Como debate sobre
imigração cresceu no Canadá e selou destino de Trudeau
O tema da imigração tem
polarizado debates e mobilizado eleitores já há algum tempo em diversos países
ricos do Ocidente. O Canadá até
recentemente havia conseguido se esquivar dessa onda, mas agora a questão não
só ganhou protagonismo como foi apontada como uma das razões que levaram à
erosão da popularidade do primeiro-ministro Justin Trudeau e à sua renúncia no último dia
6 de janeiro.
O percentual de
canadenses que dizia acreditar que o país estava recebendo imigrantes demais
dobrou entre 2022 e 2024, de 27% para 58%, de acordo com uma pesquisa da
empresa Environics. Nos últimos anos, grupos de ativistas se organizaram pelo
país e realizaram protestos contra a imigração em locais como Ottawa, Vancouver
e Calgary. "Eu diria que era muito tabu, como se ninguém realmente falasse
sobre isso", diz Peter Kratzar, engenheiro de software e fundador do Cost
of Living Canada, grupo ativista formado em 2024. "[Mas] as coisas
realmente desbloquearam."
Um dos fatores que
alimentaram esse novo momento foi o aumento expressivo do custo de vida nos
últimos anos, com escassez de moradias e salto no valor dos aluguéis. Cerca de
2,4 milhões de famílias canadenses
estão amontoadas em casas minúsculas, com necessidade urgente de grandes
reparos ou que lhes são financeiramente inacessíveis, conforme um relatório de
fiscalização do governo divulgado em dezembro. Esse cenário se
desenrola ao mesmo tempo em que a inflação atinge duramente e de forma
disseminada o bolso dos canadenses, fazendo com que alguns passassem a
questionar se o país tem capacidade para continuar recebendo imigrantes.
·
Cama
no banheiro
À primeira vista, o
quarto individual para alugar em Brampton, Ontário, parece uma pechincha. É
verdade que a área útil é mínima, mas o valor pedido é de apenas C$ 550 ( R$
2.332) por mês em um subúrbio de Toronto, onde o aluguel médio mensal de um
apartamento de um quarto é de C$ 2.261 (R$ 9.588). Quem olhar com mais atenção,
no entanto, vai percebe que o local anunciado é, na verdade, um pequeno
banheiro convertido em dormitório. Há um colchão preso ao lado da pia, próximo
ao vaso sanitário. O anúncio, postado originalmente no Facebook Marketplace,
gerou centenas de comentários online. "Nojento", escreveu um usuário
do Reddit. "Ei, pessoas de 20 e poucos anos, vocês estão olhando para o
seu futuro", diz outro.
Mas há outros
anúncios como esse - outro quarto para alugar em Brampton mostra uma cama
esmagada perto de uma escada no que parece ser uma área de lavanderia. Outro
imóvel para aluguel em Scarborough, um distrito em Ontário, oferece uma cama de
casal no canto de uma cozinha. Embora o Canadá possa ter muito espaço
disponível, devido à sua ampla extensão, não há imóveis suficientes para
atender à demanda. Nos últimos três anos, os aluguéis cresceram em média quase
20%, de acordo com a consultoria imobiliária Urbanation.
Histórias como a do
quarto-banheiro em Brampton alimentaram a discussão sobre imigração, afirma
Kratzar, do grupo Cost of Living Canada: "As pessoas podem dizer, tipo,
isso é tudo evidência anedótica. Mas a evidência continua aparecendo.
Você vê isso
repetidamente. As pessoas começaram a ficar preocupadas com a forma como o
sistema de imigração vinha sendo administrado", acrescenta Keith Neuman,
diretor executivo da Environics. "Acreditamos que é a primeira vez que as
pessoas realmente pensam sobre a gestão do sistema."
Justin Trudeau
renunciou em 6 de janeiro em meio a esse descontentamento crescente em
relação à imigração. O premiê foi acusado de agir tarde demais ao lidar com a
crescente ansiedade sobre inflação e moradia que muitos atribuíram, em parte, à
imigração. A taxa de aprovação de seu governo antes do anúncio havia chegado a
apenas 22% - muito longe do primeiro ano de seu mandato, quando 65% dos
eleitores disseram aprovar sua gestão. "Embora a imigração talvez não tenha
sido a causa imediata da renúncia, pode ter sido a cereja do bolo", diz o
professor Jonathan Rose, chefe do departamento de estudos políticos da Queen's
University em Kingston, Ontário.
Na saída da
pandemia, a administração de Trudeau optou deliberadamente por incentivar a
entrada de imigrantes no país, apostando que aumentar as cotas para estudantes
estrangeiros e trabalhadores temporários, além de imigrantes qualificados,
daria um impulso à economia. A população, que era de 35 milhões há 10 anos, agora
ultrapassa 40 milhões. A imigração foi responsável pela maior parte desse
aumento – dados da agência nacional de estatísticas do Canadá mostram que, em
2024, mais de 90% do crescimento populacional veio da imigração.
Além do aumento
geral nos níveis de migração, o número de refugiados também cresceu. Em 2013,
havia 10.365 solicitações de refúgio no Canadá; em 2023, esse número saltou
para 143.770. A insatisfação dos eleitores com a imigração foi "mais um
sintoma do que uma causa" da queda de Trudeau, argumenta a professora
Rose. "Ela reflete sua aparente incapacidade de captar o clima da opinião
pública."
Ainda não está
claro quem pode substituir Trudeau dentro do Partido Liberal, mas, com as
eleições se aproximando, as pesquisas atualmente favorecem o Partido
Conservador. Seu líder, Pierre Poilievre, defende que o número de novos
imigrantes seja limitado ao total de novas habitações em construção.
Desde que Donald
Trump venceu as eleições presidenciais nos EUA, em novembro, Poilievre
"tem falado muito mais sobre imigração", afirma a professora Rose –
"tanto que o tema se tornou uma prioridade na mente dos eleitores". Certamente,
a chegada de Trump para um segundo mandato está prestes a intensificar ainda
mais uma questão já delicada no Canadá, independentemente de quem seja o novo
primeiro-ministro. Trump venceu as eleições nos EUA, em parte, com
a promessa de
realizar deportações em massa de migrantes sem documentação. Desde sua
vitória, ele declarou que pretende mobilizar as forças armadas e decretar
emergência nacional para cumprir essa promessa. Ele também anunciou planos de
impor tarifas de 25% sobre produtos canadenses, caso a segurança na fronteira
não seja reforçada.
·
Drones,
câmeras e policiamento na fronteira
O Canadá e os
Estados Unidos compartilham a maior fronteira não defendida do mundo. Com quase
9 mil km, grande parte dela atravessa áreas de floresta densa e é marcada pelo
que é conhecido como The Slash, uma faixa de terra desmatada com seis
metros de largura. Diferentemente da fronteira sul dos EUA, não há muros. Isso
sempre foi motivo de orgulho para Ottawa e Washington, simbolizando os laços
estreitos entre os dois países. Após Trump assumir a presidência pela primeira
vez, em 2017, o número de pedidos de asilo disparou, com milhares de pessoas
cruzando a fronteira a pé para o Canadá. Segundo o governo canadense, o número
de pedidos saltou de pouco menos de 24 mil em 2016 para 55 mil por ano até
2018. Quase todos atravessaram do estado de Nova York para a província
canadense de Quebec.
Em 2023, Canadá e
Estados Unidos firmaram um acordo mais rígido sobre a fronteira, que impediu a
maioria dos migrantes de cruzar por terra de um país para o outro. Pelo acordo,
migrantes que entrarem em contato com as autoridades dentro de 14 dias após
atravessarem qualquer parte da fronteira devem retornar ao país onde entraram
primeiro para solicitar asilo lá. O acordo, revisado por Trudeau e Joe Biden,
baseia-se na premissa de que tanto os EUA quanto o Canadá são países seguros
para solicitantes de asilo.
Desta vez, a
polícia nacional do Canadá – a Real Polícia Montada do Canadá (RCMP) – afirmou
ter iniciado a preparação de um plano de contingência para o aumento de
cruzamentos de migrantes na fronteira muito antes de Trump assumir o cargo.
Esse plano inclui
uma série de novas tecnologias, como drones, óculos de visão noturna e câmeras
de vigilância escondidas na floresta. "O pior cenário seria pessoas
cruzando em grande número por todo o território", alertou o porta-voz da
RCMP, Charles Poirier, em novembro. "Se tivermos 100 pessoas entrando por
dia pela fronteira, será muito difícil, porque nossos oficiais terão que cobrir
distâncias enormes para deter todos." Agora, o governo nacional destinou
mais C$ 1,3 bilhão (R$ 5,512 bilhões) para reforçar seu plano de segurança na
fronteira.
Nem todos atribuem
a crise habitacional ao recente aumento na imigração. Segundo a prefeita de
Toronto, Olivia Chow, o problema "vem sendo construído ao longo de 30
anos" devido à incapacidade dos políticos de criar moradias acessíveis.
Sem dúvida, o país
tem uma longa tradição de acolher novos moradores. "Quase 50% da população
do Canadá é de primeira ou segunda geração", explica Neuman.
"Isso
significa que essas pessoas vieram de outro país ou que um ou ambos os pais
delas vieram de outro país. Em cidades como Toronto e Vancouver, esse número
supera 80%." Isso torna o Canadá "um lugar muito diferente de um país
com uma população homogênea", ele argumenta.
Neuman está
envolvido há 40 anos em pesquisas sobre as atitudes dos canadenses em relação
aos recém-chegados. "Se você perguntar aos canadenses qual é a
característica mais importante ou distintiva do Canadá, ou o que torna o país
único, a resposta mais comum é 'multiculturalismo' ou 'diversidade'", ele
destaca. Ainda assim, ele reconhece que houve uma mudança significativa na
opinião pública – e um aumento nas preocupações relacionadas à imigração. "Agora,
não apenas há uma preocupação mais ampla, mas também discussões muito mais
abertas", ele observa. "Mais perguntas estão sendo feitas, como: o
sistema está funcionando? Por que ele não está funcionando?"
Em um dos protestos
em Toronto, uma multidão reuniu-se com cartazes pintados à mão, alguns com os
dizeres: "Queremos nosso futuro de volta!" e "Fim da imigração
em massa". "Precisamos implementar uma moratória na imigração",
argumenta o Sr. Kratzar, cujo grupo participou de alguns desses protestos.
"É necessário pausar isso para que os salários possam acompanhar o custo
dos aluguéis." Acusações contra os recém-chegados também estão se
espalhando nas redes sociais. No verão passado, Natasha White, que se descreve
como residente de Wasaga Beach, em Ontário, afirmou no TikTok que alguns
recém-chegados estavam cavando buracos na praia e defecando neles. A publicação
gerou centenas de milhares de visualizações e uma onda de ódio contra
estrangeiros, com muitos comentando que os recém-chegados deveriam "voltar
para casa".
·
Cidades
de barracas e abrigos lotados
Pessoas que
entrevistei e que trabalham diretamente com solicitantes de
asilo no
Canadá afirmam que as crescentes preocupações em relação à necessidade de mais
segurança na fronteira estão deixando esses migrantes inquietos e temerosos.
Abdulla Daoud,
diretor-executivo do Refugee Center (centro de refugiados, em tradução
para o português), em Montreal, acredita que os solicitantes de asilo vulneráveis
com quem trabalha sentem-se marcados pelo foco no número de migrantes desde a
eleição nos Estados Unidos "Eles estão, sem dúvida, mais ansiosos",
ele diz. "Acho que chegam aqui se perguntando: 'Serei bem-recebido? Estou
no lugar certo ou não?'" Aqueles que esperam permanecer no Canadá como
refugiados não têm acesso aos serviços oficiais de integração até que se decida
que realmente precisam de asilo. Esse processo, que costumava levar duas
semanas, agora pode demorar até três anos.
Cidades de tendas
para abrigar refugiados recém-chegados e bancos de alimentos com prateleiras
vazias surgiram em Toronto. Os abrigos para moradores de rua da cidade
frequentemente estão lotados. No inverno passado, dois solicitantes de refúgio
morreram congelados após dormirem nas ruas de Toronto. A prefeita de Toronto,
Olivia Chow, uma imigrante que se mudou de Hong Kong para o Canadá aos 13 anos,
afirma: "As pessoas estão vendo que, mesmo trabalhando em dois ou três
empregos, não conseguem dinheiro suficiente para pagar o aluguel e alimentar os
filhos. "Eu entendo a dificuldade de viver em um lugar onde a vida não é
acessível e o medo de ser despejado, absolutamente, eu entendo. Mas culpar isso
no sistema de imigração é injusto."
·
Trudeau
acrescentou: "Não encontramos o equilíbrio certo"
Com as frustrações
crescendo, Trudeau anunciou uma grande mudança em outubro: uma redução de 20%
nas metas de imigração ao longo de três anos. "Ao sairmos da pandemia,
entre atender às necessidades de mão de obra e manter o crescimento populacional,
não encontramos o equilíbrio certo", admitiu. Ele acrescentou que queria
dar tempo para que todos os níveis de governo se ajustassem – para acomodar
mais pessoas.
Mas, considerando
que ele renunciou desde então, será isso suficiente? E o governo Trump e o
crescente sentimento anti-imigrante do lado de lá da fronteira correm o risco
de se espalhar mais para o Canadá?
O Sr. Daoud tem sua
própria opinião. "Infelizmente, acho que a presidência de Trump teve
impacto na política canadense", diz ele. "Acho que muitos políticos
estão usando isso como uma maneira de semear o medo." Outros estão menos
convencidos de que terá grande impacto. "Os canadenses são melhores do que
isso", diz Olivia Chow. "Lembramos que ondas sucessivas de refugiados
ajudaram a criar Toronto e o Canadá." Políticos envolvidos no debate sobre
o crescimento populacional antes da próxima eleição estarão conscientes de que
metade dos canadenses são imigrantes de primeira e segunda geração. "Se os
conservadores vencerem a próxima eleição, podemos esperar uma redução na
imigração", diz o professor Jonathan Rose. Mas ele acrescenta que
Poilievre terá que caminhar "uma linha fina".
O professor Rose
afirma: "Como as circunscrições com grande número de imigrantes em Toronto
e Vancouver serão importantes para qualquer vitória eleitoral, ele não pode ser
visto como anti-imigração, mas sim como alguém que está apenas recalibrando a
imigração para adequá-la à política econômica e habitacional." E há um
grande número de canadenses, incluindo líderes empresariais e acadêmicos, que
acreditam que o país deve continuar a perseguir uma política de crescimento
assertiva para combater a queda da taxa de natalidade no Canadá. "Tenho
grandes esperanças nos canadenses", acrescenta Lisa Lalande, da Century
Initiative, que defende políticas para aumentar a população do Canadá para 100
milhões até 2100. "Na verdade, acredito que vamos superar onde estamos
agora."Acho que estamos realmente preocupados com a acessibilidade [e] o
custo de vida - não com os imigrantes em si. Reconhecemos que eles são muito
importantes para a nossa cultura."
¨ O que acontece com o Canadá após renuncia do Premiê
O
primeiro-ministro canadense Justin
Trudeau comunicou sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro e à liderança de
seu partido. "O país merece uma escolha real" na próxima eleição,
afirmou em pronunciamento, emendando que, para ele, ficou claro que, se tiver
que lutar "batalhas internas", não tem como ser a melhor opção na
cédula de voto para os canadenses. O anúncio foi feito em meio a um cenário de
crise política no Canadá, aprofundado com a renúncia, em dezembro, da
vice-premiê e ministra de Finanças Chrystia Freeland. Ela e Trudeau vinham
tendo uma série de desentendimentos em relação à condução da economia do país,
em especial à estratégia para reagir à ameaça representada pela agenda
protecionista do presidente eleito dos Estados Unidos, Donaldo Trump, que toma
posse no próximo dia 20 de janeiro.
A renúncia de
Trudeau ocorre dois dias antes da reunião nacional do Partido Liberal, à sigla
da qual ele é filiado, e encerra quase uma década em
que ele permaneceu como primeiro-ministro do Canadá. A decisão marca o
fim de semanas de especulação sobre o futuro político de Trudeau, que viu sua
popularidade entre seus pares e o eleitorado canadense despencar. O momento de
instabilidade política ocorre enquanto o país enfrenta uma série de desafios,
entre eles o segundo mandato de Trump na Casa Branca. O "grave
desafio" representado pela mudança de comando nos Estados Unidos foi
mencionado na carta de renúncia de Freeland, que deixou o cargo repentinamente
em meados de dezembro, dizendo que não tinha certeza se Trudeau havia levado a
ameaça a sério o suficiente.
O premiê estava sob
pressão de membros de seu próprio partido para renunciar desde o meio do ano
passado, depois que os liberais sofreram uma derrota histórica para seus rivais
conservadores.
Em dezembro, apenas
22% dos canadenses disseram aprovar seu governo, o menor número desde que ele
assumiu o poder, em 2015. Enquanto isso, Pierre Poilievre, o líder do Partido
Conservador do Canadá, tem aparecido quase 24 pontos à frente de Trudeau,
sinalizando a possibilidade de uma grande derrota para os liberais na próxima
eleição, marcada para outubro. Embora o Canadá tenha um sistema
multipartidário, apenas os conservadores e os liberais conseguiram
historicamente formar governos.
Trudeau já havia
indicado sua intenção de concorrer novamente, mas, após a renúncia de Freeland
em dezembro, a pressão sobre o primeiro-ministro cresceu dentro de seu próprio
partido para renunciar. "Ele está delirando se acha que podemos continuar
assim", disse o deputado de New Brunswick Wayne Long a repórteres antes do
feriado de Natal.
<><> O
que acontece agora?
De acordo com a
constituição do Partido Liberal, o líder pode apresentar sua renúncia a
qualquer momento, desencadeando uma disputa pela liderança. Esse processo
normalmente leva alguns meses. Não está claro se os membros do Partido Liberal
tentarão acelerar esse processo, dado o fato de que 2025 é um ano eleitoral no
Canadá. Trudeau esclareceu durante o pronunciamento que permaneceria no cargo
até que um substituto fosse definido.
<><> Quem
pode suceder Trudeau?
Antes da renúncia
do primeiro-ministro, alguns nomes já vinham sido apontados como possíveis
sucessores. A ex-vice-primeira-ministra Chrystia Freeland tem sido considerada
há muito tempo como uma possível sucessora de Trudeau. Ela é uma deputada de
Toronto e trabalhou como jornalista antes de entrar na política. Freeland foi a
primeira mulher ministra das finanças do Canadá antes de renunciar abruptamente
em dezembro do ano passado, devido a uma rixa entre ela e Trudeau em torno dos
gastos do governo e como lidar com a ameaça de tarifas de importações
anunciadas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
O ex-banqueiro Mark
Carney, que já foi chefe do Banco do Canadá e do Banco da Inglaterra, é um liberal
de carteirinha que tem servido nos últimos meses como conselheiro especial de
Trudeau. Ele estaria disputando o cargo de liderança do partido há algum tempo.
Mélanie Joly, a
ministra das relações exteriores, é uma política de Quebec que, como Trudeau,
representa um distrito da área de Montreal. Advogada formada em Oxford, Joly é
um rosto conhecido para muitos, tendo representado o Canadá no cenário mundial
desde 2021. Ela foi escolhida diretamente por Trudeau para concorrer como
política na esfera federal.
Dominic Leblanc,
ministro das finanças e assuntos intergovernamentais, é um amigo de longa data
de Trudeau e um de seus aliados mais próximos, em quem se confia para assumir
pastas em dificuldades políticas ou em crises. Ele é parlamentar há mais de
duas décadas e já havia demonstrado ambições de liderar o Partido Liberal,
fazendo campanha em 2008, mas perdendo para Michael Ignatieff.
Christy Clark,
ex-primeira-ministra da Colúmbia Britânica, havia se afastado do cenário
político federal, mas expressou nos últimos meses seu interesse em jogar seu
chapéu no ringue de liderança liberal
Fonte: BBC News
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