quinta-feira, 28 de março de 2024

Putin: não há países hostis à Rússia, o que existem são elites hostis

A declaração foi dada em encontro com trabalhadores do setor cultural na região de Tver.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira (27) que a Rússia não tem países hostis. Ele disse que o que existem são elites hostis à Rússia em alguns países. A declaração foi dada durante um encontro do presidente russo com trabalhadores do setor cultural, na região de Tver.

"Há muitas conquistas, mesmo naqueles países que hoje chamamos de hostis. Embora não tenhamos países hostis [à Rússia], temos elites hostis nesses países", disse Putin.

Putin sublinhou que há muitas coisas boas na cultura europeia, mas afirmou que também existem muitos problemas nos países do continente europeu atualmente.

Ele acrescentou que a Rússia tem uma oportunidade única de observar o que está acontecendo nos países europeus e na sociedade pós-industrial e responder em conformidade e em tempo útil. O presidente russo afirmou ainda que a cultura é o solo sobre o qual a Rússia se desenvolve.

"Toda a nossa cultura não é uma ferramenta, nem uma arma, é o solo sobre o qual a Rússia se mantém firme, se desenvolve e, graças a pessoas como vocês, se fortalece", disse Putin.

O presidente expressou confiança de que, graças ao trabalho conjunto, a cultura russa florescerá.

"Todo o nosso país, com base na nossa cultura, se mantém firme e se sente confiante, olha com confiança para o futuro graças em grande parte ao seu trabalho", acrescentou.

·        Rússia ajustará sua estratégia para o Ártico por mudanças geopolíticas em curso, anuncia ministro

Na esteira da mudança do contexto internacional e de suas relações com as nações próximas ao Ártico, a Rússia ajustará sua estratégia de desenvolvimento na região até 2035.

Nesta quarta-feira (27), o Ministério para Desenvolvimento do Extremo Oriente e Ártico russo disse que as políticas para a região foram projetadas há quatro anos, mas, com os desafios geopolíticos de agora, é preciso um novo ajuste.

"Os documentos básicos para o desenvolvimento do Ártico foram adotados entre 2020 e 2021. Entendemos que a vida mudou, que existe um contexto internacional diferente, um contexto diferente de cooperação entre os Estados próximos ao Ártico e os pertencentes ao Ártico", disse o ministro Aleksei Chekunkov em uma reunião nesta quarta-feira (27).

A estratégia russa para desenvolvimento do Ártico foi assinada pelo presidente Vladimir Putin em outubro de 2020. O documento estabelece os principais rumos, objetivos e medidas para o desenvolvimento da região, bem como mecanismos, resultados esperados e fases da sua implementação, que incluem três períodos: de 2020 a 2024, de 2025 a 2030 e de 2031 a 2035.

Nos últimos anos, Moscou manifestou em muitas ocasiões a sua preocupação com o aumento das atividades militares da OTAN no Ártico, dizendo que havia um risco de confrontos não intencionais na região. A Rússia também permitiu a possibilidade de retirada do Conselho do Ártico se as suas atividades não satisfizerem os interesses russos.

O Conselho do Ártico é um fórum intergovernamental que aborda os desafios enfrentados pelas nações e povos indígenas da região. Há oito membros do conselho: Canadá, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega, Rússia, Suécia e Estados Unidos.

Em março de 2022, após o início da operação militar russa na Ucrânia, todos os membros do conselho, exceto a Rússia, anunciaram que não participariam nas reuniões realizadas sob a presidência russa.

Em junho do mesmo ano, os sete países concordaram em renovar parcialmente a sua participação nos projetos em que a Rússia não está envolvida, com Moscou qualificando a sua decisão de "ilegítima".

Em maio de 2023, a presidência do conselho passou da Rússia para a Noruega.

Em fevereiro deste ano, o Ministério das Relações Exteriores russo disse à Sputnik que Moscou havia parado temporariamente de pagar contribuições anuais ao Conselho do Ártico "até que o trabalho prático neste formato seja retomado com a participação de todos os membros do conselho".

 

Ø   Analista militar dos EUA revela cenário de envio dos militares franceses à Ucrânia

 

O Exército francês será duramente atingido quando tentar estabelecer-se na Ucrânia, declarou o ex-oficial de inteligência dos Estados Unidos, Scott Ritter, em uma entrevista ao canal no YouTube Through the eyes of.

"Se isso acontecer [intervenção por parte da França], então eles, basicamente, cometerão suicídio porque será o fim deles. A Rússia os eliminará. Não atacará a Romênia e a Polônia, mas eliminará os militares franceses já na Ucrânia", supõe o especialista.

Segundo suas estimativas, Paris não dispõe de formação e recursos adequados para apoiar uma grande força de combate em um país do Leste Europeu.

Anteriormente, Macron disse que a União Europeia (UE) concordou em criar uma "nona coalizão para ataques profundos" – para o fornecimento à Ucrânia de mísseis de médio e longo alcance. Ele também disse que a França fará tudo para garantir que a Rússia "não ganhe esta guerra". Segundo ele, os líderes ocidentais discutiram a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia, mas, embora o consenso ainda não tenha sido alcançado, "nada pode ser descartado".

Comentando as declarações de Macron, o Kremlin advertiu que tal desenvolvimento levaria inevitavelmente a um confronto militar direito entre a Rússia e a OTAN.

 

Ø  EUA recorrem a Turquia em busca de explosivos para ajudar Ucrânia, diz mídia americana

 

Os Estados Unidos estão em negociações para aumentar as compras de explosivos da Turquia com o intuito de acelerar a produção de projéteis de artilharia. Segundo mídia, Ancara está no caminho para se tornar o maior vendedor de munições de artilharia a Washington já este ano.

Os fornecimentos turcos de trinitrotolueno, conhecido como TNT, e de nitroguanidina, que é utilizada como propulsor, seriam cruciais na produção de munições de calibre 155 mm, padrão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), de acordo com responsáveis ​​familiarizados com as discussões, ouvidos pela Bloomberg.

O aumento da procura levou a um atraso nas encomendas globais e colocou pressão sobre as cadeias de abastecimento de defesa, especialmente de componentes como o TNT, disseram as autoridades sob condição de anonimato.

O Pentágono disse no final de fevereiro que contratou a General Dynamics Ordnance and Tactical Systems para construir três linhas de peças metálicas para projéteis de 155 mm no Texas, inclusive com subcontratados turcos. A fábrica, em Mesquite, Texas, está programada para entrar em atividade em junho, disse a empresa.

Espera-se que as linhas de produção da empresa de defesa turca Repkon produzam cerca de 30% de todos os projéteis de artilharia de 155 mm fabricados nos EUA até 2025, disseram as pessoas.

Em uma declaração sobre o investimento no Texas e a indústria turca, o Pentágono disse que trabalhar com aliados "é fundamental para construir uma base industrial de defesa global", relata a mídia.

Além disso, o Departamento de Defesa comprou 116 mil cartuchos de munição pronta para batalha da Arca Defense, da Turquia, para entrega este ano, com novas compras esperadas em breve para entrega em 2025, acrescentaram os responsáveis.

Os esforços norte-americanos e da Europa fazem parte de uma corrida para alcançar Moscou, que se encontra em vantagem no campo de batalha e fez com que as tropas ucranianas tivessem que deixar lugares estratégicos após investidas.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, planeja visitar a Casa Branca em 9 de maio, pela primeira vez desde que o presidente Joe Biden assumiu o cargo, enquanto os dois suavizam os laços militares.

O acordo com Ancara também revela um equilíbrio delicado entre os aliados da OTAN, cujas relações foram tensionadas pela operação russa na Ucrânia e pelo bloqueio de meses da Turquia à adesão da Suécia à Aliança Atlântica.

 

Ø  Armazém anônimo na Inglaterra trabalha em tecnologia para manter drones da Ucrânia no céu, diz mídia

 

Britânicos buscam desenvolver algoritmos de ligação de rádio alternativos para os drones ucranianos na tentativa de tornar mais difícil para Moscou bloquear o sinal de vigilância.

Em um armazém anônimo no sul da Inglaterra, engenheiros da Evolve Dynamics estão trabalhando em uma tecnologia que poderia ajudar a manter os drones de reconhecimento da Ucrânia no céu, mesmo depois que a Rússia tenta bloqueá-los eletronicamente, escreve a Reuters.

"Estamos adicionando tecnologia aos drones existentes, modificando-os. Pode ser uma mudança de software, uma mudança de hardware", disse Mike Dewhirst, executivo-chefe da Evolve Dynamics.

A corrida para desenvolver esses veículos acontece em meio à diferente gama de drones russos que se movimentam no conflito e à vantagem russa no campo de batalha.

A manobra britânica é uma parte pequena, mas importante de um esforço internacional dos aliados da Ucrânia para apoiar o seu programa de drones, que "Kiev espera que lhe dê vantagem sobre um inimigo muito maior, com muito mais recursos à sua disposição", escreve a mídia.

Londres prometeu gastar £ 325 milhões (cerca de R$ 2,04 bilhões) para enviar 10 mil drones para a Ucrânia neste ano, e a Evolve Dynamics espera ganhar mais desse trabalho, relata a agência.

Contudo, diariamente é possível ver os drones ucranianos sendo destruídos pelas forças russas. Apenas ontem (26), 18 foram abatidos na região de Belgorod, disse o governador da região, Vyacheslav Gladkov. Ao mesmo tempo, apesar dos esforços do Ocidente com os drones de Kiev, Moscou tem se adaptado a novas demandas.

Em fevereiro, a Rússia anunciou o desenvolvimento de um sistema complexo de proteção de instalações contra drones, capaz de detectar e suprimir atempadamente veículos aéreos não tripulados de várias maneiras.

"Desenvolvemos o sistema unificado Stupor baseado em complexos de detecção que completam um ao outro, tais como estação de radar, scanner de radiofrequência, estação de reconhecimento óptico de drones e contramedidas — aparelho de interferência e complexo de substituição de coordenadas", explicou à Sputnik Vladislav Kustarev, da empresa criadora Stupor.

Os russos também têm feito uso de drones do tipo Geran para atacar forças, aeródromos e infraestrutura crítica dos ucranianos em diversas partes do campo de batalha e da retaguarda, prejudicando assim a iniciativa do adversário.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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