Lula lidera
em todos os cenários para 2026, aponta pesquisa AtlasIntel
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) se consolida como o grande favorito para as eleições
presidenciais de 2026, conforme revela a pesquisa realizada pelo instituto
AtlasIntel, em parceria com a Bloomberg, divulgada nesta sexta-feira (10).
Segundo a Carta Capital, a
pesquisa aponta que Lula lidera em todos os cenários apresentados, tanto no
primeiro quanto no segundo turno, mostrando força em sua reeleição.
Nos números do primeiro
cenário, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),
como principal nome da direita, Lula possui uma vantagem de 9,3 pontos
percentuais. O petista alcança 42,5%, enquanto Tarcísio fica com 33,2%. Em um campo
com múltiplos concorrentes à direita, incluindo o cantor Gusttavo Lima, que
anunciou suas intenções políticas, a diferença se mantém considerável. Já Pablo
Marçal, terceiro colocado, aparece com apenas 6,9%.
>>> Cenário 1 –
Primeira votação:
Lula: 42,5%
Tarcísio de Freitas: 33,2%
Pablo Marçal: 6,9%
Ronaldo Caiado: 2,9%
Simone Tebet: 2,1%
Sergio Moro: 1,4%
Gusttavo Lima: 1,3%
Marina Silva: 0,9%
Branco/Nulo: 8,8%
No segundo cenário, com a
entrada de Eduardo Bolsonaro (PL) como principal nome da direita, a vantagem de
Lula sobre o deputado federal é ainda mais robusta, chegando a quase 20 pontos
percentuais. Lula se mantém com 42,5%, enquanto Eduardo Bolsonaro soma 23,5%. A
pesquisa também apresenta a participação de outros nomes como Pablo Marçal
(7,9%) e Ronaldo Caiado (6,2%).
>>>> Cenário 2 –
Segunda votação:
Lula: 42,5%
Eduardo Bolsonaro: 23,5%
Pablo Marçal: 7,9%
Ronaldo Caiado: 6,2%
Gusttavo Lima: 4,3%
Simone Tebet: 2,4%
Marina Silva: 2%
Branco/Nulo: 7,9%
A pesquisa também simula
diversos cenários de segundo turno, nos quais Lula mantém vantagem sobre os
principais concorrentes da direita, incluindo Jair Bolsonaro (PL), que, embora
inelegível, figura entre os adversários mais próximos, com 43% contra 49% do
atual presidente.
>>> Cenários de
segundo turno:
Lula: 52% x Pablo Marçal:
35%
Lula: 52% x Eduardo
Bolsonaro: 39%
Lula: 49% x Jair Bolsonaro:
43%
Lula: 49% x Tarcísio de
Freitas: 39%
Lula: 48% x Ronaldo Caiado:
35%
Com uma amostra de 2.873
participantes, a pesquisa tem uma margem de erro de dois pontos percentuais
para mais ou para menos. A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 31 de
dezembro, por meio de questionários online. O levantamento da AtlasIntel e
Bloomberg é feito mensalmente, fornecendo um panorama constante das intenções
de voto para 2026.
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Lideranças
A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg perguntou
aos eleitores que se identificavam como “de esquerda”, qual é o melhor político
para liderar as esquerdas e as pautas progressistas nos próximos anos. O
presidente Lula aparece com 61%. Em segundo lugar, João Campos (PSB), prefeito
de Recife, tem 18,3%, seguido de Guilherme Boulos (Psol), com 10,7% e a
presidente do PT, Gleisi Hoffmann, com 2%. O ministro da Fazenda, Fernando
Haddad (PT), pontuou 1,6%. A pesquisa ainda considerou a deputada federal
Tabata Amaral (PSB-SP), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), a ex-deputada federal
Manuela Dávila (sem partido), e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT),
que tiveram entre 0,2% e 1,5%. O ministro da Educação, Camilo Santana (PT) e a
deputada federal Duda Sallabert (PDT-MG) não pontuaram.
No campo da direita, Jair Bolsonaro segue liderando, com 68,1%,
seguido de Pablo Marçal, que ficou com 10%, enquanto o deputado federal Nicolas
Ferreira (PL-MG) teve 8,8%. O governador de São Paulo aparece em 4º lugar, com
8%, seguido do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que ficou com
2,7%. Os deputados Eduardo Bolsonaro e Kim Kataguiri (União-SP) aparecem
empatados com 0,8% e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, pontou 0,2%. A
ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o
governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD) não pontuaram.
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Regiões, faixa etária, renda e gênero
Em comparação com o governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas, o presidente Lula tem a preferência das mulheres.
Do total de entrevistadas, 46% preferem o atual mandatário, contra 24,3% de
Freitas. Já entre os homens, há um empate técnico. Lula tem 38,5% e o
governador de São Paulo, 39,8% da preferência do público masculino. Em relação
a Eduardo Bolsonaro, Lula tem a preferência tanto de homens como de mulheres:
39,2% dos eleitores masculinos dizem preferir o atual presidente, enquanto 25%
apontaram preferência pelo deputado federal. Já 43% das mulheres dizem preferir
Lula, e 22,3% disseram preferir Eduardo Bolsonaro.
Na distribuição etária dos votos, Lula tem
a preferência da maioria dos eleitores de todas as faixas de idade observadas,
entre 16 e 100 anos, quando a disputa é com Eduardo Bolsonaro. Já Tarcísio de
Freitas consegue superar Lula na faixa etária de 35 a 44 anos. Nas demais, o
presidente da República tem preferência da maioria do eleitorado contra o
governador paulista.
Na avaliação das faixas de renda dos
eleitores, Tarcísio de Freitas supera Lula entre os que ganham entre R$ 0 e R$
3 mil. Já o presidente é preferido dos eleitores entre R$ 3 mil e R$ 10 mil. O
mesmo se repete quando comparado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Na distribuição regional dos votos, tanto
no cenário com Tarcísio de Freitas como na disputa com Eduardo Bolsonaro, Lula
ganha nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte. Os candidatos da direita têm
melhor desempenho nas regiões Sul e Centro-Oeste, embora com variações
numéricas entre eles.
<><> Saúde
de Lula e inelegibilidade de Bolsonaro
A pesquisa perguntou aos eleitores sobre a
saúde do presidente da República, após sua queda e necessidade de realização de uma cirurgia para drenar um coágulo no
crânio.
Do total de entrevistados, 49,8% responderam que Lula preserva as capacidades
necessárias para exercer a função de chefe do Poder Executivo. Outros 39,3%
disseram que o presidente não preserva as capacidades. Somaram 10,9% os que não
souberam responder. Os eleitores também foram questionados se o presidente Lula
estará em plena capacidade de concorrer à reeleição para a presidência nas
eleições de 2026: 43,6% responderam sim e 43,3% disseram não, enquanto 13,1%
não souberam responder.
Finalmente, os pesquisadores perguntaram a
opinião sobre a inelegibilidade de Bolsonaro: 48,8% disseram que o
ex-presidente deve continuar inelegível, sem possibilidade de concorrer ao
pleito de 2026. Outros 46,4% disseram que Bolsonaro deveria ter seus direitos
políticos e elegibilidade retomados para que pudesse se candidatar nas próximas
eleições. Já 4,8% não souberam responder.
¨ Pesquisa
AtlasIntel aponta aprovação de 47,8% e reprovação de 49,8% ao governo Lula
Nova
pesquisa divulgada nesta sexta-feira (10) sobre a percepção da população
brasileira a respeito do terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) mostra uma inversão recente na aprovação. Pela primeira vez, o
número de entrevistados que desaprovam o governo (49,8%) é maior do que o
índice que aprovam (47,8%). 2,4% não souberam responder.
Em
janeiro de 2024, a aprovação era de 51,2%, enquanto 45,4% desaprovavam Lula 3.
A diferença diminuiu gradativamente durante o ano, alcançando empate técnico em
novembro de 2024. O levantamento mais recente, publicado nesta sexta,
considerou entrevistas realizadas em dezembro do ano passado.
Considerando
o perfil econômico dos entrevistados, Lula é mais aprovado entre os que ganham
mais de R$ 10 mil de renda familiar, com 53,9% de aprovação contra 43,3%.
Aprovam também 51,5% dos entrevistados com renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil.
A
desaprovação, porém, predomina entre as menores faixas de renda. 52,5% das
pessoas com renda entre R$ 3 mil e R$ 5 mil desaprovam o governo, contra 47,3%
que aprovam. O resultado se repete na faixa de renda familiar entre R$ 2 mil e
R$ 3 mil, com 51,6% de desaprovação contra 47,5%, e entre os que ganham até R$
2 mil, com desaprovação de 50,1% e aprovação de 41,8%.
Com
recorte de gênero, as mulheres são as que mais aprovam o governo, com 54,1% de
apoio contra 41,4%. O cenário se inverte quando os homens são os entrevistados:
58,7% desaprovam Lula 3, enquanto 41,1% defendem o governo.
¨ Lula será
candidato à reeleição em 2026, afirma Jaques Wagner
O senador Jaques Wagner
(PT-BA), líder do governo no Senado, disse nesta sexta-feira (10) que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será candidato à presidência nas
eleições de 2026.
"Eu vejo ele muito
determinado, muito obcecado para fazer o melhor pelo país. Eu não vejo cansaço
nele, evidentemente ele teve o episódio do acidente doméstico e é óbvio que
preocupou todo mundo, preocupou ele. Ele está na reta, praticamente, final para
dizer: tô 100%. Então você sente que ele está com muito vigor, doido para
voltar à atividade física. Eu não vejo nenhum sinal nele de que ele não queira ser
candidato em 2026 e, na minha opinião, o candidato desse grupo aqui em 2026 vai
ser o Lula", afirmou o líder do governo à CNN Brasil.
O presidente Lula sofreu um
golpe na cabeça no dia 19 de outubro do ano passado. Após receber pontos e
realizar exames, seguiu com sua agenda normalmente, mas em dezembro precisou
ser submetido a uma cirurgia devido a um "sangramento tardio" no
cérebro, consequência do acidente.
O neurocirurgião Marcos
Stavale, responsável pela operação, tranquilizou a população, afirmando que
Lula não sofreu sequelas e não teve comprometimento cerebral. O médico Roberto
Kalil Filho também garantiu que o presidente se recuperou bem. Lula retomou
suas atividades no Palácio do Planalto em 6 de janeiro, após um período de
afastamento.
Na entrevista, Jaques Wagner
também comentou sobre a possível reestruturação do governo e que, segundo ele,
Lula está "bastante reflexivo" em relação às mudanças nos ministérios
e afirmou que ele está "em processo de amadurecimento" para tomar
decisões. Nesta semana, o presidente mudou o comando daa Secretaria de
Comunicação Social da Presidência da República (Secom), substituindo Paulo
Pimenta pelo publicitário Sidônio Palmeira.
"Não posso te dizer se
ele vai fazer mais mudanças em janeiro. Estive com ele antes de ontem à noite,
na casa dele, jantamos lá, e ele está em processo de amadurecimento. Eu,
sinceramente, se falasse qualquer coisa aqui, estaria sendo leviano, é óbvio
que ele está olhando para muitos lugares para fazer as mudanças", disse o
senador.
Wagner ainda destacou que,
para o presidente, "se você mexe numa peça, tem que saber onde vai
realocá-la", e, por isso, as mudanças são feitas com cuidado, para
garantir que o modelo final do governo esteja alinhado com as necessidades do
país.
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Lula planeja antecipar reforma ministerial para evitar clima de barganha no
Congresso
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende realizar uma reforma ministerial
ainda em janeiro para evitar que as mudanças na Esplanada dos Ministérios sejam
interpretadas como parte de uma barganha política com o Congresso Nacional. A
informação foi divulgada por fontes do Palácio do Planalto e publicada pelo Valor.
Segundo
interlocutores do governo, o presidente quer evitar que as trocas de ministros
sejam vistas como fruto de acordos políticos com os futuros presidentes da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que serão eleitos na primeira semana
de fevereiro.
As
mudanças planejadas, de acordo com informações dos bastidores, devem ser "pontuais"
e "pequenas". Lula ainda estaria analisando quais alterações fará e
em quais pastas do governo. Uma reunião ministerial já está marcada para o dia
21 de janeiro, e as trocas, caso ocorram, devem ser realizadas antes dessa
data.
Uma
das primeiras alterações do ano foi oficializada nesta semana na Secretaria
Especial de Comunicação Social (Secom). O publicitário Sidônio Palmeira assumiu
o cargo no lugar do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). Palmeira, que deve
tomar posse oficialmente na próxima terça-feira, foi escolhido para liderar o
processo de afinação da comunicação do governo, alvo de críticas internas e de
aliados de Lula.
A
decisão de reforçar a Secom está alinhada com o objetivo de melhorar a imagem
do governo, especialmente com vistas às eleições de 2026. “O presidente quer
garantir que a comunicação esteja alinhada com as expectativas da sociedade e
que as ações do governo sejam mais bem compreendidas pela população”, comentou
um assessor próximo ao presidente.
¨ Pesquisa AtlasIntel aponta
João Campos como líder da esquerda, atrás apenas de Lula
A pesquisa AtlasIntel,
divulgada nesta sexta-feira (10), revela que o prefeito do Recife, João Campos
(PSB), se destaca como o segundo favorito da esquerda para liderar o campo
progressista nos próximos anos. Com 18,3% das intenções de voto, ele perde
apenas para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é apontado por
61,5% dos eleitores como o melhor político para representar as pautas da
esquerda. As informações são do Metrópoles.
O levantamento, que ouviu
2.873 brasileiros com mais de 18 anos entre os dias 26 e 31 de dezembro de
2024, mostra uma diferença significativa entre Campos e os demais nomes
citados. Guilherme Boulos (Psol) aparece em terceiro, com 10,7%, seguido por
Gleisi Hoffmann (PT), com 2%, e Fernando Haddad (PT), com 1,6%. Tabata Amaral
(PSB) obteve 1,5% das intenções de voto. A margem de erro da pesquisa é de dois
pontos percentuais.
João Campos, que assumirá a
presidência do PSB, partido também de Geraldo Alckmin, vice-presidente de Lula,
é considerado um nome forte para a presidência, mas seu destino imediato parece
ser a disputa pelo governo de Pernambuco em 2026. Aliado de Lula, o prefeito
recifense trabalha para consolidar apoio do Planalto em uma possível corrida
contra a atual governadora Raquel Lyra (PSDB).
Fonte: Brasil 247
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