quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Israel e Hamas fecham acordo de cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns

Israel e Hamas fecharam um acordo de cessar-fogo e para a libertação de reféns em poder do grupo palestino, disse uma fonte próxima das negociações à BBC News.

A fonte afirmou que o acordo foi fechado após a reunião do primeiro-ministro do Catar com negociadores do Hamas e, separadamente, negociadores israelenses.

O entendimento visa paralisar a guerra em Gaza que já dura 15 meses e faz parte do longo conflito entre Israel e o povo palestino, que é uma das disputas mais longas e violentas do mundo. Suas origens remontam há mais de um século.

Houve uma série de guerras entre Israel e nações árabes. Revoltas - chamadas intifadas - contra a ocupação israelense, e represálias e ataques por Israel também ocorreram.

As consequências da disputa histórica sobre questões como terra, fronteiras e direitos continuam sendo sentidas. Entenda.

O que havia no território onde hoje está Israel antes de 1948 e como o país foi criado?

O Reino Unido assumiu o controle da área conhecida como Palestina na Primeira Guerra Mundial, após a derrota do Império Otomano, que havia governado aquela parte do Oriente Médio.

Uma maioria árabe e uma minoria judeus viviam na região, assim como outros grupos étnicos.

As tensões entre as populações judaica e árabe se aprofundaram quando o Reino Unido concordou em princípio com o estabelecimento de uma "nação" na Palestina para o povo judeu, apesar de dizerem que os direitos dos árabes palestinos que já viviam lá tinham que ser protegidos.

Os judeus tinham laços históricos com a terra, mas os árabes palestinos também tinham uma reivindicação que remontava há séculos e se opunham à mudança.

Entre as décadas de 1920 e 1940, o número de judeus chegando cresceu, com muitos fugindo da perseguição na Europa.

O genocídio de seis milhões de judeus durante o Holocausto deu urgência adicional às demandas por um refúgio seguro.

A população judaica chegou a 630 mil, pouco mais de 30% da população, em 1947.

Em 1947, em um cenário de crescente violência entre judeus e árabes - e contra o domínio britânico - a Organização das Nações Unidas (ONU) votou para que a Palestina fosse dividida em estados judeus e árabes separados. Jerusalém se tornaria uma cidade internacional.

Nenhuma nação árabe apoiou isso. Eles argumentaram que o plano daria aos judeus mais terras, embora sua população fosse menor.

O Reino Unido se absteve. O país decidiu se retirar e entregar o problema à ONU em 14 de maio de 1948.

Os líderes judeus na Palestina declararam um estado independente conhecido como Israel horas antes do fim do domínio britânico. Israel foi reconhecido pela ONU no ano seguinte.

·        O que foi a primeira guerra árabe-israelense de 1948?

No dia seguinte à declaração de independência de Israel, o país foi atacado e cercado pelos exércitos de cinco nações árabes.

O conflito ficou conhecido em Israel como sua guerra de independência.

Quando a luta terminou com um armistício em 1949, Israel controlava a maior parte do território.

Os acordos deixaram o Egito ocupando a Faixa de Gaza, a Jordânia ocupando a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, e Israel ocupando Jerusalém Ocidental.

Cerca de 750 mil palestinos fugiram ou foram forçados a deixar suas casas em terras que se tornaram Israel, formando um grupo enorme de refugiados.

O evento é conhecido em árabe como Nakba (Catástrofe).

Nos anos que se seguiram, centenas de milhares de judeus deixaram ou foram expulsos de países de maioria muçulmana no Oriente Médio e Norte da África, muitos deles indo para Israel.

·        O que foi a guerra dos seis dias de 1967?

O conflito que ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias mudou as fronteiras no Oriente Médio e teve grandes consequências para os palestinos.

A guerra foi uma luta de Israel contra o Egito, a Síria e a Jordânia.

Começou quando Israel lançou um ataque à força aérea egípcia após uma escala de tensões.

Quando a luta terminou, Israel havia capturado e ocupado a Península do Sinai e Gaza do Egito; a maior parte das Colinas de Golã da Síria; e Jerusalém Oriental e a Cisjordânia da Jordânia.

Cerca de um milhão de palestinos na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental ficaram sob o controle de Israel.

A ocupação israelense dessas áreas continua até hoje.

Israel assinou um tratado de paz com o Egito em 1979 e devolveu o Sinai.

Anexou Jerusalém Oriental e as Colinas de Golã, tornando-as parte de Israel, embora isso não tenha sido reconhecido pela maioria da comunidade internacional.

Qual a situação na Cisjordânia hoje?

A Cisjordânia - terra entre Israel e o Rio Jordão - é o lar de cerca de três milhões de palestinos.

Junto com Jerusalém Oriental e Gaza, faz parte do que é amplamente conhecido como territórios palestinos ocupados.

Além da ocupação militar, assentamentos ilegais israelenses foram tomando cada vez mais terras dos palestinos.

Os palestinos sempre se opuseram à presença de Israel nessas áreas e querem que elas façam parte de um Estado independente, algo apoiado pela vasta maioria da comunidade internacional.

Israel ainda tem o controle geral da Cisjordânia, mas desde a década de 1990, um governo palestino - conhecido como Autoridade Palestina - administra a maioria de suas cidades.

Existem cerca de 150 assentamentos israelenses, abrigando cerca de 700 mil judeus, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Os palestinos querem que todos os assentamentos israelenses, ilegais pela lei internacional, sejam removidos.

No entanto, o governo de Israel contesta. Ele diz que os maiores assentamentos são permanentes e estão "enraizados em seus direitos históricos."

O atual governo israelense não reconhece o direito dos palestinos de ter seu próprio Estado e argumenta que a Cisjordânia é parte da pátria israelense.

O governo israelense anunciou planos para expandir os assentamentos após chegar ao poder em 2022. Ele diz que a criação de um estado palestino seria uma ameaça à segurança israelense.

Em julho de 2024, o tribunal superior da ONU, o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), disse que a presença contínua de Israel nos territórios palestinos ocupados é ilegal.

A Corte disse que Israel deveria retirar todos os colonos e que estava violando acordos internacionais sobre racismo e apartheid.

·        Qual a disputa sobre Jerusalém?

Tanto Israel e quanto os palestinos reivindicam Jerusalém como sua capital.

Israel, que já controlava Jerusalém Ocidental, ocupou Jerusalém Oriental na guerra de 1967 e mais tarde declarou a cidade inteira como sua capital permanente. O país diz que Jerusalém não pode ser dividida.

Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado palestino.

A maioria da população de Jerusalém Oriental é palestina, apenas uma pequena minoria escolheram se tornar cidadãos israelenses.

Locais considerados sagrados por diferentes religiões em Jerusalém estão no centro do conflito palestino-israelense.

O local mais sagrado - conhecido pelos muçulmanos como complexo da Mesquita de Al Aqsa, ou Haram al-Sharif (Santuário Nobre), e pelos judeus como Monte do Templo - fica em Jerusalém Oriental.

A ONU e a maioria dos países consideram Jerusalém Oriental como território palestino ocupada por Israel.

·        O que aconteceu na faixa de Gaza?

A Faixa de Gaza é um território palestino cercado por Israel, pelo Egito e pelo Mar Mediterrâneo. Tem 41 km de comprimento e 10 km de largura.

Com cerca de 2,3 milhões de pessoas, é um dos lugares mais densamente povoados da Terra.

Mesmo antes da guerra atual entre Israel e Hamas, Gaza tinha uma das maiores taxas de desemprego do mundo. Muitas pessoas viviam abaixo da linha da pobreza e dependiam de ajuda alimentar para sobreviver.

Os limites de Gaza foram traçados como resultado da guerra do Oriente Médio de 1948, quando a faixa foi ocupada pelo Egito.

O Egito foi expulso de Gaza na guerra de 1967 e a faixa foi ocupada por Israel, que construiu assentamentos e colocou a população palestina de Gaza sob o domínio de um regime militar.

Em 2005, Israel retirou unilateralmente suas tropas e colonos de Gaza, embora tenha mantido o controle de sua fronteira compartilhada, espaço aéreo e litoral, dando-lhe controle, na prática, do movimento de pessoas e bens.

A ONU ainda considera Gaza como território ocupado por Israel devido ao nível de controle que Israel tem.

O Hamas venceu as eleições palestinas em 2006 e expulsou seus rivais do território após intensos combates no ano seguinte.

Israel e Egito impuseram um bloqueio em resposta, com Israel controlando a maior parte da entrada de pessoas e bens no território.

Nos anos que se seguiram, o Hamas e Israel lutaram em vários conflitos importantes - incluindo em 2008, 2012 e 2014.

O último grande conflito entre os dois lados foi em maio de 2021, que terminou em um cessar-fogo após 11 dias.

Cada rodada de combates viu pessoas mortas em ambos os lados, com a grande maioria delas sendo palestinos em Gaza.

Em 7 de outubro de 2023, os combatentes do Hamas lançaram um ataque de Gaza, matando cerca de 1.200 pessoas em Israel e fazendo mais de 250 reféns.

Isso desencadeou uma ofensiva militar israelense massiva em Gaza.

Mais de 46 mil pessoas foram mortas, a maioria delas mulheres e crianças, de acordo com o ministério da saúde administrado pelo Hamas.

Pouco antes do conflito completar um ano, agências humanitárias da ONU assinaram uma declaração exigindo o fim do "terrível sofrimento humano e catástrofe humanitária em Gaza".

·        Quais países reconhecem o Estado palestino?

Em maio de 2024, 143 dos 193 membros da Assembleia Geral das Nações Unidas votaram a favor de uma candidatura palestina para a filiação plena à ONU, algo que está aberto apenas a Estados.

Conhecido como Estado da Palestina na ONU, o país tem um status oficial de "Estado Observador Permanente", o que lhe dá um assento, mas não um voto.

Alguns países europeus, juntamente com os EUA, não reconhecem um estado palestino e dizem que só o farão como parte de uma solução política de longo prazo para o conflito no Oriente Médio.

No Reino Unido, os parlamentares votaram a favor do reconhecimento em 2014, mas o governo se recusou a reconhecer o país.

"O Reino Unido reconhecerá um estado palestino no momento de nossa escolha e quando melhor servir ao objetivo da paz", disse o governo em 2021, na época dominado pelo partido conservador.

O atual governo de Israel alega que tem um "direito histórico" à Cisjordânia e se opõe a um estado palestino independente, dizendo que isso representaria uma "ameaça inaceitável".

Embora não tenha uma embaixada oficial nos territórios palestinos, o Brasil reconhece o Estado Palestino desde 2010 com as fronteiras anteriores à guerra de 1967. O país tem um escritório de representação em Ramalá, na Cisjordânia.

O Brasil patrocinou e votou a favor da moção para o reconhecimento do Estado Palestino na ONU em maio de 2024.

·        E quanto aos refugiados palestinos?

Há cerca de 5,9 milhões de palestinos registrados pela ONU como refugiados.

Há descendentes dos palestinos que fugiram ou foram forçados a deixar suas casas em terras que se tornaram Israel na guerra de 1948 e refugiados sobreviventes de guerras subsequentes.

A maioria vive na Jordânia, na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, na Síria e no Líbano.

Os palestinos insistem no direito dos refugiados de retornar, mas Israel se recusa a permitir isso. O país critica a agência de refugiados palestinos da ONU, a Unrwa, por permitir que o status de refugiado seja herdado por gerações sucessivas.

·        O que é a solução de dois Estados?

A "solução de dois estados" é um caminho apoiado internacionalmente como solução para a paz entre Israel e os palestinos.

Ela propõe um Estado palestino independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental como sua capital. Israel continuaria existindo e poderia manter sua capital em Jerusalém Ocidental.

Israel rejeita uma solução de dois estados. O país diz que qualquer acordo final deve ser o resultado de negociações com os palestinos, e a criação de um Estado não deve ser uma pré-condição.

A Autoridade Palestina apoia uma solução de dois estados, mas o Hamas não - o grupo se opõe à existência de Israel.

O Hamas diz que poderia aceitar um estado palestino provisório com base nas fronteiras de 1967, sem reconhecer oficialmente Israel, se os refugiados tivessem o direito de retornar.

Os esforços anteriores para resolver o conflito quase tiveram sucesso quando Israel e os líderes palestinos assinarem um acordo chamado Acordos de Paz de Oslo, em 1993, com intermediação dos EUA.

A intenção de fornecer uma estrutura para negociações de paz.

No entanto, as negociações acabaram fracassando e nunca mais voltaram ao mesmo patamar após o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin ser assassinado por radicais de direita israelenses em 1995.

¨      O que muda para a população de Gaza com o cessar-fogo?

Assim que surgiram as primeiras notícias sobre o cessar-fogo entre o Hamas e Israel, palestinos na Faixa de Gaza foram às ruas comemorar o acordo. Israel e Hamas concordaram em encerrar a guerra em Gaza, que já dura 15 meses.

O acordo foi alcançado após meses de negociações, com o Catar atuando como um dos principais mediadores. O Hamas atacou o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1,2 mil pessoas e levando 251 reféns para Gaza.

Este ataque desencadeou uma grande ofensiva israelense em Gaza, em que mais de 46 mil palestinos foram mortos, segundo o ministério da saúde administrado pelo Hamas. Mais da metade dos mortos são mulheres e crianças, segundo o ministério.

A expectativa é que Israel liberte cerca de mil prisioneiros palestinos, alguns deles presos há anos, em troca dos 94 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. Desses, acredita-se que 34 estão mortos.

A fase inicial do cessar-fogo deve durar seis semanas e incluirá a liberação de um primeiro grupo de reféns israelenses. Depois de 16 dias, serão discutidos os termos de uma nova etapa de liberação de reféns.

Em discurso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que, nesta primeira fase, os palestinos que precisaram migrar poderão voltar às suas casas ou bairros, e que a assistência humanitária em Gaza aumentará.

Já a fase dois deve incluir as negociações para o fim permanente da guerra, disse Biden. Se as negociações levarem mais de seis semanas, o cessar-fogo continuará, acrescentou.

Na fase três, restos mortais de reféns que faleceram em Gaza serão enviados às suas famílias e um plano de reconstrução de Gaza começará, afirmou o presidente americano — a poucos dias de deixar o cargo, que será assumido por Donald Trump em 20 de janeiro.

<><> O que o acordo significa para Gaza

Cerca de 2 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados.

Na verdade, palestinos vão retornar aos possíveis escombros que antes eram suas casas, já que diversas áreas do território foram destruídos ao longo destes 15 meses.

Por exemplo, o bairro Brasil em Rafah já não existe mais. Israel justificou a destruição desse local defendendo a necessidade de retomar o controle da fronteira com o Egito e de destruir túneis que seriam usados para contrabando de armas e passagem de combatentes palestinos.

Uma questão muito importante para os palestinos é que parte do acordo deve envolver a entrada, através da passagem de Rafah, de 600 caminhões de ajuda por dia. Entre outros itens, eles levarão suprimentos médicos ao território palestino.

Também está previsto o envio de caminhões de combustível para operar o que resta dos hospitais, consertar as estações de energia, reparar o sistema de esgoto e água, e iniciar o processo de busca de soluções para todos os problemas que as pessoas vêm enfrentando há mais de um ano.

Israel também vai retirar seus soldados das áreas mais densamente povoadas de Gaza, deslocando-se para uma zona de amortecimento no lado oriental.

O país cortou o fornecimento de combustível, eletricidade e água para Gaza durante a ofensiva.

¨      O que se sabe sobre os reféns que Hamas ainda mantém em Gaza

Israel e o Hamas fecharam um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns.

Dentre as 251 pessoas feitas de reféns no dia 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, 94 ainda estariam em Gaza, segundo apurou o BBC Verify, serviço de checagem de informação da BBC News, dos quais 60 estariam vivos e 34 estariam mortos.

Há ainda outras quatro pessoas que foram feitas de reféns entre 2014 e 2015, duas delas mortas.

A informação sobre os 34 reféns dados como mortos é baseada em anúncios das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) após investigações, declarações de kibutzim e organizações que representam as famílias.

Se confirmada, significa que os outros 60 reféns ainda estariam vivos.

No entanto, desde 7 de outubro, o Hamas tem reivindicado um número maior de mortos entre os reféns em Gaza. Não foi possível ainda confirmar isso.

Cerca de 109 reféns foram libertados por meio de negociações, seja por motivos humanitários ou durante o cessar-fogo temporário ocorrido entre 27 e 30 de novembro de 2023.

Outros 8 reféns foram resgatados pelas forças israelenses, que também recuperaram os restos mortais de 40 reféns em Gaza.

Isso inclui 3 reféns mortos acidentalmente pelas IDF em 15 de dezembro de 2023.

Como será a libertação dos reféns

O acordo de cessar-fogo pactuado neste 15 de janeiro preveria várias etapas, segundo uma versão do documento vazada ao público.

A primeira fase seria um cessar-fogo inicial de seis semanas. Durante esse período, o Hamas libertaria 33 dos reféns que capturou no ataque de 7 de outubro. Não está claro quantos dele ainda estariam vivos.

Em troca de cada refém libertado, Israel libertaria dezenas de prisioneiros palestinos.

Israel retiraria seus soldados das partes mais densamente povoadas da Faixa de Gaza para uma zona-tampão.

Mais ajuda e combustível seriam imediatamente autorizados a entrar e haveria um retorno controlado dos 2 milhões de deslocados de Gaza para suas casas ou que restou delas após os bombardeios.

Ainda haveria um grupo de reféns israelenses — homens em idade militar — que não faria parte da primeira libertação.

O destino deles teria sido deixado para outra rodada de negociações que deveriam começar 16 dias após o cessar-fogo.

É a partir daí que as principais questões sobre o futuro de Gaza — como por quem será governada e se Israel vai se retirar totalmente do território — deveriam ser abordadas.

Famílias agradecem a Biden e Trump

As famílias de cidadãos americanos mantidos em cativeiro em Gaza dizem que estão "profundamente gratas" por um acordo ter sido alcançado "para trazer nossos entes queridos para casa".

Em uma declaração, o grupo Families of American Hostages agradeceu ao presidente americano Joe Biden, ao presidente eleito Donald Trump e às suas equipes por seus esforços.

"A colaboração incansável entre Israel, Egito, Catar, Estados Unidos e outras partes foi fundamental para chegar a este momento", acrescentaram.

O grupo disse que os próximos dias serão "tão dolorosos para nossas famílias quanto a totalidade das horríveis provações de nossos entes queridos".

Eles pediram que todas as partes cumpram o acordo de cessar-fogo até que todos sejam devolvidos.

"Estamos esperançosos que, sob a liderança do presidente Trump, cada último refém volte para casa", acrescentaram.

 

Fonte: BBC News Mundo

 

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