sábado, 25 de janeiro de 2025

'Ainda há poucos motivos para comemorar', diz Rússia na ONU sobre acordo na Faixa de Gaza

A declaração é do embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, que lembrou ainda, nesta quinta-feira (23), que a catástrofe humanitária segue na Faixa de Gaza.

"Há poucos motivos para comemorar" após o acordo entre Israel e Hamas com relação ao conflito na Faixa de Gaza, já que a catástrofe humanitária no enclave "não desapareceu", declarou Nebenzya.

"A catástrofe humanitária, que assola o enclave há mais de 15 meses, não desapareceu. O acordo não incluiu medidas para garantir o fornecimento seguro e desimpedido de ajuda em todos os percursos disponíveis e na quantidade necessária. A presença militar de Israel no enclave continua. Por exemplo, os militares israelenses mantêm o controle sobre o posto fronteiriço de Rafah", afirmou durante uma sessão do Conselho de Segurança.

Nebenzya também criticou os países europeus, que gostam de se apresentar como defensores dos direitos humanos, mas não fazem apelos para responsabilizar aqueles que matam crianças em Gaza.

"A guerra se tornou verdadeiramente um papel de tornassol, revelando a abordagem real do Ocidente na defesa dos direitos humanos", destacou.

Israel e o movimento Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, que entrou em vigor em 19 de janeiro e inicialmente tem duração de 42 dias. O acordo também traz a intenção de encerrar definitivamente as hostilidades, que em 15 meses causaram a morte de mais de 47 mil palestinos e cerca de 1,1 mil israelenses.

Além disso, as hostilidades chegaram ao Líbano e Iêmen e também provocaram uma troca de ataques com mísseis entre Israel e Irã.

Os garantidores do acordo vão criar um centro de coordenação no Cairo. Já no 16º dia de cessar-fogo, Israel e Hamas se comprometeram a iniciar negociações sobre a segunda fase do acordo.

Este é o segundo cessar-fogo desde o início do conflito: o primeiro foi alcançado em novembro de 2023 e durou apenas seis dias.

¨      O momento crucial da Cisjordânia

O exército israelense continua seu ataque ao campo de refugiados de Jenin, uma campanha militar que começou quase imediatamente após o anúncio de um cessar-fogo em Gaza.

Embora o epicentro da campanha continue em Jenin, onde muitos palestinos foram mortos ou feridos, as principais cidades da Cisjordânia também foram atacadas.

As incursões israelenses atingiram várias aldeias e campos de refugiados, levando à prisão de muitos palestinos.

A Autoridade Palestina (AP), que há muito tempo atua como uma suposta vanguarda dos direitos palestinos, está participando ativamente da campanha israelense. Na verdade, a AP estava envolvida na pacificação da Resistência em Jenin e em outras áreas da Cisjordânia antes dos ataques israelenses, aparentemente preparando o terreno para uma repressão militar israelense maior.

<><> Papel da AP

A ironia é que a AP batizou sua operação em Jenin, que se estendeu de 5 de dezembro a 21 de janeiro, de “Protegendo a Pátria”. No entanto, a operação apenas tentou pacificar a “pátria”, facilitando o prosseguimento da missão militar israelense.

O grau de violência da AP contra os palestinos na Cisjordânia é cada vez mais comparável à violência israelense, consolidando ainda mais a alegação de que a AP é, na verdade, uma ferramenta de controle usada pela ocupação israelense contra os palestinos.

Em 2007, Gaza se rebelou contra a AP no que foi erroneamente apelidado na época como o confronto Hamas-Fatah, sendo o Fatah o partido dominante na OLP e a facção do presidente da AP, Mahmoud Abbas.

Não está claro se uma rebelião semelhante contra a AP é possível na Cisjordânia, pelo menos por enquanto, considerando que a população palestina enfrenta três níveis de violência: o exército israelense, os colonos judeus ilegais armados e as forças de segurança de Abbas.

Na esperança de “preservar o sangue palestino”, a Resistência de Jenin concordou, em 14 de janeiro, em assinar um acordo com a AP, permitindo que as forças da AP entrassem em Jenin sem confronto, desde que se abstivessem de tomar medidas violentas contra a Resistência. A AP teria renegado o acordo, deixando partes de Jenin abertas à entrada de militares israelenses.

Os dias em que se pedia à AP que priorizasse a unidade nacional em detrimento de sua “coordenação de segurança” com Israel acabaram, pois os palestinos agora veem a AP como um componente integral do Exército de Israel.

<><> O momento

Mas por que Israel está atacando a Cisjordânia e por que agora?

A operação militar israelense na Cisjordânia, com o codinome “Iron Wall” (Muro de Ferro), foi ostensivamente realizada para “destruir a infraestrutura terrorista em Jenin” e evitar outro 7 de outubro, de acordo com fontes de segurança israelenses citadas pelo Channel 14.

Entretanto, isso não pode ser verdade. Mesmo com o aumento da resistência no norte da Cisjordânia, a região parece não estar preparada para uma operação de Dilúvio de Al-Aqsa semelhante à de 7 de outubro.

A lógica da “Muralha de Ferro” está mais no âmbito político e psicossocial.

Primeiro, Israel foi derrotado em Gaza, uma derrota sem precedentes na história do país, de acordo com David K. Rees, escrevendo no The Times of Israel. Do ponto de vista oficial israelense, o impacto psicológico dessa derrota exige uma ação imediata para evitar que a sociedade e a mídia israelenses se debrucem sobre suas consequências maiores e de longo prazo.

Em parte, é por isso que Israel está atacando a Cisjordânia, que, pelo menos por enquanto, representa o ponto fraco da resistência palestina, em parte devido à repressão da AP.

A mesma lógica pode explicar por que Israel concordou com um cessar-fogo no Líbano enquanto avançava sem oposição na Síria.

A flexão muscular israelense tem como objetivo principal enviar uma mensagem de poder e controle ao público israelense, que perdeu a fé em seu exército, inteligência e instituições políticas.

Em segundo lugar, a operação israelense na Cisjordânia faz parte de uma troca política entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o extremista ministro das Finanças Bezalel Smotrich. Este último, apesar de se opor ao cessar-fogo em Gaza, permaneceu no governo, reforçando a coalizão fragmentada de Netanyahu.

Ao contrário do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que renunciou junto com seu partido Otzma Yehudit (Poder Judaico), Smotrich permaneceu, com a condição de realizar uma grande operação militar na Cisjordânia, abrindo caminho para uma maior expansão dos assentamentos ilegais.

Essa troca beneficia tanto Smotrich quanto Netanyahu. Smotrich agora pode reunir mais seguidores em sua base de extrema-direita, alegando que se manteve firme na segurança nacional de Israel em Gaza enquanto reprimia os palestinos na Cisjordânia.

Para Netanyahu, essa também é uma forma de manter os partidários de Smotrich satisfeitos, pois o crescimento da base de Smotrich poderia enfraquecer a influência de Ben-Gvir, já que ambos disputam o mesmo eleitorado.

<>< Nova Intifada?

Enquanto os líderes israelenses aumentam a violência na Cisjordânia para obter ganhos políticos, eles não estão dando muita atenção aos avisos dos líderes militares e de inteligência.

Em 9 de janeiro, por exemplo, o Canal 12 de Israel informou que o Chefe do Estado-Maior Herzi Halevy e oficiais seniores alertaram o gabinete de guerra que a Cisjordânia está à beira de uma explosão e que as tensões podem levar a uma “terceira intifada (revolta)”.

Na verdade, o erro de cálculo de Israel na Cisjordânia pode levar a uma revolta popular muito esperada que, se ocorrer, será difícil, se não impossível, de controlar de acordo com os cronogramas militares israelenses.

A raiva palestina resultante do genocídio israelense em Gaza, juntamente com a sensação coletiva de vitória do cessar-fogo, torna a possibilidade de uma Intifada muito real. Se essa Intifada ocorrer, grande parte da Cisjordânia – e da vida política palestina – mudará.

A AP já escolheu um lado no conflito que se aproxima. O governo israelense, abalado pela derrota em Gaza, está pronto para se envolver em mais apostas militares. O mundo continua assistindo em silêncio, como fez durante 471 genocídios de Israel.

Será que a Cisjordânia entrará em erupção com o mesmo vigor e determinação de vencer a ocupação israelense que seus irmãos em Gaza? Se a resposta for sim, a ocupação israelense sofrerá outro grande golpe, abrindo caminho para a liberdade palestina.

<><> 'Cisjordânia paga preço pelo acordo de paz em Gaza', diz governante palestino

No início desta semana, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou o lançamento da "operação antiterrorismo" Muro de Ferro na Cisjordânia, sob o pretexto de fortalecer a segurança na área.

"Israel não pode existir sem a guerra contra a Palestina. Quando Israel cessou suas atividades militares na Faixa de Gaza, imediatamente se concentrou na Cisjordânia, com as hostilidades eclodindo ali poucas horas após o acordo de cessar-fogo ter sido alcançado", disse Kemal Abu al Rab, governador da província de Jenin, à Sputnik.

O governante enfatizou que Israel iniciou sua operação militar durante o dia, quando os cidadãos palestinos estavam nas ruas e em seus locais de trabalho.

"Veículos militares e helicópteros israelenses invadiram a rotina pacífica [da Cisjordânia], começaram os ataques aéreos e bombardeios", disse ele.

<><> Hezbollah não vai aceitar que Israel descumpra prazo para retirada das tropas no Líbano, diz nota

As autoridades do Líbano devem usar todos os recursos dentro do direito internacional para que Israel retire as tropas de todo o território libanês no prazo estipulado pelo acordo de cessar-fogo, que termina no final de janeiro, informou nesta quinta-feira (23) o Hezbollah em um comunicado.

"Qualquer violação do prazo de 60 dias será considerada uma infração flagrante do acordo e um ataque adicional à soberania libanesa. Ações desse tipo por parte das forças de ocupação exigem que o Estado utilize todos os meios e métodos previstos nos acordos internacionais para libertar o território dos ocupantes", diz o comunicado.

Além disso, o movimento declarou que vai considerar como grave violação do acordo de cessar-fogo a continuidade das Forças de Defesa de Israel (FDI) no Líbano após o término do prazo de 60 dias.

"Estaremos acompanhando o desenvolvimento da situação, que se espera terminar com a retirada total [das tropas] nos próximos dias. Não aceitaremos nenhuma violação do acordo e de seus compromissos, bem como quaisquer tentativas de evitá-los, e exigimos o cumprimento estrito das obrigações sem concessões", destaca o comunicado.

Em 27 de novembro do ano passado, foi iniciado o cessar-fogo entre Israel e Líbano, após quase 14 meses de escalada contínua, conforme um plano de resolução apresentado pelos EUA.

Apesar das negociações alcançadas, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem violado diariamente os termos do acordo, com a invasão do espaço aéreo libanês e ataques a alvos específicos no sul do país, além de operações de reconhecimento aéreo sobre grandes cidades, incluindo Beirute, e incursões em vilarejos libaneses na fronteira.

¨      Queda de Assad dá protagonismo à Turquia e faz Erdogan ser 'bajulado' por europeus, notam analistas

Em entrevista ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, analistas apontam que a Síria é a "galinha dos ovos de ouro" do Oriente Médio e que a Turquia tem tido um papel relevante no país desde 2016.

Há um mês, o grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) chegou ao poder na Síria derrubando o governo de Bashar al-Assad e com a promessa de uma gestão moderada. Desde então, o tabuleiro geopolítico da Síria segue indefinido, passando por mudanças internas e externas e tornando o futuro do país uma incógnita.

Em entrevista ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, especialistas analisam a possibilidade de a crise da Síria ser solucionada este ano e quais os países interessados no território sírio.

Andrew Traumann, professor de relações internacionais no Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba), mostra-se cético quanto a um futuro moderado na Síria sob o governo do HTS, que já foi parte integrante do Daesh (organização proibida na Rússia e em vários outros países).

"Eu vejo como uma jogada de marketing essa moderação, porque ao mesmo tempo que há esse discurso para o público externo, há também para o público interno. A gente tem visto declarações oficiais falando: 'Esse aqui vai ser o Estado sunita, islâmico etc.' Nós já temos notícias de perseguições a minorias", afirma.

Segundo Traumann, a saída de Assad deu protagonismo à Turquia e ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que já vem sendo "bajulado" pela União Europeia (UE) por ser considerado uma pessoa-chave nas negociações para a transição do novo governo sírio. Isso porque Erdogan vem tendo um papel bastante relevante no conflito sírio desde 2016.

"Isso tudo vai começar muito mais por causa do surgimento de um grupo chamado YPG, que é considerado um dos braços do PKK, que a Turquia considera como um grupo terrorista, e é um grupo de libertação curda […]. Os curdos têm presença em quatro países: na Síria, no Iraque, no Irã e, evidentemente, na própria Turquia. Eles têm essa ambição de criar um Curdistão, essa ambição de criar um Estado nacional. Por isso, a Turquia interveio."

No entanto, ele considera difícil para os curdos concretizarem o desejo de criar seu próprio Estado, porque o território abrange quatro países, sendo um deles a Turquia, um membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Com isso, os curdos não têm apoio nem de atores relevantes do Oriente Médio nem a simpatia do Ocidente à causa.

Dominique Marques, professora de relações internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), enfatiza que a queda de Assad fortaleceu o papel da Turquia como ator relevante no Oriente Médio, sobretudo com a Rússia concentrada no conflito ucraniano.

"A Turquia já vem querendo assumir um papel de liderança no Oriente Médio por conta da questão de Israel com a Palestina. Então Erdogan diz assim: 'Olha, vamos unir os povos aqui dentro da questão do Islã.' [Ele] quer assumir aquela postura de Império Otomano novamente. Isso não é tão abertamente falado, mas é essa a ideia. E a Turquia quer se colocar como uma liderança. Com a saída do Assad, ela tem mais capacidade de assumir esse papel, e isso pode ativar outros conflitos na região, com outros países ali querendo disputar essa liderança com a Turquia", afirma.

Ela destaca que há suspeita de que a ascensão do HTS na Síria foi auxiliada pela Turquia por meio do envio de armamentos.

"A princípio, está parecendo um acordo onde a Turquia permitiu acesso a armas por esse grupo. Até se você vê onde eles [HTS] atuaram, a estratégia, a logística militar, dá a entender que todo esse financiamento pode ter vindo da Turquia. […] Parece que há um acordo ali, pelo menos um acordo que não foi declarado oficialmente, onde a Turquia diz para esse grupo [HTS]: 'Olha, eu apoio você para que você aja assim, de forma repentina', que tira rapidamente o Assad do poder. E esse grupo agora se compromete a manter a integridade territorial da Síria. Então, para o Erdogan, isso é muito estratégico, porque se o grupo está dizendo que vai manter a integridade, é a mesma coisa que dizer que não vai deixar os curdos ganharem espaço."

Marques afirma ainda que a queda de Assad possibilita para Erdogan colocar em prática o plano de enviar de volta para a Síria os cerca de 3,5 milhões de refugiados sírios que hoje estão na Turquia — país que durante o auge da crise de refugiados na Europa, desencadeada pela guerra na Síria, acordou ser uma espécie de "escudo" para países europeus, contendo o fluxo de imigrantes.

"Você tem agora o próprio Erdogan com acordos ali com o HTS do tipo: 'Olha, se estabilizar a região, eu mando todo mundo de volta, e você tem uma população com disponibilidade de estar com mão de obra para reconstruir o país e a economia e voltar tudo a funcionar'", afirma.

Ela frisa que a Turquia é um país estratégico que perdeu o seu poder desde a repartição do Império Otomano, que reduziu o território somente à Turquia, e hoje deseja assumir o papel de líder da resistência do Oriente Médio contra Israel que um dia foi do Iraque e atualmente é do Irã.

"Também teve a questão das guerras mundiais, onde a Turquia não teve o domínio pela passagem dos navios nos seus estreitos. Então tem uma síndrome ali [na Turquia] de se sentir pequena diante do que já foi um dia. Acredito que, nessa busca pela retomada da força que um dia representou historicamente, pode ser que a Turquia, sim, assuma esse papel", afirma.

Nesse contexto, ela afirma que a Síria é uma grande oportunidade, por ser um território estratégico e central entre os países importantes da região.

"Não à toa, [a Síria] foi um território que ficou marcado por uma guerra desde 2011, e com intervenções de vários outros países. Então é a galinha dos ovos de ouro da região, com certeza. O país que conseguir assumir um controle vai estar garantindo estabilidade, pelo menos pelos próximos anos."

<><> Hungria está pronta para 'oferecer totalmente' suas aptidões de trânsito de gás russo à Eslováquia

A Hungria está pronta para fornecer sua capacidade de trânsito para que a Rússia possa fornecer gás à Eslováquia pela rota sul, disse o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto.

"Para garantir o fornecimento de energia da Eslováquia, estamos prontos para oferecer totalmente nossa capacidade de trânsito", disse Szijjarto em uma entrevista coletiva em Budapeste.

Ele observou que em 2024 a Hungria recebeu 7,6 bilhões de metros cúbicos de gás da Rússia através do gasoduto TurkStream, mas a capacidade máxima do gasoduto é de 8,5 bilhões de metros cúbicos, o que representa uma reserva de quase 1 bilhão de metros cúbicos.

"Estamos aumentando a capacidade anual do interconector com a Eslováquia em 900.000 metros cúbicos para contribuir para a segurança energética do país", enfatizou o ministro húngaro.

Desde 1º de janeiro de 2025, a Ucrânia parou de transportar gás russo para a Europa através de seu território. Kiev declarou repetidamente que não pretende estender o acordo de trânsito.

A Eslováquia reiterou repetidamente sua intenção de continuar transportando gás através de seu território para a Europa Ocidental. O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, disse anteriormente que é a favor da retomada do trânsito de gás pela Ucrânia, caso contrário o país terá que compensar suas perdas.

Fico também disse que as perdas para a Eslováquia devido à impossibilidade de transportar gás para outros países da União Europeia (UE) chegarão a cerca de € 500 milhões (cerca de R$ 3,07 bilhões) anualmente. Segundo ele, a Eslováquia também perderia cerca de € 1 bilhão (mais de R$ 6,1 bilhões) devido aos altos preços do gás, e toda a UE pagaria cerca de € 70 bilhões (aproximadamente R$ 430,6 bilhões) pela "aventura" de suspender o trânsito de gás pela Ucrânia.

¨      Houthis afirmam que designação como grupo terrorista pelos EUA 'tem o povo iemenita como alvo'

O reconhecimento pelos Estados Unidos do movimento xiita Ansar Allah, também conhecido como houthis, como organização terrorista é direcionado contra todo o povo iemenita e sua postura de apoiar os palestinos, disse o Ministério das Relações Exteriores do governo houthi em resposta à iniciativa do presidente Donald Trump.

"Esta classificação tem como alvo todo o povo iemenita e sua nobre posição de apoio ao povo palestino oprimido e reflete o grau de parcialidade da atual administração dos EUA em favor da entidade sionista usurpadora", disse o MRE em um comunicado divulgado pela agência iemenita Saba.

Trump assinou uma ordem executiva iniciando um processo para designar os houthis como uma organização terrorista estrangeira.

De acordo com a ordem, as atividades houthis "ameaçam a segurança de civis e funcionários dos EUA no Oriente Médio", bem como a de seus parceiros regionais mais próximos "e a estabilidade do comércio marítimo global".

Em novembro de 2023, os houthis, que governam o norte do Iêmen e são apoiados pelo Irã, iniciaram uma campanha de ataques a navios mercantes supostamente ligados a Israel para impedi-los de transitar pelos mares Arábico e Vermelho enquanto a Faixa de Gaza não recebesse os alimentos e remédios de que precisava em meio ao conflito entre Israel e Hamas.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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