'Sólido impulso no
setor de manufaturas': como foi o panorama industrial da China em 2024?
A mídia chinesa
analisou as principais conquistas da China em termos de inovação tecnológica
durante o ano e pontuou os da indústria para 2025.
De acordo com o
Global Times, o cenário industrial da China em 2024 testemunhou uma série de
conquistas e inovações que refletem "o sólido impulso do setor
manufatureiro da China" e ressaltam o compromisso com práticas de
fabricação avançadas, sustentáveis e inteligentes.
A título de
exemplo, o artigo recorda que, no final deste ano, a China apresentou em Pequim
o protótipo do comboio de alta velocidade mais rápido do mundo, que viajará a
400 quilômetros por hora, exibindo mais uma vez a tecnologia
de ponta e os avanços do gigante asiático em tecnologia ferroviária.
A mídia também
menciona que foi acordado em novembro passado que a aeronave C929 —
avião bimotor de fuselagem larga e longo alcance —, desenvolvida e fabricada no
país, se tornaria parte da frota da AirChina, marcando um novo avanço do
gigante asiático no setor.
O primeiro navio de
cruzeiro de grande porte construído em território chinês iniciou suas operações
comerciais em janeiro de 2024, completando 84 viagens até agora e facilitando
um total de 600 mil operações de chegada e partida de passageiros, informou a
Xinhua.
A mídia chinesa
aponta, também, um conjunto de dados para mostrar as conquistas significativas
no desenvolvimento econômico de alto nível da China.
"Em 2024, a
China superou 4,14 milhões de estações de base 5G, com uma média de 29 estações
por 10 mil pessoas. O setor de manufatura tem mais de 6,03 milhões de empresas
registradas, das quais 8,55% estão vinculadas a indústrias emergentes
estratégicas, um aumento de 6,35% em relação ao final de 2023. A produção
anual de veículos
elétricos da
China ultrapassou o marco de 10 milhões pela primeira vez em 2024. Além disso,
o mercado de robôs humanoides atingirá 3 bilhões de yuans [cerca de R$ 2,5
bilhões], demonstrando o potencial de setores emergentes na economia da
China", mostra o Global Times.
Para conseguir tudo
isso, explica o artigo, ao longo do ano o governo chinês implementou diversas
iniciativas para promover a inovação e o desenvolvimento em indústrias-chave.
"Em janeiro, a
China apresentou medidas políticas de promoção de indústrias voltadas para o
futuro, como robôs humanoides, interfaces cérebro-computador e tecnologia 6G
para estimular o crescimento econômico. Em fevereiro, o governo emitiu
diretrizes para acelerar a transformação verde do setor de manufatura. Em
março, a China lançou atualizações de equipamentos em larga escala e trocas de
bens de consumo para melhorar a qualidade das indústrias tradicionais",
destaca.
Mas isso não é
tudo. Em junho, a China implementou um novo conjunto de políticas de apoio para
1.000 empresas como parte dos esforços para melhorar o moderno sistema
industrial do país.
Em setembro, a
China revelou planos para construir plataformas de teste em escala piloto
em manufatura e novos materiais, acelerando a transição de novas tecnologias do
laboratório para a produção industrial.
Confirmando o
sucesso desta política, dados oficiais preveem que a produção industrial de
valor agregado das empresas chinesas crescerá cerca de 5,7% ao ano em 2024.
Geng Bo,
especialista do setor de tecnologia, disse ao Global Times que a China — que
ocupa o primeiro lugar no mundo na produção e vendas de eletrônicos de consumo
— oferece uma demanda crescente que impulsiona a inovação e as melhorias
científicas e tecnológicas dos produtos.
"Seja em
smartphones, eletrodomésticos, eletrônica automotiva, controle industrial ou no
novo setor de energia, a demanda do mercado está levando as empresas
nacionais a inovar e a desenvolver produtos adequados às diversas
necessidades, impulsionando assim o rápido crescimento dos avanços
científicos e tecnológicos e aplicações ligadas à inovação", disse Geng.
¨ China acusa UE de dificultar o comércio e o
investimento em carros elétricos, diz mídia
O Ministério do
Comércio da China concluiu sua investigação sobre o Regulamento de Subsídios
Estrangeiros da União Europeia (UE), destacando a "implementação
seletiva" do bloco.
O inquérito da
China, iniciado em julho de 2024, depois que a UE começou a examinar os
subsídios chineses para a fabricação
de veículos elétricos (VEs),
concluiu nesta quinta-feira que o bloco europeu fez uma
"implementação seletiva" visando uma disputa comercial que se
não for resolvida bilateralmente pode acabar resultando em "outras
medidas apropriadas".
Pequim e Bruxelas
estão em meio a uma disputa comercial em que a UE impôs tarifas de até 45%
sobre VEs de fabricação chinesa alegando que os chineses teriam dado
vantagens competitivas em forma de subsídios
de maneira injusta às
suas indústrias.
Segundo a Bloomberg,
a China afirmou que a investigação europeia foi enviesada, levando o Ministério
do Comércio chinês a entender que "os produtos chineses estão sendo
tratados de forma mais desfavorável no processo de exportação para a UE do que
produtos de países terceiros".
Ao instituir o
Regulamento de Subsídios Estrangeiros, Bruxelas se concedeu o poder de
vetar subsídios que considere capazes de distorcer os mercados europeus, o que
aos olhos de alguns observadores funciona como uma ferramenta para justificar
o protecionismo
europeu diante
da carência
de financiamentos que
sua indústria tem enfrentado. Para além disso, os reguladores podem emitir
multas, suspender licitações ou bloquear aquisições estatais imediatamente.
Ainda em 2024, a UE
usou o regulamento para conduzir diligências a escritórios de fornecedores
chineses de equipamentos de segurança Nuctech na Polônia e nos Países Baixos,
na expectativa de encontrar evidências de que Pequim tivesse favorecido a
empresa.
<><> China
registra aumento de 40% nas vendas de veículos elétricos e híbridos em 2024
As vendas de
veículos híbridos e elétricos na China aumentaram mais de 40% em 2024, em
relação ao ano anterior, totalizando 10,899 bilhões de unidades, de acordo com
números oficiais.
De acordo com a
Associação de Automóveis de Passageiros da China, 47,6% das vendas no
período foram de veículos movidos por energias alternativas.
Em dezembro, foram
vendidos 1,3 milhão de veículos desse tipo, aumento anual de 37,5%.
A fabricante
BYD se
tornou líder do mercado chinês, com mais de 4 milhões de veículos vendidos
em 2024. A Tesla também alcançou recordes de vendas na China, apesar da queda
global. Fabricantes estrangeiros, como General Motors, Toyota e Volkswagen,
estão perdendo terreno.
Apesar do aumento
nas vendas, a indústria
automotiva chinesa
viu uma queda na rentabilidade, com margens de lucro caindo para
4,4% nos primeiros 11 meses de 2024, em comparação com 6,2% em 2020.
Fornecedores e
concessionárias na China estão enfrentando uma prolongada guerra de preços com
países do Ocidente, forçando-os a reduzir
ainda mais os custos dos
componentes ou a oferecer descontos maiores.
¨ Novos centros petroquímicos mundiais vão surgir na
Ásia-Pacífico até 2030, avalia especialista
Novos centros da
indústria petroquímica estão sendo criados nos países da Ásia-Pacífico,
principalmente na China e na Índia, disse o chefe de projetos de negócios da
empresa russa Implementa, Ivan Timonin, à Sputnik.
"Até 2030,
espera-se que cerca de 1.000 novos ativos e expansões de capacidade de
instalações existentes de produção petroquímica sejam lançados na região da
Ásia-Pacífico", disse o especialista.
Ele destacou que
a China será o líder absoluto no mercado
petroquímico,
ocupando cerca de 60% do crescimento de capacidade de produção global de
olefinas nos próximos anos.
"Mais de 40
instalações serão lançadas no país, com uma capacidade total de mais de 60
milhões de toneladas", explicou.
De acordo com o
especialista, a Índia, líder mundial em termos de taxas
de crescimento tanto
da oferta quanto da demanda de uma ampla gama de produtos petroquímicos, deve
ser mencionada separadamente.
Nesse país, os
principais impulsionadores do desenvolvimento da indústria
petroquímica são
o crescimento econômico e industrial acima da média, o desejo de reduzir a
dependência de importações de vários produtos e os incentivos governamentais
também serão um fator importante.
¨ Autoridades dos EUA pressionaram maior mineradora da
Groenlândia contra negócios com China
Autoridades dos EUA
pressionaram a operadora do maior campo de mineração de metais da Groenlândia,
a Tanbreez Mining, a não vender seus negócios para empresas chinesas, informou
a Reuters na sexta-feira (10), citando o CEO da empresa, Greg Barnes.
Autoridades do
governo dos EUA, que visitaram o projeto no sul da Groenlândia duas vezes em
2024, compartilharam com a empresa, supostamente com dificuldades financeiras,
a mensagem de que a venda a qualquer comprador ligado a Pequim seria
indesejável, disse Barnes, sem revelar os nomes das autoridades ou das empresas
chinesas interessadas.
No final, Barnes
vendeu a empresa para a Critical Metals, sediada em Nova York, por US$ 5
milhões em dinheiro e US$ 211 milhões em ações (cerca de R$ 1,9
bilhão), o que é significativamente menor do que o preço proposto pelos
chineses, disse a agência de notícias.
"Houve muita
pressão para não vender para a China", disse o CEO da Critical Metals,
Tony Sage.
Os esforços das
autoridades americanas ressaltam o interesse
de Washington nas terras dinamarquesas, que começou muito antes dos comentários
recentes do presidente eleito Donald Trump.
Trump, que
deve assumir o cargo em 20 de janeiro, em dezembro de 2024 chamou a posse
da Groelândia, um território autônomo dinamarquês, de "necessidade
absoluta" para os Estados Unidos, comentando assim sua decisão de nomear
um novo embaixador dos EUA na Dinamarca.
O primeiro-ministro
da Groenlândia, Mute Egede, respondeu dizendo que a ilha
não está à venda.
Trump disse a
repórteres no início de janeiro que não pode garantir que não usará a força militar
para tomar a Groenlândia. Mais tarde, a vice-secretária de imprensa do
Pentágono, Sabrina Singh, afirmou que atualmente não há planos militares em
andamento para tomar o controle
da Groenlândia.
Trump anunciou a
intenção de
adquirir a Groenlândia em 2019, quando cumpria seu primeiro mandato
presidencial.
A Groenlândia foi
uma colônia da Dinamarca até 1953. Continua fazendo parte do reino, mas em
2009 recebeu autonomia com a possibilidade de autogoverno e escolhas
independentes em política interna.
¨ Russofobia é incluída em decreto de estratégia de
combate ao extremismo aprovado por Putin
A russofobia e a
xenofobia foram adicionadas à estratégia de combate ao extremismo na Rússia,
conforme decreto do presidente russo, Vladimir Putin, publicado neste sábado
(28). O documento foi atualizado pela última vez em 2020.
"Xenofobia:
manifestação de ódio, aversão ou intolerância em relação a determinados grupos
sociais e comunidades de pessoas, bem como a seus representantes individuais;
russofobia: atitude hostil, preconceituosa e adversa em relação
aos cidadãos da Rússia, à língua e cultura russas, às tradições e à história
do país, expressa, entre outras formas, por sentimentos e ações agressivas
de forças políticas e seus representantes, bem como por ações
discriminatórias de governos hostis à Rússia", detalha o decreto.
No decreto
anterior, de 2020, os conceitos principais da estratégia incluíam ideologia,
radicalismo, ideologia
extremista,
manifestações de extremismo e combate à prática.
Além disso, o texto
aponta que o extremismo, em todas as suas manifestações, representa uma ameaça real
à soberania, unidade e integridade
territorial da Rússia,
além da estabilidade no país.
"O extremismo,
em todas as suas formas, leva à violação da paz e harmonia civis, dos direitos
e liberdades fundamentais do ser humano e do cidadão. Ele cria uma ameaça real
à soberania, unidade e integridade territorial da Federação da Rússia, aos
fundamentos da ordem constitucional da Rússia, à unidade inter-religiosa, à
coesão civil, ao desenvolvimento cultural, e à estabilidade política e
social", acrescenta o documento.
<><> Tendência
ao radicalismo é identificada como uma ameaça
A tendência ao
aumento do radicalismo entre determinados grupos
da população na Rússia também é apontada como uma das fontes de ameaça
no texto.
"Na fase
atual, observa-se uma tendência ao crescimento do radicalismo entre grupos
específicos da população e à intensificação das ameaças extremistas internas e
externas. Ao mesmo tempo, há um esforço de organizações extremistas, incluindo
aquelas atuando do exterior, para consolidar ações com o objetivo de
desestabilizar a situação sociopolítica na Federação da Rússia", afirma o
documento.
Confira outros
pontos da estratégia de combate ao extremismo:
- O extremismo é
reconhecido como um dos problemas mais desafiadores da sociedade russa moderna;
- Áreas globais de
instabilidade contribuem para o aumento das ameaças à Rússia, devido ao risco
de organizações terroristas entrarem no país;
- A Rússia
pretende organizar cooperação dentro da ONU e BRICS para combater o
extremismo e o terrorismo;
- O fortalecimento
de formações nacionalistas, incluindo na Ucrânia, apoiadas por forças externas,
está se tornando uma ameaça extremista séria;
- Riscos associados
ao extremismo
na Ucrânia se
espalhando para países e regiões vizinhas;
- O resultado
esperado da implementação da estratégia é a neutralização das atividades
indesejáveis de ONGs estrangeiras.
<><> Escalada
feita pelo Ocidente fortaleceu poder militar da Rússia, não o enfraqueceu, diz
mídia
A Rússia aumentou
significativamente seu potencial militar depois de lançar a operação militar
especial na Ucrânia, escreveu a revista norte-americana The National Interest.
"Ao contrário
de seu objetivo original, a escalada das potências
ocidentais não
levou a um enfraquecimento das Forças Armadas russas. Pelo contrário,
o conflito, intensificado e prolongado pela ajuda ocidental, levou à
transformação do enorme potencial latente da Rússia em poder
militar tangível", informa a revista.
Observa-se que,
atualmente, Moscou possui desenvolvimentos avançados no campo de mísseis
hipersônicos, munições de alta precisão, defesa antimíssil, bem como drones e
guerra eletrônica.
"Por todos os
indicadores, o potencial militar da Rússia cresceu,
enquanto o da Ucrânia está enfraquecendo gradualmente", concluiu o artigo.
A Rússia
lançou a
operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. O
presidente Vladimir Putin chamou seu objetivo de "proteger as
pessoas que foram submetidas a genocídio pelo regime de Kiev por
oito anos".
Ele também observou
que a operação especial foi uma medida forçada, a Rússia "não teve
nenhuma chance de fazer o contrário, os riscos de segurança criados eram tais
que era impossível reagir por outros meios".
¨ Dívida pública dos EUA cresceu quantas vezes mais que a
da Rússia?
Em apenas um ano, o
endividamento público dos Estados Unidos aumentou oito vezes mais que a dívida
pública total da Rússia, segundo cálculos da Sputnik com base nos dados
financeiros de ambos os países. Durante o mandato do presidente Joe Biden, a
dívida norte-americana cresceu quase um quarto, alcançando um novo recorde.
De acordo com os
últimos dados disponíveis, a dívida de Washington atingiu quase US$ 36,3
trilhões (R$ 226,6 trilhões). Isso representa um aumento de 7% ou US$ 2,4
trilhões (R$ 14,8 trilhões) ao longo do ano, valor 8,3 vezes maior que o endividamento
da Rússia,
que é de US$ 286,3 bilhões (R$ 1,7 trilhão).
Além disso, em
cinco anos, o endividamento dos EUA, que era de US$ 23,1 trilhões (R$ 143
trilhões), se multiplicou por 1,6. Simultaneamente, o nível
atual da dívida dos EUA supera o da Rússia em 126,3 vezes.
No último sábado
(28), a secretária
do Tesouro dos EUA,
Janet Yellen, afirmou em uma carta aos líderes do Congresso que, a partir de 2
de janeiro de 2025, o país voltará a um teto fixo para a dívida pública,
que seria alcançado entre 14 e 23 de janeiro. Isso exigirá medidas
emergenciais para evitar o calote. Nesse contexto, Yellen pediu aos
congressistas que atuem para proteger a solvência do país.
Por sua vez,
o Fundo
Monetário Internacional (FMI) estima que o nível da dívida nacional
dos EUA alcançará 121% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final de 2024 e
chegará a 131,7% do PIB em 2029.
Vale destacar que,
durante a presidência de Joe Biden (2021-2025), o endividamento do país
passou de US$ 28 trilhões (R$ 173,3 trilhões) para um nível sem precedentes na
história.
Fonte: Sputnik
Brasil
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