Quais
são as tarifas de Trump que estão em vigor
A
guerra comercial deflagrada pelo presidente americano Donald Trumpsegue a todo vapor desde a sua volta ao poder
em 20 de janeiro. Trump tem intercalado anúncios de tarifas, pausas, exceções e
acordos num ritmo quase semanal, provocando confusão em mercados e outros
países.
Em
agosto, por exemplo, ele impôs uma sobretaxa de 50% contra importações
brasileiras. A nova tarifa se somaria a outras taxas já em vigor
contra o Brasil e produtos específicos, como o aço. No entanto, logo foram estabelecidas
várias exceções para as tarifas.
Em 25
de setembro, foi a vez de Trump anunciar mais tarifas para produtos
vendidos aos EUA: 100% para medicamentos; 50% para móveis; e 25%
para caminhões pesados. Essas taxas vigoram a partir de 1 de
outubro.
Por
ordem do chefe da Casa Branca, todos os países que exportam para os EUA já estão sujeitos a uma
tarifa-base de 10% sobre produtos, com algumas poucas exceções, como
semicondutores, smartphones, computadores e alguns minerais críticos.
A média
de tarifas está em seu patamar mais alto desde 1930.
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Veja, abaixo, uma lista das tarifas de Trump que estão em vigor no fim de
setembro.
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Tarifas contra produtos específicos atualmente em vigor
Aço e
alumínio - 50%
Carros
e peças de automóvel - 25%
Caminhões
pesados - 25%
Medicamentos
- 100%
Móveis
- 50%
<><>
Tarifas contra produtos específicos que Trump ameaça impor
Cobre -
50%
Semicondutores
- 25% ou mais
Filmes - 100%
Madeira
Aeronaves,
motores e peças
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Tarifas contra países específicos atualmente em vigor
Canadá -
35% sobre produtos não contemplados pelo acordo comercial entre EUA, Canadá e
México (USMCA).
China -
30%, com tarifas adicionais sobre alguns produtos.
México -
25% para produtos fora do USMCA.
Reino
Unido - tarifa-base de 10%, negociada após acordo, inclusive para uma
cota delimitada de carros, e 25% sobre aço e alumínio.
Vietnã -
20% para alguns produtos, 40% para produtos originalmente enviados de outros
países.
União
Europeia - 15%, negociada após acordo.
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Tarifas contra países específicos em vigor desde 7 de agosto
Afeganistão -
15%
África
do Sul - 30%
Albânia -
10%
Alemanha -
15%
Andorra -
10%
Angola -
15%
Antígua
e Barbuda - 10%
Arábia
Saudita - 10%
Argélia -
30%
Argentina -
10%
Armênia -
10%
Austrália -
10%
Azerbaijão -
10%
Áustria -
15%
Bahamas -
10%
Bahrein -
10%
Bangladesh -
20%
Barbados -
10%
Belarus -
10%
Bélgica -
15%
Belize -
10%
Benin -
10%
Bolívia -
15%
Bósnia
e Herzegovina - 30%
Botsuana -
15%
Brasil -
50%
Brunei -
25%
Burkina
Faso - 10%
Bulgária -
15%
Burundi -
10%
Butão -
10%
Cabo
Verde - 10%
Camarões -
15%
Camboja -
19%
Catar -
10%
Cazaquistão -
25%
Chade -
15%
Chile -
30%
Chipre -
15%
Comores -
10%
Coreia
do Norte - 10%
Coreia do
Sul - 15%
Costa
do Marfim - 15%
Costa
Rica - 15%
Croácia -
15%
Cuba -
10%
Dinamarca -
15%
Djibuti -
10%
Dominica -
10%
Egito -
10%
El
Salvador - 10%
Emirados
Árabes Unidos - 10%
Equador -
15%
Eritreia -
10%
Eslováquia -
15%
Eslovênia -
15%
Eswatini -
10%
Etiópia -
10%
Fiji -
15%
Filipinas -
19%
Finlândia -
15%
França -
15%
Gabão -
10%
Gâmbia -
10%
Gana -
15%
Geórgia -
10%
Granada -
10%
Grécia -
15%
Guatemala -
10%
Guiana -
15%
Guiné -
10%
Guiné-Bissau -
10%
Guiné
Equatorial - 15%
Haiti -
10%
Holanda -
15%
Honduras -
10%
Hungria -
15%
Ilhas
Falkland/Malvinas - 10%
Ilhas
Marshall - 10%
Ilhas
Maurício - 15%
Ilhas
Salomão - 10%
Iêmen -
10%
Índia
- 50%
Indonésia -
19%
Islândia -
15%
Irã -
10%
Iraque -
35%
Israel -
15%
Itália -
15%
Jamaica -
10%
Japão -
15%
Jordânia -
15%
Kosovo -
10%
Kiribati -
10%
Kuwait -
10%
Laos -
40%
Letônia -
15%
Lesoto -
15%
Líbano -
10%
Libéria -
10%
Líbia -
30%
Liechtenstein -
15%
Lituânia -
15%
Luxemburgo -
15%
Macedônia
do Norte - 15%
Madagascar -
15%
Malásia -
19%
Malawi -
15%
Maldivas -
10%
Mali -
10%
Malta -
15%
Marrocos -
10%
Mauritânia -
10%
Micronésia -
10%
Moçambique -
15%
Moldávia -
25%
Mônaco -
10%
Mongólia -
10%
Montenegro -
10%
Mianmar -
40%
Namíbia -
15%
Nauru -
15%
Nepal -
10%
Nicarágua -
18%
Níger -
10%
Nigéria -
15%
Noruega -
15%
Nova
Zelândia - 15%
Omã -
10%
Palau -
10%
Panamá -
10%
Papua
Nova Guiné - 15%
Paquistão -
19%
Paraguai -
10%
Peru -
10%
Polônia -
15%
Portugal -
15%
Quênia -
10%
Quirguistão -
10%
República
Centro-Africana - 10%
República
Democrática do Congo - 15%
República
do Congo - 10%
República
Dominicana - 10%
República
Tcheca - 15%
Romênia -
15%
Ruanda -
10%
Rússia -
10%
Samoa -
10%
San
Marino - 10%
Santa
Lúcia - 10%
São
Cristóvão e Névis - 10%
São
Thomé e Príncipe - 10%
São
Vicente e Granadinas - 10%
Senegal -
10%
Serra
Leoa - 10%
Sérvia -
35%
Singapura -
10%
Síria -
41%
Somália -
10%
Sri
Laanka - 20%
Sudão -
10%
Sudão
do Sul - 10%
Suécia -
15%
Suíça -
39%
Suriname -
10%
Tajiquistão -
10%
Tanzânia -
10%
Tailândia -
19%
Taiwan -
20%
Timor
Leste - 10%
Trinidad
e Tobago - 15%
Togo -
10%
Tonga -
10%
Tunísia -
25%
Turcomenistão -
10%
Turquia -
15%
Tuvalu -
10%
Ucrânia -
10%
Uganda -
15%
Uruguai -
10%
Uzbequistão -
10%
Vanuatu -
15%
Venezuela -
15%
Zâmbia -
15%
Zimbábue -
15%
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Acordo com a UE
Trump
também tem ameaçado impor uma tarifa adicional de 10% a
"qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics", bloco liderado por Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul. O grupo havia criticado as tarifas de Trump em declaração
emitida em sua última reunião de cúpula, no Brasil.
O
presidente americano também chegou a segurir inicialmente que poderia taxar em 50% das exportações
da União Europeia (UE) caso o bloco não selasse um acordo até 1º de
agosto. No final de julho, os EUA e a UE concordaram em reduzir para 15% a
sobretaxa prevista para produtos europeus que entrarem em território americano.
Negociado
há meses, o pacto evitou uma guerra comercial entre dois aliados que
representam quase um terço do comércio global. O presidente dos EUA, Donald
Trump, ameaçava taxar os produtos europeus em 30% se não houvesse um
entendimento. Até o início deste ano, esta tarifa estava estabelecida em
4,8%.
Segundo
ele, a tarifa de 15% também vale para o setor automotivo, crucial para o bloco
por empregar 13 milhões de pessoas, que atualmente é taxado em 25%.
Trump
também afirmou que a UE concordou em comprar 750 bilhões
de dólares (R$ 4,1 trilhões) do setor energético americano. O valor será
investido em três anos para a aquisição de gás natural liquefeito, petróleo e
combustíveis nucleares. O bloco ainda realizará 600 bilhões de dólares (R$
3,3 trilhões) em investimentos adicionais nos EUA.
Fonte:
DW Brasil

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