segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Quais são as tarifas de Trump que estão em vigor

A guerra comercial deflagrada pelo presidente americano Donald Trumpsegue a todo vapor desde a sua volta ao poder em 20 de janeiro. Trump tem intercalado anúncios de tarifas, pausas, exceções e acordos num ritmo quase semanal, provocando confusão em mercados e outros países.

Em agosto, por exemplo, ele impôs uma sobretaxa de 50% contra importações brasileiras.  A nova tarifa se somaria a outras taxas já em vigor contra o Brasil e produtos específicos, como o aço. No entanto, logo foram estabelecidas várias exceções para as tarifas.

Em 25 de setembro, foi a vez de Trump anunciar mais tarifas para produtos vendidos aos EUA: 100% para medicamentos; 50% para móveis; e 25% para caminhões pesados. Essas taxas vigoram a partir de 1 de outubro. 

Por ordem do chefe da Casa Branca, todos os países que exportam para os EUA já estão sujeitos a uma tarifa-base de 10% sobre produtos, com algumas poucas exceções, como semicondutores, smartphones, computadores e alguns minerais críticos.

A média de tarifas está em seu patamar mais alto desde 1930.

>>>>> Veja, abaixo, uma lista das tarifas de Trump que estão em vigor no fim de setembro.

<><> Tarifas contra produtos específicos atualmente em vigor

Aço e alumínio - 50%

Carros e peças de automóvel - 25%

Caminhões pesados - 25%

Medicamentos - 100%

Móveis - 50%

<><> Tarifas contra produtos específicos que Trump ameaça impor

Cobre - 50%

Semicondutores - 25% ou mais

Filmes - 100%

Madeira

Aeronaves, motores e peças

<><> Tarifas contra países específicos atualmente em vigor

Canadá - 35% sobre produtos não contemplados pelo acordo comercial entre EUA, Canadá e México (USMCA).

China - 30%, com tarifas adicionais sobre alguns produtos.

México - 25% para produtos fora do USMCA.

Reino Unido - tarifa-base de 10%, negociada após acordo, inclusive para uma cota delimitada de carros, e 25% sobre aço e alumínio.

Vietnã - 20% para alguns produtos, 40% para produtos originalmente enviados de outros países.

União Europeia - 15%, negociada após acordo.

<><> Tarifas contra países específicos em vigor desde 7 de agosto

Afeganistão - 15%

África do Sul - 30%

Albânia - 10%

Alemanha - 15%

Andorra - 10%

Angola - 15%

Antígua e Barbuda - 10%

Arábia Saudita - 10%

Argélia - 30%

Argentina - 10%

Armênia - 10%

Austrália - 10%

Azerbaijão - 10%

Áustria - 15%

Bahamas - 10%

Bahrein - 10%

Bangladesh - 20%

Barbados - 10%

Belarus - 10%

Bélgica - 15%

Belize - 10%

Benin - 10%

Bolívia - 15%

Bósnia e Herzegovina - 30%

Botsuana - 15%

Brasil - 50%

Brunei - 25%

Burkina Faso - 10%

Bulgária - 15%

Burundi - 10%

Butão - 10%

Cabo Verde - 10%

Camarões - 15%

Camboja - 19%

Catar - 10%

Cazaquistão - 25%

Chade - 15%

Chile - 30%

Chipre - 15%

Comores - 10%

Coreia do Norte - 10%

Coreia do Sul - 15%

Costa do Marfim - 15%

Costa Rica - 15%

Croácia - 15%

Cuba - 10%

Dinamarca - 15%

Djibuti - 10%

Dominica - 10%

Egito - 10%

El Salvador - 10%

Emirados Árabes Unidos - 10%

Equador - 15%

Eritreia - 10%

Eslováquia - 15%

Eslovênia - 15%

Eswatini - 10%

Etiópia - 10%

Fiji - 15%

Filipinas - 19%

Finlândia - 15%

França - 15%

Gabão - 10%

Gâmbia - 10%

Gana - 15%

Geórgia - 10%

Granada - 10%

Grécia - 15%

Guatemala - 10%

Guiana - 15%

Guiné - 10%

Guiné-Bissau - 10%

Guiné Equatorial - 15%

Haiti - 10%

Holanda - 15%

Honduras - 10%

Hungria - 15%

Ilhas Falkland/Malvinas - 10%

Ilhas Marshall - 10%

Ilhas Maurício - 15%

Ilhas Salomão - 10%

Iêmen - 10%

Índia - 50%

Indonésia - 19%

Islândia - 15%

Irã - 10%

Iraque - 35%

Israel - 15%

Itália - 15%

Jamaica - 10%

Japão - 15%

Jordânia - 15%

Kosovo - 10%

Kiribati - 10%

Kuwait - 10%

Laos - 40%

Letônia - 15%

Lesoto - 15%

Líbano - 10%

Libéria - 10%

Líbia - 30%

Liechtenstein - 15%

Lituânia - 15%

Luxemburgo - 15%

Macedônia do Norte - 15%

Madagascar - 15%

Malásia - 19%

Malawi - 15%

Maldivas - 10%

Mali - 10%

Malta - 15%

Marrocos - 10%

Mauritânia - 10%

Micronésia - 10%

Moçambique - 15%

Moldávia - 25%

Mônaco - 10%

Mongólia - 10%

Montenegro - 10%

Mianmar - 40%

Namíbia - 15%

Nauru - 15%

Nepal - 10%

Nicarágua - 18%

Níger - 10%

Nigéria - 15%

Noruega - 15%

Nova Zelândia - 15%

Omã - 10%

Palau - 10%

Panamá - 10%

Papua Nova Guiné - 15%

Paquistão - 19%

Paraguai - 10%

Peru - 10%

Polônia - 15%

Portugal - 15%

Quênia - 10%

Quirguistão - 10%

República Centro-Africana - 10%

República Democrática do Congo - 15%

República do Congo - 10%

República Dominicana - 10%

República Tcheca - 15%

Romênia - 15%

Ruanda - 10%

Rússia - 10%

Samoa - 10%

San Marino - 10%

Santa Lúcia - 10%

São Cristóvão e Névis - 10%

São Thomé e Príncipe - 10%

São Vicente e Granadinas - 10%

Senegal - 10%

Serra Leoa - 10%

Sérvia - 35%

Singapura - 10%

Síria - 41%

Somália - 10%

Sri Laanka - 20%

Sudão - 10%

Sudão do Sul - 10%

Suécia - 15%

Suíça - 39%

Suriname - 10%

Tajiquistão - 10%

Tanzânia - 10%

Tailândia - 19%

Taiwan - 20%

Timor Leste - 10%

Trinidad e Tobago - 15%

Togo - 10%

Tonga - 10%

Tunísia - 25%

Turcomenistão - 10%

Turquia - 15%

Tuvalu - 10%

Ucrânia - 10%

Uganda - 15%

Uruguai - 10%

Uzbequistão - 10%

Vanuatu - 15%

Venezuela - 15%

Zâmbia - 15%

Zimbábue - 15%

<><> Acordo com a UE

Trump também tem ameaçado impor uma tarifa adicional de 10% a "qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics", bloco liderado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O grupo havia criticado as tarifas de Trump em declaração emitida em sua última reunião de cúpula, no Brasil.

O presidente americano também chegou a segurir inicialmente que poderia taxar em 50% das exportações da União Europeia (UE) caso o bloco não selasse um acordo até 1º de agosto. No final de julho, os EUA e a UE concordaram em reduzir para 15% a sobretaxa prevista para produtos europeus que entrarem em território americano.

Negociado há meses, o pacto evitou uma guerra comercial entre dois aliados que representam quase um terço do comércio global. O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçava taxar os produtos europeus em 30% se não houvesse um entendimento. Até o início deste ano, esta tarifa estava estabelecida em 4,8%. 

Segundo ele, a tarifa de 15% também vale para o setor automotivo, crucial para o bloco por empregar 13 milhões de pessoas, que atualmente é taxado em 25%.

Trump também afirmou que a UE concordou em comprar 750 bilhões de dólares (R$ 4,1 trilhões) do setor energético americano. O valor será investido em três anos para a aquisição de gás natural liquefeito, petróleo e combustíveis nucleares. O bloco ainda realizará 600 bilhões de dólares (R$ 3,3 trilhões) em investimentos adicionais nos EUA.

 

Fonte: DW Brasil

 

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