Boicotado
em discurso na ONU, Netanyahu compara reconhecer Palestina a dar Estado à Al
Qaeda pós-11/9
Dezenas
de delegações, incluindo a do Brasil, deixaram o plenário da Assembleia-Geral
das Nações Unidas antes da fala do primeiro-ministro de Israel, Binyamin
Netanyahu, nesta sexta-feira (26), em um protesto contra a guerra na Faixa de
Gaza.
Por
outro lado, o premiê foi aplaudido por parte dos presentes a
maioria deles na galeria, que estava cheia de convidados de Tel Aviv, como no
ano passado, enquanto o presidente da sessão
pedia ordem. Ao longo da sua fala, recheada de ataques a líderes
ocidentais, era possível ouvir alguns protestos.
Do lado
de fora da sede, centenas de manifestantes comemoraram quando as delegações
saíram do plenário. O grupo carregava cartazes nos quais se lia frases como:
"Acabem com toda a ajuda dos EUA a Israel", "Prendam
Netanyahu" e "Parem de matar Gaza de fome agora".
As
duras críticas do líder se devem à onda de reconhecimento do Estado palestino
após o conflito movimento que ganhou tração durante a
Assembleia-Geral com o anúncio de países como França,
Reino Unido e Canadá.
"Dar
um Estado aos palestinos a uma milha de Jerusalém depois do 7 de Outubro é como
dar um Estado para a Al Qaeda a uma milha de Nova York depois do 11 de
Setembro. Isso é loucura, é insano, e nós não vamos fazer isso", afirmou
Netanyahu, para quem a medida passa a mensagem de que "matar judeus
compensa".
"Aqui
vai outro recado para esses líderes ocidentais [que reconheceram a Palestina]:
Israel não vai permitir que vocês nos empurrem um Estado terrorista garganta
abaixo. Não vamos cometer suicídio nacional porque vocês não têm coragem de
enfrentar uma mídia hostil e multidões antissemitas que exigem bloqueio de
Israel", completou o premiê.
A fala
de Netanyahu se dá em um momento diplomático adverso para Tel Aviv. Além da
pressão internacional crescente pelo fim da guerra em Gaza, o premiê viu na
véspera seu principal aliado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
afirmar que não dará seu aval à anexação da Cisjordânia, hoje um território
ocupado por forças israelenses.
O
premiê também se defendeu das acusações de genocídio em Gaza, que vêm da maior
associação acadêmica mundial de estudiosos desse tipo de crime, de uma comissão
contratada pela ONU e até mesmo de importantes ONGs israelenses.
Segundo
ele, Tel Aviv não mira civis e faz alertas para a retirada de civis antes dos
ataques. A medida, no entanto, já fez quase todos os 2,2 milhões de habitantes
de Gaza fugirem mais de uma vez ao longo do conflito. Além disso, não é
apontada por especialistas como uma evidência de que não há genocídio, e sim
como uma política de deslocamento forçado.
Durante
sua fala, Netanyahu voltou a mostrar mapas do Oriente Médio, como fez em outras
oportunidades na ONU, mostrando o que chama de "maldição" o
Irã e países em que existem
grupos aliados e financiados por Teerã. Ele exibiu cartões
com um quiz que mostrava os inimigos de Tel Aviv e citou lideranças
assassinadas nos últimos dois anos, como Yahya Sinwar, do Hamas, em Gaza;
Hassan Nasrallah, do Hezbollah, no Líbano; e "metade
dos líderes houthis", grupo rebelde do Iêmen.
"O
que aconteceu no ano passado? Nós massacramos os houthis, inclusive ontem.
Esmagamos o grosso da máquina terrorista do Hamas. Nós paralisamos Hezbollah,
eliminando a maioria de seus líderes e grande parte de seu arsenal de armas.
Você se lembra daqueles pagers?", afirmou, em referência às explosões em
série de equipamentos usados pelo grupo fundamentalista libanês no ano passado,
que mataram dezenas. "Eles captaram a mensagem", continuou, sob
aplausos.
O
premiê afirmou ainda que vai caçar o Hamas, em suas palavras, se o grupo
terrorista não libertar todos os reféns em Gaza. "Abaixem suas armas,
deixem meu povo ir. Libertem os reféns, todos eles, agora. Se o fizerem, vão
viver. Se não, Israel vai caçar vocês", disse.
O
político chegou a se dirigir aos sequestrados e falou em hebraico que eles não
foram esquecidos. "Não vacilaremos, não descansaremos, até que possamos
trazer todos vocês para casa", disse, ao ler o nome dos reféns vivos.
Segundo
Netanyahu, esse trecho foi transmitido nos telefones e alto-falantes de Gaza
com a ajuda do serviço de inteligência israelense, embora moradores do
território palestino tenham falado ao jornal americano The New York Times que
não conseguiram ouvir o discurso.
Netanyahu
subiu ao púlpito das Nações Unidas com um grande broche contendo um QR code
que, ao ser escaneado, levava a um vídeo com imagens dos ataques terroristas
que mataram cerca de 1.200 pessoas, fizeram 251 reféns e iniciaram a guerra.
"Este site contém conteúdos extremamente difíceis de assistir do terrível
massacre que o Hamas realizou no dia 7 de outubro", diz um alerta da
página.
Na
quinta-feira (25), o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud
Abbas, fez seu discurso na Assembleia-Geral por vídeo os
EUA lhe negaram visto para ir a Nova York. Ele criticou a visão
de um "Grande Israel", conceito de expansão
da nação sobre Cisjordânia, Gaza e partes de
países vizinhos como Egito e Líbano defendido por
Netanyahu, e reafirmou que a ANP reconhece o direito do Estado judeu de
existir.
O líder
ainda fez declarações duras contra os ataques de Israel em Gaza e disse que o
conflito entrará para os livros de história como um dos capítulos mais
horríveis dos séculos 20 e 21. "O povo palestino em Gaza encara uma guerra
de genocídio, destruição, fome e deslocamento travada pelas forças de ocupação
israelenses", afirmou ele, por videoconferência.
Desde o
início da guerra entre Israel e o Hamas, as forças de Tel Aviv cercaram Gaza e
seus mais de 2 milhões de habitantes, que estão ameaçados por uma "fome
generalizada", segundo as Nações Unidas. A ofensiva israelense já matou
mais de 65 mil pessoas, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde
do território palestino, controlado pelo grupo terrorista.
Os
dados são considerados confiáveis pela ONU e não podem ser checados de forma
independente devido ao bloqueio de Israel à entrada da imprensa internacional
em Gaza.
¨
Estado da Palestina seria 'suicídio nacional' para
Israel, diz Netanyahu
O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira (26)
que aceitar a criação de um Estado da Palestina seria um "suicídio
nacional" para seu país, e garantiu que quer "terminar o
trabalho" em Gaza "o mais rápido possível".
"Creio
que temos um acordo" para pôr fim à guerra em Gaza, declarou por sua vez,
em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Aceitar
um Estado palestino seria um "suicídio nacional", entre outras
razões, pois a Autoridade Palestina é "corrupta até a medula",
assegurou Netanyahu.
Em um
discurso proferido em hebraico e inglês, Netanyahu se dirigiu aos reféns
mantidos pelo grupo armado islamista Hamas, após anunciar que as forças
israelenses tinham instalado alto-falantes em Gaza para transmitir suas
palavras.
"Não
descansaremos até trazê-los de volta para casa", disse Netanyahu, que
acusou a comunidade internacional de permitir a propagação de "mentiras
antissemitas".
Israel
ficou um pouco mais isolado esta semana com o reconhecimento de um Estado
palestino por países como França, Canadá, Reino Unido, Austrália e Portugal.
Pelo menos 151 dos 193 membros da ONU já deram esse passo, que é mais simbólico
que efetivo.
O
grande auditório da ONU estava praticamente vazio quando Netanyahu subiu ao
púlpito. Outros delegados e o público presente aplaudiram o premiê.
"O
boicote ao discurso de Netanyahu é uma manifestação do isolamento de Israel e
das consequências da guerra de extermínio", afirmou em um comunicado Taher
al Nunu, alto dirigente do comitê político do Hamas.
Com o
rosto tenso, Netanyahu exibiu cartazes demonstrando como Israel desmantelou o
que chamou de "eixo do mal" liderado pelo Irã no último ano, com
ataques às instalações nucleares do regime de Teerã, assassinatos de líderes do
Hezbollah e do Hamas e ataques aéreos no Iêmen.
Uma
multidão de palestinos coleta ajuda humanitária em 26 de setembro de 2025 em
Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza© Eyad Baba
Ele
afirmou que seu país "destruiu a maior parte da máquina terrorista"
do Hamas e busca "terminar o trabalho" em Gaza "o mais rápido
possível".
O
presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, cujo governo tem patrocinado o movimento
islamista Hamas, disse nesta sexta que apoiará "qualquer acordo que possa
deter esta tragédia".
No dia
anterior, o veterano líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, assinalou em
uma mensagem de vídeo à Assembleia que "o Hamas não terá nenhum papel a
desempenhar na governança" de um futuro Estado.
- 'Não
permitirei' -
Netanyahu
acusou especificamente os países europeus de aceitarem a "propaganda do
Hamas" ao pressionarem Israel para que estabeleça um cessar-fogo e negocie
o resgate dos reféns, vivos ou mortos, em Gaza.
"Vejam,
por exemplo, as falsas acusações de genocídio: Israel é acusado de atacar
civis, mas nada é menos verdadeiro", afirmou.
¨
"Larguem as armas" e libertem os reféns diz
Netanyahu ao Hamas na ONU
Em Nova
Iorgue, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dirigiu-se
diretamente aos reféns detidos pelo Hamas em Gaza, dizendo: "Não vos
esquecemos".
"Não
descansaremos enquanto não vos trouxermos a todos para casa", afirmou
Netanyahu em hebraico e inglês, dizendo ao Hamas que "deponha as
armas" e liberte já os reféns.
"Israel
vai perseguir-vos", avisou Netanyahu na Assembleia Geral das Nações
Unidas.
O
gabinete do primeiro-ministro anunciou na sexta-feira que os altifalantes do
lado israelita da fronteira iriam transmitir o discurso de Netanyahu para Gaza,
como parte do que chama um "esforço informativo".
O
conflito começou quando militantes liderados pelo Hamas atacaram o sul de
Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1200 pessoas, a maioria civis,
no que Netanyahu classificou como um ato de "selvageria
indescritível".
O Hamas
fez 251 pessoas reféns e mantém atualmente 48, das quais 20 Israel acredita que
ainda estão vivas.
"Israel
está a travar a vossa luta", afirmou Netanyahu, citando o que chamou de
ascensão do islamismo radical em países de todo o mundo.
O
primeiro-ministro apresentou também um mapa que mostrava aquilo a que chamou
"a maldição do eixo terrorista do Irão", afirmando que muitos dos
representantes de Teerão tinham sido dizimados pelas forças armadas israelitas,
citando como exemplos o Hamas, o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iémen.
"Os
nossos inimigos odeiam-nos a todos", disse Netanyahu, negando que esteja a
ocorrer um genocídio em Gaza, afirmando que Israel deixou entrar 2 milhões de
toneladas de ajuda na Faixa de Gaza.
Netanyahu
entrou no hemiciclo sob aplausos e vivas, vindas principalmente da comitiva
israelita, o que levou a repetidos pedidos de ordem. Mas dezenas de pessoas
saíram da sala enquanto ele se dirigia para o pódio.
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Anexação da Cisjordânia fica de fora do discurso
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quinta-feira que não
permitirá que Israel anexe a Cisjordânia ocupada, dando fortes garantias de que
bloqueará uma ação à qual os líderes árabes da região se têm oposto firmemente.
Questionado
sobre o facto de as autoridades israelitas terem sugerido, nas últimas semanas,
que o seu governo poderia tomar o controlo de, pelo menos, algumas partes da
Cisjordânia, Trump foi direto.
"Não
permitirei que Israel anexe a Cisjordânia", disse ele aos repórteres no
Salão Oval, enquanto assinava ordens executivas não relacionadas à política
externa. "Não o permitirei. Isso não vai acontecer".
A
possibilidade de anexação foi aventada em Israel em resposta a uma série de
países, incluindo os principais aliados dos EUA, como o Reino Unido e o Canadá,
que reconhecem um Estado palestiniano.
França,
Luxemburgo, Malta, Mónaco, Andorra e Bélgica também reconheceram o Estado
palestiniano na Assembleia Geral deste ano.
Trump
disse ter falado com Netanyahu e que será firme em não permitir a anexação,
acrescentando: "Já foi o suficiente. É altura de parar agora".
Trump
tem sido um firme apoiante de Israel, mas também tem procurado mediar o fim dos
combates contra o Hamas em Gaza.
Os seus
comentários na quinta-feira constituíram um raro exemplo de potencial
resistência contra altos funcionários israelitas.
No
início deste mês, Netanyahu assinou um acordo para avançar com um controverso
plano de expansão de colonatos que irá atravessar terrenos que os palestinianos
esperam que constituam a base de um futuro Estado.
"Não
haverá um Estado palestiniano", afirmou Netanyahu durante uma visita ao
colonato de Maale Adumim, na Cisjordânia.
"Este
lugar pertence-nos... Vamos salvaguardar o nosso património, a nossa terra e a
nossa segurança. Vamos duplicar a população da cidade".
O
Comité Superior de Planeamento de Israel deu a aprovação final ao projeto de
colonização E1 na Cisjordânia ocupada em agosto.
O
plano, num terreno aberto a leste de Jerusalém, esteve em estudo durante mais
de duas décadas, mas foi congelado devido à pressão dos EUA durante as
administrações anteriores.
O
momento é igualmente preocupante, uma vez que Israel está a levar a cabo uma
ofensiva militar de grande envergadura numa tentativa de tomar a cidade de
Gaza, ao mesmo tempo que expande os colonatos na Cisjordânia, ilegais à luz do
direito internacional.
Israel
conquistou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza na Guerra dos
Seis Dias, em 1967. Os palestinianos querem que os três territórios constituam
o seu futuro Estado.
Os
palestinianos, e grande parte da comunidade internacional, afirmam que a
anexação acabaria com qualquer possibilidade de uma solução de dois Estados,
que é vista internacionalmente como a única forma de resolver décadas de
conflito israelo-árabe.
Netanyahu
deverá visitar a Casa Branca na segunda-feira, a sua quarta viagem a Washington
desde o início do segundo mandato de Trump, em janeiro.
¨
Trump diz que um acordo sobre Gaza parece ter sido
alcançado
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta
sexta-feira, 26, que acredita que um acordo para pôr fim à guerra em Gaza foi alcançado, após
os recentes diálogos entre Israel e os países árabes.
“Acho
que temos um acordo”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca. “Parece que
temos um acordo sobre Gaza, acho que é um acordo que permitirá recuperar os
reféns, será um acordo que porá fim à guerra”, o presidente americano afirmou.
Já o
primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse a outros
líderes mundiais nesta sexta-feira que sua nação “precisa terminar o trabalho”
contra o grupo terrorista Hamas em Gaza, em um discurso na Assembleia-Geral da ONU.
“Os
líderes ocidentais podem ter cedido à pressão”, disse ele. “E eu garanto uma
coisa: Israel não o fará.”
O
discurso de Netanyahu começou depois que dezenas de delegados de várias
nações saíram em massa do salão, entre eles a delegação brasileira.
Respondendo
às recentes decisões dos países de reconhecer o Estado palestino, Netanyahu
disse: “Sua decisão vergonhosa encorajará o terrorismo contra judeus e contra
pessoas inocentes em todos os lugares”.
A
delegação americana, que apoiou Netanyahu em sua campanha contra o Hamas,
permaneceu no local. As poucas potências mundiais presentes, Estados Unidos
e Reino Unido, não enviaram seus
funcionários mais graduados ou mesmo seu embaixador na ONU para sua seção. Em
vez disso, ela foi preenchida com diplomatas mais juniores e de baixo escalão.
Netanyahu enfrenta isolamento
internacional,
acusações de crimes de guerra e crescente pressão para pôr fim a um conflito
que ele continua a agravar .
Ele
disse que medidas especiais foram tomadas na tentativa de contatar os reféns
israelenses que ainda estão detidos em Gaza. Ele falou em hebraico em
determinado momento e leu os nomes dos 20 que se acredita ainda estarem vivos.
O Hamas respondeu ao discurso
com uma declaração acusando Netanyahu de dar falsas justificativas para
continuar a guerra.
“Se ele
estivesse realmente preocupado com seus prisioneiros, teria interrompido seus
bombardeios brutais, seus massacres genocidas e a destruição da Cidade de
Gaza”, afirmou o Hamas em um comunicado publicado em seu site. “Em vez disso,
ele mente e continua a colocar suas vidas em risco.”
Embora
mais de 150 países já reconheçam um Estado palestino, os Estados Unidos
não o fazem, dando apoio veemente a Israel . Mas Trump sinalizou na
quinta-feira que há limites, dizendo a repórteres em Washington que não
permitiria que Israel anexasse a Cisjordânia ocupada
.
Israel
não anunciou tal medida, mas vários membros importantes do governo de Netanyahu
têm defendido a ação. Autoridades aprovaram recentemente um controverso projeto de assentamento que efetivamente
dividiria a Cisjordânia em duas partes, uma medida que, segundo críticos,
poderia arruinar as chances de um Estado palestino.
Israel
conquistou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza na Guerra do
Oriente Médio de 1967, retirando-se de Gaza em 2005. Os palestinos querem que
os três territórios formem o Estado que almejam, parte de uma “solução de dois Estados” à qual Netanyahu se
opõe veementemente. Ele afirma que a criação de um Estado palestino
recompensaria o Hamas.
Em seu
discurso, Netanyahu insistiu que Israel está lutando contra o islamismo radical
em nome de todas as nações.
“Vocês
sabem lá no fundo”, ele disse, “que Israel está lutando a sua luta”.
Fonte: FolhaPress/AFP/Euronews

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