“Gesto
nazista de Musk revela que o mundo está sob gravíssima ameaça”, diz José
Reinaldo Carvalho
O jornalista José Reinaldo
Carvalho fez duras críticas ao gesto do bilionário Elon Musk durante um evento
na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. No programa Bom
Dia 247, José Reinaldo classificou o ato como uma clara demonstração de que
o mundo está sob uma “gravíssima ameaça fascista, neocolonialista e
imperialista”.
“O gesto nazista de Musk e
toda a coreografia apresentada durante a posse de Trump deixam claro que
estamos diante de uma nova realidade. Não é apenas simbólico; é uma mensagem de
ofensiva antidemocrática, contra direitos humanos, contra o multilateralismo e
em favor de um projeto imperialista que coloca em risco a paz mundial”,
afirmou.
·
Ato polêmico em evento oficial
Durante a cerimônia, Musk,
que agora é chefe do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental nos
EUA, fez um gesto semelhante à saudação nazista de Adolf Hitler, segundo
relatos da imprensa internacional, como o jornal israelense Haaretz.
Em meio a um discurso que exaltava a vitória republicana, Musk colocou a mão
direita sobre o lado esquerdo do peito antes de esticar o braço, numa pose
associada ao “Sieg Heil” dos nazistas.
A nomeação de Musk por Trump
reforça o papel do bilionário na reestruturação do governo norte-americano, com
planos de eliminar agências federais e cortar três quartos dos empregos
públicos. José Reinaldo destacou que esse movimento representa “uma grande
ofensiva contra direitos sociais e conquistas históricas”.
·
Mentiras e militarização
O jornalista também criticou
o discurso de Trump durante a posse, que exaltou os Estados Unidos como os
principais vencedores da Segunda Guerra Mundial. “Trump repete a mentira de que
os EUA derrotaram o nazismo e o fascismo, quando na verdade o peso maior dessa
vitória recaiu sobre a União Soviética. O que vemos agora é a tentativa de
reescrever a história enquanto promovem uma agenda colonialista e fascista”,
disse.
José Reinaldo também chamou
atenção para as promessas de Trump de fortalecer o exército norte-americano, o
que, segundo ele, contradiz as declarações do presidente de que seria um
“pacificador”. “Não adianta dizer que não fará guerras enquanto prepara a maior
máquina militar da história. Essas armas não são brinquedos; estão sendo
planejadas para agressões contra povos e nações que resistirem a essa ameaça”.
·
Resistência ao projeto fascista
Apesar do cenário
preocupante, o jornalista acredita que haverá resistência ao avanço dessas
agendas. “Haverá muita resistência interna e externa ao Trump. O mundo não
ficará passivo diante dessa ofensiva fascista e imperialista”, declarou.
José Reinaldo também alertou
para as consequências globais dessa nova política, que já atinge instituições
internacionais. Ele destacou o ataque à Organização Mundial da Saúde, ao Acordo
de Paris e a medidas multilaterais anteriores. “É um projeto que visa
desmantelar qualquer esforço coletivo em prol da humanidade. Isso precisa ser
enfrentado com unidade e determinação”, concluiu.
O gesto de Musk, amplamente
criticado, e o discurso de Trump reforçam os sinais de uma guinada política que
ameaça reconfigurar as bases do sistema internacional, com impactos profundos
em direitos, soberania e paz global.
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Altman aponta confluência entre nazismo e sionismo após gesto de Musk
O
jornalista judeu Breno Altman usou as redes sociais para criticar o silêncio generalizado
de entidades judaicas, que se recusaram a condenar de maneira enfática o gesto
nazista feito pelo bilionário de extrema-direita Elon Musk durante um evento
realizado após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Nesta
segunda-feira, ao discursar, Musk bateu com a mão direita sobre o coração, com
os dedos bem abertos, depois estendeu o braço direito para fora, enfaticamente,
em um ângulo ascendente, com a palma para baixo e os dedos juntos. Em seguida,
ele se virou e fez o mesmo gesto com a mão para a multidão atrás dele. Musk foi
acusado de promover o nazismo, mas algumas entidades judaicas, como a Liga
Anti-Difamação, discordou. Ele rejeitou as críticas ao gesto com a mão como um
ataque "desgastado".
Segundo
Altman, o silêncio das entidades sionistas evidencia o que ele chama de
"confluências" com a ideologia nazista. Para ele, sionismo e nazismo
não são necessariamente opostos, mas compartilham, na sua visão, o objetivo de
estabelecer um Estado baseado em princípios racistas.
"O
silêncio de entidades sionistas acerca da saudação hitleriana de Elon Musk
simboliza confluência entre nazismo e sionismo. Essas doutrinas nunca foram
efetivamente contrapostas. Sionismo não é sobre enfrentar nazismo ou
antissemitismo, mas sobre criar um Estado racista judaico", escreveu
Altman na plataforma X.
Após
tomar posse, Trump assinou um decreto para criar um grupo consultivo chamado
Departamento de Eficiência Governamental com o objetivo de realizar cortes
drásticos no governo dos EUA, atraindo ações judiciais imediatas que contestam
suas operações.
O
grupo -- apelidado de "DOGE" -- está sendo dirigido por Elon Musk e
tem metas grandiosas de eliminar agências federais inteiras e cortar três
quartos dos empregos do governo federal.
¨ “Trump vai
enfrentar forças internas e externas fortíssimas", diz Pepe Escobar
Em
entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, na TV 247, o analista geopolítico
Pepe Escobar avaliou os desafios que Donald Trump enfrentará na presidência dos
Estados Unidos. Segundo Escobar, a situação global e interna dos EUA se
deteriorou significativamente desde o primeiro mandato de Trump, tornando ainda
mais complexa a tentativa de conter o declínio do Império. “Trump vai enfrentar
forças internas e externas fortíssimas, a começar por todos os silos de poder
do deep state”, afirmou.
Escobar
destacou que o grau de decadência do poder americano é visivelmente maior do
que em 2017, quando Trump assumiu pela primeira vez. “O grau de decadência do
Império hoje é muito maior do que quando ele assumiu pela primeira vez em
2017”, explicou. Apesar disso, o analista aponta que Trump continua apostando
em uma retórica ousada. “As falas do Trump são espetaculares. Ele fala em
destino manifesto interplanetário. É o retorno do excepcionalismo sem fronteiras”,
declarou, ironizando a grandiosidade do discurso do ex-presidente.
No
campo econômico, Escobar alerta para os impactos de uma possível guerra
comercial que pode se intensificar já no início do próximo ano. “A guerra
comercial vai estourar em 1 de fevereiro sobre Canadá e México, com tarifas de
25%. A União Europeia vai entrar numa segunda etapa”, afirmou, sugerindo que a
estratégia de Trump pode agravar tensões comerciais globais.
O
analista também avaliou o papel da América Latina nos planos de Trump,
destacando possíveis consequências para a região. “O ataque de Trump ao canal
do Panamá pode abrir espaço para a construção da ferrovia interoceânica na
América do Sul, levando a produção brasileira ao porto de Chancay no Peru”,
comentou, apontando para oportunidades estratégicas que poderiam surgir para o
Brasil e países vizinhos.
Sobre
a crise em Gaza, Escobar fez uma análise provocativa, argumentando que Trump
pode enxergar o conflito como uma oportunidade de negócios. “Sobre Gaza, Trump
pode transformar o genocídio numa oportunidade imobiliária”, disse, apontando
para o pragmatismo agressivo do presidente.
Outro
ponto levantado foi a busca de Trump por expandir a base de recursos
energéticos do Império. “Trump quer claramente expandir a base de recursos do
Império. Eles precisam de energia para alimentar a inteligência artificial. O
tecnofeudalismo vai trabalhar claramente por Trump 2.0. Trump 2.0 é o novo
estágio do tecnofeudalismo”, afirmou, sugerindo que os avanços tecnológicos, em
especial no campo da inteligência artificial, estão profundamente ligados à
geopolítica energética.
Por
fim, Escobar avaliou que, mesmo em um contexto de confrontação, países como a
Venezuela poderiam se beneficiar de negociações bem conduzidas. “Se a Venezuela
souber negociar, é possível que eles cheguem a um acordo com Trump”, concluiu.
A
análise de Pepe Escobar evidencia um cenário de grandes disputas políticas e
econômicas no horizonte, com Trump tentando reconsolidar o poder americano em
um contexto global de múltiplos desafios e resistências internas.
¨ “Com Trump,
o véu do imperialismo caiu", diz Paulo Nogueira Batista Júnior
Em
entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, na TV 247, o economista
Paulo Nogueira Batista Júnior analisou o impacto do governo de Donald Trump nos
Estados Unidos e as repercussões globais de sua postura política. Segundo
Batista Júnior, Trump desempenhou um papel de ruptura em relação ao discurso
tradicional dos Estados Unidos no cenário internacional. “O véu do imperialismo
caiu. Trump não acredita na hipocrisia. Ele afirma o poder do Império sem
disfarces”, afirmou o economista, destacando a franqueza do ex-presidente como
uma característica que, ao mesmo tempo em que expõe as ambições imperiais,
também gera maior resistência global.
Ao
comparar Trump com outros líderes americanos, Batista Júnior observou que sua
posse pode ser equiparada à de Ronald Reagan, no início dos anos 1980. “Reagan
conseguiu reverter o declínio do Império e produzir o colapso da União
Soviética. Mas hoje o desafio é muito maior. Os Estados Unidos enfrentam Rússia
e China ao mesmo tempo”, pontuou. Segundo o economista, a grande questão que
permanece em aberto é se Trump teria capacidade de reverter o enfraquecimento
do Império americano em um contexto tão adverso.
O
economista também analisou a psicologia que permeia a sociedade americana e o
impacto das mudanças geopolíticas sobre ela. “Os americanos têm a psicologia
muito arraigada de serem o número um. Eles não são mais o número um”, disse
Batista Júnior, referindo-se ao avanço de potências como a China e a Rússia.
Sobre
as implicações para a América do Sul e, especificamente, para o Brasil, o
economista destacou que a pouca atenção dada à região pode ser benéfica. “É
importante que ele dê pouca atenção à América do Sul. Quanto menos atenção eles
derem à nossa região, melhor”, afirmou, sugerindo que o foco americano em
disputas com outras potências pode abrir espaço para uma maior autonomia
regional.
Por
fim, Batista Júnior avaliou que ainda é cedo para determinar se o presidente
Lula será alvo direto das ações do Império americano. “É difícil saber se o
Brasil e o presidente Lula serão alvos do Império. Eles têm muitas agendas”,
concluiu.
A
análise de Paulo Nogueira Batista Júnior reforça a necessidade de acompanhar de
perto os desdobramentos da política externa americana e seu impacto no mundo,
especialmente em tempos de tensão geopolítica acirrada.
¨ Trump e big
techs: aliança controversa preocupa democracias globais, alerta Lindbergh
Farias
A
posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos reacendeu debates
globais sobre a relação entre grandes corporações tecnológicas e governos de
extrema direita. Para o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), a presença
de bilionários como o nazista Elon Musk (X) e Mark Zuckerberg (Meta) no lugar
de honra da cerimônia representa "uma aliança perigosa" entre o Vale
do Silício, a Casa Branca e Wall Street, capaz de ameaçar democracias e a
soberania de países.
“Trump
inaugurou uma aliança potente entre os empresários de tecnologia do Vale do
Silício, a Casa Branca e o mercado financeiro de Wall Street. Todos alinhados
ao projeto de extrema direita que ataca a soberania e a democracia dos países e
traz o que há de pior no mundo”, criticou Lindbergh, que se disse alarmado com
o papel central das big techs nesse novo cenário político.
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Musk, Zuckerberg e a desinformação organizada
Entre
as acusações mais contundentes feitas pelo parlamentar está a de que Elon Musk
teria feito uma saudação nazista durante o discurso de posse de Trump,
comparando o gesto a práticas do regime de Adolf Hitler. Lindbergh também
criticou Mark Zuckerberg pela flexibilização das políticas de checagem de fatos
nas plataformas Meta, o que, segundo ele, “prioriza a desinformação”.
“Zuckerberg
anunciou mudanças na política de checagem de fatos, se aproximando da nova
política praticada pelo X, priorizando a desinformação. Quem está realmente
controlando o que você pode dizer ou ouvir? Isso é liberdade de expressão?”,
questionou o deputado.
Ele
alertou para o poder das plataformas de manipular conteúdos e influenciar a
opinião pública com algoritmos, reforçando interesses econômicos e políticos
específicos. “Eles podem manipular, dizer quem pode falar para a opinião
pública e quem não pode. Isso é muito perigoso para a soberania nacional e para
a democracia dos países".
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Golpes tecnológicos e interferência política
Lindbergh
também destacou um novo modelo de intervenção nos países, que ele chamou de
“golpe tecnológico”. Para ele, o alinhamento das big techs com Trump pode
resultar na manipulação da opinião pública em escala global, com impacto direto
nos processos políticos, especialmente em nações da América Latina.
“Vários
golpes aconteceram com a participação norte-americana, algumas vezes com intervenção
militar, outras vezes estimulando lawfare. Só que agora, com essa
nova aliança do Trump, pode surgir um novo tipo de golpe, estruturado pelas
plataformas”, afirmou.
O
parlamentar pediu urgência na regulamentação das redes sociais, com foco na transparência
e na responsabilização das plataformas. “É hora do Brasil defender sua
soberania. Aqui tem leis que têm que ser respeitadas. Trump, Zuckerberg e Musk
não vão nos colocar de joelhos”, concluiu.
¨ "Os
EUA têm sete vidas", diz Guido Mantega sobre possível declínio americano
O ex-ministro da Fazenda,
Guido Mantega, participou do programa Boa Noite 247, onde analisou o cenário
internacional e as possíveis consequências do retorno de Donald Trump à
presidência dos Estados Unidos. Durante a entrevista, Mantega abordou temas
como a política econômica de Trump, as relações com a China e a América Latina,
e o fortalecimento da direita global.
<><> Política industrial e
protecionismo nos EUA
Segundo Mantega, a política
de Trump é marcada por medidas protecionistas e uma tentativa de
reindustrializar os Estados Unidos. "Trump quer recuperar uma parte da
industrialização que foi transferida para fora. Ele está cobrando tarifas de
importação como parte de sua política industrial, dizendo que o maior mercado
do mundo são os Estados Unidos, e que países como China, México e Canadá terão
que pagar para acessar esse mercado", afirmou.
Ele destacou que Trump deve
impor tarifas de até 25% sobre produtos vindos do México e do Canadá. "O
México, por exemplo, exporta 450 bilhões de dólares por ano para os EUA,
superando a China. Ele quer reduzir esse fluxo, recuperar a indústria
automobilística americana e usar métodos imperiais, como reverter o controle do
Canal do Panamá, que ele considera estratégico para os interesses americanos."
<><> Relações entre EUA e China
Mantega analisou a disputa
econômica e militar entre os Estados Unidos e a China. "A China é uma
potência consolidada e já está empatando tecnologicamente com os EUA em quase
todas as áreas. Ainda assim, Trump adota um jogo de força, impondo tarifas e
ameaças como estratégia de negociação", explicou. Ele mencionou que,
apesar das tensões, a China mantém reservas significativas em dólar e continua
a depender do mercado americano.
"É um paradoxo. Embora
o discurso seja de confronto, tanto os EUA quanto a China têm um interesse
mútuo em manter suas relações econômicas. A desglobalização que Trump propõe
será apenas parcial, porque não é eficiente desglobalizar completamente."
<><> Impactos para o Brasil
O ex-ministro avaliou que o
Brasil não será um alvo econômico direto dos Estados Unidos, mas poderá
enfrentar desafios políticos. "O Brasil exporta pouco para os EUA e tem um
déficit comercial com eles. Em termos econômicos, o país pode até se beneficiar
das sanções americanas contra outros mercados, como o México, ganhando espaço
para exportações agrícolas", apontou.
Entretanto, ele expressou
preocupação com o fortalecimento da direita internacional sob a liderança de
Trump. "Os Estados Unidos são muito ativos no campo político,
especialmente através de órgãos como a CIA e o FBI. Em 2022, a postura de Biden
foi crucial para garantir a posse de Lula. Se Trump estivesse no poder, o golpe
poderia ter sido vitorioso", afirmou.
Mantega alertou para
possíveis interferências nas eleições de 2026 no Brasil. "Trump vai
fortalecer candidatos de direita em todo o mundo, inclusive no Brasil,
utilizando big techs e liberdade para manipulação de informações. Ele fez isso
em 2016 e pode repetir a estratégia."
<><> Força global dos EUA
Apesar de reconhecer a perda
de parte da hegemonia americana, Mantega afirmou que os Estados Unidos
continuam sendo o país mais poderoso do mundo. "Eles têm um orçamento
militar de um trilhão de dólares por ano, enquanto a China gasta 250 bilhões.
Além disso, controlam tecnologias de ponta e comunicações globais, como os
satélites de Elon Musk, que captam informações de todo o mundo", destacou.
Mantega concluiu enfatizando
que os EUA ainda possuem grande capacidade de recuperação econômica e política.
"Dizíamos, há 50 anos, que os Estados Unidos estavam em crise e não
sairiam dela, mas isso não aconteceu. Eles têm sete vidas. O que precisamos
fazer é consolidar outro poder que se contraponha a eles, buscando uma
hegemonia compartilhada."
<><> Democracia e ciclos políticos
O ex-ministro também
refletiu sobre os ciclos políticos globais, com o fortalecimento da direita em
vários países. "Estamos vivendo um período de enfraquecimento da
democracia, mas isso não significa que ela vai acabar. Assim como há momentos
de avanço da direita, haverá períodos em que a esquerda voltará a se
fortalecer. O importante é manter o equilíbrio e a vigilância
democrática."
Fonte: Brasil 247
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