terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Autoridades alemãs cogitam deixar X após apoio de Musk à AfD

O que a estrela da NBA LeBron James, o icônico escritor de terror Stephen King e o jornal britânico The Guardian têm em comum? Todos eles abandonaram o X, a rede social anteriormente conhecida como Twitter, desde a vitória eleitoral de Donald Trump em novembro de 2024. Eles, no entanto, estão longe de serem os únicos. Na semana passada, mais de 60 universidades de língua alemã anunciaram que não usariam mais o X.

Comandada pelo cabo eleitoral de Trump mais rico do mundo, Elon Musk, a rede parece estar perdendo a preferência dos usuários fora do campo político conservador e – apesar da promessa do bilionário em 2022 de manter a plataforma "politicamente neutra" – muitos observadores acreditam que ele está trabalhando ativamente para transformar o X em um megafone extremista. Especialistas ouvidos pela DW disseram que não há como dizer com segurança se o sistema foi ou não atualizado para impulsionar postagens de direita desde o início da era Musk, já que seus algoritmos estão constantemente sendo ajustados e reagindo a uma base de usuários em mutação.

Está claro, porém, que muitos perfis banidos foram restaurados sob Musk, apesar de violações como discurso de ódio, desinformação e antissemitismo. Especialistas também apontam que o discurso geral continuará mudando para a direita, à medida que usuários mais liberais e de esquerda deixem a plataforma. "O resultado para os usuários é o mesmo, independentemente da causa: significativamente mais conteúdo de extrema direita na plataforma e nos feeds recomendados pelas pessoas", disse o cientista social e pesquisador de mídia digital Colin Henry à DW.

Musk também alavancou seu status como o perfil mais seguido no X para amplificar vozes e narrativas pró-Trump na preparação para a eleição dos EUA, até mesmo se referindo a si mesmo como o "primeiro-amigo" de Trump, parodiando o termo "primeira-dama".

·        "Não alimente o troll"

Atualmente com os olhos voltados para a política da União Europeia (UE), Musk disse a seus mais de 211 milhões de seguidores que o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, é um "tolo" e o presidente Frank-Walter Steinmeier – cujo cargo é essencialmente cerimonial – é um "tirano". Musk também endossou publicamente a legenda de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD), dizendo que era o único partido que poderia "salvar a Alemanha". Na última quinta-feira, Musk realizou uma live no X com a colíder da AfD e candidata a chanceler nas próximas eleições alemãs, Alice Weidel.

O apoio de Musk a Trump e a intromissão contínua na política da UE geraram indignação na Alemanha. No entanto, as postagens de Musk provocaram pouco mais do que um dedo em riste de Scholz, que disse que sua abordagem era simples: "Não alimente o troll". "O que conta na Alemanha é a vontade dos cidadãos, não as declarações erráticas de um bilionário nos EUA", disse Scholz à revista alemã Stern.

·        Vale a pena o esforço?

O autor de ficção científica e ativista da internet Cory Doctorow disse à DW que Musk já exerce poder suficiente para influenciar o voto em disputas eleitorais acirradas. Para ele, essa influência se deve em parte ao fato de a mídia tê-lo idolatrado por muitos anos como "uma espécie de herói". Para ele, Musk seria capaz de usar X para convencer para seus mais de 211 milhões de seguidores de que "a AfD é formada por sujeitos bacanas e sua associação com o fascismo e a limpeza étnica é exagerada. É necessário apenas que um número muito pequeno de pessoas apareça para que esses equilíbrios delicados que foram calculados pelos consultores do partido sejam interrompidos", disse Doctorow.

Ele avalia que a ascensão de Musk foi um resultado previsível de um esforço de décadas para desmantelar as leis de monopólio na América do Norte e na Europa, o que o tornou "tão rico que é grande demais para ser preso, grande demais para falir e grande demais para se importar com o que alguém pensa dele". Embora Scholz tenha tentado evitar se envolver com Musk, Doctorow disse que lutar publicamente contra alguém "que tem uma audiência gigante" pode, de fato, ser uma ótima estratégia política para o chanceler alemão. "Musk não é muito inteligente", disse Doctorow. "Ele tem muitos seguidores. Muitos deles não sabem muito sobre ele; apenas absorveram a lenda – e você pode desmascarar a lenda em tempo real se for bom nisso." Mas, "se você for ruim nisso, a última coisa que você quer é ser humilhado na frente de 200 milhões de pessoas... então eu acho que realmente depende do político."

·        "Ê(X)odo" alemão?

Na quarta-feira, a comissária alemã antidiscriminação Ferda Ataman pediu que o governo deixasse o X, ao chamar a rede de "um instrumento de influência política do homem mais rico do mundo." "O X não é uma plataforma séria", alertou. Várias organizações e usuários de perfil destacado na Alemanha já deixaram o X, incluindo o mais alto Tribunal criminal do país, na quinta-feira. Fabian Mehring, secretário da Digitalização do estado mais rico da Alemanha, a Baviera, deixou o X em razão do apoio de Musk a AfD. A ex-secretária de Estado de Berlim, Sawsan Chebli, saiu da rede junto com os deputados federais Jamila Schäfer e Misbah Khan e dezenas de outras vozes proeminentes no início de dezembro, com o grupo dizendo que o X se tornou um "lugar de censura, racismo, antissemitismo e definição de agenda de direita".

·        Governo alemão ainda resiste

Em resposta aos apelos desta semana para abandonar o X, as autoridades alemãs disseram que o governo decidiu não fazê-lo, por enquanto. "Temos que estar lá, onde as pessoas vão para obter informações", disse o porta-voz do governo Steffen Hebestreit aos repórteres. "Mas, é claro, você sempre tem que se perguntar se o ambiente para isso ainda é sustentável, e estamos nos perguntando isso. Até agora, pensamos que o dano de nos retirarmos dessa plataforma seriam maiores do que os benefícios."

Henry, o cientista social americano, disse que os políticos que não estavam alinhados com a extrema direita já estavam, de qualquer maneira, desaparecendo rapidamente dentro do X. "O público ou saiu ou, quando as autoridades precisam comunicar informações em tempo real durante, digamos, um desastre natural, elas são abafadas por teorias da conspiração ou discurso de ódio", disse Steffen.

Confrontado com relatos de que Musk estaria tentando interferir nas eleições alemãs, Hebestreit disse que o fato é que até multimilionários têm o direito de se expressar. "Ao mesmo tempo, também é verdade que os multimilionários não são mais inteligentes e mais bem informados do que os outros. Eles também podem falar bobagens", disse o porta-voz. "Se você der uma olhada na plataforma X nos últimos dias, encontrará muitas indicações disso."

¨      Entidades de memória do Holocausto abandonam o X

Diversas instituições e indivíduos envolvidos na educação, memória e pesquisa sobre o Holocausto silenciaram suas contas na rede social X, em adesão a um êxodo contínuo da plataforma do bilionário Elon Musk, que virou conselheiro político do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

As saídas coordenadas são parte de uma iniciativa chamada "Nem uma palavra a mais", organizada pela Associação de Refugiados Judeus (AJR), uma organização sem fins lucrativos sediada no Reino Unido que fornece serviços de assistência social a refugiados e sobreviventes do Holocausto, bem como educação sobre o massacre de judeus ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial.

Em comunicado, a AJR lamentou as mudanças que ocorreram na plataforma anteriormente chamada de Twitter desde a aquisição por Musk, em outubro de 2022."Desinformação, distorções e abusos floresceram enquanto medidas de segurança e moderação de conteúdo praticamente desapareceram", diz a entidade. "Enquanto isso, como empresa, a X depende do nosso conteúdo para manter seus usuários engajados. Mais engajamento significa mais receita de publicidade. Em termos mais simples, o X lucra com a nossa presença, lucra com cada palavra que postamos. Diremos, portanto, nenhuma palavra a mais."

Em 12 de dezembro, aderiram à iniciativa 18 organizações relacionadas ao Holocausto e 21 indivíduos envolvidos em pesquisas e trabalhos escritos sobre o massacre, principalmente no Reino Unido e na Alemanha. Os participantes também se comprometeram a apoiar os conteúdos uns dos outros em outras plataformas de mídia social. Os apoiadores da iniciativa se juntam a jornais, equipes de futebol, principais organizações sem fins lucrativos e indivíduos que estão trocando o X por outras alternativas. Um número significativo de usuários desativou suas contas na rede após a reeleição de Donald Trump, em 6 de novembro.

<><> Decisão maturada

A decisão da AJR de deixar o X evoluiu no período de um ano, e não como resultado de um ponto de inflexão, explicou Alex Maws, chefe de educação e patrimônio da associação. Um momento crucial, no entanto, foi quando Musk compartilhou na rede seu endosso da teoria da "grande substituição" – uma teoria racista e antissemita bastante disseminada entre extremistas de direita e supremacistas brancos. "Isso chamou a atenção de muitas pessoas... vendo [como] isso era, na verdade, apenas um exemplo de [como] o site era uma plataforma que não apenas tolerava abuso e desinformação, mas [...] parecia estar promovendo isso, empurrando para pessoas que não estavam procurando por nada disso", disse Maws à DW, destacando que ninguém sabe como de fato funciona o algoritmo do X.

Maws e o AJR perceberam que a desinformação e os numerosos abusos no X passaram a superar o benefício de tentar alcançar e educar o público na plataforma. Ele então decidiu compartilhar a decisão de deixar o X e entrou em contato com uma rede de profissionais na sua área para "encorajar outros a fazer algo que pode parecer um pouco arriscado no ambiente de comunicação de hoje".

Mesmo sendo acusado por vários indivíduos de promover uma "campanha política" e uma "conspiração de esquerda", Maws ressaltou que a campanha não tem nada a ver com as políticas de Musk. "É muito importante dizer que o antissemitismo não conhece um lar político permanente", disse. "Isso realmente não tem nada a ver com o alinhamento de Musk com o presidente eleito Trump. Provavelmente, há executivos corporativos com os quais muitos de nós discordamos em todo o setor corporativo, mas não necessariamente nos desligamos de seus produtos ou plataformas, porque essas visões não necessariamente exercem impacto sobre elas."

<><> Adesões também na Alemanha

A iniciativa da AJR repercutiu na Casa da Conferência de Wannsee (GHWK), nos subúrbios do sudoeste de Berlim, que também resolveu aderir. Hoje um centro educacional e de memória do Holocausto, a vila foi sediou em janeiro de 1942 uma conferência de autoridades políticas e militares nazistas onde foi discutida a implementação da chamada "solução final" – a deportação e assassinato patrocinados pelo Estado de judeus em toda a Europa.

Os administradores do local já falavam há cerca de um ano sobre deixar o X. Eles vinham usado a plataforma Bluesky, uma alternativa bastante popular ao X desde outubro passado. "Nós realmente não precisaríamos de uma campanha ou de uma convocação [para sair do X]", disse Eike Stegen, o encarregado de relações com a imprensa da GHWK. "Chegamos a um ponto em nossas discussões internas em que dissemos que queríamos deixar a plataforma. Mas, queríamos participar de uma campanha ou de uma convocação porque visámos motivar o maior número possível de outras contas em nossa área a deixar a plataforma conosco."

A iniciativa da AJR é, na verdade, a segunda campanha de saída do X à qual o GHWK aderiu. Em 2 de dezembro, a entidade anunciou que iria integrar uma campanha organizada na Alemanha chamada #eXit. Stegen está confiante de que eles conseguirão atingir um bom público em plataformas alternativas. "Mas, mesmo que esse não seja o caso e percamos alguma ressonância, achamos que vale a pena", disse.

<><> Responsabilidade para com sobreviventes e descendentes

Stegen gostaria de ver um alcance internacional da iniciativa, já que, como ele explicou, "as plataformas de mídia social dependem da criação de um ambiente social onde você pode ser ouvido e se comunicar com os outros".

Maws deixou claro que não julga ninguém por continuar no X. "Pessoas e organizações precisam tomar essas decisões com base em seus próprios objetivos estratégicos, e se estar no X ainda atende a esses objetivos, então ótimo", afirmou.

Para a AJR, entidade fundada por refugiados e sobreviventes do Holocausto, trata-se de uma questão de responsabilidade. Gostariam os fundadores e seus descendentes que nós compartilhemos sua história e seu legado "em um site que estava aparentemente, como parte de seu modelo de negócios – como um recurso, não um bug – promovendo antissemitismo, desinformação, distorções sobre o Holocausto e ódio de forma mais geral? Parece que, simplesmente, não é apropriado para uma instituição de caridade como a nossa contribuir para esse ambiente", diz a nota da entidade.

 

¨      Por que não faz sentido chamar Hitler de comunista

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, e Alice Weidel, candidata do partido de ultradireita  Alternativa para a Alemanha (AfD) a chefe de governo da terceira maior economia do mundo, se posicionaram sobre diversos temas em um bate-papo transmitido via X na quinta-feira (09/01). Embora a tentativa de reinterpretar e distorcer fatos históricos sobre o nazismo não seja novidade, uma alegação de Weidel em particular causou perplexidade entre historiadores: a de que Adolf Hitler não seria "de direita", e sim um "socialista, comunista".

<><> O que Weidel disse

"[Os nazistas] estatizaram toda a indústria. [...] O maior sucesso após essa era terrível da nossa história foi ter caracterizado Adolf Hitler como de direita e conservador. Era exatamente o oposto. Ele não era conservador. Ele era esse cara socialista, comunista". Após a conversa com Musk, Weidel insistiu na afirmação em entrevista à emissora de TV alemã ntv: "Eu não recuo [do que disse]: Adolf Hitler era um esquerdista."

<><> Não, Hitler não era um esquerdista

A alegação de Weidel não só não tem base na realidade como minimiza os horrores do nazismo praticados sob a liderança de Hitler entre 1933 e 1945. A AfD tem vários diretórios estaduais monitorados de perto por serviços de inteligência por suspeita de atividades inconstitucionais. O partido refuta associação com o nazismo e reage às acusações frequentes de que abriga neonazistas. Foi o que fez Weidel em conversa com Musk, ao alegar falsamente que Hitler seria um "esquerdista". Foi também o que fez recentemente o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, JD Vance, ao afirmar que a AfD seria mais bem votada em regiões da Alemanha onde houve mais resistência aos nazistas – o que também não é verdade, como mostrou a DW em outro artigo.

<><> Hitler também não era comunista

O historiador alemão Thomas Sandkühler classificou a fala de Alice Weidel sobre a orientação política de Hitler de "estupidez". "O que Weidel fala é pura estupidez, que eu não quero valorizar ao discuti-la seriamente", respondeu ele à DW antes de dar a entrevista por encerrada. Também o historiador e especialista em nazismo Michael Wildt se refere à fala como uma "grande besteira". "Hitler combateu o marxismo desde o início da forma mais brutal e violenta, e as primeiras vítimas a serem trancafiadas em 1933 nos campos de concentração eram esquerdistas, comunistas, social-democratas, socialistas", observa. E se politicamente ele não tolerava a esquerda, economicamente também não era diferente. "O NSDAP [sigla do partido nazista] não mexeu na concentração de propriedade privada", ressalta. "Principalmente do ponto de vista econômico Hitler não era comunista", concorda Thomas Weber, historiador e autor do livro Tornando-se Hitler: A construção de um nazista. "O comunismo tem como objetivos, do ponto de vista econômico: a) A superação da propriedade privada; b) A superação de uma economia voltada para o lucro; e c) A coletivização [leia-se, estatização] dos meios de produção [mineradoras e fábricas, por exemplo] e dos recursos naturais mais importantes." E Hitler, como lembra Weber, rejeitava tudo isso. Ainda assim, porém, muitos internautas parecem acreditar ou endossar a afirmação de Weidel sobre Hitler ser de esquerda.

<><> Hitler era um antissemita e racista

Hitler também não pode ser classificado como comunista "porque ele era um antissemita e racista", afirma o historiador Wildt. "E isso não tem nada a ver com a ideia de uma sociedade comunista em que as pessoas são iguais, é exatamente o contrário disso." O nazismo não surgiu durante a ditadura de Hitler, e sim após a Primeira Guerra Mundial, tornando-se cada vez mais popular à medida em que a Alemanha caminhava rumo à Segunda Guerra. "O nazismo era extremamente nacionalista, antidemocrático, antipluralista, antissemita, racista, imperialista e anticomunista", define a Central para Educação Cívica do estado de Brandemburgo, na Alemanha. O órgão ressalta ainda que a exclusão de minorias com base em critérios racistas teve importância central para o nazismo até o Holocausto.

<><> O "nacional-socialismo" não era socialismo?

Para muitos nazistas, algumas ideias do socialismo e termos como "socialista" e "partido dos trabalhadores" foram úteis para atrair votos da classe operária e chegar ao poder em 1933. A própria sigla do partido nazista, NSDAP, deriva de Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, que pode ser traduzido como Partido Alemão Nacional-Socialista dos Trabalhadores. Vem daí a abreviação nazi, usada na Alemanha para designar apoiadores dessa ideologia (o Nationalsozialismus), e é desta abreviação que deriva a palavra nazismo, a denominação consagrada da ideologia na língua portuguesa. Na prática, porém, o direito social e trabalhista instituído pelos nazistas após a tomada de poder serviu para reprimir, perseguir e assassinar comunistas, social-democratas e sindicalistas.

O historiador Weber frisa: "O principal ponto aqui é que da perspectiva de Hitler e de muitos nazistas, o 'socialismo' no nome do partido não era uma palavra vazia ou um truque, e sim algo que definia como Hitler via a si mesmo e como ele queria mudar o mundo. Ele sempre ressaltou isso." Quando surgiu, o partido nazista tinha uma autointitulada ala socialista, que foi desmantelada em 1933, após os nazistas ascenderem ao topo do poder. Gregor Strasser, liderança dessa ala, foi executado a mando de Hitler junto com outros correligionários em junho de 1934.

O grupo de Strasser, segundo Wildt, queria um socialismo excludente, que beneficiasse apenas e somente a classe trabalhadora alemã, sendo tão racista e antissemita quanto o resto do NSDAP. É por isso que há muito tempo há consenso entre a maioria dos historiadores de que não é possível equiparar o nazismo ao socialismo – mas é exatamente isso que muitas pessoas tentam fazer por razões políticas, observa Weber. "Essa questão geralmente é discutida de forma muito limitada, à la 'Hitler era de esquerda ou de direita?'. E aí ou a direita tenta apresentar Hitler como um socialista ou esquerdista clássico – o que não faz sentido –, ou tentam reduzir o uso do termo 'socialismo' por Hitler e pelos nazistas a uma tática eleitoral. Isso também não faz sentido, porque desconsidera como Hitler e os nazistas se autodefiniam, como viam o mundo e como tentaram mudá-lo."

 

Fonte: DW Brasil

 

Nenhum comentário: