sábado, 25 de janeiro de 2025

Nova administração dos EUA não pretende participar diretamente da reconstrução da Ucrânia, diz mídia

A nova administração dos EUA não quer participar a nível estatal da reconstrução da Ucrânia, segundo a equipe de presidente recém-eleito Donald Trump isso pode ser tratado pelo setor privado, relata a agência Bloomberg com referência a um diplomata de alto escalão.

"A equipe do presidente também sinalizou que a nova administração dos EUA não pretende se envolver diretamente na reconstrução da Ucrânia, algo que eles sugeriram seria assumido pelo setor privado", disse um diplomata sob condição de anonimato enfatizando que as discussões ainda estão em andamento, relata a publicação.

Anteriormente, o primeiro-ministro ucraniano Denis Shmygal afirmou que para a reconstrução da Ucrânia são precisos US$ 10-30 bilhões (R$ 59,3-178 bilhões) de investimento anual nos próximos dez anos.

Durante sua campanha presidencial, Trump afirmou que seria capaz de trazer paz ao Leste Europeu logo no primeiro dia de mandato. Keith Kellogg, enviado de Trump para a Rússia e a Ucrânia, afirmou em entrevista à Fox News, no entanto, que almeja o prazo de 100 dias para a solução do conflito.

<><> Administração Trump teme que ele 'capitulará' na questão ucraniana, diz mídia

Alguns funcionários da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, acreditam que, se os líderes dos EUA e da Rússia se reunirem, Moscou conseguirá o que quer na questão da resolução do conflito na Ucrânia e Trump "capitulará", relata o jornal The Washington Post, citando uma fonte do Partido Republicano.

Apesar do discurso duro de Trump, alguns membros do Partido Republicano acreditam que, se os líderes se encontrarem, Putin conseguirá o acordo que deseja com o presidente norte-americano.

"[Donald] Trump demonstrará que acabou com a guerra. Mas ele capitulará. [Vladimir] Putin conseguirá o que quer", afirma o jornal, citando um republicano anônimo.

Nota-se que muitos nos EUA estão olhando para algumas das escolhas do gabinete de Trump, como Tulsi Gabbard, que foi nomeada para o cargo de diretora de inteligência nacional e que muitas vezes ecoou os pontos de discussão do Kremlin, que potencialmente ajudaria a direcionar as relações com a Rússia.

"Entre esses apelos à cautela e à rejeição da ilusão, ainda há alguma esperança, porque Trump não é um político comum, e podemos esperar algumas surpresas dele", sublinha a imprensa, citando um acadêmico russo que preferiu não mencionar seu nome.

Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que Moscou está aberta ao diálogo com a nova administração dos EUA em relação ao conflito ucraniano. Entretanto, ele sublinhou que a meta não deve ser uma trégua de curto prazo, mas sim uma paz duradoura baseada no respeito aos legítimos interesses de todos os povos que vivem na região.

¨      Ex-assessor do Pentágono: EUA agora entendem que não têm mais nada a dar à Ucrânia

Aos EUA chegou a compreensão de que eles já não têm "mais nada para dar" à Ucrânia, disse o coronel reformado do Exército dos EUA e ex-conselheiro do Pentágono, Douglas Macgregor.

O presidente dos EUA, Donald Trump, informou anteriormente que Washington estava analisando a questão de novas entregas de armas para Kiev. Por sua vez, o portal War Zone, informou com referência a documento do Pentágono, que os EUA não conseguem produzir a tempo canos para obuseiros de longo alcance para a Ucrânia devido à demanda muito alta por parte das tropas ucranianas.

"Acho que agora há um reconhecimento de que não temos muito mais a dar à Ucrânia e acredito que é por isso que infelizmente a Ucrânia vai tentar alistar jovens de 18 anos", escreveu ele na rede social X.

De acordo com Macgregor, chegou a hora de estabelecer paz na Ucrânia.

Anteriormente, o ex-conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Jake Sullivan, afirmou que as autoridades da Ucrânia terão que decidir sobre a redução da idade de mobilização para 18 anos.

¨      Ex-agente de inteligência dos EUA explica por que a Ucrânia já não será capaz de deter a Rússia

A Ucrânia já não será capaz de deter o avanço das tropas russas, disse o analista militar e ex-oficial de inteligência dos EUA Scott Ritter em entrevista ao canal de YouTube Judging Freedom.

"A Rússia hoje venceu a guerra de atrito e continuará avançando tal como está fazendo agora. A Ucrânia não será capaz de fazer nada para parar isso. Não há equipamento ou força viva suficiente que possa estabilizar a situação. A máquina de atrito está de tal maneira do lado da Rússia que ela tritura tudo o que os ucranianos lhe atiram", explicou.

Ex-oficial de inteligência também expressou a opinião de que a Rússia nem sequer vai considerar congelar o conflito porque entende que essa pausa será usada pelo Ocidente para rearmar e melhorar sua posição, e o novo presidente Donald Trump deve partir do pressuposto de que a Rússia, em qualquer caso, alcançará todos os objetivos da operação militar especial.

"Todo o Ocidente está agora desequilibrado porque a Rússia está ganhando a guerra graças à superioridade do seu complexo militar-industrial, da sua economia, e a Rússia não vai desistir de nenhuma dessas posições para que o presidente dos EUA obtenha alguma posição política de negociação", diz Ritter.

¨      Zelensky está tirando proveito dos países que estão 'amarrados à carroça' da Ucrânia

O líder ucraniano Vladimir Zelensky tenta tirar vantagem dos países europeus que, pelo menos uma vez, apoiaram a Ucrânia, porque na Europa eles têm medo de "colapsar" junto com Kiev, declarou o jornalista americano Matthew Hoh, capitão aposentado do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, em entrevista ao canal de YouTube Deep Dive.

"Zelensky, em minha opinião, joga nos círculos políticos europeus com aqueles que amarraram sua 'carroça' à Ucrânia e sentem que, se a Ucrânia cair, eles [também] vão cair. Por isso, ele tenta garantir relações com os líderes políticos na Alemanha, França, Reino Unido, dos quais ele pode tirar partido, que têm estado com ele todo este tempo e cuja identidade está agora fortemente ligada à Ucrânia, mesmo que isso tenha acontecido a custo de grandes danos econômicos para eles", considera o ex-militar norte-americano.

No contexto da falência econômica da Ucrânia, na prática, de sua derrota no front e do cansaço dos parceiros com a necessidade de financiar indefinidamente Kiev, no Ocidente e dentro da Ucrânia se começa a falar cada vez mais sobre a necessidade de iniciar um processo de paz.

¨      Conflito na Ucrânia não foi resolvido, porque Zelensky 'quis lutar', diz Trump

A Rússia e a Ucrânia podiam ter chegado a uma solução do conflito, mas o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky quis continuar a lutar; ele não devia ter permitido que o conflito armado se iniciasse, disse o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma entrevista à Fox News.

Em mais um discurso sobre o conflito ucraniano, o presidente dos Estados Unidos reiterou mais uma vez que as hostilidades devem ser paradas "imediatamente" e não deveriam ter começado, e nunca teriam acontecido, se tivesse sido o presidente na época.

Trump disse que Zelensky também não deveria ter permitido que isso acontecesse, porque se trata de lutar contra "uma entidade muito maior e muito mais poderosa" e, segundo Trump, agora o atual líder ucraniano quer encerrar o conflito.

"Ele não deveria ter feito isso, porque poderíamos ter feito um acordo. [...] Eu poderia ter feito esse acordo com muita facilidade. E Zelensky decidiu que 'eu quero lutar'", disse.

Trump ressaltou que a "bravura" de Zelensky foi baseada no fato de que os EUA davam bilhões de dólares à Ucrânia.

Além disso, Trump também ameaçou que imporá "tarifas maciças e grandes sanções" à Rússia se ela não resolver o conflito. Ao mesmo tempo, afirmou que não quer fazer isso, porque "ama o povo russo".

¨      Ucrânia não lograria aderir à OTAN mesmo após conversações de paz, diz mídia

Qualquer acordo de paz com a Ucrânia provavelmente resultaria na impossibilidade de o país ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte por um período indefinido, afirma a revista Foreign Policy.

Nota-se que todas as circunstâncias levam a Ucrânia de volta à estaca zero, deixando-a sem a adesão à aliança militar.

"É quase certo que qualquer acordo de paz proíba a ascensão da Ucrânia à OTAN por tempo indeterminado", elabora a revista.

Além disso, a imprensa lembra que Donald Trump já fechou as portas para o apoio dos Estados Unidos à ascensão da Ucrânia à OTAN, dizendo que ele poderia "entender" as preocupações da Rússia sobre essa perspectiva.

Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin sublinhou que a possível adesão da Ucrânia à OTAN era uma ameaça à segurança da Rússia. Ele também enfatizou que os riscos de Kiev aderir à aliança foram um dos motivos para o lançamento de uma operação russa no país vizinho.

¨      Jornalista compara Trump a 'mafioso' tentando exercer pressão sobre a Rússia

O recém-empossado presidente dos EUA, Donald Trump, está tentando exercer pressão extrema sobre a Rússia, disse o jornalista norte-americano Michael Tracey em sua página na rede social X.

"Desde que assumiu o cargo, a retórica de Trump em relação à Rússia [...] tem sido extrema, podemos até dizer, semelhante à de um mafioso. Essa pressão é muito diferente da forma como muitos em todo o espectro político julgavam que seria a sua posição sobre esse conflito", escreveu ele.

Nesta quinta-feira (23), o presidente dos EUA, Donald Trump, falando por videoconferência no fórum de Davos, disse que pretende pedir à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para baixar os preços do petróleo, o que ele acredita ajudará a acabar com o conflito na Ucrânia. Ontem (23), o líder dos EUA ameaçou impor novas sanções e taxas se Moscou não parar a operação especial.

Trump afirmou anteriormente que falaria com o presidente russo Vladimir Putin sobre a Ucrânia assim que assumisse o cargo e que seria capaz de resolver o conflito em um dia. A Rússia, por seu lado, acredita que este é um problema muito complexo para uma solução tão simples.

¨      UE subestimou quão a energia da Rússia impulsionou o seu desenvolvimento, diz jornalista irlandês

A União Europeia (UE) subestimou o quanto os recursos energéticos da Rússia influenciaram o desenvolvimento da Europa, escreveu na rede social X o jornalista irlandês Chay Bowes.

"A União Europeia subestimou muito a sua dependência da energia russa, tendo sido essa energia que impulsionou o crescimento e a estabilidade industrial na Europa. A autodestruição industrial é a prioridade de Von der Leyen [a chefe da Comissão Europeia] e seus amigos. E vocês vão pagar por tudo isso", escreveu ele.

Na quarta-feira (22), Ursula von de Leyen admitiu que os preços da energia na UE são mais altos do que os da China e dos EUA, mas disse que o bloco ainda deve desistir dos recursos energéticos da Rússia.

Anteriormente, o primeiro-ministro húngaro Victor Orbán disse que a UE deve defender os interesses dos seus países-membros da Europa Central ante a Ucrânia, que está bloqueando o fornecimento de energia para a Hungria e a Eslováquia, e não o contrário.

De acordo com ele, Budapeste já perdeu mais de 18 bilhões de euros devido às sanções antirrussas, por isso agora "pressionou o freio de mão" e pede para a UE considerar a conveniência de uma nova extensão das mesmas.

¨      Com retorno de Trump, Rússia e EUA atacam globalistas de 2 frentes, diz filósofo russo

A Rússia e os Estados Unidos atacaram globalistas de dois lados, com o retorno do presidente dos EUA, Donald Trump, eles perderam suas posições, afirmou o filósofo russo Aleksandr Dugin.

Dugin acredita ser interessante que os globalistas foram atacados de dois lados: do lado da Rússia, com início da construção de um mundo multipolar, e do lado da própria Washington.

"Nós [russos] começamos a eliminar o liberalismo como a ideologia na nossa sociedade, retornando os valores tradicionais e falando deles abertamente, e esse foi um dos fronts. E agora, o mesmo liberalismo, o mesmo globalismo foi atingido de dentro, da própria Washington", elaborou o filósofo na sua entrevista à Sputnik.

Dugin também sublinhou que os globalistas, incluindo o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, ou o presidente francês Emmanuel Macron, literalmente perderam o controle da situação com a chegada de Trump.

"Eles devem agora se levantar contra os EUA, que sempre foram sua guia, ou mudar de posição, ou simplesmente criar algum tipo de frente contra Trump", ressaltou ele.

Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, em seu discurso de posse como 47º presidente dos Estados Unidos, disse que colocaria os EUA em primeiro lugar ao prometer que o país se tornaria maior, mais forte e mais excepcional do que nunca.

¨      UE faz vista grossa à opressão das minorias étnicas na Ucrânia, diz analista

George Szamuely, pesquisador sênior do Global Policy Institute de Londres, disse à Sputnik que "Bruxelas só se importa com sua agenda ideológica, que é apoiar a Ucrânia e manter esse mito de que a Ucrânia é uma espécie de paraíso democrático".

A chamada política de "ucranização" perseguida pelo regime de Kiev, que "limita o uso de línguas não ucranianas" no país, tem um impacto negativo sobre os grupos minoritários.

"Quando você entra em uma loja, por exemplo, você tem que falar ucraniano. Se você começar a falar em alguma outra língua, você está sujeito a ser multado. De todas as formas, essa política ucraniana viola os direitos das minorias", enfatiza Szamuely.

Os direitos das minorias étnicas que vivem na Ucrânia são motivo de discórdia há muito tempo e, desde o início da operação militar especial russa, esse assunto ganhou ainda mais atenção.

O presidente russo, Vladimir Putin, reiterou recentemente que, ao enfrentar as causas profundas da crise ucraniana, é importante buscar uma paz de longo prazo baseada no respeito aos interesses legítimos de todas as pessoas e nações que vivem na região.

<><> Políticos e cientistas alemães se expressam contra implantação de mísseis dos EUA no país

Figuras públicas alemãs assinaram uma carta aberta contra a implantação de mísseis dos Estados Unidos de alcance intermediário no território da Alemanha, informa o canal de TV NTV.

Entre os assinantes está a líder do partido Aliança Sahra Wagenknecht – Razão e Justiça, o físico e político Ernst Ulrich von Weizsacker e a presidente do Conselho da Igreja Evangélica da Alemanha, Margot Kassmann.

Anteriormente, a administração dos EUA e o governo alemão anunciaram planos para implantar sistemas de mísseis americanos de alta precisão na Alemanha a partir de 2026, que excederão significativamente as armas já existentes na Europa. Em particular, trata-se de mísseis SM-6, Tomahawk e "armas hipersônicas".

"Ativistas do movimento pela paz e cientistas, ante as próximas eleições ao Bundestag [Parlamento Federal], estão apelando à não permissão da implantação de armas de médio alcance dos EUA na Alemanha", indica a carta aberta.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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