brasileiros pelo governo Trump
A política de
deportação em massa de imigrantes ilegais pelo presidente Donald Trump ficou entre
os assuntos mais comentados deste sábado (25) após 88 brasileiros
deportados chegarem ao Brasil algemados e acorrentados por ordem
do governo dos Estados Unidos.
A situação causou
indignação no governo brasileiro, que exigiu a retirada das algemas e correntes
e interferiu no voo de deportação, determinando que a Força Aérea Brasileira
(FAB) finalize a operação.
Questionado sobre a
postura extremista de Trump contra imigração, que chegou a decretar uma ordem
para expulsar 1,4 milhão de imigrantes do país, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu
o presidente dos Estados Unidos. A declaração foi dada durante entrevista
à CNN nesta quinta-feira (23).
"Lá é a casa
dele, como aqui é a nossa. Uma parte disso foi gente que não tinha qualquer
qualificação para ir para lá. Empurraram para lá muito tipo de gente que
frequentava até presídios. Ele está fazendo a coisa certa. Foi compromisso de
campanha", afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente
ainda declarou que no lugar de Trump faria a mesma coisa.
<><> Deportação
em massa de brasileiros
Nesta sexta-feira
(24), o governo americano afirmou que vai deportar 158
imigrantes brasileiros sem documentação adequada. Ao todo, cerca de 230
mil brasileiros vivem de forma ilegal nos Estados Unidos. O primeiro voo de
deportação chegou ao Brasil neste sábado, em Manaus. Os deportados vieram
algemados e acorrentados por decisão de Trump, o que causou indignação no
governo brasileiro, que afirmou que situação era humilhante e feria os direitos
fundamentais.
Ao saber da
situação, o presidente Lula (PT) exigiu a
retirada imediata das algemas e correntes. Em nota, o ministro Ricardo
Lewandowski afirmou
que a decisão do governo americano era um "flagrante desrespeito aos
direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros".
O ministério também
informou que mandou a Polícia Federal a Manaus (AM), onde o voo
de deportação precisou realizar uma parada de emergência, para recepcionar os
brasileiros. Além disso, o presidente Lula determinou que a Força Aérea
Brasileira (FAB) faça o transporte dos brasileiros até o destino final "de
modo a garantir que possam completar a viagem com dignidade e
segurança", afirma o ministério.
"Ao tomar
conhecimento da situação, o Presidente Lula determinou que uma aeronave da
Força Aérea Brasileira (FAB) fosse mobilizada para transportar os brasileiros
até o destino final, de modo a garantir que possam completar a viagem com
dignidade e segurança", diz a nota.
O voo tinha como
destino inicial o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG),
mas precisou fazer um pouso de emergência na noite desta sexta-feira (24) em
Manaus devido a problemas técnicos.
"O Ministério
da Justiça e Segurança Pública enfatiza que a dignidade da pessoa humana é um
princípio basilar da Constituição Federal e um dos pilares do Estado
Democrático de Direito, configurando valores inegociáveis", acrescenta.
¨ As dúvidas no clã Bolsonaro
Depois
de rechaçar a possibilidade de apoiar um dos filhos para a corrida ao Palácio
do Planalto em 2026, o ex-presidente Jair Bolsonaro recuou. Como está
inelegível, ele avalia respaldar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Eduardo
— que esteve em Washington para a posse do presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, mas ficou de fora do evento principal — apareceu ao lado do pai,
nesta sexta-feira, em entrevista à Revista Oeste. A publicação, de
extrema-direita, havia anunciado que a conversa seria apenas com o
ex-presidente.
Em
diversos momentos da entrevista, Bolsonaro fez questão de passar a palavra para
o filho e deixar que ele opinasse sobre os assuntos abordados.
Embora
negue publicamente, o deputado está confortável com a possibilidade de ser
candidato em 2026. No último domingo, véspera da posse de Trump, esteve em um
evento com figuras de extrema-direita em Washington. Na ocasião, Steve Bannon
(ex-assessor do presidente norte-americano), se referiu a ele como "futuro
presidente do Brasil".
Nesta
sexta-feira, depois de ser indicado pelo pai como possível substituto, ele
disse que aceitará o "sacrifício", se for necessário. "Vejo
esses comentários como elogio, mas meu plano A, B e C seguem sendo Jair
Bolsonaro. Mas, se ocorrer, se for para ser o candidato com ele escolhendo, eu
me sacrificaria, sim", disse o deputado em entrevista ao jornal O Globo desta sexta-feira.
Sem saída
Em
ocasiões anteriores, Bolsonaro chegou a desautorizar Eduardo quando este
cogitou a possibilidade de se candidatar no lugar do pai. O discurso, no
entanto, mudou. Com duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e
inelegível por oito anos, o ex-presidente começa a ficar sem alternativas.
Nesta
semana, Bolsonaro criticou eventuais candidatos de direita para 2026, citando
os de "pouca idade" e os que seriam a "direita limpinha".
Ele fez as declarações um dia depois de o coach Pablo Marçal, ex-postulante à
Prefeitura de São Paulo, ter se referido ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG)
como "presidente do Brasil em 34?"
Para
o ex-presidente, é vantajoso que o candidato seja um familiar, como avalia o
professor de ciência política Adriano Oliveira, da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE).
Ele
pondera, no entanto, que a tendência é que o ex-presidente adote uma estratégia
similar à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018: se apresente como
candidato até ser obrigado a apoiar outro nome. "Ele não desistirá.
Continuará com declarações dúbias como essas que deu. Uma hora ele apoia a
esposa, outra hora apoia os filhos. Outra hora ele dirá que será ministro da
Casa Civil. Isso sugere desespero e sugere que ele não vê saída", avalia.
Oliveira
acredita que o comportamento do ex-chefe do Executivo pode ter impacto negativo
para a direita. "Para ele, individualmente, essa posição é correta. Desse
modo, consegue interferir nas decisões para senador, para deputados estaduais e
federais. Porém, para a direita, é muito ruim. Porque a direita vai ficar
esperando o Bolsonaro, e ele vai se decidir no último minuto. Esse é o equívoco
da direita", pontua. "A melhor estratégia para a direita é se afastar
do bolsonarismo, esquecer o bolsonarismo, abraçar a democracia e,
consequentemente, fazer uma oposição econômica ao presidente Lula. Esse é o
papel da direita nesse instante, inclusive, falando até em renovação do
país", completa.
Para
Oliveira, esse pode ser o principal trunfo de uma eventual candidatura à
reeleição do petista. "Apesar dos desafios de comunicação do presidente
Lula e dos desafios na economia, ele segue favorito à reeleição por causa desse
equívoco estratégico da direita."
O
ex-presidente Jair Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior
Eleitoral duas vezes, em dois processos diferentes. A primeira foi em junho de
2023 e a segunda, em outubro daquele ano.
¨ Pablo Marçal rebate Bolsonaro: "Só considera
candidato quem é parente"
O
empresário Pablo Marçal (PRTB) rebateu
Jair Bolsonaro (PL) após o ex-presidente dizer que ele é "carta fora do
baralho" na disputa pela Presidência em 2026. Marçal respondeu afirmando
que Bolsonaro "só considera candidato quem é parente dele" para a
sucessão presidencial de 2026.
Em
entrevista à CNN Brasil, Jair Bolsonaro elogiou seu
filho, Flávio Bolsonaro, e mencionou Michelle Bolsonaro como possível candidata
da direita em 2026.
Questionado
sobre a candidatura de Pablo Marçal, o ex-presidente disse: "Eu evito
conversar sobre esse cara. É carta fora do baralho. (...) Tem um baita
potencial, mas precisa se controlar."
Após
o episódio, Marçal rebateu as provocações do ex-presidente. "Carta fora do
baralho de Bolsonaro, que está fora do jogo. Por que ele faria comentários de
uma carta fora do baralho? O Bolsonaro só considera candidato quem é parente
dele", disse à CNN.
Candidato
à prefeitura de São Paulo, o empresário
Pablo Marçal ficou em terceiro lugar na disputa municipal e anunciou
recentemente sua intenção de concorrer à Presidência em 2026. Antes da eleição
municipal, Marçal e Bolsonaro eram próximos, com o empresário tendo apoiado
publicamente o ex-presidente em 2022.
Ainda
nesta semana, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o influenciador Pablo
Marçal (PRTB-SP) protagonizaram um embate nas redes sociais, evidenciando as
divisões internas da direita, já voltadas à eleição presidencial de 2026.
Carlos
Bolsonaro criticou Marçal por tentar se promover politicamente com imagens
feitas nos Estados Unidos, enquanto seu pai, Jair Bolsonaro, foi impedido de
viajar à posse de Donald Trump devido à retenção de seu passaporte, determinada
pelo ministro Alexandre de Moraes. Nas críticas, Carlos utilizou termos
ofensivos.
Apesar
das provocações, Marçal decidiu não responder diretamente. "Vou
poupá-lo", afirmou por meio de sua assessoria em mensagem enviada à Coluna do Estadão.
Fonte: Brasil 247/Fórum/Correio
Braziliense
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