Palavra de Sá

Os sinais no corpo que são ignorados, mas podem indicar câncer

A descoberta precoce do câncer pode salvar vidas. Este é um fato que tem sustentado os avanços médicos nas últimas décadas, permitindo que muitos pacientes superem a doença que, em tempos anteriores, era considerada uma sentença de morte.

Atravessando a barreira do desconhecido e desmistificando os sintomas, é possível aumentar as chances de um diagnóstico preciso e tratamento eficaz, resultando em uma alta taxa de sobrevivência.

Apesar disso, uma grande parcela da população ainda hesita em procurar assistência médica, mesmo diante de sintomas evidentes.

>>>> Quais sinais do corpo não devem ser ignorados?

•        Perda de peso inexplicável;

•        Febre persistente;

•        Cansaço extremo;

•        Alterações na pele;

•        Mudanças nas funções da bexiga e do cólon;

•        Feridas que não cicatrizam;

•        Sangramentos incomuns;

•        Caroços;

•        Dificuldade para engolir;

•        Tosse constante;

•        Rouquidão persistente.

Esses sinais podem ser indicativos de diferentes tipos de câncer, como o de pulmão, mama, pâncreas, estômago, entre outros.

•        Afinal, como esses sintomas se manifestam no corpo?

É vital entender que o corpo sinaliza através de sintomas quando algo não está funcionando corretamente.

Por exemplo, uma perda de peso significativa sem motivo pode ser um alerta precoce para cânceres de pâncreas ou estômago.

Da mesma forma, uma febre recorrente ou uma tosse que não desaparece após algumas semanas podem ser sinais de leucemia ou câncer de pulmão, respectivamente.

Portanto, observar atentamente o que nosso corpo nos diz pode ser o primeiro passo para um diagnóstico precoce e, consequentemente, para o sucesso do tratamento.

•        Atenção aos sintomas é crucial

A vigilância e a prontidão para procurar ajuda médica podem fazer a diferença entre um tratamento bem-sucedido e um cenário menos favorável.

O diagnóstico precoce do câncer permite intervenções mais eficazes e, muitas vezes, menos invasivas, aumentando as possibilidades de recuperação total.

Além disso, conhecer os próprios sintomas e entender quando eles podem ser um sinal de algo mais grave é um ato de autocuidado e responsabilidade com a própria saúde.

>>>> Lembrem-se: o medo de um diagnóstico não deve ser maior do que a vontade de viver. Diante de sintomas persistentes, procure um médico. Portanto, nunca é um desperdício de tempo quando se trata de cuidar da sua saúde.

 

       Bactérias comuns no corpo desempenham um papel no câncer

 

Um novo estudo descobriu que um tipo de bactéria comumente encontrada no corpo, que normalmente não representa problemas para pessoas saudáveis, desempenha um papel significativo na causa do câncer de estômago.

A investigação saiu na revista Cell em fevereiro de 2024.

A bactéria Streptococcus anginosus existe junto com outros germes na boca, garganta, intestinos e vagina.

Ocasionalmente, ela pode causar infecções leves, como dores de garganta e infecções de pele.

Para pacientes com problemas de saúde ou sistema imunológico comprometido, a bactéria pode causar infecções mais graves, como aquelas que danificam o coração e o cérebro.

No entanto, uma investigaçã oda Universidade Tecnológica de Nanyang, Singapura e da Universidade Chinesa de Hong Kong mostrou que S. anginosus está envolvida em infecções estomacais em ratos que causam danos celulares e alterações conhecidas por encorajar o câncer gástrico.

Isso inclui inflamação gástrica, na qual o revestimento do estômago fica irritado.

A condição danifica as células do revestimento gástrico e faz com que algumas delas se transformem gradualmente em células cancerígenas.

Experimentos com ratos também revelaram que a bactéria estimulou o crescimento de células cancerígenas do estômago, dobrando o tamanho e o peso dos tumores em alguns casos.

Mas os investigadores também descobriram que a interrupção de uma proteína na superfície da bactéria, necessária para interagir com as células do revestimento do estômago, reduziu a capacidade do S. anginosus de contribuir para o câncer do estômago.

•        Bactérias e câncer gástrico

As descobertas aumentam o número de espécies de bactérias conhecidas por causar câncer gástrico.

Outra espécie de bactéria, a Helicobacter pylori, é conhecida por causar úlceras gástricas nas pessoas.

Essas feridas dolorosas aumentam o risco dos pacientes desenvolverem câncer gástrico. Se outras bactérias estão envolvidas ainda não está claro até agora.

De toda forma, os pesquisadores estão entusiasmados com as descobertas.

Segundo eles, isso ajudará estudos futuros em humanos sobre tratamento e prevenção do câncer gástrico causado por bactérias.

•        Anormalidades induzidas por bactérias

A bactéria H. pylori é classificada como cancerígena para humanos. Mas entre as pessoas infectadas com a bactéria, apenas 1% a 3% desenvolvem câncer do estômago.

Isso sugere que outros fatores estão envolvidos no seu desenvolvimento.

Pesquisas anteriores demonstraram que 20%  dos pacientes com gastrite crónica – um contribuinte para o câncer gástrico – não estão infectados pelo H. pylori.

Além disso, estudos também apontaram que outras bactérias, incluindo S. anginosus, também poderiam desempenhar um papel no desenvolvimento de tumores estomacais.

 

       Sentir isso durante as refeições pode ser indicativo de câncer

 

O câncer de ovário segue sendo um dos maiores desafios na saúde feminina no Brasil, superado apenas pelo câncer do colo do útero em frequência dentre as neoplasias ginecológicas.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), este tipo de câncer é a causa de cerca de 3.921 óbitos anualmente. O grande vilão por trás desta estatística preocupante é a dificuldade de diagnosticar a doença nas suas fases iniciais devido à ausência de sintomas marcantes.

Normalmente, quando os sintomas se manifestam, o câncer já está em um estágio avançado, o que diminui consideravelmente as possibilidades de um tratamento eficaz. Mas, afinal, existem sinais que podem ser observados precocemente, até mesmo durante as refeições?

•        Sinais de alerta para câncer de ovário aparecem durante as refeições

Um dos sinais, que pode ser notado até mesmo durante as refeições, é a sensação de saciedade rápida (mesmo quando come pequenas porções), acompanhada por náuseas, vômitos, indigestão e inchaço abdominal.

Esse conjunto de sintomas pode surgir quando o tumor cresce o suficiente para pressionar órgãos vizinhos, como estômago e intestinos.

>>> Outros sintomas do câncer de ovário incluem:

•        Pressão na pelve, nas costas ou nas pernas;

•        Gases;

•        Prisão de ventre;

•        Diarreia;

•        Desejo de urinar com mais frequência;

•        Cansaço constante;

•        Massa palpável no abdome;

•        Perda de peso;

•        Mudanças no hábito intestinal.

Vale destacar, aliás, que os sintomas do câncer de ovário possam se confundir com outras condições menos graves.

Porém, se eles persistirem, é crucial procurar avaliação médica, pois o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento do câncer.

>>> Como posso reduzir o risco de câncer de ovário?

•        Alimentação saudável e balanceada;

•        Moderação no consumo de álcool;

•        Evitar o tabagismo;

•        Manter um peso saudável;

•        No caso de histórico familiar da doença, vale considerar um aconselhamento genético.

>>> Afinal, qual a importância do diagnóstico precoce?

Embora o câncer de ovário apresente desafios significativos, a informação e a atenção aos sinais do corpo podem ser poderosas ferramentas na identificação precoce da doença.

Além disso, a conscientização sobre os sintomas e a adoção de um estilo de vida saudável são essenciais para melhorar as chances de detecção e tratamento eficazes.

Conhecer o próprio corpo e comunicar qualquer anormalidade a um profissional de saúde, por fim, é o primeiro passo para um prognóstico positivo.

 

Fonte: Catraca Livre