Fake News para desestabilizar governos reforça necessidade de regulação
das redes
A suposta
“liberdade de expressão” tão alardeada pela extrema direita tem, na verdade,
colocado a população contra o sistema democrático de direito ao manipular
vídeos que induzem a população a acreditar que o atual governo federal irá
criar novos impostos, inclusive sobre o PIX e até mesmo a posse de animais
domésticos e o pré-natal.
A fake news sobre a
cobrança de imposto sobre a posse de animais ocorreu após a sanção pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da Lei 15.046/2024, aprovada em
novembro pelo Congresso, que autorizou a criação do cadastro pela União. O
sistema vai reunir informações sobre os proprietários e os pets, para
facilitar o controle de zoonoses e o combate a abandono e maus-tratos de
animais. A medida também deve proporcionar mais segurança em transações de
compra e venda.
Diante das fake
news, o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) publicou na plataforma X uma
resposta. Segundo ele “a única coisa verdadeira desse vídeo que está circulando
é que, de fato, as empresas, os cassinos virtuais, chamadas bets, que são casas
de apostas que lucram uma montanha de dinheiro, essas casas de apostas vão ter
que pagar impostos devidos como qualquer outra empresa instalada no Brasil.
Fora isso, é tudo falso”, esclareceu.
A Advocacia-Geral
da União (AGU) tomou uma medida enérgica ao notificar o Facebook, exigindo a
remoção do vídeo em um prazo de 24 horas. Mas este tipo de veiculação pode
prejudicar não apenas a reputação de governos como de pessoas físicas, após a
decisão da Meta, dona do Instagram, Facebook, WhatsAPP e Threads em acabar com
seu sistema de checagem de fake News
Para o Fórum
Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), com a decisão da Meta temas
sensíveis como imigração e gênero, assim como o enfraquecimento de iniciativas
de checagem de fatos, contribuem para a proliferação de fake news e,
consequentemente, reforça conteúdos que promovem a extrema direita,
colocando em risco a democracia, a liberdade de expressão responsável e o
próprio tecido social. Tais medidas representam um ataque direto à proteção de
direitos individuais e coletivos no ambiente digital, promovendo a
desinformação e ampliando a margem para discursos de ódio.
O CEO da Meta Mark
Zuckerberg também criticou abertamente instituições democráticas, como o
Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, apontando-o como uma “corte secreta”,
e se posicionou contra regulação das big techs propostas ou promovidas por
países como Brasil, Alemanha e China.
“Essa postura
revela as big techs como verdadeiras ferramentas geopolíticas que visam
desestabilizar a ordem internacional e impedir a construção de um novo
equilíbrio geopolítico, que inclua maior autonomia para os países do Sul
Global, especialmente diante do fortalecimento dos BRICS e da ascensão
chinesa”, diz a entidade em nota.
O FNDC reforça que
o anúncio da Meta não se limita a uma nova política de moderação de conteúdo,
mas configura um movimento político que ameaça a integridade das
democracias em todo o mundo. “Ao alinhar-se às ideias de Donald Trump, Elon
Musk, e outros representantes da extrema direita, a Meta reforça uma agenda
política destrutiva internacional, com objetivo de fragilizar as instituições
democráticas e a justiça social, e concentrando ainda mais poder político e
econômico nas mãos de poucos, preferencialmente, nos Estados Unidos”, diz outro
trecho da nota.
O Fórum alerta que
a decisão do Meta é “uma declaração de guerra ao mundo que exige uma resposta
robusta e imediata. É imprescindível que governos democráticos e organizações
da sociedade civil de todos os países intensifiquem os esforços para regular as
plataformas digitais, a fim de garantir um ambiente online mais justo, seguro e
respeitoso, livre de manipulação, desinformação e ódio.
“Regulação não é
censura, mas um mecanismo essencial para defender as pessoas e proteger as democracias,
preservando os direitos humanos e a liberdade de expressão responsável”,
conclui o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.
¨ Até que
ponto as redes sociais podem influenciar uma eleição
Em 23 de fevereiro de 2025,
a Alemanha define seu novo Parlamento, em eleições antecipadas. Para o
multibilionário Elon Musk, está claro quem deve vencer: a Alternativa
para a Alemanha (AfD). Só ela pode salvar o país, escreveu o aliado
de Donald Trump em sua
plataforma X, ao convidar Alice Weidel, colíder
desse partido – em parte classificado como extremista de direita pelo serviço
de segurança interna alemão –, para uma conversa online, transmitida ao vivo nesta quinta-feira (09/01).
A AfD é considerada a
legenda alemã mais ágil nas redes sociais, sobretudo na plataforma chinesa TikTok, onde centenas de milhares consomem seus vídeos. O assessor de política
e comunicação Johannes Hillje estima que em 2022 e 2023 cada conteúdo foi
acessado mais de 430 mil vezes. Para comparar: em segundo lugar ficaram as
conservadoras União Democrata Cristã e Social Cristã (CDU/CSU), com uma média 90 mil
visualizações.
Segundo Andreas Jungherr,
professor de ciências políticas e transformação digital da Universidade Otto
Friedrich, de Bamberg, a questão não é que as mídias sociais favoreçam os
partidos de ultradireita: "A AfD já estava nas redes sociais desde
cedo", e assim aprendeu que tom funciona melhor.
Trata-se de uma clara
vantagem em termos de alcance, mas não basta para assegurar uma vitória
eleitoral. Prova disso teria sido a campanha da candidata democrata à
presidência americana em 2024, Kamala Harris, cuja enorme penetração nas redes
não resultou na conquista da Casa Branca.
<><>Redes
sociais ajudam a cimentar valores e convicções
Como os resultados de buscas
e conteúdos sugeridos nas redes são personalizados, criam-se no espaço online
"bolhas de filtros" e "câmaras de eco". Os algoritmos dos
provedores determinam o que é apresentado aos usuários, priorizando conteúdos
de personalidades conhecidas ou que muitos usuários curtiram ou comentaram – e
deixam de mostrar aquilo que é ignorado com frequência.
Assim se cria uma
perspectiva unilateral: a própria visão de mundo é reforçada, as contrárias são
obliteradas, cimentam-se acima de tudo os valores e convicções pré-adquiridos.
Por isso as mídias de todo
tipo têm influência mínima sobre decisões eleitorais, explica a professora de
pesquisa de comunicação Judith Möller, que estuda os efeitos sociais da mídia
junto ao Instituto Leibniz.
"A decisão eleitoral
tem motivações diversas. Depende de onde a pessoa cresceu, de suas experiências
pessoais, principalmente nas semanas antes do pleito, ou com quem mais ela
conversa sobre a eleição e política." São os mesmos fatores que, segundo
Möller, influenciam a escolha de determinadas redes e que impacto elas têm.
A mídia social permite que
novos movimentos e partidos ganhem visibilidade muito rápido. Mas em princípio
elas servem para alcançar, acima de tudo, os próprios adeptos – e eventualmente
alguns indecisos. "Na verdade, quase não é possível convencer alguém de
algo novo, mas só convencer mais ainda quem já está convicto de alguma
coisa", resume a pesquisadora.
<><> Fake news
vencem também pela insistência
No futuro, a confrontação
com as fake news ficará
ainda mais problemática. E seu volume deverá aumentar quando, como anunciado
pelo fundador da Meta, Mark Zuckerberg, a empresa
abrir mão da checagem de dados profissional em suas plataformas, como o Facebook e Instagram, e passar a bloquear cada vez menos conteúdos
questionáveis.
Aqui observam-se dois
efeitos, frisa a professora Nicole Krämer, diretora do setor de Psicologia
Social, Mídia e Comunicação da Universidade Duisburg-Essen.
Por um lado, consultas
populares mostraram que o público não quer se deixar enganar por
desinformação. "Quanto mais importante uma questão é para a própria
vida, mais hábil ele é em procurar informações que realmente o auxiliem, ou
seja: que tenham credibilidade e considerem as duas perspectivas."
Por outro lado, quando a
desinformação corrobora crenças pré-existentes, ela pode ser
considerada pelo menos plausível, "mesmo que de início a gente pense:
não pode ser".
E há um outro
mecanismo, prossegue Krämer: "Quando mais se escuta, lê ou vê uma notícia
falsa, mais provável é que ela permaneça na memória." O resultado é que às
vezes as fake news se estabelecem – apesar do desejo de, na verdade, evitá-las.
Judith Möller antecipa uma
proliferação das fake news nas redes sociais, pois há cada vez menos opiniões
diversificadas nesses ambientes, devido ao clima de interação cada vez mais
agressivo, com ofensas ou discurso de ódio: "Assim, determinados grupos se
distanciam das discussões. Só fica quem consegue lidar com essa cultura
tóxica."
<><> Prova de
fogo para a democracia
Em dezembro de 2024 o
Supremo Tribunal da Romênia deliberou que, através da plataforma social
chinesa TikTok, a Rússia teria interferido
maciçamente nas eleições parlamentares do país que deram vitória à ultradireita
pró-russa, e ordenou a repetição do pleito.
Mas será realmente possível
influenciar o resultado das urnas a esse ponto, através das redes?
O cientista político
Jungherr ressalta que, do ponto de vista científico, é errado achar que redes
sociais não influenciam a campanha. Mas frisa que é preciso analisar bem como a
campanha se desenrolou. "Principalmente quando suspeitamos de influência
estrangeira nas eleições, há outros caminhos que independem do TikTok",
afirma.
O que torna uma mensagem bem
sucedida não é o uso em si das redes sociais, concorda Möller, e sim o fato de
ela dialogar com temas de interesse que ganham espaço nas redes sociais,
mas são ignorados em outros meios.
As discussões nas
plataformas sociais não devem ser ignoradas, mas é preciso contextualizá-las
bem, frisa Philipp Müller, conselheiro acadêmico do Instituto de Ciências da
Mídia e da Comunicação da Universidade de Mannheim.
"De certo modo, as
redes sociais apresentam uma imagem distorcida da realidade, pois com
frequência posições ignoradas são hiperacentuadas e parecem talvez maiores do
que eram originalmente na população como um todo."
Isso, segundo ele, se
aplica também aos grandes movimentos progressistas dos últimos anos, como o de
tolerância perante as diversas identidades de gênero.
Jungherr vê nas redes
sociais uma espécie de prova de fogo para a democracia: os meios digitais de
fato tornaram visíveis as linhas de fratura entre as diversas posições na
sociedade, mas não as representam corretamente.
Por isso, argumenta, é
preciso se perguntar: "Este é realmente um problema da sociedade em geral?
O que dizem os fatos? E se se trata mesmo de um problema, é possível resolvê-lo
por meios políticos?"
Quando a sociedade recalca
tais temas, em vez de analisá-los e situá-los num contexto, "a democracia
desperdiça uma chance", afirma Jungherr.
¨ Zuckerberg,
Bezos, Musk e o arco de apoio das bigtechs à solução cesarista do trumpismo
A vitória de Trump nos Estados Unidos é ao mesmo tempo
um "sintoma mórbido" da crise de hegemonia norte americana e um
catalisador das tendências à decomposição da ordem neoliberal que definem este
momento.
Já analisamos o significado das últimas eleições nos EUA
bem como os impactos internacionais da vitória de Trump no Brasil e ao redor do mundo em diversos
materiais, aqui quero voltar os olhos à recente declaração de Mark Zuckerberg
sobre a política de regulação da Meta e refletir uma hipótese de análise sobre
alinhamento de grandes figuras da burguesia americana, como Zuck, Bezos e Musk
a Trump e ao trumpismo.
<><>
Afinidades eletivas
Diferentemente de Elon Musk (Dono do X/Twitter, bem
como da Tesla, Starlink e SpaceX) que já vem há anos sendo um franco apoiador
de Donald Trump (e que agora vai ocupar o "Departamento de Eficiência
Governamental" em seu governo), o alinhamento aberto de Jeff Bezos
(fundador da Amazon) e Mark Zuckerberg (CEO da Meta, empresa dona do Instagram
e do Facebook) a Trump é mais recente.
No caso de Bezos, se destaca mais recentemente seu
papel em impedir o apoio do Washington Post (jornal do qual é dono) à
candidatura de Kamala Harris, em seguida parabenizando Trump por sua vitória e
doando 1 milhão de dólares à posse de Trump, bem como suas declarações após um
jantar com Trump em Mar-a-Lago, do qual participaram CEOs de outras gigantes
como Apple, Microsoft, etc., onde se disse "muito otimista" com um
novo governo Trump e declarando seu apoio a quaisquer políticas de
"redução de regulações".
Já na relação de Zuckerberg com Trump destacam-se três
pontos. O primeiro foi o escândalo da Cambridge Analítica, onde informações de
50 milhões de usuários do Facebook foram concedidas sem consentimento à empresa
de análise de dados presidida por Steve Bannon (então principal assessor de
Trump) e que trabalhou com o time de Trump em sua primeira eleição, em 2016,
para potencializar sua propaganda política. Anos depois, em 2021, os perfis de
Trump no Instagram e no Facebook foram suspensos após a sua influência na invasão
do capitólio nos EUA, sendo desbloqueadas em janeiro de 2023, seguindo a medida
de Musk no X (então Twitter). O terceiro ponto é a nova movimentação de
Zuckerberg nesta semana, anunciando a suspensão do uso de checagem independente
de fatos no Instagram e no Facebook, sob um discurso demagógico de
"liberdade de expressão" que agora vai permitir abertamente ataques a
imigrantes e definir LGBTs como doentes nas redes da Meta.
A declaração de Zuckerberg cita também se aliar a Trump
contra "tribunais secretos" da América Latina que podem "mandar
companhias derrubarem conteúdo de forma silenciosa" em clara alusão ao STF
e à tensão imperialista da disputa entre Elon Musk e o bonapartismo judiciário
brasileiro na metade do ano passado. No que se resgata esse evento é preciso
também reafirmar, como dissemos à época, que se por um
lado Musk é uma face da ingerência imperialista na América Latina e tem interesses
muito bem definidos no Brasil seja em sua sanha extrativista, seja no consumo
da Starlink no Brasil pela Marinha e pelo garimpo, por outro lado o STF não
poderia estar mais longe de ser um garantidor da soberania nacional ou defensor
da democracia e da liberdade de expressão tendo sido um dos operadores do
reacionário golpe institucional de 2016, bem como da prisão arbitrária de Lula
em 2018.
Isto dito, há que se entender o que significa o
alinhamento de setores tão expressivos da burguesia norte americana do mercado
tecnológico à figura de Trump.
<><> Rios,
pontes e microchips
O contexto desses acontecimentos é muito significativo.
O encontro de Bezos com Trump ocorreu durante a maior greve na história da
Amazon que, mesmo com seus limites em parte pela atuação da burocracia sindical
do Teamsters, demonstrou um importante apoio da população aos trabalhadores em
greve. Aos motoristas e trabalhadores de galpão da Amazon se somaram também os
trabalhadores da Starbucks greve, em um fenômeno que podemos entender como uma
erguida de cabeça da geração U (de Union/Sindicato), a geração de jovens
trabalhadores dentre os quais muitos negros, imigrantes e LGBTs que extraíram
de processos de luta como o Black Lives Matter, mesmo após a repressão pelo
partido democrata, lições importantíssimas como a necessidade de sindicalização
dos trabalhadores para lutar tanto por melhores condições de vida e trabalho
mas também contra as opressões.
Junto a isso, os EUA foram palco central em 2024 de uma
luta estudantil internacional com dezenas de universidades ocupadas por estudantes em
solidariedade à luta do povo palestino exigindo de suas universidades o
rompimento de seus financiamentos e acordos de pesquisa com Israel no que ficou
marcado como o maior levante
estudantil desde a luta contra a guerra do Vietnam.
Esses dois marcos são fenômenos à esquerda muito
importantes para pensar os os receios da classe dominante nos EUA frente a uma
crise da hegemonia norte americana que segue se alastrando e que se por um lado
gera soluções de força à direita como a aposta de um cesarismo trumpista, por outro lado
abre espaço para saídas à esquerda para os trabalhadores e setores oprimidos. Seja
frente a um movimento operário que se desenvolve com passos limitados mas
expressivos, seja frente a um movimento estudantil cuja sensibilidade
anti-imperialista pode se chocar com os projetos extrativistas do imperialismo
dos quais as grandes bigtechs dependem para conseguir obra-prima a baixos
custos, a grande burguesia de Musk, Bezos e Zuckerberg decide apostar em uma
resposta ainda mais reacionária contra os explorados e oprimidos para garantir
seus lucros. Pegando como exemplo simples e limitado a própria dinâmica das
redes da Meta, não é de surpreender que se permita ataques a imigrantes e LGBTs
ao mesmo tempo em que se censuram materiais em apoio à Palestina. Mas isso leva
a um último questionamento.
<><> A
serviço de quê e quem deve estar a tecnologia?
Quando falamos em Bezos, Musk e Zuckerberg, falamos em
uma quantidade gigantesca de dados e de um poder de controle das redes sociais
que pode efetivamente interferir (bem como já interferiu) na conjuntura
política de diversos países. Um exemplo direto de para o que a tecnologia é
utilizada pela burguesia: garantir seus lucros aumentando a exploração dos
trabalhadores. Mas a conclusão disso não pode ser qualquer forma de
“tecnofobia”, de concepção distópica ou decrescionista de que a tecnologia per se
é o problema, também não se pode confiar em uma concepção “tecnófila” de que a
tecnologia per se é a solução. Sob o capitalismo, o sentido progressista ou
reacionário de uma tecnologia está intrinsecamente ligado ao interesse da classe que a
opera.
Isso por si descarta qualquer possibilidade de que uma regulação do poderío das
grandes bigtechs seja uma solução definitiva. As novas tecnologias são utilizadas
contra a classe trabalhadora precisamente porque esta não tem o controle do
processo produtivo.
Mas ao contrário do que propaga a ideologia neoliberal
e suas narrativas de “grandes empreendedores produtores de mil e uma inovações
tecnológicas”, toda grande inovação tecnológica é síntese histórica não apenas
intelectual mas também material de um esforço coletivo da classe trabalhadora.
E se é a classe trabalhadora que desenvolveu essa tecnologia e a opera, é
também a classe trabalhadora que pode lhe dar um novo sentido, tomando o
controle da produção e construindo sobre a base das suas relações de cooperação
uma nova sociedade.
É em sua luta independente da burguesia e da direita, e
aliada aos setores oprimidos, que a classe trabalhadora pode pôr em suas mãos a
produção da sociedade e dar fim ao projeto da burguesia imperialista de nos
explorar até a morte. Utilizando as novas tecnologias para garantir a redução
drástica da jornada de trabalho, uma planificação socialista da produção, uma
nova relação com o meio ambiente que encerre o extrativismo capitalista, a
construção de uma nova sociedade sem qualquer forma de opressão e exploração.
Fonte: Página da
Cut/DW Brasil/Esquerda Diário
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