A
reação conservadora às a causas ambientais
No
momento em que se intensificam as preocupações com a mudança climática e a
ausência de ações compatíveis com o que se entende por crise ecológica, surge,
na onda da eleição de Donald Trump nos EUA, um movimento empresarial de recusa
da adesão a causas ambientais e sociais. Como explicar?
Ao
longo das últimas décadas, o discurso da responsabilidade social empresarial
(RSE) foi ampliado e sistematizado pelo chamado ESG Environmental, Social and
Governance, um conjunto de critérios que orienta decisões corporativas rumo a
práticas ditas “mais sustentáveis e transparentes”. Esse desdobramento atraiu
atenção global ao prometer melhor gestão de riscos, atração de investimentos e
alinhamento com expectativas sociais e ambientais crescentes.
Mais
recentemente, sobretudo a partir de 2023, observa-se nos EUA um movimento de
resistência ao discurso ESG, impulsionado por grupos conservadores que o veem
como “uma pauta política”. Legisladores e reguladores têm questionado seu
alcance, impondo restrições aos fundos de investimento ESG – e buscando
garantir que as empresas mantenham o chamado “dever fiduciário” sem influências
extra-econômicas.
Esse
movimento de reação revela, simultaneamente, uma crítica ao que havia sido
recentemente apresentado como consenso corporativo, de que empresas devem
considerar impactos sociais e ambientais além do lucro, e um impulso para
enfraquecer os poucos dispositivos de auto-responsabilização empresarial.
A sigla
ESG denota a integração de critérios ambientais, sociais e de governo
corporativo ou “governança”, que, potencialmente, venham impactar o valor das
empresas e dos investimentos. No repertório discursivo do ESG estariam
incluídas problemáticas que são objeto corrente de críticas aos modos de
operação das corporações e que, supõe-se, deveriam merecer resposta por parte
do campo empresarial: mudanças climáticas e emissões tóxicas, por exemplo, no
âmbito ambiental; segurança no trabalho e relações com comunidades, no campo
social; corrupção e suborno, no campo governativo das companhias.
Assim,
a sigla ESG nomeia esse conjunto de critérios criando um novo objeto de gestão
empresarial e financeira, que passou a ser apropriado no discurso e nas
práticas de diversos agentes de mercado, como empresas, bolsas de valores,
investidores e gestores de ativos. Este campo problemático não expressa, por
certo, a adesão empresarial espontânea a valores éticos, mas, sobretudo, a
percepção de riscos concretos ao desempenho financeiro das organizações. A
possibilidade de perdas reputacionais, sanções legais, exclusão de portfólios
de investimento ou boicotes de consumidores transformou essas questões em
elementos estratégicos, cuja gestão passou a ser percebida como necessária para
manter a competitividade das atividades empresariais.
Nesse
sentido, o ESG se difundiucomo uma tentativa de articular uma linguagem comum
entre os atores do mercado, com o objetivo de antecipar e neutralizar riscos
decorrentes dos danos ambientais provocados por atividades empresariais, das
demandas sociais crescentes e de excessos do poder corporativo que, embora em
certos contextos sejam funcionalizados pelas companhias como parte de suas
estratégias, tornam-se inconvenientes quando expostos publicamente ou
contestados socialmente.
Apesar
de parecer recente, a noção de ESG surgiu há pouco mais de vinte anos. Em 2000,
a ONU lançou o Pacto Mundial, marco na discussão contemporânea sobre a relação
entre empresas e sociedade e peça-chave na Agenda 2030 e nos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em 2004, o Pacto Global publicou o relatório
Who Cares Wins: Connecting Financial Markets to a Changing World (Ganha quem se
importa: conectando os mercados financeiros a um mundo em transformação),
documento precursor no uso do termo ESG. S
eu
caráter foi definido pelo perfil de seus signatários: um grupo representativo
das principais instituições financeiras globais, que alinhava recomendações
para integrar decisões de investimento aos princípios do “desenvolvimento
sustentável”. Assinaram 20 entidades de nove países, com destaque para o Banco
Mundial, além do Banco do Brasil, Deutsche Bank, Goldman Sachs e HSBC.
O
discurso ESG tem se difundido em paralelo a outras noções empresariais, entre
elas a mais amplamente conhecida RSE – responsabilidade social empresarial – e
suas variantes, criando certa saturação vocabular em que coexistem termos como
filantropia, investimento social privado e sustentabilidade. Mais do que
considerar as demandas sociais como objeto de ação deliberada da gerência, a
essência dessa noção reside na voluntariedade – isto é, na autorregulação
empresarial não sujeita a legislação estatal.
O
período pós-guerra foi o palco para o debate contemporâneo sobre a
“responsabilidade social”. A publicação, em 1953 nos EUA, do livro Social
Responsibilities of the Businessman, de Howard Bowen, é considerada seu marco
inicial. Bowen defendia que os empresários tinham a obrigação de alinhar os
propósitos corporativos aos valores e objetivos da sociedade.
As
críticas das correntes mais ortodoxas não tardaram a surgir. Milton Friedman,
no livro Capitalismo e liberdade de 1962, afirmou que “Há poucas coisas capazes
de minar tão profundamente as bases de nossa sociedade livre do que a aceitação
por parte dos dirigentes das empresas de uma responsabilidade social que não a
de fazer tanto dinheiro quanto possível para seus acionistas. Trata-se de uma
doutrina fundamentalmente subversiva” –concluía ele. Nessa perspectiva,
recursos destinados à responsabilidade social seriam ineficientes, pois
beneficiariam agendas sociais, políticas ou pessoais em detrimento dos
acionistas.
A
implantação dos princípios ESG, conforme defendido por seus primeiros
idealizadores e adotada por seus seguidores, foi uma resposta ao que entendiam
ser as transformações do contexto financeiro global, cuja estabilidade estaria
ameaçada por fatores ambientais, sociais e de governança corporativa. Em
primeiro lugar, seus defensores afirmaram que a adoção de critérios ESG
reduziria riscos reputacionais e anteciparia possíveis exigências regulatórias.
A
pressão social por maior transparência diante de desastres ambientais,
violações de direitos humanos e outros abusos atribuídos às grandes corporações
requeria que as empresas reforçassem sua imagem pública. Gerenciar
proativamente essas questões permitiria, segundo essa perspectiva, construir
uma melhor reputação e, consequentemente, aumentar a probabilidade de êxito na
geração de resultados para acionistas e investidores, ao mesmo tempo em que
mitigariam os impactos de eventuais restrições regulatórias.
Em
segundo lugar, no horizonte de longo prazo, a agenda ESG seria apresentada como
algo que transcende a busca por lucros imediatos, conduzindo a resultados
financeiros mais duráveis. Argumenta-se que ativos intangíveis – especialmente
a reputação corporativa, mais exposta a riscos ESG – acumulariam valor ou se
depreciariam ao longo do tempo, reforçando a suposta necessidade de uma
estratégia orientada ao futuro.
Já o
movimento anti-ESG tem raízes na crescente divisão político-social dos EUA
impulsionada pela cisão entre apoiadores de democratas e republicanos no que
diz respeito à defesa de valores relacionados às mudanças climáticas, à
preservação ambiental e aos temas correlatos à diversidade racial e de gênero.
As reações anti-ESG têm sido capitaneadas, sobretudo por lideranças do Partido
Republicano que consideram que fatores atinentes ao meio ambiente, à
diversidade social e à governança não devem compor estratégias de investimento
no mercado financeiro, uma vez que, isso impactaria negativamente a obtenção de
lucros.
O
principal argumento do movimento anti-ESG éo seguinte: a realização de
investimentos orientados por critérios ESG tende a desviar recursosdas
empresas, interferindo na eficiência do mercado e levando a distorções e
prejuízos econômicos. As reações anti-ESG têm publicamente apresentado as
seguintes demandas: (i) proibir ou restringir empresas de gestão de ativos de
investirem ou votarem em reuniões de acionistas com base em fatores ESG; (ii)
proibir investimentos ou contratos com instituições financeiras que “boicotam”
as indústrias de combustíveis fósseis, armas de fogo e tabaco utilizando para
tal avaliações ESG; e (iii) alegar que alianças com instituições financeiras
comprometidas em descarbonizar seus portfólios pode constituir violação da lei
antitruste estadunidense.
O
movimento anti-ESG nos EUA pode ser visto tanto como uma campanha
simbólico-material refratária aos dispositivos de proteção ambiental,
diversidade social e racial, quanto uma disputa política entre grandes grupos
econômicos. Na boca de cena sobressai um discurso que ataca a perda de
lucratividade decorrente da consideração de critérios ambientais, sociais e de
governança, mas nos bastidores verifica-se a tentativa de garantir ou aumentar
o fluxo de investimento financeiro direcionado para setores com “credenciais
ESG” tradicionalmente fracas, como combustíveis fósseis, armas de fogo, tabaco,
mineração, exploração madeireira e agropecuária.
Esses
setores responsáveis por negócios altamente lesivos do ponto de vista
ecossistêmico e social são, ao mesmo tempo, uma importante base de doadores
para o Partido Republicano. Como reação aos fundos ESG, estados
majoritariamente republicanos têm aprovado leis que dificultam ou impedem o
acionamento de dispositivos ESG na definição de estratégias de alocação de
investimentos por parte de fundos de pensão de empresas e/ou órgãos públicos.
A
Flórida e o Texas, por exemplo, formularam legislações para restringir a
consideração de critérios ESG por parte de fundos de pensão estaduais;
igualmente, implantaram políticas públicas de desinvestimento em fundos que
boicotam empresas de energia. Como expressão dessa onda reativa aos fundos ESG,
somente em 2023, legisladores estaduais em todo os EUA propuseram 165 projetos
de lei anti-ESG em 37 estados da federação.
Outrossim,
não é mera coincidência que todos os 18 estados que promulgaram regras anti-ESG
sejam “vermelhos”, tipicamente votando no Partido Republicano. Em meio a essa
ofensiva, mais empresas estão usando termos como “sustentabilidade” e “impacto”
em substituição à sigla ESG. OWall Street Journal informa que nos relatórios de
sustentabilidade e operação financeira, as menções a critérios ESG vinham
aumentando de forma constante até 2021 e diminuíram desde então. No quarto
trimestre de 2021, 155 empresas listadas no índice S&P 500 deimportância de
seus ativos mencionaram iniciativas ESG; no segundo trimestre de 2023, esse
número caiu para 61 menções.
As
lideranças do Partido Republicano e think tanks conservadores têm caracterizado
os critérios ESG como sendo “a ferramenta política da esquerda”, que é
utilizada para pressionar empresas e instituições financeiras a promoverem uma
ideologia progressista e ambientalizada. Nesta linha de argumentação, haveria,
por parte dos defensores de fundos ESG uma tentativa de politizar estratégias
de investimento, que, em última instância, deveriam se guiar, exclusivamente,
pelo critério de obtenção de lucros.
Ademais,
alegam que investir e votar com base em “estratégias de investimento
politizadas”, como ESG, representa um risco de investimento ou leva à redução
dos retornos provenientes dos ativos, violando o dever fiduciário. O
ex-vice-presidente de Donald Trump, no mandato 2017-2021, Mike Pence, declarou,
que o investimento orientado por “ESG é uma estratégia perniciosa, porque
permite que a esquerda realize o que nunca poderia esperar alcançar nas urnas
ou por meio da competição no livre mercado”. “ESG”, prossegue ele, “capacita
uma conspiração não eleita de burocratas, reguladores e investidores ativistas
a classificar empresas com base em sua adesão a valores de esquerda”.
Igualmente,
o governador da Flórida, Ron DeSantis cortejou os eleitores com a promessa de
“protegê-los” do movimento ESG, que, segundo ele, ameaça a liberdade econômica
ao colocar “causas sociais” à frente da “vontade do povo”. Para Hilson, ao
propalar os argumentos acima, a direita republicana está discursivamente
politizando os critérios ESG, convertendo-os em um campo esotérico de baixa
relevância para as finanças.
Há
amplas evidências de que o entusiasmo pelo ESG diminuiu nos EUA. Os fundos de
sustentabilidade sediados no país, que, por vários anos registraram grandes
entradas líquidas, recentemente têm amargado expressivas saídas. Do mesmo modo,
o suporte dos acionistas às propostas relacionadas às questões ambientais e
sociais, que também vinha aumentando reverteu sua curva, com um apoio médio
caindo de 37% para 26% nos últimos dois anos.
A
reação levanta a questão de por quanto tempo mais os fundos que se
autodenominam ESG continuarão na pauta dos investidores. O próprio Larry Fink,
presidente-executivo da BlackRock, maior gestor de fundos do mundo, disse em
junho de 2023 que não usaria mais o termo ESG, porque ele havia se tornado uma
“arma”. Os investimentos ditados por critérios ESG sempre foram controversos no
cenário estadunidense. Moody argumenta que os primeiros críticos eram
frequentemente da esquerda e afirmavam que as empresas estavam praticando
“greenwashing” – fornecendo informações enganosas, incompletas, ou falsas sobre
suas práticas de sustentabilidade – para obter pontuações ESG mais altas e
atrair investidores.
Já no
cenário atual, a reação advém da fração alinhada à direita republicana, que,
como vimos, acusa os gestores de fundos ESG de fazerem avançar uma agenda
progressista desconectada da geração de lucros. No que concerne às críticas de
que os fundos ESG são maquiagem verde, é sugestivo o artigo publicado por Tariq
Fancy, ex-diretor de Investimentos sustentáveis da BlackRock, que afirma ter
liderado o movimento para incorporar o ESG nos investimentos globais da
empresa.
Em suas
próprias palavras: “a mensagem ajudou a disseminar o conceito de que buscar o
bem social também é bom para os resultados financeiros”. Porém, conclui ele,
“infelizmente, é apenas isso: uma ideia promissora. Na verdade, os
investimentos sustentáveis se resumem a pouco mais do que propaganda enganosa,
propaganda enganosa e promessas irrealizáveis da comunidade de investimentos”
A
consideração de fatores ESG como parte dos processos de tomada de decisão de
investimentos ou ações corporativas, encontra-se em uma encruzilhada importante
nos EUA. A criação de uma nova força-tarefa no âmbito da SEC – Securities and
Exchange Commission – exprime a preocupação regulatória de que os fundos ESG
não estejam fornecendo aos proprietários de ativos produtos que realmente
reflitam a preocupação com aspectos ambientais, sociais e de governança.
Em
abril de 2021, a SEC declarou ter identificado vários gestores de ativos que
estavam enganando os investidores ao promover fundos como favoráveis ao ESG,
mas não tomando decisões de investimento consistentes com tal marketing. No
cerne do problema está o modo como as classificações ESG, oferecidas por
empresas como a MSCI e a Sustainalytics, são computadas.
Como
esclarece Taparia, ao contrário do que muitos investidores pensam, a maioria
das classificações não considera a aplicação efetiva dos critérios do ESG. Em
vez disso, o que elas medem é o grau em que o valor econômico de uma empresa
está em risco devido a fatores ESG. Por exemplo, uma empresa pode ter uma fonte
significativa de emissões, mas ainda assim obter uma pontuação decente, se a
classificadora considerar que o comportamento poluente esteja sendo bem
administrado.
Uma
pesquisa analisando 147 fundos autodenominados ESG, administrados por 74
instituições distintas emitidos entre 2010 e 2018, constatou que as empresas do
portfólio de fundos ESG têm, significativamente, mais violações das leis
trabalhistas e ambientais e pagam mais multas por elas, em comparação com
fundos não-ESG emitidos pelas mesmas instituições financeiras nos mesmos anos.
Além
disso, verificou que as empresas do portfólio ESG, em média, apresentam pior
desempenho em relação às emissões de carbono, tanto em termos de produção bruta
quanto de intensidade de emissões por unidade de receita. Assim, como asseverou
Fancy, afirmar-se ambientalmente responsável pode ser lucrativo, mas promover
mudanças reais com efeitos positivos para o meio ambiente não parece gerar o
mesmo retorno financeiro.
Os
resultados de pesquisa de Tang indicam que a reversão das políticas ESG é
percebida pelos investidores como um choque positivo para as empresas de
energia e combustíveis, que estavam sendo desfavorecidas pelas restrições
impostas pelos critérios ESG. Nesse cenário, as políticas anti-ESG podem
representar uma ameaça à busca por práticas empresariais mais sustentáveis,
tendo em vista que exime as empresas cujas atividades são altamente
degradadoras de manterem suas condutas ajustadas às preocupações ambientais.
Ademais, lega-lhes benefícios provenientes da possibilidade de auferirem ganhos
financeiros derivados dessa escolha.
Isso
explica, em certa medida, a reação positiva dos investidores, visto que a
implantação de legislações anti-ESG funcionou para aliviar a pressão financeira
sobre as empresas de energia e combustíveis, no que concerne ao aprimoramento
de práticas tidas como ambientalmente corretas, ao mesmo tempo em que alavancou
a participação no mercado esua consequente valorização econômica.
O
movimento anti-ESG revela um caráter simultaneamente “crítico” e reacionário. É
crítico ao elaborar uma contestação interna ao capitalismo, que desafia o
consenso estabelecido quanto à necessidade de atender às exigências de
justificação e comprovação assumidas nas últimas décadas, em consonância com as
demandas da crítica social. É reacionário porque, ao se afastar desse consenso,
abre espaço para demonstrações de força que ameaçam romper com salvaguardas
sociais que, embora insuficientes, têm representado entraves à voracidade da
acumulação almejada por certos setores, notadamente das atividades do
capitalismo extrativista.
A esse
respeito, Winston, um influente analista dos debates sobre ESG nos EUA,
classifica os críticos ao ESG em quatro grupos. Os tradicionalistas
interessados, que percebem a aplicação do ESG como uma ameaça ao seu poder e
lucro, esforçando-se para frear o avanço das pautas sociais e ambientais –
incluindo-se aqui empresas de combustíveis fósseis.
Um
segundo grupo é o dosconservadores sociais, que adotam posturas tradicionais em
temas sociais, como a oposição ao reconhecimento de direitos LGBTQI+,
geralmente baseados em objeções religiosas. O terceiro grupo é o doscríticos
autênticos, que exigem posturas explícitas, coerentes e efetivas sobre ESG por
parte de empresas e fundos de investimento, denunciando ativamente casos de
“greenwashing”.
Por
fim, os exploradores políticos, que criticam as empresas que demonstram
compromisso com o ESG, questionando o uso dos mercados financeiros para impor
uma agenda progressista. A tipologia esboçada por Winston, embora perspicaz,
não contempla os críticos que operam em um nível metacrítico – aqueles que
questionam o próprio fundamento do ESG, da RSE e de outras práticas
empresariais que visam garantir uma boa imagem às empresas de modo a
neutralizar os efeitos que as críticas da sociedade possam ter sobre seus
negócios.
O recuo
do compromisso de grandes empresas com a pauta ambiental, social e da
diversidade é, provavelmente, resultado do espaço político adquirido pelo
empresariado dito “tradicionalista” que percebe qualquer compromisso com o
combate à desigualdade e à degradação do meio ambiente como ameaça a seu poder
e lucratividade.
Ao
contrário do que propugna o título do relatório do Pacto Global de 2004, estes
setores do capital pretendem sustentar que “ganha mais quem não se importa com
o ambiente, a desigualdade e a diversidade”.
Fonte:
Por Wendell Ficher Teixeira Assis e Edwin Alberto Muñoz Gaviria, em A Terra é
Redonda

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