EUA poderiam propor
à Rússia cooperação no espaço a fim de encerrar conflito na Ucrânia, diz mídia
O presidente eleito
dos EUA, Donald Trump, poderia dar uma proposta sobre retomar a cooperação
ativa na indústria espacial e participação no programa conjunto a fim de
encerrar o conflito na Ucrânia de maneira rápida, afirma o jornal
norte-americano The Hill.
"Trump se
comprometeu a acabar com a
guerra na Ucrânia.
Ele poderia adoçar o acordo fazendo uma oferta irrecusável a Putin. [...] Em
troca, Trump poderia oferecer à Rússia um papel no programa
Artemis", ressalta o jornal.
Nota-se que os fins
prioritários do projeto são a missão a Marte e o regresso da humanidade à
Lua. Além disso, a
Rússia obteria acesso
às tecnologias norte-americanas e aos fornecedores do equipamento
necessário, incluindo SpaceX, sublinha o The Hill.
Em novembro
passado, o historiador espacial Aleksandr Zheleznyakov disse que, sob Trump, a
cooperação espacial entre a Rússia e os
EUA permaneceria no
mesmo nível baixo de antes. O historiador espacial também lembrou que, antes
das sanções e da deterioração das relações bilaterais, a cooperação
espacial entre a Rússia e os EUA não era extensa.
De acordo com ele,
os dois países participaram da preparação de uma missão conjunta a
Vênus. Além disso, cientistas russos estavam instalando seus instrumentos
em algumas estações interplanetárias dos EUA.
¨ EUA pressionam UE a apreender ativos russos congelados,
diz mídia
Assessores do
presidente dos EUA, Joe Biden, estão pedindo que os países europeus apoiem a
transferência de ativos russos congelados para uma conta de custódia que só
seria desbloqueada caso um acordo de paz fosse alcançado na Ucrânia, informou a
emissora de televisão CNN.
De acordo com autoridades
do governo de
saída citadas pelo veículo, a Casa Branca está fazendo seu "último
esforço" para apreender centenas de bilhões de dólares em ativos russos
congelados para usar esses fundos "como uma futura ferramenta
de barganha para
a Ucrânia".
"Os principais
assessores de [Joe] Biden têm trabalhado para convencer os parceiros europeus a
apoiar a transferência de cerca de US$ 300 bilhões [R$ 1,8 trilhão] em
fundos russos para uma nova conta de custódia, que só seria desbloqueada como
parte de um acordo de paz", informou a mídia.
Líderes europeus
continuam hesitantes em apreender
ativos congelados, informou a
CNN, tornando improvável que um acordo seja fechado antes que o
presidente eleito Donald Trump tome posse.
A União Europeia
(UE) e o G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França,
Itália, Japão e Reino Unido) bloquearam ativos russos no valor de € 300
bilhões (mais de R$ 1,8 trilhão) desde o início da operação
militar especial na
Ucrânia, que a Rússia lançou em fevereiro de 2022 para impedir o bombardeio
ucraniano de civis em Donbass e para travar os riscos para a segurança nacional
colocados pelo avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para
o leste.
O Ministério das
Relações Exteriores da Rússia descreveu a decisão de Bruxelas como
um "roubo" que afeta
não apenas investidores privados, mas também fundos soberanos.
A representante do
Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertou que
Moscou responderia
simetricamente confiscando
ativos europeus congelados na Rússia.
<><>
Crimeia e cidade de Sevastopol são de importância estratégica para toda a
Rússia, diz Putin
Presidente russo
afirmou ser importante manter o nível de desenvolvimento em ambas as regiões
para cumprir tarefas de maior escala no interesse dos cidadãos locais.
O presidente russo Vladimir
Putin declarou
a necessidade de manter o ritmo de desenvolvimento na Crimeia e na
cidade de Sevastopol em uma reunião nesta terça-feira (14), sobre o
desenvolvimento socioeconômico das regiões.
"Gostaria de
sublinhar que, com a utilização de ferramentas novas e existentes, é importante
manter o elevado ritmo de desenvolvimento
da Crimeia e
de Sevastopol para cumprir tarefas de maior escala no interesse dos residentes,
para confiar sempre nos seus desejos, pedidos, ideias construtivas, para
resolver pronta e essencialmente as questões problemáticas que eles
colocam", disse o presidente russo.
Putin também
mencionou o acidente envolvendo dois petroleiros em 15 de dezembro, na região
do estreito de Kerch, que liga o mar Negro e o mar de Azov, quando houve
o derramamento de cerca de 2,4 mil toneladas de derivados de petróleo no
mar.
Ele afirmou
que espera uma ação ativa da comissão governamental criada para
eliminar as
consequências do
derramamento de petróleo e pediu ao governo local que interaja ativamente com
as regiões.
"Espero aqui
uma ação ativa da comissão criada pelo governo. Sei que também estão
trabalhando hoje e, em geral, peço ao governo que interaja ativamente aqui com
as regiões", disse Putin.
O chefe de Estado
russo agradeceu também aos voluntários pelo trabalho realizado na limpeza
da região afetada.
¨ Líderes europeus priorizam apoio à Ucrânia, deixando
seus cidadãos sofrer sem energia, diz mídia
A Europa é ameaçada
por enfrentar uma competição feroz por recursos energéticos devido aos ataques
da Ucrânia à infraestrutura de energia, afirma a revista norte-americana de
análise Responsible Statecraft.
"No seu
conjunto, o alegado ataque
ao gasoduto,
em conjunto com os anteriores e atuais desastres energéticos, assinala não
só as perspectivas de uma nova escalada do conflito, mas também
a intensificação de uma luta possivelmente horrível pelos recursos energéticos
no continente europeu alargado", ressalta a revista.
Além disso, a
Responsible Statecraft acrescenta que os
líderes europeus deram
prioridade à guerra em detrimento de uma solução negociada, por
isso os seus civis poderiam sofrer com isso.
Anteriormente, o
Ministério da Defesa da Rússia relatou que a Ucrânia tentou, no
sábado (11), atacar a estação de compressão do TurkStream perto de
Anapa, na região de Krasnodar, a fim de cortar o fornecimento de gás para
os países europeus. Todos os nove drones ucranianos foram
derrubados pela defesa antiaérea russa. O Ministério acrescentou que um
drone ucraniano abatido danificou levemente o equipamento de uma estação
de compressão no território de Krasnodar, não havendo vítimas.
¨ Maioria apoia nos EUA planos de Trump de corte de ajuda
a Kiev e diálogo com a Rússia, diz pesquisa
A intenção do
presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de cortar a ajuda militar à
Ucrânia e o início das negociações com a Rússia tem o apoio de pelo menos
metade dos norte-americanos. É o que mostrou uma pesquisa conduzida pelo USA
Today e Suffolk University divulgada nesta terça-feira (15).
Em dezembro, Trump
afirmou que, sob a nova
administração dos EUA,
Kiev "possivelmente" não deveria esperar a mesma quantidade de ajuda
de Washington que ocorreu ao longo da presidência do democrata Joe Biden.
Ao mesmo
tempo, 44% dos entrevistados se opuseram às iniciativas de Trump,
informou o relatório. A pesquisa foi realizada de 7 a 11 de janeiro e ouviu
1.000 pessoas.
<><> Encontro
entre Trump e Putin
Na última semana,
Trump revelou que quer organizar
uma reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que terá entre os
principais pontos de discussão o conflito ucraniano. A Suíça, que recebeu no
ano passado uma cúpula encabeçada por Vladimir Zelensky sem a presença de
Moscou, mostrou disposição em receber o encontro.
"Após a cúpula
de Burgenstock, a Ucrânia, a Rússia e os Estados Unidos foram regularmente
informados de nossa disposição em apoiar qualquer esforço diplomático para
estabelecer a paz", disse o porta-voz do Departamento Federal de Relações
Exteriores suíço, Nicolas Bideau.
Burgenstock é um
resort suíço onde, em 15 e 16 de junho de 2024, foi realizada a chamada
"cúpula de paz para a Ucrânia". O evento
também se destacou pelo
fato de o Brasil, Índia, México, África do Sul e vários outros países
não terem assinado o comunicado final, enquanto a China não chegou a participar
da cúpula.
Posteriormente,
Kiev anunciou que a segunda "cúpula de paz", planejada para novembro
de 2024, foi cancelada e até agora não se realizou.
Na sexta-feira
(10), o presidente eleito dos EUA disse aos jornalistas que quer
organizar uma reunião com
Putin.
¨ Revista dos EUA revela responsáveis pelo fracasso das
negociações entre Rússia e Ucrânia
Os EUA e seus
parceiros ocidentais são responsáveis pelo fracasso das negociações entre a
Rússia e a Ucrânia em Istambul em 2022, avança a revista americana The American
Conservative.
A mídia observa que
nas primeiras semanas do conflito houve uma janela de oportunidade para a sua
resolução.
"Quando
as negociações
bilaterais entre
a Ucrânia e a Rússia em Istambul prometiam uma solução negociada e até mesmo
levaram a um projeto de acordo preliminar, os EUA e seus parceiros
ocidentais desencorajaram as negociações em vez de incentivar e explorar
completamente a diplomacia", afirma o artigo.
De acordo com a
revista, uma prova disso é o número cada vez maior de funcionários e
testemunhas no processo de paz durante esse período. O envolvimento
dos EUA no colapso do esforço de paz está se tornando cada vez mais
plausível.
"Há países
dentro da OTAN que querem que a guerra continue", disse o então ministro
das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu. Eles querem "deixar
a guerra continuar e a Rússia ficar mais fraca".
Mas à medida que a
lista de testemunhas cresce, os argumentos denunciando a contribuição dos EUA
para a continuação
da guerra se
tornam cada vez mais convincentes", conclui o autor.
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'Fechamos um acordo para a libertação dos reféns em Gaza', anuncia Trump
O presidente eleito
dos EUA, Donald Trump, anunciou na tarde desta quarta-feira (15) que os EUA
fecharam um acordo para a liberação dos reféns israelenses que foram levados
para a Faixa de Gaza.
"Temos um
acordo para reféns no Médio Oriente. Eles serão libertados em breve",
escreveu Trump na rede social Truth Social.
Trump acrescentou
que sua administração continuará a promover a ideia de "paz através
da força" no Oriente Médio e a expandir os Acordos de Abraão,
iniciativa de paz lançada em 2020, pela gestão Trump, e continuada pelo govrno
de Joe Biden. O pacto visa normalizar as relações entre Israel e os países
árabes e contou com a adesão de Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos.
"Continuaremos
a promover a paz através da força na região, enquanto aproveitamos a
oportunidade após este cessar-fogo para expandir ainda mais os históricos
Acordos de Abraham", escreveu Trump.
Anteriormente, o
canal de TV Al Jazeera informou que o movimento palestino deu
consentimento aos mediadores para concluir um acordo de cessar-fogo na
Faixa de Gaza e a troca de prisioneiros.
A notícia também
foi veiculada pela emissora israelense Kan, citando fontes norte-americanas,
israelenses e árabes envolviodas na negociação, que confirmaram a informação em
condição de anomimato.
"A crise nas
negociações foi resolvida", disse a autoridade israelense à emissora.
O acordo é assinado
após meses de negociação em Doha mediada pelo Catar, e com participação dos
EUA, principal aliado de Israel.
¨ Jornal explica por que os países europeus não podem
enviar tropas de paz à Ucrânia
Os países europeus
não podem enviar tropas de paz para a Ucrânia porque estão diretamente
envolvidos no conflito decorrente no país através de financiamento, escreve o
jornal Financial Times.
"Dado o seu
amplo apoio à Ucrânia, os países europeus são tudo menos uma terceira parte neutra.
Quase por definição, eles não poderiam liderar uma força de paz na
Ucrânia" , explica o artigo.
Nota-se que esse
direito é detido por organizações internacionais, como a Organização das Nações
Unidas (ONU), que têm o monopólio das atividades de manutenção
da paz e
a possibilidade de mediar conflitos.
"A própria
ideia de enviar
tropas europeias para a Ucrânia é extremamente problemática",
conclui o autor.
Recentemente, o
líder ucraniano Vladimir Zelensky discutiu com o presidente francês Emmanuel
Macron a iniciativa de implantar contingentes militares na Ucrânia, sua
possível expansão e envolvimento de outros países.
No ano passado, a
agência Reuters informou com referência a um funcionário europeu não
identificado que não há consenso na UE sobre o envio
de tropas estrangeiras para a Ucrânia após o fim do conflito, e em conexão
a isso está sendo considerada a possibilidade de criação de uma coalizão de
cinco a oito países sobre este assunto.
¨ Mídia: sanções dos EUA ao petróleo russo provocam
aumento nas taxas de frete
As taxas de frete
de superpetroleiros aumentaram após os EUA expandirem as sanções à indústria
petrolífera da Rússia, em nova tentativa de conter a receita do segundo maior exportador
de petróleo do mundo.
De acordo com a
Reuters, 35% dos cerca de 669 petroleiros de uma chamada frota paralela de
navios usados para embarcar petróleo
para a Índia e a China que não sofre penalidades vindas dos países
ocidentais, foram alvo da mais recente ação dos EUA além de sanções da
União Europeia (UE) e Reino Unido.
Segundo fontes que
conversaram com a mídia ainda na última sexta-feira (10), as taxas de frete
para grandes transportadores de petróleo bruto (VLCCs, na sigla em inglês),
capazes de transportar até dois milhões de barris de petróleo bruto nas
principais rotas aumentaram. Para se ter ideia, a taxa na rota do Oriente Médio
para a China, conhecida como TD3C, aumentou 39% desde sexta-feira para US$
37.800 (R$ 229.291), a mais
alta desde
outubro.
Para o chefe global
de pesquisa de transporte na Oil Brokerage, Anoop Singh, o principal
impulsionador dos preços é a busca por petróleo alternativo, o que implica
em custos
de frete adicionais
ante a possível escassez de recursos confiáveis e baratos provenientes de
Moscou.
Dados da S&P
Global Commodity Insights compilados pela mídia apontam que as taxas de embarques
de petróleo
russo para
a China também aumentaram após as sanções. Na rota que sai de Kozmino,
porto russo no Pacífico, para o norte da China, as taxas mais que dobraram na
segunda-feira (13) para US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 21,2 milhões).
Ainda segundo a
apuração, analistas chamaram a atenção para a queda na disponibilidade de
petroleiros, uma vez que os comerciantes procuram navios
não sancionados para
enviar petróleo bruto russo e iraniano. A priori, com a oferta de mercado
restringida, a demanda tende a se intensificar aumentando os preços.
Visando atingir a
economia da Rússia, os EUA e seus aliados do G7 (grupo composto por Alemanha,
Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) decidiram
sancionar o petróleo
e gás russos, bem como petroleiros para conter os resultados positivos de
Moscou ao combater na guerra
por procuração da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra a Rússia na Ucrânia.
Até agora, análises
de mercado dão
conta de que a maior prejudicada pela guerra de sanções contra a Rússia, é
a Europa que já enfrenta crises de escassez e alta de preços de energia em
pleno inverno (Hemisfério Norte).
Fonte: Sputnik Brasil
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