sábado, 27 de setembro de 2025

Guilherme Cavalcanti: ONU - Como Lula se opôs a Trump ao defender multilateralismo e convocar a "COP da verdade"

“Atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando a regra”, discursou o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), na abertura da 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nesta terça-feira (23), minutos antes do microfone ser passado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A crítica diz respeito às condições impostas pelos norte-americanos aos demais países nos últimos meses, que inclui um tarifaço, já em vigor, de 50% sobre as importações feitas do Brasil. Os presidentes adotaram posturas e discursos opostos na reunião.

Na ocasião, Lula ainda se dirigiu a chefes de estado de todo o mundo para defender o reconhecimento do Estado da Palestina e do compromisso dos países com as metas climáticas, destacando a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, em Belém, como a “COP da verdade”.

<><> Por que isso importa?

•        Discurso de Lula pode reforçar a imagem do Brasil no que diz respeito à resistência às imposições do governo dos Estados Unidos aos demais países, bem como à política trumpista de interferência em outras nações. Lula reforçou ainda o papel da União Europeia e dos Brics na ocasião;

•        Convocação à participação real na COP pode reforçar compromisso por um pacto para evitar mudanças climáticas.

“Enquanto o Brasil defendeu o multilateralismo ao apoiar as Nações Unidas, os Estados Unidos atacaram a ONU dentro da ONU. Enquanto Lula fez a defesa do meio ambiente, Trump atacou a ideia de aquecimento global e as energias renováveis”, destacou o ex-embaixador Cesário Melantonio Neto, que afirma que a fala brasileira coloca o país “do bom lado da história”.

Já para o professor de política internacional e comparada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dawisson Belém Lopes, o discurso pode ser “o mais importante” da trajetória internacional de Lula. “O Brasil é entendido como um caso de sucesso, de resistência aos desmandos de Donald Trump. […] Lula capitalizou essa narrativa como estadista e como homem de Estado”, avaliou Lopes. “Desde a primeira semana de governo, ele convive com a ameaça à ordem democrática. E Lula construiu uma narrativa de legitimidade”.

O diretor-executivo do Democracia em Xeque, Fabiano Garrido, avaliou que o discurso foi “ao mesmo tempo, equilibrado e firme”, e que Lula, ao se posicionar na ONU poucos dias após manifestações no Brasil e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, reforçou a mensagem de que o Executivo tem respaldo para sustentar a ordem democrática.

<><> O nome é Genocídio

No eixo do conflito em Gaza, Lula voltou a usar a palavra que tem guiado sua diplomacia nos últimos meses: genocídio. “Nenhuma situação é mais emblemática do uso desproporcional e ilegal da força do que a da Palestina. Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza”, afirmou o presidente brasileiro.

Para o pesquisador do Grupo Ásia do Núcleo de Política e Relações Internacionais (NUPRI) da Universidade de São Paulo (USP) João Chiarelli, a fala de Lula dá continuidade ao que já vinha sendo dito pelo governo, cuja última declaração à imprensa destacou que o atual governo israelense busca “exterminar o povo palestino”.

“Lula vem dando voz às atrocidades ocorridas em Gaza, com a expectativa que com a maior visibilidade, a Comunidade Internacional possa tomar medidas legais para constranger o governo de Benjamin Nethanyahu e assim demovê-lo das barbáries cometidas pela sugestão contra o povo palestino”, avaliou Chiarelli, que também é professor da Universidade Federal dos Pampas (Unipampa) e coordenador da Oficina de China e Leste Asiático (Ofchila) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

“Foi na linha da maioria dos países que compõem a comunidade internacional — que agora, como a França, Inglaterra, Canadá, Austrália, Bélgica, Luxemburgo, Mônaco e Malta, reconheceram o Estado Palestino. A única solução, como disse o presidente [da França] Macron, é também a criação do Estado Palestino”, complementou o diplomata aposentado Melantonio Neto.

<><> COP30 e o silêncio sobre o petróleo

Apesar da proximidade da COP30, que será realizada em novembro, para o coordenador de Política Internacional do Observatório do Clima, Claudio Angelo, a questão climática apareceu em menor peso no discurso, o que refletiria a realidade atual, em que o tema estaria recebendo menos prioridade.

“Evidentemente, para um presidente de COP, para alguém que vai presidir uma COP daqui a 6 semanas, a gente esperava um pouco mais de visão, um pouco mais de liderança”, afirmou Angelo, que destacou a ausência de menções ao petróleo: “Isso pode ser ruim, porque Belém precisa entregar alguma coisa sobre combustíveis fósseis, mas pode ter sido bom também, porque tudo que o Lula andou falando de petróleo foi besteira”.

O destaque ficou por conta da retomada da ideia de um Conselho de Clima da ONU, ideia lançada por Lula em 2022. Para Angelo, trata-se de uma saída possível para contornar o impasse do consenso que trava a Convenção do Clima, abrindo espaço para decisões por voto em temas politicamente sensíveis, como a transição para longe dos combustíveis fósseis.

“É uma ideia que pode resolver situações políticas mais difíceis, já que a convenção enfrenta cada vez mais dificuldades em entregar o que precisa”, disse o coordenador.

<><> A “química” trumpista

Após o governo Trump sancionar, em 22 de setembro, a esposa e a empresa dos filhos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o presidente dos EUA fez um discurso em tom diferente do atual clima de tensão entre Brasil e Estados Unidos. As sanções se devem à reação do presidente norte-americano ao que classificou como restrições à liberdade de expressão, primeira tentativa de intervenção na política brasileira devido ao julgamento da trama golpista de 8 de janeiro de 2023, que já levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Trump alegou ter percebido uma “ótima química” com Lula, a quem descreveu como “um cara muito agradável” no breve encontro entre os dois líderes de Estado entre os discursos de ambos na ONU. “Eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. Na verdade, concordamos que nos encontraríamos na semana que vem”, disse Trump. “Ele parece um cara muito legal, ele gosta de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando não gosto deles, eu não faço. Quando eu não gosto, eu não gosto. Por 39 segundos, nós tivemos uma ótima química e isso é um bom sinal”.

No discurso frente a chefes de estado, no entanto, Trump voltou a reforçar sua visão de abusos do sistema jurídico, que chegou a classificar como “corrupto” e disse que o Brasil não poderia “ir bem” se não estivesse associado aos Estados Unidos.

¨      Mulheres da Amazônia cobram espaço nas negociações da COP30. Por Cecilia Amorim

A COP30 está chegando. Belém tem se preparado para a Conferência do Clima com obras que mudam a paisagem urbana e discursos que ecoam compromissos globais contra a crise climática. O espaço será palco de grandes negociações diplomáticas, que visam estabelecer metas de redução de carbono e planos para frear o aquecimento global do planeta. Enquanto isso, mulheres indígenas, quilombolas e periféricas travam uma batalha dupla: contra a crise climática, que já afeta seus cotidianos, e pela inclusão genuína em espaços de poder que historicamente as silenciaram.

Apesar de serem as mais impactadas pela crise do clima e estarem na linha de frente das ações de cuidado com o território, as mulheres ainda são minoria nos espaços de decisão globais. Dados do Painel de Gênero da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) mostram que a presença feminina nas delegações nacionais nas Conferências do Clima segue desigual: em média, apenas 30% a 35% dos representantes são mulheres. O avanço rumo à paridade de gênero tem sido lento. Entre 2008 e 2019, o número de mulheres como chefes de delegação subiu de 12% para 27%. Já em 2022, na COP27, esse percentual chegou a 34% – um crescimento, mas ainda distante do equilíbrio.

Essa desigualdade também se reflete nas posições de maior liderança. Em 28 edições das COPs, apenas cinco mulheres chegaram à presidência do evento. Enquanto países nórdicos e da União Europeia apresentam delegações mais próximas da paridade, outras nações ainda mantêm uma participação majoritariamente masculina. O contraste mostra como a representatividade das mulheres nos processos de decisão climática ainda é um desafio, mesmo sendo elas as que carregam de forma desproporcional os impactos da crise ambiental em suas comunidades.

São elas que, vivendo nas aldeias, nos quilombos, nas beiras dos rios e nas periferias urbanas, sentem primeiro – e mais duramente – os impactos da crise climática: calor extremo, chuvas destrutivas, ameaça à segurança alimentar. Elas chegam à conferência não como simples espectadoras, mas como portadoras de saberes ancestrais e soluções práticas, desafiando um sistema machista. Sua luta revela o paradoxo central deste encontro global: como discutir o futuro da Amazônia sem ouvir aquelas que sempre a mantiveram de pé?

<><> E a COP30 com isso?

•        Apesar de estudos apontarem que mulheres estão entre os grupos mais afetados pelas crises climáticas, elas são a minoria das chefes de delegação envolvidas nas negociações da COP. Mulheres presidiram o evento apenas 5 vezes.

<><> Marinette Tucano defende ecofeminismo, ancestralidade e resistência

Em Belém, a contagem regressiva para a COP30 já trouxe mudanças na rotina da cidade que se tornou um canteiro de obras. Mas, por trás das grandes negociações diplomáticas e das metas globais, estão as vozes das mulheres da Amazônia que carregam a urgência de serem ouvidas nas decisões que impactam suas vidas. Entre elas, Marinete Tukano, liderança indígena, coordenadora da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB), coloca em palavras o que significa ser mulher e amazônida em um tempo de colapso climático.

“Nós, mulheres, carregamos no corpo o território. Nossa luta é pela vida, pela floresta e pela nossa existência enquanto povos”, resume Tukano. Para ela, a ideia que conecta a natureza à figura feminina vai além da metáfora: está na prática de cultivar a roça, pescar, proteger o rio, gerar e cuidar da vida.

Para a liderança indígena, a COP é um espaço de visibilidade, mas também de exclusão. Ela recorda as barreiras que as mulheres indígenas enfrentam para participar: passaportes caros e burocráticos, dificuldades de credenciamento, o peso financeiro das longas viagens e a falta de estrutura para mães que precisam deixar seus filhos aos cuidados de terceiros.

“Quando a gente consegue chegar nesses espaços, já foi uma batalha imensa. Muitas desistem porque não têm como bancar essa logística. E isso limita quem pode falar em nome da Amazônia”, explica. A organização está se preparando para levar nove mulheres a Belém. Os altos custos de deslocamento na Amazônia são um dos principais gargalos para uma participação maior no evento.

A UMIAB, que coordena mulheres de diferentes povos amazônicos, vem se organizando para garantir que as indígenas estejam na COP30. Para Tukano, a presença feminina é vital, porque as mulheres são as primeiras a sentir os impactos das mudanças climáticas em suas comunidades.

A liderança explica que as mudanças climáticas não são mais uma ideia distante, são vividas no dia a dia, nos rios que estão secando, nos peixes que estão diminuindo, na agricultura que sofre com estiagens ou enchentes extremas. “A segurança alimentar das comunidades está em risco. O que antes era fartura, hoje é incerteza. Isso causa adoecimento físico e também mental”, relata.

As mulheres, que tradicionalmente são responsáveis pela alimentação e pela saúde das famílias, sentem primeiro as consequências. Muitas recorrem à venda de artesanato nas cidades como estratégia de sobrevivência, mas enfrentam racismo, falta de políticas públicas e invisibilidade. “Há mulheres indígenas morando nas periferias de Belém que são esquecidas. Elas existem, resistem e também são Amazônia”, afirma a líder indígena.

Um dos pontos que a liderança pontua é sobre a pluralidade amazônica. “A Amazônia não é só floresta. É rio, mar, cidade, periferia, quilombo, aldeias. É afrodescendente e também indígena”, pontua. Essa visão amplia o debate sobre clima, mostrando que o território amazônico é feito de diversidade de modos de vida, todos ameaçados pela crise ambiental e pelo avanço de projetos extrativistas. Por isso, os debates precisam considerar essa pluralidade.

A preparação para a COP30, que reunirá milhares de pessoas em Belém, expõe tanto os contrastes urbanos quanto os desafios de quem vem das comunidades. Para Marinette, a conferência só terá sentido se abrir espaço real para essas vozes: “Não basta usar a Amazônia como vitrine. É preciso escutar quem vive aqui, principalmente as mulheres, que já estão na linha de frente da crise climática”.

<><> “Não há justiça climática sem as mulheres quilombolas”: protagonismo ancestral na COP30

Enquanto o mundo discute metas e acordos para frear a emergência climática, um grupo de mulheres quilombolas de diferentes regiões do Pará se articula para que suas vozes, corpos e vivências estejam presentes na trigésima Conferência do Clima. A participação das mulheres na COP30 está sendo organizada em parceria com diversos movimentos sociais, com o objetivo de levar para um espaço de discussão global o conhecimento ancestral de quem vive e protege a floresta.

A estratégia passa pela criação de um estande coletivo, que funcionará como um ponto de convergência e diálogo. Nesse espaço, elas realizarão sessões colaborativas sobre gênero, direitos das mulheres, participação política, social e econômica, sempre entrelaçando esses temas com as pautas específicas dos povos quilombolas.

“O objetivo é garantir visibilidade e fortalecer a voz das mulheres quilombolas, colocando nossas experiências e lutas no centro das discussões sobre justiça climática e direitos humanos”, explica Carlene Pristes, coordenadora de gênero da Malungo, Coordenação das Associações Quilombolas do Pará, organização que representa e defende os direitos de mais de 600 comunidades no estado.

A iniciativa não é simbólica; é estratégica. Para Pristes, a presença dessas mulheres em espaços de decisão climática é fundamental, pois elas são detentoras de soluções e práticas ancestrais para enfrentar a crise.

“Somos diretamente impactadas pela crise climática, mas, ao mesmo tempo, somos guardiãs de práticas ancestrais de cuidado com o território e com a vida do nosso povo. Nossos quilombos vivem na Amazônia, cuidam da floresta, dos rios e da terra, e as mulheres têm um papel central nesse processo, tanto no trabalho coletivo quanto na preservação dos saberes”, afirma.

A articulação pretende levar uma comitiva de cem mulheres quilombolas à COP30. O corpo dessas mulheres carrega a mensagem política de que a luta pela preservação do planeta é indissociável da luta por justiça social, direitos humanos e igualdade de gênero.

“Quando as mulheres quilombolas ocupam esses espaços, não estamos falando só da defesa do meio ambiente, mas também de justiça social, de direitos humanos e de reconhecimento do nosso protagonismo político”, ressalta Pristes. “Estar na COP significa dizer que a luta contra as mudanças climáticas precisa considerar as vozes de quem está na linha de frente, de quem sente os efeitos no cotidiano, e tem propostas reais para cuidar da terra de forma sustentável e justa.”

<><> “Quem conhece a Amazônia somos nós”: vozes periféricas alertam para exclusão na COP30

Enquanto o calor se intensifica e as chuvas castigam a cidade com mais força, nas áreas urbanas, são as mulheres das periferias que primeiro sentem na pele os efeitos da crise climática. “A impressão que a gente tem é que o nosso inverno foi mais curto esse ano. É uma quentura que a gente sente o tempo todo”, relata Flávia Ribeiro, jornalista, pesquisadora, ativista feminista negra uma das vozes que emerge das quebradas amazônicas.

Quando a chuva vem, não traz alívio, mas destelhamentos, enchentes e alagamentos. São essas comunidades, com menos acesso a serviços públicos e recursos financeiros, que mais são impactadas pela emergência climática, e também são as que têm menos capacidade de se recuperar e as que menos recebem políticas públicas – e isso tudo isso é reflexo do racismo ambiental.

Essas vozes enfrentam barreiras históricas para ocupar espaços de decisão. Os obstáculos são os mesmos de sempre: o cruzamento perverso do racismo, do machismo e da LGBTfobia. “Essas mulheres são representadas em menores números, e aquelas que conseguem ocupar esses espaços sofrem violências cotidianamente”, denuncia a jornalista . “Elas são lembradas de que aquele espaço não é para elas. É uma estrutura racista e machista que não é pensada para elas”.

O apagamento é tão profundo que, mesmo em documentos oficiais elaborados na região, o maior grupo demográfico da Amazônia – as pessoas que se declaram negras – é invisibilizado. “Saiu o [documento da] Declaração de Belém e nele não é citado em nenhum momento negro, negra, negritude, raça”, exemplifica a pesquisadora. “O maior grupo demográfico foi simplesmente não citado. E o poder de nomear é importante, porque se a gente não nomeia, a gente não consegue fazer políticas públicas”.

A Declaração de Belém é um documento escrito a partir da Cúpula da Amazônia que ocorreu em 2023. Nos seus mais de cem parágrafos, detalha os desafios em relação à proteção do território. Temas como desenvolvimento sustentável, saúde, exploração ilegal de madeira e recursos minerais, ciência e tecnologia e situação social das famílias que vivem na floresta, a proteção dos povos indígenas e proteção do bioma, sempre tendo em mente a redução das desigualdades e o combate à fome.

“Indígenas foram citados quase 200 vezes. Não é uma crítica aos povos indígenas, eles precisam estar lá. Mas negros e negras não são citados. As negras e negras que estão nas periferias das cidades não são citados”, explica a pesquisadora.

A crítica central é que a COP30 está sendo planejada por pessoas de fora da realidade amazônica. “Quem vem planejar esse evento? São pessoas do sudeste, em sua maioria brancas, que estão dizendo para a gente e para o mundo o que é a Amazônia”, afirma a jornalista. “Há, nas entrelinhas do processo, um colonialismo interno que trata as vozes amazônidas como inferiores e silencia seus saberes”, lamenta.

São justamente esses grupos historicamente excluídos que detêm o conhecimento necessário para enfrentar a crise climática. “Nós conhecemos melhor os problemas que estão acontecendo aqui e nós temos a solução”, defende Ribeiro. “A gente tem que ser ouvida desde o planejamento, não ser um grupo convidado para fazer uma foto. O Brasil e o mundo têm Amazônia, porque nós, amazônidas, estamos aqui”.

 

Fonte:  Agencia Pública

 

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