Recursos raros
alimentam competição e podem determinar novas zonas de conflitos globais
Os próximos anos
devem exacerbar a competição econômica global pelos recursos minerais do mundo,
com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, abertamente de olho em 12
milhões de quilômetros quadrados de território com recursos preciosos. Estes
são os conflitos, presentes e potencialmente futuros, a prestar atenção.
·
Ucrânia
Os EUA
"não podem se dar ao luxo" de deixar Moscou alcançar a vitória na
Ucrânia, que está "sentada em US$ 10-12 trilhões [R$ 61-73,3 trilhões]
de minerais essenciais", disse
abertamente o senador Lindsey Graham durante um momento discreto de sua
entrevista no ano passado, revelando o verdadeiro motivo da guerra por
procuração da
OTAN contra a Rússia.
A
Ucrânia possui US$ 3-11,5 trilhões (mais de R$ 18,3-70,2 trilhões) somente
em lítio, além de outros trilhões em prata, ouro, urânio, alumínio, cobre,
ferro, manganês, titânio e hidrocarbonetos. Também tem o maior suprimento de terras
raras da
Europa, particularmente berílio, nióbio e zircônio.
·
Bolívia
Comemorando os 200
anos da independência este ano, a Bolívia enfrentou mais de 190 golpes e
revoluções ao longo de sua história. Isso não é de admirar, dada sua vasta
riqueza de recursos, de ouro e prata a tungstênio, zinco, chumbo, estanho e
níquel.
"Vamos dar
golpe em quem quisermos! Lide com isso", escreveu Elon Musk no X
(anteriormente Twitter) em 2020 em resposta à notícia de que os EUA haviam
organizado outro golpe na Bolívia. A Bolívia tem 23 milhões de toneladas de
lítio. Também tem escândio e ítrio, duas das terras raras mais procuradas para uso
industrial e militar.
·
Venezuela
"Fará uma
grande diferença para os Estados Unidos economicamente se pudermos ter empresas
petrolíferas norte-americanas realmente investindo e produzindo as
capacidades petrolíferas na Venezuela", disse o ex-assessor de Trump John
Bolton em 2019 em meio às tentativas de Washington de destituir o presidente
Maduro.
Certamente que fará
diferença. Situada em cima de até 300 bilhões de barris de reservas comprovadas
de petróleo —
as maiores do mundo, a Venezuela é uma potência energética. Também é um gigante
em termos de minerais, com reservas impressionantes de ouro, urânio,
minérios de ferro e o precioso mineral coltan — rotulado como "ouro
azul" pelo falecido presidente venezuelano Hugo Chávez em 2009, e usado em
uma ampla gama de eletrônicos.
Não é de admirar
que os EUA tenham rotulado a Venezuela e sua pilha de recursos de US$ 14
trilhões (aproximadamente R$ 85,5 trilhões) como uma "ameaça incomum e
extraordinária".
·
Irã
Outro país
classificado pelos EUA como uma "ameaça incomum e extraordinária", o
Irã abriga uma riqueza estimada em US$ 27 trilhões (aproximadamente R$
164,9 trilhões) em recursos. Talvez por isso, tem sido um alvo regular de
mudanças de regime desde
a Revolução Islâmica de 1979.
Embora as reservas
comprovadas de recursos consistam principalmente de petróleo e gás, o Irã
descobre regularmente vastos estoques de minerais. Em 2023, Teerã identificou
um enorme depósito de lítio de 8,5
milhões de toneladas. Em 2022, a Organização Iraniana de Desenvolvimento e
Renovação de Minas e Indústrias de Mineração relatou que foram descobertos
cerca de US$ 28,7 bilhões (R$ 175,3 bilhões) em recursos minerais, entre os
quais minério de ferro, chumbo, bauxita e antimônio, somente desde 2013.
·
Canadá
"A piada
acabou", disse o ministro das Finanças canadense Dominic LeBlanc em resposta
à série de comentários de Donald Trump sobre o Canadá se tornar o "51º
estado". "É uma maneira de ele semear confusão, agitar as
pessoas, criar caos, sabendo que isso nunca vai acontecer."
Com
recursos avaliados em US$ 33 trilhões (mais de R$ 201,6 trilhões), desde
petróleo, gás, urânio, fosfatos, cádmio, chumbo, titânio, zinco, uma variedade
de ligas de ferro e uma pitada de minas de terras raras, o Canadá possui ainda cério,
neodímio e promécio. Quem sabe se Trump está realmente brincando?
·
Groenlândia
"A Groenlândia
é para o povo groenlandês. Não queremos ser dinamarqueses, não queremos ser
norte-americanos [...]. Temos um desejo de independência, um desejo de ser os
donos de nossa própria casa", disse o primeiro-ministro Mute Egede aos
repórteres na sexta-feira (10) em meio às perguntas de Trump sobre a compra da
ilha.
A Groenlândia é
detentora de
uma riqueza mineral cuja escala não foi totalmente explorada, desde metais
e pedras preciosas a grafite, urânio e, claro, terras raras — pelo menos 1,5
milhão de toneladas, incluindo ítrio, escândio, neodímio e disprósio.
Mesmo que os sonhos de Trump não se
realizem, uma batalha silenciosa — confinada às salas de reuniões (por
enquanto), já está acontecendo em meio aos esforços dos EUA
para bloquearem uma série de investimentos chineses nos recursos minerais
da Groenlândia.
·
África
Arrasado por
um legado pós-colonial de instabilidade
e violência, o continente africano também abriga algumas das maiores
reservas minerais inexploradas do mundo. Os últimos anos mostraram que com
grande riqueza vêm grandes riscos, pois os centros de poder globais disputam
seu controle.
A República
Democrática do Congo (RDC), por exemplo, tem as maiores reservas de
cobalto do
mundo (6 milhões de toneladas). Também enfrentou repetidas tentativas de
golpe, mais recentemente em 2024, quando um político apoiado pelos EUA e pela
Bélgica se declarou presidente unilateralmente. Além do cobalto, a RDC é rica
em monazita, euxenita, nióbio, tântalo e zircônio.
A Guiné, também
sofrendo sua cota de golpes (1984, 2008, 2021), é o segundo maior produtor
mundial de bauxita — usada para produzir o metal estratégico alumínio.
Também tem um dos maiores depósitos inexplorados de minério de ferro de alto teor
do mundo, além de ouro e diamantes.
O Zimbábue, que viu
um golpe contra o antigo presidente Robert Mugabe, desprezado pelo Ocidente, em
2017, tem as maiores reservas de lítio da África (11 milhões de
toneladas). Economistas locais acreditam que com mais exploração, seu país pode
rivalizar com o status de superpotência de terras raras da China.
O Quênia, cujo
presidente foi recebido com tapete vermelho em Washington em maio passado,
também é (sem surpresa) um gigante emergente de terras
raras, com depósitos descobertos somente na mina de Mrima Hill estimados
em cerca de US$ 62,4 bilhões (cerca de R$ 381,2 bilhões). Além de terras
raras, o Quênia é rico em minério de ferro, ouro, calcário, pedras preciosas e
minério de manganês.
Não é de se
espantar que os EUA tenham rotulado o país como um "grande aliado não
pertencente à OTAN" — o único na África Subsaariana.
¨ Eliminando
os últimos resquícios do colonialismo francês no continente africano. Por Heba
Ayyad
Senegal
e Costa do Marfim se uniram a outros países africanos comprometidos em eliminar
todos os vestígios da presença francesa em seus territórios, abrangendo os
âmbitos político, militar, de segurança e cultural. Em seu discurso de Ano Novo
à nação, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, anunciou que o
país retomaria as bases militares ocupadas pelas forças francesas, as quais ele
solicitou que deixassem o território marfinense em janeiro.
Já o
presidente senegalês, Bachir Djouma Diomaye Faye, que iniciou seu primeiro
mandato em abril de 2024, declarou que as forças francesas abandonarão
completamente o Senegal até o final deste ano. Os laços entre Senegal e França
remontam a mais de três séculos, sendo o Senegal a mais antiga colônia francesa
na África Subsaariana. Mesmo após a independência do Senegal, em 1960, os
vínculos entre os dois países permaneceram sólidos. O francês continuou sendo a
língua oficial, enquanto as relações políticas, comerciais e militares se
mantiveram próximas.
A
cooperação em segurança entre países africanos e a França se intensificou
durante a ascensão de movimentos islâmicos extremistas, como o Boko Haram, na
Nigéria; o Al-Shabaab, na Somália; a Al-Qaeda no Magreb; e grupos islâmicos
locais no Mali, Chade e outros países. Bases militares francesas se espalharam
por diversas nações do Sahel e da África Ocidental e Central. Contudo, as
forças francesas começaram a interferir nos assuntos internos dessas nações,
buscando manipular lideranças políticas conforme seus interesses.
Paralelamente, tais forças não intervieram durante os massacres em Ruanda, que
resultaram na morte de centenas de milhares de pessoas em 1994.
Campanhas
foram lançadas para expulsar as tropas francesas do Chade (o aliado mais
próximo da França no continente), seguidas por Mali, Burkina Faso, Níger, Costa
do Marfim e, finalmente, Senegal. Com isso, a França perdeu 70% de sua presença
militar na África. Atualmente, restam apenas 1.500 soldados no Djibuti e 350 no
Gabão.
Há
três países tentando preencher o vazio deixado pela França: a Rússia, no campo
da segurança e forças armadas; a China, no comércio; e a Turquia, no
desenvolvimento e cooperação. Cada um deles obteve sucesso em sua área de
atuação.
A onda
de libertação dos resquícios do colonialismo francês, em particular, e do
colonialismo ocidental, de forma geral, inclui a retirada de Burkina Faso, Mali
e Níger da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Em
breve, Senegal e Costa do Marfim também devem se retirar do grupo. Essa
organização econômica, liderada pela Nigéria, é amplamente vista como alinhada
às potências coloniais. Estamos testemunhando uma "primavera
africana" contra os resquícios da presença colonial francesa e ocidental,
que por muito tempo controlou muitos países do continente, saqueou seus
recursos, escravizou seu povo, impôs sua língua e perpetuou uma atitude
condescendente e chauvinista. Nem mesmo as estrelas esportivas mais famosas,
que compõem a maior parte da seleção francesa, escapam dessa realidade: as
estrelas africanas da equipe frequentemente sofrem insultos racistas quando a
seleção nacional perde.
Quanto
às relações da França com sua maior ex-colônia, a Argélia, elas atravessam um
de seus piores momentos desde a independência. A Argélia reagiu com firmeza à
França, retirando seu embaixador de Paris em julho passado, em protesto contra
o reconhecimento francês do Saara Ocidental como parte do Marrocos. Além disso,
o presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, cancelou uma viagem oficial à
França. Outro golpe argelino veio com a rejeição unânime de declarações feitas
pelo presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a prisão do escritor Boualem
Sansal. Macron alegou que a Argélia estaria "manchando sua honra" ao
manter Sansal detido e negando-lhe tratamento médico. No entanto, essa
afirmação não corresponde à realidade, já que o escritor foi transferido para
um hospital.
Macron
se colocou como um "professor de ética e história", dizendo:
"Nós somos aqueles que amam o povo argelino e sua história. Exorto o
governo argelino a libertar Boualem Sansal.” É difícil entender quando Macron
passou a demonstrar amor pela Argélia ou por sua história, especialmente
considerando o longo e doloroso passado colonial de 132 anos. Esse período
terminou com a independência argelina, um golpe fatal no prestígio, papel e
influência da França na região.
O
presidente francês, Macron, reconheceu o Saara marroquino, em violação ao
direito internacional. Não devemos esquecer que, em um momento de racismo
extremo, ele afirmou que a Argélia não existia antes da colonização francesa, o
que remete diretamente à narrativa sionista sobre a inexistência de um povo
palestino. Uma das posições mais estranhas do macronismo é que ele critica a
prisão de Boualem Sansal, mas ao mesmo tempo rejeita a decisão da Câmara de
Pré-Julgamento do Tribunal Penal Internacional de prender o criminoso de guerra
Benjamin Netanyahu.
A
Argélia fez bem em decidir que o inglês deveria ser a segunda língua oficial do
país, e aproveito para elogiar os discursos do embaixador argelino nas Nações
Unidas, Amar Benjamaa, que ele profere em árabe ou inglês, embora fale francês
fluentemente.
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Preenchendo a lacuna na África
O
ex-presidente dos EUA, Barack Obama, tentou abrir uma frente africana,
realizando um grande número de visitas aos países do continente e estabelecendo
uma base aérea no Níger, além de uma base militar no Djibuti. Quanto à base
aérea no Níger, as forças foram retiradas após o golpe militar de julho de
2023, mas a base naval em Djibuti permanece no local sob o pretexto de
monitorar a pirataria no Mar Vermelho, e agora está escoltando navios
comerciais em antecipação aos ataques dos Houthis.
As
partes que tentam preencher o vazio deixado pela França são três: Rússia, para
segurança e forças armadas; China, para comércio; e Turquia, para
desenvolvimento e cooperação. Cada um desses países tem obtido sucesso em sua
área. A Rússia mobilizou unidades Wagner e especialistas militares em todos os
países dos quais a França se retirou. A China tornou-se o segundo maior
parceiro comercial da África, atrás apenas da União Europeia, com um comércio que
atinge cerca de US$ 220 bilhões. Quanto à Turquia, ela entrou como um forte
concorrente no continente, estabelecendo projetos, fornecendo ajuda e
assistência, e abrindo embaixadas.
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Triângulo da ruína
A
França está trabalhando em coordenação com os países árabes para expandir o
círculo de normalizadores árabes com a entidade sionista, que contribuiu,
facilitou, tentou ou subornou os países árabes a se juntarem ao trem da
normalização. Agora, o país está tentando criar dificuldades para a Argélia, pois
ela resiste à normalização, depois de ter conseguido criar dificuldades
internas para a Tunísia, Líbia, Sudão e Iémen.
Veremos
que o papel da França na Síria será apenas em favor da normalização. No
entanto, a arrogância, o racismo e a obscura história colonial deste país
trarão mais ódio, e será expulsa dos demais países árabes e do Oriente Médio,
assim como foi expulsa do continente africano. Esse dia não está distante.
¨ Adesão das Filipinas ao BRICS privará EUA de sua
posição na Ásia-Pacífico, diz especialista
A possível entrada
das Filipinas no BRICS representa uma importante ameaça à posição dos EUA na
Ásia-Pacífico, afirma o analista militar e ex-oficial de inteligência dos EUA
Scott Ritter.
Conversando com o
jornalista Danny Haiphon em seu canal do YouTube, Ritter apontou
para o processo que está em andamento no Sudeste Asiático, sugerindo que as
forças tradicionais da região estão perdendo suas posições para o
BRICS.
Ele citou como
exemplo a recente adesão ao bloco de
um país da região muito importante, a Indonésia, e o fato de a Malásia e a
Tailândia estarem seguindo na mesma direção, sendo já países
parceiros do BRICS.
Segundo o
ex-funcionário de inteligência norte-americana, as Filipinas "não vão
ficar sentadas e sozinhas nisso" e vão fazer parte deste processo de
desenvolvimento das relações com o BRICS.
"Vejo as
Filipinas saltarem também e esse é o fim da posição dos Estados
Unidos no
Pacífico", afirmou.
Ritter também
ressaltou que tudo isso é consequência do conflito ucraniano que está
"reverberando" por todo o mundo.
Em 6 de janeiro,
uma nota do Ministério das Relações Exteriores brasileiro anunciou que
a "detentora da maior população e da maior economia do Sudeste
Asiático", a Indonésia, começou a fazer parte do BRICS.
Nessa nota, o
Brasil, que em 1º de janeiro assumiu a presidência do BRICS, ressaltou a
contribuição positiva do país sudeste-asiático para "o aprofundamento da
cooperação do Sul Global".
¨ Chanceler húngaro:
sanções dos EUA ameaçam Europa com aumento nos preços dos combustíveis
As novas sanções do
governo dos EUA contra o setor de energia da Rússia e da Sérvia colocam a
Europa em risco de um aumento sério nos preços dos combustíveis, disse o
ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, neste domingo
(12).
"O governo dos
EUA, que sofreu uma derrota séria na eleição presidencial, introduziu
recentemente um novo pacote de sanções no setor de
energia. Este pacote cria mais uma vez sérios desafios para a Europa
Central [...]. As sanções do governo dos EUA podem levar a um aumento
sério nos preços dos combustíveis na Europa Central", disse Szijjarto em
uma mensagem de vídeo transmitida em suas redes sociais.
A inclusão na lista
de sanções da empresa petrolífera russo-sérvia NIS, com 56,15% de participação
da Gazprom Neft, causará uma escassez de petróleo no mercado
europeu e, como consequência, um aumento na demanda por derivados
de petróleo em meio à falta de crescimento na oferta, disse o ministro.
A Hungria vai
trabalhar intensamente com parceiros regionais para minimizar
os danos das sanções dos EUA, disse Szijjarto.
"Faremos
conversas intensivas com nossos parceiros regionais nos próximos dias e semanas
para minimizar o impacto das sanções de energia dos EUA no aumento dos
preços dos combustíveis", disse ele.
Na sexta-feira
(10), os EUA impuseram sanções a mais de 200 empresas e indivíduos ligados ao
setor de energia da Rússia, bem como a mais de 180 embarcações envolvidas
no transporte de petróleo e gás. As sanções visam restringir o acesso de Moscou aos
mercados internacionais e reduzir as suas receitas das exportações de petróleo
e gás.
¨ Parlamentar russo defende quadro regulamentar no campo
da IA dentro do BRICS
É necessário formar
um enquadramento regulamentar comum no campo da inteligência artificial (IA)
para os países do BRICS, opinou o vice-presidente da Duma de Estado (câmara
baixa do parlamento), Aleksandr Babakov.
Hoje em dia, a
criação de uma estrutura jurídica comum em IA no quadro do BRICS é uma tarefa
que exige uma análise profunda, disse Babakov à Sputnik.
Ele enfatizou que o
desenvolvimento da IA traz tanto grandes oportunidades quanto riscos
significativos.
A IA mais famosa do
mundo, o ChatGPT, é um excelente exemplo de um sistema desenvolvido e formado
de acordo com as normas e leis dos Estados
Unidos.
Esse fato,
argumenta ele, abre questões importantes sobre a objetividade dos dados e as
bases ideológicas usadas para treinar esses modelos.
"Portanto, os
membros do BRICS precisam criar sua própria plataforma soberana e bancos de
dados para treinamento de IA que levem em conta as peculiaridades
culturais, históricas e políticas de nossos países, e nós temos essa
oportunidade", disse Babakov.
O vice-presidente
da Duma russa citou desenvolvimentos de especialistas russos nesse campo que
poderiam ser adotados para resolver tarefas de planejamento estatal em larga
escala e modelar várias opções de desenvolvimento futuro em prol dos interesses dos
países do BRICS.
Ele acrescentou que
é preciso introduzir mecanismos comuns de certificação e
padronização de sistemas de IA e aumentar a colaboração internacional no
uso ético da IA.
"É hora de
direcionar o futuro da inteligência artificial para o benefício de nossos
países e povos. Precisamos unir forças e criar um sistema que reflita nossos
valores, história e perspectivas. Essa não é uma tarefa para um dia, mas nosso
trabalho conjunto possibilitará o sucesso", concluiu Babakov.
Em 11 de dezembro
de 2024, o chefe do Fundo Russo de Investimentos Diretos, Kirill Dmitriev,
anunciou uma Aliança do BRICS para o Desenvolvimento da Inteligência Artificial
(Aliança BRICS+AI), na conferência anual AI Journey.
Na primeira etapa,
mais de 20 empresas de seis países da associação – Rússia, Brasil, Índia,
China, Irã e Emirados Árabes Unidos – aderiram ao projeto.
Fonte: Sputnik
Brasil/Brasil 247
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