Jair de Souza:
A questão fiscal como parte da luta de classes
Com a
recente aprovação pelo Congresso da proposta de recorte de gastos enviada pelo
Governo Federal, ficaram bastante evidentes alguns aspectos de como são
travadas as batalhas dentro da luta de classes em nosso país.
Se,
mesmo fazendo enormes concessões aos interesses das classes dominantes, o
projeto governamental procurava garantir a defesa de alguns pontos favoráveis
ao campo popular, a atuação da maioria reacionária nos órgãos parlamentares no
processo de discussão da medida acabou por encaminhar a definição num rumo em
que o povo trabalhador saiu em situação ainda pior do que já se encontrava.
Mas,
por que esta questão de tributação fiscal e isenção de impostos tem tudo a ver
com a luta de classes? É isto o que vamos tentar esclarecer nas próximas linhas
deste texto.
Em
primeiro lugar, é fundamental que tenhamos em mente que é através de sua
capacidade de influir na atuação do aparelho de Estado que as diferentes
classes que compõem uma sociedade conseguem fazer valer o peso de suas
reivindicações em relação ao conjunto de seus integrantes. Em consequência,
aqueles que dispuserem de mais força estarão em condições mais favoráveis para
impor ao Estado a priorização do atendimento dos pontos que lhes são favoráveis
e, por sua vez, que os custos para a manutenção desse aparelho recaiam com
maior incidência sobre os que contam com menos poder de fogo.
Como é
sabido, para que possam funcionar normalmente, todas as sociedades humanas
modernas dependem da arrecadação de impostos para manter as atividades públicas
essenciais que são supridas pelo Estado. O fornecimento de um ensino público de
qualidade aceitável, um serviço de atendimento médico eficiente e um esquema de
segurança pública que ofereça proteção e tranquilidade a seus habitantes, tudo
isto são tarefas que correspondem ao Estado e que dependem de recursos fiscais
para serem mantidos.
Quais
são os serviços a proporcionar e de onde extrair os fundos para sustentá-los
são as principais questões que as forças componentes da sociedade precisam
dirimir para que o aparelho de Estado possa continuar exercendo suas
atividades. Via de regra, as classes mais abastadas se preocupam quase que
exclusivamente com a eficiência dos sistemas de repressão policial e do Judiciário,
visto que são estes os que lhes servem para conter mais eficazmente a rebeldia
dos setores populares e os protestos dos trabalhadores e dos pobres em geral.
Em vista disto, esses setores mais ricos não costumam demonstrar nenhuma
disposição a concordar com a ideia de que as instituições do Estado sirvam para
atender as necessidades básicas das maiorias populares.
Assim,
essas classes dominantes optam por manter seus filhos em escolas particulares,
e não demonstram interesse em contribuir para a existência de escolas públicas
de boa qualidade, onde os filhos dos trabalhadores recebam um ensino de boa
qualidade. Algo semelhante ocorre em relação ao atendimento médico. Quanto a
isto, como esses setores mais abastados têm como pagar por hospitais e clínicas
particulares, eles geralmente se opõem ao financiamento público de sistemas de
assistência médica que beneficiem aos menos favorecidos economicamente. Por
isso, eles resistem a aceitar que os impostos sirvam para bancar serviços
públicos voltados para as maiorias populares.
Porém,
como as camadas mais ricas representam uma fração ínfima da totalidade da
população, elas dependem do apoio político que consigam angariar em outros
setores para impor as determinações que conformam com seus interesses. Assim,
elas tratam de atrair para suas posições pelo menos certas parcelas das classes
médias e dos pobres, para que estes também assumam como seus os posicionamentos
e as visões que favorecem quase que exclusivamente aos ricos. Portanto, em
lugar de expressar claramente que não querem pagar impostos e que não concordam
que estes sirvam para custear serviços que beneficiam as maiorias menos
pudentes, os super ricos recorrerão a seu imenso poderio e controle midiático
para induzir a gente de extração popular a crer que a eliminação por parte do
Estado da oferta de serviços públicos e a não cobrança de impostos dos mais
aquinhoados são medidas que vão ao encontro dos interesses de todos.
Entretanto,
quando analisamos como se dá a arrecadação tributária no Brasil, nos damos
conta de que, de fato, o grosso da tributação incide sobre aqueles que, por
lógica, coerência e decência humanitária, menos deveriam pagar. Expressando
isto de maneira menos inequívoca: em nosso país, os ricos não pagam quase nada
de impostos, enquanto que os setores mais humildes têm de assumir um peso
absurdamente elevado do montante de recursos fiscais arrecadados.
O
principal mecanismo utilizado para isentar quase que totalmente as classes
dominantes do pagamento de impostos é concentrar a tributação sobre o consumo e
não sobre a renda. Enquanto que nos países europeus, nos Estados Unidos e no
Japão, por exemplo, as rendas são muito mais rigorosamente taxadas de modo
direto, chegando em vários casos a superar os 50%, em nosso país, a alíquota máxima
não vai além dos 27,5%. Assim, tanto faz que tenhamos um super executivo que
ganhe em torno de R$ 500 mil ao mês ou um assalariado de classe média que
receba em torno de R$ 15 mil, o percentual que incidirá sobre ambos será o
mesmo, ou seja, 27,5%.
Porém,
isto está longe de representar a injustiça mais aberrante. No caso de
rendimentos auferidos por vias não salariais, a aberração é muitíssimo maior e
chega mesmo a ser monstruosa. Os rendimentos advindos de dividendos
simplesmente não são taxados. O Brasil é um dos únicos países do mundo onde
isto ocorre. Já a tributação aplicada aos rendimentos derivados de atividades
empresariais é mínima ou inexistente.
No
final das contas, o que realmente vai sustentar o funcionamento do aparelho
estatal serão os impostos cobrados indiretamente sobre os bens de consumo.
Para
que nos seja possível ter uma compreensão mais realística do que isto
significa, vamos traçar à continuação um quadro hipotético (mas bem elucidativo
do problema real) sobre o peso arcado pelo conjunto dos trabalhadores e pelos
setores capitalistas no total dos impostos aplicados aos bens de consumo. Neste
caso, visando facilitar a exposição e o entendimento, vamos admitir as
hipóteses que listaremos a seguir. Na verdade, a situação real é ainda mais
crítica:
a)
Consideremos que no país há 100 milhões de contribuintes, dos quais, 80 milhões
são trabalhadores que ganham uma média mensal de R$ 2,5 mil, e outros 20
milhões de empresários cujos rendimentos estão na média de R$ 50 mil ao mês;
b)
Outra suposição realística é a de que todo o rendimento dos que ganham a média
de R$ 2,5 mil é gasta em bens de consumo e, no caso dos que estão na média dos
R$ 50 mil o gasto individual em consumo será de R$ 10 mil;
c)
Para efeitos práticos, todos os bens de consumo são taxados com a alíquota de
25% sobre seus preços de mercado;
d)
Renda total do país: R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 200 bilhões dos trabalhadores e R$
1 trilhão dos empresários.
Se
aplicarmos a alíquota de 25% de impostos ao consumo de cada grupo, chegaremos
aos seguintes números:
-
Trabalhadores: R$ 50 bilhões (25% de R$ 2,5 mil x 80 mil)
-
Empresários: R$ 50 bilhões (25% de R$ 10 mil x 20 milhões)
Expressando
em palavras o significado destes cálculos, temos que os trabalhadores pagam de
impostos 25% de seu rendimento total de R$ 200 bilhões, ao passo que os
empresários se limitam a ceder apenas 5% de seus ganhos totais de R$ 1 trilhão
para cobrir impostos.
Após
analisarmos este quadro, vamos entender que não é à toa que as classes
dominantes querem que a tributação seja feita exclusivamente sobre os bens de
consumo, e não com a taxação direta em relação aos rendimentos.
Bem,
temos consciência de que do diagnóstico constatado não surge a cura de
imediato. O problema de quem paga as contas dos custos do funcionamento do
aparelho estatal e a quem ele deve servir prioritariamente está inserido nos
embates da luta de classes permanente que são travados sempre e quando classes
com interesses contrapostos se chocam no cenário social. Por outro lado,
sabemos também que, por mais que Lula seja uma pessoa profundamente imbuída de
sentimentos favoráveis à classe trabalhadora, da qual ele mesmo é oriundo, seu
governo não é um governo hegemonizado pelos trabalhadores.
Em
vista do que acabamos de dizer, temos de ter clareza que o atual governo é uma
entidade em disputa, em que cada grupo que o integra procura conduzi-lo em
conformidade com seus interesses de classe. Portanto, cabe aos trabalhadores
também travar a luta para que suas aspirações sejam respeitadas e atendidas.
Mas, isto não depende tão somente de desejos e vontades.
Evidentemente,
não nos basta contar com a presença de Lula na chefia do Estado. Para que isto
se transforme em força popular real, é preciso que os trabalhadores, suas
organizações sindicais e partidos tenham conhecimento da realidade que nos
circunda e estejam dotados da necessária consciência de classe e disposição de
somar forças e construir organização com o propósito de avançar no rumo de uma
nova sociedade, na qual injustiças como as expostas neste texto se tornem
coisas do passado.
¨ Combate aos
juros e aos privilégios morais. Por Pedro Benedito Maciel
A
elite nacional, capitaneada pela elite financeira, o tal “mercado”, condena a
economia brasileira a um círculo vicioso da quase estagnação, assim decreta o
professor Bresser-Pereira. Paralelamente, os representantes dessa elite são
vigilantes na defesa e ampliação dos privilégios daqueles que vão garantir que
toda crueldade seja normalizada.
Vamos
ao argumento.
As
famílias brasileiras pagam muitos juros; foram 284,1 bilhões de reais em juros
só nos seis primeiros meses de 2022, montante que representou 12,69% da renda
dos lares no período; na comparação com 2020, o valor foi 18% maior, enquanto
no comparativo com 2021 a variação foi de 9,9%.
O Brasil
é o país que mais paga juros de dívida no mundo, aponta estudo. Com dívida
bruta de 84,67% do Produto Interno Bruto (PIB) e juros básicos em 11,5%, o
Brasil é o país que mais paga encargos no mundo, com uma taxa de 5,97% do PIB.
É bom lembrar que em 2003 Lula pegou o dólar subindo; inflação em 9,5%,
desemprego em 12%; sem reservas cambiais; PIB ridículo e relação dívida x PIB
alta (a dívida bruta em 72% do PIB e a dívida líquida em 60%).
Apesar
disso, as “viúvas do PSDB” seguem
repetindo que Lula pegou um país arrumado; como? Estávamos sem reservas, com
inflação e desemprego alto e pendurados no FMI. Apesar dessas dificuldades,
Lula entregou para Dilma a Dívida Bruta x PIB em 52% do PIB e a Dívida Líquida
em 39%, com reservas altíssimas, inflação na meta, PIB em alta e com o FMI
pago.
Antes
dos ataques e movimentos que levaram ao golpe de 2016, Dilma tinha uma dívida
bruta em 62% do PIB e a Dívida Líquida estava em 34,9%.
Ou
seja, tanto Lula quanto Dilma foram zelosos na questão fiscal, apesar da propaganda
desinformativa que o pessoal que não dorme faz.
Foram
perfeitos? Evidentemente que não, afinal “a perfeição é uma meta”, como escreveu Gilberto Gil. Contudo, o
pobre entrou no orçamento da União pela primeira vez na história do país e o
“mercado industrial” passou a ter vez e voz.
Vamos
voltar ao assunto.
Há um
grupo de servidores "privilegiados"
que, segundo Bresser-Pereira, recebem salários e aposentadorias excessivamente
altas, muitas vezes acima até do teto constitucional, ou seja, acima dos salários
dos ministros do STF, isso tem que acabar (há estudo que aponta gastos
superiores a 20 bilhões de reais, entre 2018 e 2024, com o pagamento de
remunerações acima do teto constitucional, só para os integrantes do Poder
Judiciário e do Ministério Público, isso não pode ser considerado “direito adquirido”. É privilégio
imoral, à luz do artigo 37 da CF).
Por
que é um tabu debater essa imoralidade travestida de direitos adquiridos?
Justiça
seja feita, em relação ao combate aos super-salários o governo apresentou a PEC
45/2024, com objetivo de moralizar a farra patrocinada pelas corporações, mas
foi feita mudança pelos parlamentares na parte que tratava dos
super-salários.
A
proposta, como enviada pelo governo, previa que uma lei complementar tratasse
das verbas que poderiam ficar fora do teto remuneratório, que hoje é de R$ 44
mil mensais, valor do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal; com a
versão aprovada no Congresso, essas brechas ao teto podem ser tratadas em lei
ordinária, que requer um quórum menor para a aprovação, ou seja, será mais
fácil dar legalidade à imoralidade dos “penduricalhos” nos salários.
Parto
dessa ideia para afirmar que o grande problema do Brasil não é, como pretendem
nos fazer crer, a (a) corrupção (que deve ser repudiada e combatida), o grande
problema é a captura do patrimônio das famílias e do patrimônio público pelo
(b) mercado financeiro e pelos (c) altos salários dos servidores públicos. Está
na hora de pensarmos sobre isso com responsabilidade (só o Poder Judiciário
custa 1,2% do PIB).
O que
fazer? Parece simples dizer que temos de: (a) combater a corrupção; (b) colocar
freio na ganância do mercado financeiro e (c) realizar uma reforma
administrativa que moralize e dê eficiência ao serviço público.
Mas
não é nada simples. Na realidade, é muito complexo, porque há milhares de
interesses a serem alvejados e que são fortemente protegidos.
<><>
Sobre o combate à corrupção
Na
última década, o combate à corrupção foi apresentado pela mídia e por diversos
atores políticos como a principal ou única agenda nacional, em torno da qual o
Governo Federal deveria e seria obrigado a mover-se.
Essa
falácia, somada à incapacidade de a esquerda responder com honestidade às
críticas que a ela foram dirigidas desde o Mensalão, passando pelo Petrolão,
levou Bolsonaro à Presidência da República. Logo ele, um defensor confesso de
privilégios.
O
combate à corrupção deve estar contido nas ações cidadãs, nas ações de governo
e de Estado, é trabalho de todas as estruturas e instituições públicas e
privadas do país.
Cabe a
cada um dos cidadãos denunciar, combater os efeitos e eliminar as causas e,
para isso, se faz necessário entender as raízes da corrupção. Não podemos temer
enfrentar o tema. Curiosamente, o discurso de combate à corrupção, apoiado
pelos maiores veículos de comunicação do Brasil, não foi abraçado, assumido ou
protagonizado pela esquerda brasileira na forma adequada. Por quê?
Isso é
curioso porque o combate à corrupção nunca foi bandeira dos setores
conservadores, salvo episodicamente e de forma oportunista (vide a campanha
contra Getúlio entre 1950 e 1954) e distorcida (até porque há uma contradição
lógica entre os valores do sistema capitalista, onde o que vigora são os
interesses individuais e imediatos, e outro sistema que respeite os Direitos
Humanos, em contraposição ao sistema capitalista liberal).
Então
por que a esquerda não foi protagonista desse movimento de combate à corrupção,
se foi nos governos Lula 1 e 2 e Dilma que a legislação mais se avançou nessa
quadra? Talvez porque alguns de seus quadros envolveram-se em denúncias, o que
a colocou na defensiva nesses episódios. Ficar na defensiva foi um erro
tático.
Assumir
o combate à corrupção, separando a luta genuína do indesejado moralismo
lacerdista, teria sido fundamental, pois só a esquerda poderia ter feito isso,
só os setores democráticos podem fazer isso, mas ainda dá tempo, talvez Lula 3,
através do ministério da Justiça e da CGU .
Na
última década, nossos líderes transformaram-se em reféns do mesmo discurso moralista
e da mesma tática usada para alçar Collor ao cenário nacional como o
"caçador de marajás", discurso que elegeu Bolsonaro. Eis aí o
objetivo oculto desta retórica rasa e frágil.
Nosso
papel é enfrentar as estruturas hipócritas e corruptas, que se apropriaram da
bandeira de combate à corrupção, que deveria ser dos partidos políticos, da
imprensa livre, dos intelectuais, estudantes e às centrais sindicais; esse
papel é sempre da sociedade, sendo a excessiva institucionalização um erro
grave; demais, faltou debate político.
A
falta de debate político fez com que setores da sociedade, especialmente a
classe média, fossem cooptados por um discurso moralista que identificou a
corrupção com a esquerda, "e
não fizemos nada", nossos líderes talvez estivessem preocupados
demais com as próximas eleições e com os novos amigos do mundo
corporativo.
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O mercado financeiro
O
problema maior não é a corrupção ou a ganância dos políticos e dos lobistas; o
maior problema é o capitalismo, que é fundamentalmente corrupto e corruptor.
Temos que dar alguns passos à frente e voltar trabalhar para mudar o mundo, ao
invés de trabalhar apenas para vencer as próximas eleições.
O que
tem de ser denunciado e combatido é um sistema econômico que corrompe; um
sistema que financia falsos debates e crises.
<><>
Combate aos privilégios
Temos
de combater a corrupção estrutural e sistêmica, combater privilégios,
travestidos de direitos adquiridos.
É
imperativo denunciarmos esses privilégios num país em que em 2022 33,8 milhões
de pessoas recebem até um (1) salário-mínimo, ou seja, 36% do total dos
trabalhadores ocupados; é tarefa dos socialistas denunciar esses privilégios
num Brasil em que, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a
renda média do brasileiro, apesar de, sob Lula, ter voltado a crescer, é de
apenas R$ 3.137,00, pouco mais de 8% do teto constitucional, sendo que sabemos
que há casos em que servidores recebem 1 milhão de reais por mês, tudo “legal”
(e imoral).
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Conclusão
Temos
uma longa caminhada pela frente, pois "outros outubros virão" e temos de estar reconciliados com
nossos sonhos e em dia com a leitura do “Que
fazer?” do nosso amigo Vladimir, bem como da parte do “manifesto” do
Carlos e do Frederico, onde eles dizem que “o resultado das nossas lutas não é a vitória imediata, mas a união cada
vez maior dos trabalhadores. Ela [a união dos trabalhadores] é promovida através dos crescentes meios
de comunicação desenvolvidos pela grande indústria e coloca em contato com
outros trabalhadores de diferentes localidades”.
¨ Haddad diz
que esquerda não quer cortar gastos, e direita não quer pagar imposto:
"Como é que fecha a conta?"
O
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, questionou nesta sexta-feira (20) como é
possível equilibrar as contas públicas diante de uma situação em que, segundo
ele, a direita não quer pagar os impostos devidos e a esquerda resiste a cortar
gastos.
Em
entrevista a jornalistas, Haddad ressaltou a necessidade de buscar a
“sustentabilidade” das finanças públicas e afirmou que o desafio fiscal no país
vai além de qualquer debate ideológico.
O
ministro apontou que assumiu a pasta com um Orçamento de 2023 registrando 17%
do Produto Interno Bruto (PIB) de receitas. Nos anos anteriores esse percentual
era de cerca de 19%. Segundo ele, a redução significa uma perda de R$ 250
bilhões.
"Vamos
ter que atuar dos lados, receita e despesa", disse.
Na
conversa, Haddad também reafirmou o compromisso com medidas para controlar os
gastos públicos, mas optou por não especificar as ações que serão implementadas.
Fonte:
Brasil 247
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