Israel e Hamas
fecham acordo de cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns
Israel e Hamas
fecharam um acordo de cessar-fogo e para a libertação de reféns em poder do
grupo palestino, disse uma fonte próxima das negociações à BBC News.
A fonte afirmou que
o acordo foi fechado após a reunião do primeiro-ministro do Catar com
negociadores do Hamas e, separadamente, negociadores israelenses.
O entendimento visa
paralisar a guerra em Gaza que já dura 15 meses e faz parte do longo conflito
entre Israel e o povo palestino, que é uma das
disputas mais longas e violentas do mundo. Suas origens remontam há mais de um
século.
Houve uma série de
guerras entre Israel e nações árabes. Revoltas - chamadas intifadas - contra a
ocupação israelense, e represálias e
ataques por
Israel também ocorreram.
As consequências da
disputa histórica sobre questões como terra, fronteiras e direitos continuam
sendo sentidas. Entenda.
O que havia no
território onde hoje está Israel antes de 1948 e como o país foi criado?
O Reino Unido
assumiu o controle da área conhecida como Palestina na Primeira Guerra Mundial,
após a derrota do Império Otomano, que havia governado aquela parte do Oriente
Médio.
Uma maioria árabe e
uma minoria judeus viviam na região, assim como outros grupos étnicos.
As tensões entre as
populações judaica e árabe se aprofundaram quando o Reino Unido concordou em
princípio com o estabelecimento de uma "nação" na Palestina para o
povo judeu, apesar de dizerem que os direitos dos árabes palestinos que já
viviam lá tinham que ser protegidos.
Os judeus tinham
laços históricos com a terra, mas os árabes palestinos também tinham uma
reivindicação que remontava há séculos e se opunham à mudança.
Entre as décadas de
1920 e 1940, o número de judeus chegando cresceu, com muitos fugindo da
perseguição na Europa.
O genocídio de seis
milhões de judeus durante o Holocausto deu urgência
adicional às demandas por um refúgio seguro.
A população judaica
chegou a 630 mil, pouco mais de 30% da população, em 1947.
Em 1947, em um
cenário de crescente violência entre judeus e árabes - e contra o domínio
britânico - a Organização das Nações Unidas (ONU) votou para que a Palestina
fosse dividida em estados judeus e árabes separados. Jerusalém se tornaria uma
cidade internacional.
Nenhuma nação árabe
apoiou isso. Eles argumentaram que o plano daria aos judeus mais terras, embora
sua população fosse menor.
O Reino Unido se
absteve. O país decidiu se retirar e entregar o problema à ONU em 14 de maio de
1948.
Os líderes judeus
na Palestina declararam um estado independente conhecido como Israel horas
antes do fim do domínio britânico. Israel foi reconhecido pela ONU no ano
seguinte.
·
O
que foi a primeira guerra árabe-israelense de 1948?
No dia seguinte à
declaração de independência de Israel, o país foi atacado e cercado pelos
exércitos de cinco nações árabes.
O conflito ficou
conhecido em Israel como sua guerra de independência.
Quando a luta
terminou com um armistício em 1949, Israel controlava a maior parte do
território.
Os acordos deixaram
o Egito ocupando a Faixa de Gaza, a Jordânia ocupando a Cisjordânia e Jerusalém
Oriental, e Israel ocupando Jerusalém Ocidental.
Cerca de 750 mil
palestinos fugiram ou foram forçados a deixar suas casas em terras que se
tornaram Israel, formando um grupo enorme de refugiados.
O evento é
conhecido em árabe como Nakba (Catástrofe).
Nos anos que se
seguiram, centenas de milhares de judeus deixaram ou foram expulsos de países
de maioria muçulmana no Oriente Médio e Norte da África, muitos deles indo para
Israel.
·
O
que foi a guerra dos seis dias de 1967?
O conflito que
ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias mudou as fronteiras no Oriente Médio
e teve grandes consequências para os palestinos.
A guerra foi uma
luta de Israel contra o Egito, a Síria e a Jordânia.
Começou quando
Israel lançou um ataque à força aérea egípcia após uma escala de tensões.
Quando a luta
terminou, Israel havia capturado e ocupado a Península do Sinai e Gaza do
Egito; a maior parte das Colinas de Golã da Síria; e Jerusalém Oriental e a
Cisjordânia da Jordânia.
Cerca de um milhão
de palestinos na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental ficaram sob o controle
de Israel.
A ocupação
israelense dessas áreas continua até hoje.
Israel assinou um
tratado de paz com o Egito em 1979 e devolveu o Sinai.
Anexou Jerusalém
Oriental e as Colinas de Golã, tornando-as parte de Israel, embora isso não
tenha sido reconhecido pela maioria da comunidade internacional.
Qual a situação na
Cisjordânia hoje?
A Cisjordânia -
terra entre Israel e o Rio Jordão - é o lar de cerca de três milhões de
palestinos.
Junto com Jerusalém
Oriental e Gaza, faz parte do que é amplamente conhecido como territórios
palestinos ocupados.
Além da ocupação
militar, assentamentos ilegais israelenses foram tomando cada vez mais terras
dos palestinos.
Os palestinos
sempre se opuseram à presença de Israel nessas áreas e querem que elas façam
parte de um Estado independente, algo apoiado pela vasta maioria da comunidade
internacional.
Israel ainda tem o
controle geral da Cisjordânia, mas desde a década de 1990, um governo palestino
- conhecido como Autoridade Palestina - administra a maioria de suas cidades.
Existem cerca de
150 assentamentos israelenses, abrigando cerca de 700 mil judeus, na
Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Os palestinos
querem que todos os assentamentos israelenses, ilegais pela lei internacional,
sejam removidos.
No entanto, o
governo de Israel contesta. Ele diz que os maiores assentamentos são
permanentes e estão "enraizados em seus direitos históricos."
O atual governo
israelense não reconhece o direito dos palestinos de ter seu próprio Estado e
argumenta que a Cisjordânia é parte da pátria israelense.
O governo
israelense anunciou planos para expandir os assentamentos após chegar ao poder
em 2022. Ele diz que a criação de um estado palestino seria uma ameaça à
segurança israelense.
Em julho de 2024, o
tribunal superior da ONU, o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), disse que
a presença contínua de Israel nos territórios palestinos ocupados é ilegal.
A Corte disse que
Israel deveria retirar todos os colonos e que estava violando acordos
internacionais sobre racismo e apartheid.
·
Qual
a disputa sobre Jerusalém?
Tanto Israel e
quanto os palestinos reivindicam Jerusalém como sua capital.
Israel, que já
controlava Jerusalém Ocidental, ocupou Jerusalém Oriental na guerra de 1967 e
mais tarde declarou a cidade inteira como sua capital permanente. O país diz
que Jerusalém não pode ser dividida.
Os palestinos
reivindicam Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado palestino.
A maioria da
população de Jerusalém Oriental é palestina, apenas uma pequena minoria
escolheram se tornar cidadãos israelenses.
Locais considerados
sagrados por diferentes religiões em Jerusalém estão no centro do conflito
palestino-israelense.
O local mais
sagrado - conhecido pelos muçulmanos como complexo da Mesquita de Al Aqsa, ou Haram
al-Sharif (Santuário Nobre), e pelos judeus como Monte do Templo - fica em
Jerusalém Oriental.
A ONU e a maioria
dos países consideram Jerusalém Oriental como território palestino ocupada por
Israel.
·
O
que aconteceu na faixa de Gaza?
A Faixa de Gaza é
um território palestino cercado por Israel, pelo Egito e pelo Mar Mediterrâneo.
Tem 41 km de comprimento e 10 km de largura.
Com cerca de 2,3
milhões de pessoas, é um dos lugares mais densamente povoados da Terra.
Mesmo antes da
guerra atual entre Israel e Hamas, Gaza tinha uma das maiores taxas de
desemprego do mundo. Muitas pessoas viviam abaixo da linha da pobreza e
dependiam de ajuda alimentar para sobreviver.
Os limites de Gaza
foram traçados como resultado da guerra do Oriente Médio de 1948, quando a
faixa foi ocupada pelo Egito.
O Egito foi expulso
de Gaza na guerra de 1967 e a faixa foi ocupada por Israel, que construiu
assentamentos e colocou a população palestina de Gaza sob o domínio de um
regime militar.
Em 2005, Israel
retirou unilateralmente suas tropas e colonos de Gaza, embora tenha mantido o
controle de sua fronteira compartilhada, espaço aéreo e litoral, dando-lhe
controle, na prática, do movimento de pessoas e bens.
A ONU ainda
considera Gaza como território ocupado por Israel devido ao nível de controle
que Israel tem.
O Hamas venceu as
eleições palestinas em 2006 e expulsou seus rivais do território após intensos
combates no ano seguinte.
Israel e Egito
impuseram um bloqueio em resposta, com Israel controlando a maior parte da
entrada de pessoas e bens no território.
Nos anos que se
seguiram, o Hamas e Israel lutaram em vários conflitos importantes - incluindo
em 2008, 2012 e 2014.
O último grande
conflito entre os dois lados foi em maio de 2021, que terminou em um
cessar-fogo após 11 dias.
Cada rodada de
combates viu pessoas mortas em ambos os lados, com a grande maioria delas sendo
palestinos em Gaza.
Em 7 de outubro de
2023, os combatentes do Hamas lançaram um ataque de Gaza, matando cerca de
1.200 pessoas em Israel e fazendo mais de 250 reféns.
Isso desencadeou
uma ofensiva militar israelense massiva em Gaza.
Mais de 46 mil
pessoas foram mortas, a maioria delas mulheres e crianças, de acordo com o
ministério da saúde administrado pelo Hamas.
Pouco antes do
conflito completar um ano, agências humanitárias da ONU assinaram uma
declaração exigindo o fim do "terrível sofrimento humano e catástrofe
humanitária em Gaza".
·
Quais
países reconhecem o Estado palestino?
Em maio de 2024,
143 dos 193 membros da Assembleia Geral das Nações Unidas votaram a favor de
uma candidatura palestina para a filiação plena à ONU, algo que está aberto
apenas a Estados.
Conhecido como
Estado da Palestina na ONU, o país tem um status oficial de "Estado
Observador Permanente", o que lhe dá um assento, mas não um voto.
Alguns países
europeus, juntamente com os EUA, não reconhecem um estado palestino e dizem que
só o farão como parte de uma solução política de longo prazo para o conflito no
Oriente Médio.
No Reino Unido, os
parlamentares votaram a favor do reconhecimento em 2014, mas o governo se
recusou a reconhecer o país.
"O Reino Unido
reconhecerá um estado palestino no momento de nossa escolha e quando melhor
servir ao objetivo da paz", disse o governo em 2021, na época dominado
pelo partido conservador.
O atual governo de
Israel alega que tem um "direito histórico" à Cisjordânia e se opõe a
um estado palestino independente, dizendo que isso representaria uma
"ameaça inaceitável".
Embora não tenha
uma embaixada oficial nos territórios palestinos, o Brasil reconhece o Estado
Palestino desde 2010 com as fronteiras anteriores à guerra de 1967. O país tem
um escritório de representação em Ramalá, na Cisjordânia.
O Brasil patrocinou
e votou a favor da moção para o reconhecimento do Estado Palestino na ONU em
maio de 2024.
·
E
quanto aos refugiados palestinos?
Há cerca de 5,9
milhões de palestinos registrados pela ONU como refugiados.
Há descendentes dos
palestinos que fugiram ou foram forçados a deixar suas casas em terras que se
tornaram Israel na guerra de 1948 e refugiados sobreviventes de guerras
subsequentes.
A maioria vive na
Jordânia, na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, na Síria e no Líbano.
Os palestinos
insistem no direito dos refugiados de retornar, mas Israel se recusa a permitir
isso. O país critica a agência de refugiados palestinos da ONU, a Unrwa, por
permitir que o status de refugiado seja herdado por gerações sucessivas.
·
O
que é a solução de dois Estados?
A "solução de
dois estados" é um caminho apoiado internacionalmente como solução para a
paz entre Israel e os palestinos.
Ela propõe um
Estado palestino independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém
Oriental como sua capital. Israel continuaria existindo e poderia manter sua
capital em Jerusalém Ocidental.
Israel rejeita uma
solução de dois estados. O país diz que qualquer acordo final deve ser o
resultado de negociações com os palestinos, e a criação de um Estado não deve
ser uma pré-condição.
A Autoridade
Palestina apoia uma solução de dois estados, mas o Hamas não - o grupo se opõe
à existência de Israel.
O Hamas diz que
poderia aceitar um estado palestino provisório com base nas fronteiras de 1967,
sem reconhecer oficialmente Israel, se os refugiados tivessem o direito de
retornar.
Os esforços
anteriores para resolver o conflito quase tiveram sucesso quando Israel e os
líderes palestinos assinarem um acordo chamado Acordos de Paz de Oslo, em 1993,
com intermediação dos EUA.
A intenção de
fornecer uma estrutura para negociações de paz.
No entanto, as
negociações acabaram fracassando e nunca mais voltaram ao mesmo patamar após o
primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin ser assassinado por radicais de
direita israelenses em 1995.
¨ O que muda para a população de Gaza com o cessar-fogo?
Assim que surgiram
as primeiras notícias sobre o cessar-fogo entre
o Hamas e Israel, palestinos na Faixa de Gaza foram às ruas comemorar o
acordo. Israel e Hamas concordaram em encerrar a guerra em Gaza,
que já dura 15 meses.
O acordo foi
alcançado após meses de negociações, com o Catar atuando como um dos principais
mediadores. O Hamas atacou o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando
cerca de 1,2 mil pessoas e levando 251 reféns para Gaza.
Este ataque
desencadeou uma grande ofensiva israelense em Gaza, em que mais de 46 mil
palestinos foram mortos, segundo o ministério da saúde administrado pelo Hamas.
Mais da metade dos mortos são mulheres e crianças, segundo o ministério.
A expectativa é que
Israel liberte cerca de mil prisioneiros palestinos, alguns deles presos há
anos, em
troca dos 94 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. Desses, acredita-se
que 34 estão mortos.
A fase inicial do
cessar-fogo deve durar seis semanas e incluirá a liberação de um primeiro grupo
de reféns israelenses. Depois de 16 dias, serão discutidos os termos de uma
nova etapa de liberação de reféns.
Em discurso, o
presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, afirmou que, nesta primeira fase, os palestinos que
precisaram migrar poderão voltar às suas casas ou bairros, e que a assistência
humanitária em Gaza aumentará.
Já a fase dois deve
incluir as negociações para o fim permanente da guerra, disse Biden. Se as
negociações levarem mais de seis semanas, o cessar-fogo continuará,
acrescentou.
Na fase três,
restos mortais de reféns que faleceram em Gaza serão enviados às suas famílias
e um plano de reconstrução de Gaza começará, afirmou o presidente americano — a
poucos dias de deixar o cargo, que será assumido por Donald Trump em 20 de
janeiro.
<><> O
que o acordo significa para Gaza
Cerca de 2 milhões
de habitantes de Gaza foram deslocados.
Na verdade,
palestinos vão retornar aos possíveis escombros que antes eram suas casas, já
que diversas áreas do território foram destruídos ao longo destes 15 meses.
Por exemplo, o bairro Brasil em
Rafah já não existe mais. Israel justificou a destruição desse local
defendendo a necessidade de retomar o controle da fronteira com o Egito e de
destruir túneis que seriam usados para contrabando de armas e passagem de
combatentes palestinos.
Uma questão muito
importante para os palestinos é que parte do acordo deve envolver a entrada,
através da passagem de Rafah, de 600 caminhões de ajuda por dia. Entre outros
itens, eles levarão suprimentos médicos ao território palestino.
Também está
previsto o envio de caminhões de combustível para operar o que resta dos
hospitais, consertar as estações de energia, reparar o sistema de esgoto e
água, e iniciar o processo de busca de soluções para todos os problemas que as
pessoas vêm enfrentando há mais de um ano.
Israel também vai
retirar seus soldados das áreas mais densamente povoadas de Gaza, deslocando-se
para uma zona de amortecimento no lado oriental.
O país cortou o
fornecimento de combustível, eletricidade e água para Gaza durante a ofensiva.
¨ O que se sabe sobre os reféns que Hamas ainda mantém em
Gaza
Israel e o Hamas
fecharam um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns.
Dentre as 251
pessoas feitas de reféns no dia 7 de
outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, 94 ainda estariam em Gaza,
segundo apurou o BBC
Verify, serviço de checagem de informação da BBC News, dos quais 60
estariam vivos e 34 estariam mortos.
Há ainda outras
quatro pessoas que foram feitas de reféns entre 2014 e 2015, duas delas mortas.
A informação sobre
os 34 reféns dados como mortos é baseada em anúncios das Forças de Defesa de
Israel (IDF, na sigla em inglês) após investigações, declarações de kibutzim e
organizações que representam as famílias.
Se confirmada,
significa que os outros 60 reféns ainda estariam vivos.
No entanto, desde 7
de outubro, o Hamas tem reivindicado um número maior de mortos entre os reféns
em Gaza. Não foi possível ainda confirmar isso.
Cerca de 109 reféns
foram libertados por meio de negociações, seja por motivos humanitários
ou durante
o cessar-fogo temporário ocorrido entre 27 e 30 de novembro de 2023.
Outros 8 reféns
foram resgatados pelas forças israelenses, que também recuperaram os restos
mortais de 40 reféns em Gaza.
Isso inclui 3
reféns mortos acidentalmente pelas IDF em 15 de dezembro de 2023.
Como será a
libertação dos reféns
O acordo de
cessar-fogo pactuado neste 15 de janeiro preveria várias etapas,
segundo uma versão do documento vazada ao público.
A primeira fase
seria um cessar-fogo inicial de seis semanas. Durante esse período, o Hamas
libertaria 33 dos reféns que capturou no ataque de 7 de outubro. Não está claro
quantos dele ainda estariam vivos.
Em troca de cada
refém libertado, Israel libertaria dezenas de prisioneiros palestinos.
Israel retiraria
seus soldados das partes mais densamente povoadas da Faixa de Gaza para uma
zona-tampão.
Mais ajuda e
combustível seriam imediatamente autorizados a entrar e haveria um retorno
controlado dos 2 milhões de deslocados de Gaza para suas casas ou que restou
delas após os bombardeios.
Ainda haveria um
grupo de reféns israelenses — homens em idade militar — que não faria parte da
primeira libertação.
O destino deles teria
sido deixado para outra rodada de negociações que deveriam começar 16 dias após
o cessar-fogo.
É a partir daí que
as principais questões sobre o futuro de Gaza — como por quem será governada e
se Israel vai se retirar totalmente do território — deveriam ser abordadas.
Famílias agradecem
a Biden e Trump
As famílias de
cidadãos americanos mantidos em cativeiro em Gaza dizem que estão
"profundamente gratas" por um acordo ter sido alcançado "para
trazer nossos entes queridos para casa".
Em uma declaração, o
grupo Families of American Hostages agradeceu ao presidente americano Joe
Biden, ao presidente eleito Donald Trump e às suas equipes por seus esforços.
"A colaboração
incansável entre Israel, Egito, Catar, Estados Unidos e outras partes foi
fundamental para chegar a este momento", acrescentaram.
O grupo disse que
os próximos dias serão "tão dolorosos para nossas famílias quanto a
totalidade das horríveis provações de nossos entes queridos".
Eles pediram que
todas as partes cumpram o acordo de cessar-fogo até que todos sejam devolvidos.
"Estamos
esperançosos que, sob a liderança do presidente Trump, cada último refém volte
para casa", acrescentaram.
Fonte: BBC News
Mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário