Nova administração
dos EUA não pretende participar diretamente da reconstrução da Ucrânia, diz
mídia
A nova
administração dos EUA não quer participar a nível estatal da reconstrução da
Ucrânia, segundo a equipe de presidente recém-eleito Donald Trump isso pode ser
tratado pelo setor privado, relata a agência Bloomberg com referência a um
diplomata de alto escalão.
"A equipe do
presidente também sinalizou que a nova
administração dos EUA não
pretende se envolver diretamente na reconstrução da Ucrânia, algo que eles
sugeriram seria assumido pelo setor privado", disse um diplomata sob
condição de anonimato enfatizando que as discussões ainda estão em
andamento, relata a publicação.
Anteriormente, o
primeiro-ministro ucraniano Denis Shmygal afirmou que para a reconstrução da
Ucrânia são precisos US$ 10-30 bilhões (R$ 59,3-178 bilhões) de
investimento anual nos próximos dez anos.
Durante sua
campanha presidencial, Trump afirmou que seria capaz de trazer paz
ao Leste Europeu logo
no primeiro dia de mandato. Keith Kellogg, enviado
de Trump para a Rússia e a Ucrânia, afirmou em entrevista à Fox News, no
entanto, que almeja o prazo de 100 dias para a solução do conflito.
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Administração Trump teme que ele 'capitulará' na questão ucraniana, diz mídia
Alguns funcionários
da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, acreditam que, se os
líderes dos EUA e da Rússia se reunirem, Moscou conseguirá o que quer na
questão da resolução do conflito na Ucrânia e Trump "capitulará",
relata o jornal The Washington Post, citando uma fonte do Partido Republicano.
Apesar do discurso
duro de Trump, alguns membros do Partido
Republicano acreditam
que, se os líderes se encontrarem, Putin conseguirá o acordo que
deseja com o presidente norte-americano.
"[Donald]
Trump demonstrará que acabou com a guerra. Mas ele capitulará.
[Vladimir] Putin conseguirá o que quer", afirma o jornal,
citando um republicano anônimo.
Nota-se que muitos
nos EUA estão olhando para algumas das escolhas do gabinete de Trump,
como Tulsi
Gabbard,
que foi nomeada para o cargo de diretora de inteligência nacional e
que muitas vezes ecoou os pontos de discussão do Kremlin, que
potencialmente ajudaria a direcionar as relações com a Rússia.
"Entre esses
apelos à cautela e à rejeição da ilusão, ainda há alguma esperança, porque
Trump não é um político comum, e podemos esperar algumas surpresas dele",
sublinha a imprensa, citando um acadêmico russo que preferiu não mencionar seu
nome.
Anteriormente, o
presidente russo Vladimir Putin afirmou que Moscou está aberta
ao diálogo com a nova administração dos EUA em relação ao conflito
ucraniano. Entretanto, ele sublinhou que a meta não deve ser uma trégua de
curto prazo, mas sim uma paz duradoura baseada no respeito aos legítimos
interesses de todos os povos que vivem na região.
¨ Ex-assessor do Pentágono: EUA agora entendem que não
têm mais nada a dar à Ucrânia
Aos EUA chegou a
compreensão de que eles já não têm "mais nada para dar" à Ucrânia,
disse o coronel reformado do Exército dos EUA e ex-conselheiro do Pentágono,
Douglas Macgregor.
O presidente dos
EUA, Donald Trump, informou anteriormente que Washington estava analisando a
questão de novas
entregas de armas para Kiev. Por sua vez, o portal War Zone, informou com
referência a documento do Pentágono, que os EUA não conseguem produzir a tempo
canos para obuseiros
de longo alcance para
a Ucrânia devido à demanda muito alta por parte das tropas ucranianas.
"Acho que
agora há um reconhecimento de que não temos muito mais a dar à Ucrânia e
acredito que é por isso que infelizmente a Ucrânia vai tentar alistar
jovens de 18 anos", escreveu ele na rede
social X.
De acordo com
Macgregor, chegou a hora de estabelecer paz na Ucrânia.
Anteriormente, o
ex-conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Jake Sullivan,
afirmou que as autoridades
da Ucrânia terão
que decidir sobre a redução da idade de mobilização para 18 anos.
¨ Ex-agente de inteligência dos EUA explica por que a
Ucrânia já não será capaz de deter a Rússia
A Ucrânia já não
será capaz de deter o avanço das tropas russas, disse o analista militar e
ex-oficial de inteligência dos EUA Scott Ritter em entrevista ao canal de
YouTube Judging Freedom.
"A Rússia hoje
venceu a guerra de atrito e continuará avançando tal como está fazendo agora. A
Ucrânia não será capaz de fazer nada para parar isso. Não há equipamento
ou força
viva suficiente que
possa estabilizar a situação. A máquina de atrito está de tal maneira do lado
da Rússia que ela tritura tudo o que os ucranianos lhe atiram", explicou.
Ex-oficial de
inteligência também expressou a opinião de que a Rússia nem sequer vai
considerar congelar o conflito porque entende que essa pausa será usada pelo
Ocidente para rearmar e melhorar sua posição, e o novo
presidente Donald Trump deve partir do pressuposto de que a Rússia, em
qualquer caso, alcançará todos os objetivos da operação militar especial.
"Todo o
Ocidente está agora desequilibrado porque a Rússia está ganhando a guerra
graças à superioridade do seu complexo
militar-industrial, da sua economia, e a Rússia não vai desistir de nenhuma
dessas posições para que o presidente dos EUA obtenha alguma posição política
de negociação", diz Ritter.
¨ Zelensky está tirando proveito dos países que estão
'amarrados à carroça' da Ucrânia
O líder ucraniano
Vladimir Zelensky tenta tirar vantagem dos países europeus que, pelo menos uma
vez, apoiaram a Ucrânia, porque na Europa eles têm medo de "colapsar"
junto com Kiev, declarou o jornalista americano Matthew Hoh, capitão aposentado
do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, em entrevista ao canal de YouTube Deep
Dive.
"Zelensky, em
minha opinião, joga nos círculos
políticos europeus com
aqueles que amarraram sua 'carroça' à Ucrânia e sentem que, se a Ucrânia
cair, eles [também] vão cair. Por isso, ele tenta garantir relações com os
líderes políticos na Alemanha, França, Reino Unido, dos quais ele pode tirar
partido, que têm estado com ele todo este tempo e cuja identidade está agora
fortemente ligada à Ucrânia, mesmo que isso tenha acontecido a custo de grandes
danos econômicos para
eles", considera o ex-militar
norte-americano.
No contexto da
falência econômica da Ucrânia, na prática, de sua derrota no front e
do cansaço dos parceiros com a necessidade de financiar indefinidamente
Kiev, no Ocidente e dentro da Ucrânia se começa a falar cada vez mais sobre
a necessidade
de iniciar um processo de paz.
¨ Conflito na Ucrânia não foi resolvido, porque Zelensky
'quis lutar', diz Trump
A Rússia e a
Ucrânia podiam ter chegado a uma solução do conflito, mas o atual líder
ucraniano Vladimir Zelensky quis continuar a lutar; ele não devia ter permitido
que o conflito armado se iniciasse, disse o presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, em uma entrevista à Fox News.
Em mais um discurso sobre o
conflito ucraniano, o presidente dos Estados Unidos reiterou mais uma vez que
as hostilidades devem ser paradas "imediatamente" e não
deveriam ter começado, e nunca teriam acontecido, se tivesse sido o presidente
na época.
Trump disse que
Zelensky também não deveria ter permitido que isso acontecesse, porque se trata
de lutar contra "uma entidade
muito maior e
muito mais poderosa" e, segundo Trump, agora o atual líder
ucraniano quer encerrar o conflito.
"Ele não
deveria ter feito isso, porque poderíamos ter feito um acordo. [...] Eu poderia
ter feito esse acordo com muita facilidade. E Zelensky decidiu que 'eu
quero lutar'", disse.
Trump ressaltou que
a "bravura" de Zelensky foi baseada no fato de que os EUA
davam bilhões
de dólares à
Ucrânia.
Além disso, Trump
também ameaçou que imporá "tarifas
maciças e grandes sanções" à Rússia se ela não resolver o
conflito. Ao mesmo tempo, afirmou que não quer fazer isso, porque "ama o
povo russo".
¨ Ucrânia não lograria aderir à OTAN mesmo após
conversações de paz, diz mídia
Qualquer acordo de
paz com a Ucrânia provavelmente resultaria na impossibilidade de o país
ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte por um período
indefinido, afirma a revista Foreign Policy.
Nota-se que todas
as circunstâncias levam a
Ucrânia de
volta à estaca zero, deixando-a sem a adesão à aliança militar.
"É quase certo
que qualquer acordo de paz proíba a ascensão da Ucrânia à OTAN por
tempo indeterminado", elabora a revista.
Além disso, a
imprensa lembra que Donald
Trump já
fechou as portas para o apoio dos Estados Unidos à ascensão da Ucrânia à OTAN,
dizendo que ele poderia "entender" as preocupações da Rússia
sobre essa perspectiva.
Anteriormente, o
presidente russo Vladimir Putin sublinhou que a possível adesão
da Ucrânia à OTAN era uma ameaça à segurança da Rússia. Ele também enfatizou
que os riscos de Kiev aderir à aliança foram um dos motivos para o
lançamento de uma operação russa no país vizinho.
¨ Jornalista compara Trump a 'mafioso' tentando exercer
pressão sobre a Rússia
O recém-empossado
presidente dos EUA, Donald Trump, está tentando exercer pressão extrema sobre a
Rússia, disse o jornalista norte-americano Michael Tracey em sua página na rede
social X.
"Desde que
assumiu o cargo, a retórica de Trump em relação à Rússia [...] tem sido
extrema, podemos até dizer, semelhante à de um mafioso. Essa pressão é muito
diferente da forma como muitos em todo o espectro político julgavam que seria a
sua posição
sobre esse conflito", escreveu ele.
Nesta quinta-feira
(23), o presidente dos EUA, Donald Trump, falando por videoconferência no fórum
de Davos, disse que pretende pedir à Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (OPEP) para baixar os preços do petróleo, o que ele acredita ajudará a
acabar com o conflito na Ucrânia. Ontem (23), o líder
dos EUA ameaçou impor novas sanções e taxas se Moscou não parar a
operação especial.
Trump afirmou
anteriormente que falaria com o presidente russo Vladimir Putin sobre a Ucrânia
assim que assumisse o cargo e que seria capaz de resolver
o conflito em um dia.
A Rússia, por seu lado, acredita que este é um problema muito complexo para uma
solução tão simples.
¨ UE subestimou quão a energia da Rússia impulsionou o
seu desenvolvimento, diz jornalista irlandês
A União Europeia
(UE) subestimou o quanto os recursos energéticos da Rússia influenciaram o
desenvolvimento da Europa, escreveu na rede social X o jornalista irlandês Chay
Bowes.
"A União
Europeia subestimou muito a sua dependência da energia russa, tendo sido essa
energia que impulsionou o crescimento e a estabilidade
industrial na Europa. A
autodestruição industrial é a prioridade de Von der Leyen [a chefe da Comissão
Europeia] e seus amigos. E vocês vão pagar por tudo isso", escreveu ele.
Na quarta-feira
(22), Ursula von de Leyen admitiu que os preços
da energia na UE são
mais altos do que os da China e dos EUA, mas disse que o bloco ainda deve
desistir dos recursos energéticos da Rússia.
Anteriormente, o
primeiro-ministro húngaro Victor Orbán disse que a UE deve defender os
interesses dos seus países-membros da Europa Central ante a Ucrânia, que está
bloqueando o fornecimento de energia para a Hungria e a Eslováquia, e não o
contrário.
De acordo com ele,
Budapeste já perdeu mais de 18 bilhões de euros devido às sanções
antirrussas,
por isso agora "pressionou o freio de mão" e pede para a UE
considerar a conveniência de uma nova extensão das mesmas.
¨ Com retorno de Trump, Rússia e EUA atacam globalistas
de 2 frentes, diz filósofo russo
A Rússia e os
Estados Unidos atacaram globalistas de dois lados, com o retorno do presidente
dos EUA, Donald Trump, eles perderam suas posições, afirmou o filósofo russo
Aleksandr Dugin.
Dugin acredita ser
interessante que os globalistas foram atacados de dois lados: do lado da
Rússia, com início da construção de um mundo multipolar, e do lado da própria
Washington.
"Nós [russos]
começamos a eliminar o liberalismo como a ideologia na nossa sociedade,
retornando os valores tradicionais e falando deles abertamente, e
esse foi um dos fronts. E agora, o mesmo liberalismo, o mesmo
globalismo foi atingido de dentro, da própria Washington", elaborou o
filósofo na sua entrevista à Sputnik.
Dugin também
sublinhou que os globalistas, incluindo o primeiro-ministro britânico Keir
Starmer, ou o
presidente francês Emmanuel Macron, literalmente perderam o controle da
situação com a chegada de Trump.
"Eles devem
agora se levantar contra os EUA, que sempre foram sua guia, ou mudar
de posição, ou simplesmente criar algum tipo de frente contra Trump",
ressaltou ele.
Anteriormente, o
presidente dos EUA, Donald Trump, em seu discurso de posse como 47º
presidente dos Estados Unidos, disse que colocaria os EUA em primeiro
lugar ao prometer que o país se tornaria maior, mais forte e mais
excepcional do que nunca.
¨ UE faz vista grossa à opressão das minorias étnicas na
Ucrânia, diz analista
George Szamuely,
pesquisador sênior do Global Policy Institute de Londres, disse à Sputnik que
"Bruxelas só se importa com sua agenda ideológica, que é apoiar a Ucrânia
e manter esse mito de que a Ucrânia é uma espécie de paraíso democrático".
A chamada política
de "ucranização" perseguida pelo regime de Kiev, que "limita o
uso de línguas não ucranianas" no país, tem um impacto negativo sobre
os grupos
minoritários.
"Quando você
entra em uma loja, por exemplo, você tem que falar ucraniano. Se você
começar a falar em alguma outra língua, você está sujeito a ser
multado. De todas as formas, essa política ucraniana viola os direitos das
minorias", enfatiza Szamuely.
Os direitos das
minorias étnicas que vivem na Ucrânia são motivo de discórdia há muito tempo e,
desde o início da operação
militar especial russa, esse assunto ganhou ainda mais atenção.
O presidente
russo, Vladimir Putin, reiterou recentemente que, ao enfrentar as causas
profundas da crise
ucraniana,
é importante buscar uma paz de longo prazo baseada no respeito aos interesses
legítimos de todas as pessoas e nações que vivem na região.
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Políticos e cientistas alemães se expressam contra implantação de mísseis dos
EUA no país
Figuras públicas
alemãs assinaram uma carta aberta contra a implantação de mísseis dos Estados
Unidos de alcance intermediário no território da Alemanha, informa o canal de
TV NTV.
Entre os assinantes
está a líder do partido Aliança
Sahra Wagenknecht –
Razão e Justiça, o físico e político Ernst Ulrich von Weizsacker e a presidente
do Conselho da Igreja Evangélica da Alemanha, Margot Kassmann.
Anteriormente,
a administração
dos EUA e
o governo alemão anunciaram planos para implantar sistemas de mísseis
americanos de alta precisão na Alemanha a partir de 2026, que excederão
significativamente as armas já existentes na Europa. Em particular,
trata-se de mísseis SM-6, Tomahawk e "armas hipersônicas".
"Ativistas do
movimento pela paz e cientistas, ante as próximas
eleições ao Bundestag [Parlamento
Federal], estão apelando à não permissão da implantação de armas de médio
alcance dos EUA na Alemanha", indica a carta
aberta.
Fonte: Sputnik
Brasil
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