quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

EUA poderiam propor à Rússia cooperação no espaço a fim de encerrar conflito na Ucrânia, diz mídia

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, poderia dar uma proposta sobre retomar a cooperação ativa na indústria espacial e participação no programa conjunto a fim de encerrar o conflito na Ucrânia de maneira rápida, afirma o jornal norte-americano The Hill.

"Trump se comprometeu a acabar com a guerra na Ucrânia. Ele poderia adoçar o acordo fazendo uma oferta irrecusável a Putin. [...] Em troca, Trump poderia oferecer à Rússia um papel no programa Artemis", ressalta o jornal.

Nota-se que os fins prioritários do projeto são a missão a Marte e o regresso da humanidade à Lua. Além disso, a Rússia obteria acesso às tecnologias norte-americanas e aos fornecedores do equipamento necessário, incluindo SpaceX, sublinha o The Hill.

Em novembro passado, o historiador espacial Aleksandr Zheleznyakov disse que, sob Trump, a cooperação espacial entre a Rússia e os EUA permaneceria no mesmo nível baixo de antes. O historiador espacial também lembrou que, antes das sanções e da deterioração das relações bilaterais, a cooperação espacial entre a Rússia e os EUA não era extensa.

De acordo com ele, os dois países participaram da preparação de uma missão conjunta a Vênus. Além disso, cientistas russos estavam instalando seus instrumentos em algumas estações interplanetárias dos EUA.

¨      EUA pressionam UE a apreender ativos russos congelados, diz mídia

Assessores do presidente dos EUA, Joe Biden, estão pedindo que os países europeus apoiem a transferência de ativos russos congelados para uma conta de custódia que só seria desbloqueada caso um acordo de paz fosse alcançado na Ucrânia, informou a emissora de televisão CNN.

De acordo com autoridades do governo de saída citadas pelo veículo, a Casa Branca está fazendo seu "último esforço" para apreender centenas de bilhões de dólares em ativos russos congelados para usar esses fundos "como uma futura ferramenta de barganha para a Ucrânia".

"Os principais assessores de [Joe] Biden têm trabalhado para convencer os parceiros europeus a apoiar a transferência de cerca de US$ 300 bilhões [R$ 1,8 trilhão] em fundos russos para uma nova conta de custódia, que só seria desbloqueada como parte de um acordo de paz", informou a mídia.

Líderes europeus continuam hesitantes em apreender ativos congeladosinformou a CNN, tornando improvável que um acordo seja fechado antes que o presidente eleito Donald Trump tome posse.

A União Europeia (UE) e o G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) bloquearam ativos russos no valor de € 300 bilhões (mais de R$ 1,8 trilhão) desde o início da operação militar especial na Ucrânia, que a Rússia lançou em fevereiro de 2022 para impedir o bombardeio ucraniano de civis em Donbass e para travar os riscos para a segurança nacional colocados pelo avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu a decisão de Bruxelas como um "roubo" que afeta não apenas investidores privados, mas também fundos soberanos.

A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertou que Moscou responderia simetricamente confiscando ativos europeus congelados na Rússia.

<><> Crimeia e cidade de Sevastopol são de importância estratégica para toda a Rússia, diz Putin

Presidente russo afirmou ser importante manter o nível de desenvolvimento em ambas as regiões para cumprir tarefas de maior escala no interesse dos cidadãos locais.

O presidente russo Vladimir Putin declarou a necessidade de manter o ritmo de desenvolvimento na Crimeia e na cidade de Sevastopol em uma reunião nesta terça-feira (14), sobre o desenvolvimento socioeconômico das regiões.

"Gostaria de sublinhar que, com a utilização de ferramentas novas e existentes, é importante manter o elevado ritmo de desenvolvimento da Crimeia e de Sevastopol para cumprir tarefas de maior escala no interesse dos residentes, para confiar sempre nos seus desejos, pedidos, ideias construtivas, para resolver pronta e essencialmente as questões problemáticas que eles colocam", disse o presidente russo.

Putin também mencionou o acidente envolvendo dois petroleiros em 15 de dezembro, na região do estreito de Kerch, que liga o mar Negro e o mar de Azov, quando houve o derramamento de cerca de 2,4 mil toneladas de derivados de petróleo no mar.

Ele afirmou que espera uma ação ativa da comissão governamental criada para eliminar as consequências do derramamento de petróleo e pediu ao governo local que interaja ativamente com as regiões.

"Espero aqui uma ação ativa da comissão criada pelo governo. Sei que também estão trabalhando hoje e, em geral, peço ao governo que interaja ativamente aqui com as regiões", disse Putin.

O chefe de Estado russo agradeceu também aos voluntários pelo trabalho realizado na limpeza da região afetada.

¨      Líderes europeus priorizam apoio à Ucrânia, deixando seus cidadãos sofrer sem energia, diz mídia

A Europa é ameaçada por enfrentar uma competição feroz por recursos energéticos devido aos ataques da Ucrânia à infraestrutura de energia, afirma a revista norte-americana de análise Responsible Statecraft.

"No seu conjunto, o alegado ataque ao gasoduto, em conjunto com os anteriores e atuais desastres energéticos, assinala não só as perspectivas de uma nova escalada do conflito, mas também a intensificação de uma luta possivelmente horrível pelos recursos energéticos no continente europeu alargado", ressalta a revista.

Além disso, a Responsible Statecraft acrescenta que os líderes europeus deram prioridade à guerra em detrimento de uma solução negociada, por isso os seus civis poderiam sofrer com isso.

Anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia relatou que a Ucrânia tentou, no sábado (11), atacar a estação de compressão do TurkStream perto de Anapa, na região de Krasnodar, a fim de cortar o fornecimento de gás para os países europeus. Todos os nove drones ucranianos foram derrubados pela defesa antiaérea russa. O Ministério acrescentou que um drone ucraniano abatido danificou levemente o equipamento de uma estação de compressão no território de Krasnodar, não havendo vítimas.

¨      Maioria apoia nos EUA planos de Trump de corte de ajuda a Kiev e diálogo com a Rússia, diz pesquisa

A intenção do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de cortar a ajuda militar à Ucrânia e o início das negociações com a Rússia tem o apoio de pelo menos metade dos norte-americanos. É o que mostrou uma pesquisa conduzida pelo USA Today e Suffolk University divulgada nesta terça-feira (15).

Em dezembro, Trump afirmou que, sob a nova administração dos EUA, Kiev "possivelmente" não deveria esperar a mesma quantidade de ajuda de Washington que ocorreu ao longo da presidência do democrata Joe Biden.

Ao mesmo tempo, 44% dos entrevistados se opuseram às iniciativas de Trump, informou o relatório. A pesquisa foi realizada de 7 a 11 de janeiro e ouviu 1.000 pessoas.

<><> Encontro entre Trump e Putin

Na última semana, Trump revelou que quer organizar uma reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que terá entre os principais pontos de discussão o conflito ucraniano. A Suíça, que recebeu no ano passado uma cúpula encabeçada por Vladimir Zelensky sem a presença de Moscou, mostrou disposição em receber o encontro.

"Após a cúpula de Burgenstock, a Ucrânia, a Rússia e os Estados Unidos foram regularmente informados de nossa disposição em apoiar qualquer esforço diplomático para estabelecer a paz", disse o porta-voz do Departamento Federal de Relações Exteriores suíço, Nicolas Bideau.

Burgenstock é um resort suíço onde, em 15 e 16 de junho de 2024, foi realizada a chamada "cúpula de paz para a Ucrânia". O evento também se destacou pelo fato de o Brasil, Índia, México, África do Sul e vários outros países não terem assinado o comunicado final, enquanto a China não chegou a participar da cúpula.

Posteriormente, Kiev anunciou que a segunda "cúpula de paz", planejada para novembro de 2024, foi cancelada e até agora não se realizou.

Na sexta-feira (10), o presidente eleito dos EUA disse aos jornalistas que quer organizar uma reunião com Putin.

¨      Revista dos EUA revela responsáveis pelo fracasso das negociações entre Rússia e Ucrânia

Os EUA e seus parceiros ocidentais são responsáveis pelo fracasso das negociações entre a Rússia e a Ucrânia em Istambul em 2022, avança a revista americana The American Conservative.

A mídia observa que nas primeiras semanas do conflito houve uma janela de oportunidade para a sua resolução.

"Quando as negociações bilaterais entre a Ucrânia e a Rússia em Istambul prometiam uma solução negociada e até mesmo levaram a um projeto de acordo preliminar, os EUA e seus parceiros ocidentais desencorajaram as negociações em vez de incentivar e explorar completamente a diplomacia", afirma o artigo.

De acordo com a revista, uma prova disso é o número cada vez maior de funcionários e testemunhas no processo de paz durante esse período. O envolvimento dos EUA no colapso do esforço de paz está se tornando cada vez mais plausível.

"Há países dentro da OTAN que querem que a guerra continue", disse o então ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu. Eles querem "deixar a guerra continuar e a Rússia ficar mais fraca".

Mas à medida que a lista de testemunhas cresce, os argumentos denunciando a contribuição dos EUA para a continuação da guerra se tornam cada vez mais convincentes", conclui o autor.

<><> 'Fechamos um acordo para a libertação dos reféns em Gaza', anuncia Trump

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou na tarde desta quarta-feira (15) que os EUA fecharam um acordo para a liberação dos reféns israelenses que foram levados para a Faixa de Gaza.

"Temos um acordo para reféns no Médio Oriente. Eles serão libertados em breve", escreveu Trump na rede social Truth Social.

Trump acrescentou que sua administração continuará a promover a ideia de "paz através da força" no Oriente Médio e a expandir os Acordos de Abraão, iniciativa de paz lançada em 2020, pela gestão Trump, e continuada pelo govrno de Joe Biden. O pacto visa normalizar as relações entre Israel e os países árabes e contou com a adesão de Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos.

"Continuaremos a promover a paz através da força na região, enquanto aproveitamos a oportunidade após este cessar-fogo para expandir ainda mais os históricos Acordos de Abraham", escreveu Trump.

Anteriormente, o canal de TV Al Jazeera informou que o movimento palestino deu consentimento aos mediadores para concluir um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e a troca de prisioneiros.

A notícia também foi veiculada pela emissora israelense Kan, citando fontes norte-americanas, israelenses e árabes envolviodas na negociação, que confirmaram a informação em condição de anomimato.

"A crise nas negociações foi resolvida", disse a autoridade israelense à emissora.

O acordo é assinado após meses de negociação em Doha mediada pelo Catar, e com participação dos EUA, principal aliado de Israel.

¨      Jornal explica por que os países europeus não podem enviar tropas de paz à Ucrânia

Os países europeus não podem enviar tropas de paz para a Ucrânia porque estão diretamente envolvidos no conflito decorrente no país através de financiamento, escreve o jornal Financial Times.

"Dado o seu amplo apoio à Ucrânia, os países europeus são tudo menos uma terceira parte neutra. Quase por definição, eles não poderiam liderar uma força de paz na Ucrânia" , explica o artigo.

Nota-se que esse direito é detido por organizações internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), que têm o monopólio das atividades de manutenção da paz e a possibilidade de mediar conflitos.

"A própria ideia de enviar tropas europeias para a Ucrânia é extremamente problemática", conclui o autor.

Recentemente, o líder ucraniano Vladimir Zelensky discutiu com o presidente francês Emmanuel Macron a iniciativa de implantar contingentes militares na Ucrânia, sua possível expansão e envolvimento de outros países.

No ano passado, a agência Reuters informou com referência a um funcionário europeu não identificado que não há consenso na UE sobre o envio de tropas estrangeiras para a Ucrânia após o fim do conflito, e em conexão a isso está sendo considerada a possibilidade de criação de uma coalizão de cinco a oito países sobre este assunto.

¨      Mídia: sanções dos EUA ao petróleo russo provocam aumento nas taxas de frete

As taxas de frete de superpetroleiros aumentaram após os EUA expandirem as sanções à indústria petrolífera da Rússia, em nova tentativa de conter a receita do segundo maior exportador de petróleo do mundo.

De acordo com a Reuters, 35% dos cerca de 669 petroleiros de uma chamada frota paralela de navios usados para embarcar petróleo para a Índia e a China que não sofre penalidades vindas dos países ocidentais, foram alvo da mais recente ação dos EUA além de sanções da União Europeia (UE) e Reino Unido.

Segundo fontes que conversaram com a mídia ainda na última sexta-feira (10), as taxas de frete para grandes transportadores de petróleo bruto (VLCCs, na sigla em inglês), capazes de transportar até dois milhões de barris de petróleo bruto nas principais rotas aumentaram. Para se ter ideia, a taxa na rota do Oriente Médio para a China, conhecida como TD3C, aumentou 39% desde sexta-feira para US$ 37.800 (R$ 229.291), a mais alta desde outubro.

Para o chefe global de pesquisa de transporte na Oil Brokerage, Anoop Singh, o principal impulsionador dos preços é a busca por petróleo alternativo, o que implica em custos de frete adicionais ante a possível escassez de recursos confiáveis e baratos provenientes de Moscou.

Dados da S&P Global Commodity Insights compilados pela mídia apontam que as taxas de embarques de petróleo russo para a China também aumentaram após as sanções. Na rota que sai de Kozmino, porto russo no Pacífico, para o norte da China, as taxas mais que dobraram na segunda-feira (13) para US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 21,2 milhões).

Ainda segundo a apuração, analistas chamaram a atenção para a queda na disponibilidade de petroleiros, uma vez que os comerciantes procuram navios não sancionados para enviar petróleo bruto russo e iraniano. A priori, com a oferta de mercado restringida, a demanda tende a se intensificar aumentando os preços.

Visando atingir a economia da Rússia, os EUA e seus aliados do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) decidiram sancionar o petróleo e gás russos, bem como petroleiros para conter os resultados positivos de Moscou ao combater na guerra por procuração da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra a Rússia na Ucrânia.

Até agora, análises de mercado dão conta de que a maior prejudicada pela guerra de sanções contra a Rússia, é a Europa que já enfrenta crises de escassez e alta de preços de energia em pleno inverno (Hemisfério Norte).

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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