quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Cian Barbosa: Qual é o sentido das novas políticas de Zuckerberg?

declaração recente de Mark Zuckerberg sobre o fim da política de checagem de fatos até então vigente na Meta (Instagram/Facebook/WhatsApp) gerou bastante repercussão. Não sem motivo: seu discurso foi um explícito alinhamento político com a agenda de extrema-direita internacional, representado nominalmente na figura de Trump – mas também de Elon Musk. Zuckerberg indicou claramente o endosso à priorização dos interesses e do modelo político estadunidense, antagonizando abertamente a América Latina, a China e a Europa. De acordo com Zuckerberg, enquanto a Europa “tem um crescente número de leis que institucionalizam a censura, tornando difícil criar qualquer coisa inovadora por lá”, aqui na América Latina haveria “cortes secretas“, que ordenam companhias a “removerem conteúdos silenciosamente” – para bom entendedor, meias palavras… Já a China, por óbvio, “censurou os aplicativos [da Meta] em seu território”.

Em princípio, seu discurso se apresenta como um “retorno às raízes” de sua própria empresa, que seria o ideal de “dar voz às pessoas” através das mídias sociais. Então, apresenta sua autocrítica: justifica o abandono de suas antigas políticas de gestão de conteúdos – a checagem de fatos – como algo que tornou-se “político demais”. Por serem “sistemas complexos” de monitoramento em massa, mesmo uma parcela pequena de erros poderia incorrer na censura de milhões. O discurso de Zuckerberg aqui é escorregadio: ao mesmo tempo em que aponta tanto para a moderação automatizada, anuncia o fim do mecanismo de checagem de fatos, que funcionava a partir de especialistas organizados na Rede Internacional de Verificação de Fatos (IFCN), criada pelo Instituto Poynter.

Esse é seu discurso, uma aparente autocrítica voltada a princípios nobres e humanitários que tenta suavizar uma mudança política fundamental. A checagem de fatos seria substituída por uma política de “notas da comunidade”, citando como referência a adotada por Elon Musk no Twitter, o atual X. Apesar das mudanças serem de implementação imediata apenas nos EUA, a empresa já anunciou que eventualmente ocorrerão mudanças em outros países. O Ministério Pùblico Federal enviou na quarta-feira (8/1) um ofício à Meta, questionando se as mudanças serão aplicadas no Brasil, com um prazo de 30 dias para resposta. A própria Poynter publicou um artigo onde expõe o porquê desse novo sistema (de crowdsource) não funcionar – dentre os motivos, por ser experimental e (re)produzir (outras) notícias falsas. 

Mais do que isso, em seu discurso faz a interpretação da recente eleição de Trump como “ponto de virada cultural para priorizar a expressão livre”. Zuckerberg escolhe falar especificamente em free expression, ao invés de freedom of speech  – o que seria mais usual nesse caso. Faz sentido, tendo em vista que uma de suas redes nos interpela com a questão: “no que você está pensando?” Seu mercado é o da informação e o da influência – através da captura de expressões. Dentre outros pontos, temas como drogas e exploração sexual serão priorizados – ao mesmo tempo, promete menos regulação para temas como imigração e gênero para garantir que as pessoas possam “compartilhar suas crenças e experiências”. Seu foco parece ser retomar a confiança do eleitorado – digo, usuário – especialmente o de direita, e especificamente estadunidense, como podemos perceber pelos comentários do post em seu perfil no Instagram. Por fim, afirma uma aliança com Trump, e vê seu governo como oportunidade para “combater a censura globalmente”. 

Sua presente aproximação de figuras do UFC, como o lutador brasileiro Alex Poatan, ganhou um novo sentido ao ser anunciado também recentemente que Dana White, presidente do torneio, será o novo conselheiro da Meta: trata-se de um dos mais notórios e influentes apoiadores de Donald Trump. O pronunciamento de Zuckerberg aponta não só para seu alinhamento com a extrema direita trumpista, mas também para uma participação ativa na tradicional política (e ideologia) intervencionista estadunidense na geopolítica global. Tudo isso torna-se ainda mais relevante se conferirmos o penúltimo pronunciamento de Zuckerberg em suas redes, aproximadamente um mês antes, onde anuncia empolgado as novidades quanto às “IAs de código aberto” da Meta, a atualizações do assistente Llama e suas expectativas em direção à Inteligência Artificial Geral, ou AGIs, no acrônimo em inglês. 

Diferentemente dos modelos de Inteligência Artificial tratados em artigo anterior, as AGIs são um objetivo explícito de desenvolvimento das IAs a um nível humano – ou além do humano – de intelecção, inteligência e aprendizado. Apesar das definições e distinções entre inteligência, senciência e consciência serem turvas em geral e confusas nos discursos ideológicos sobre IAs, tratam-se fundamentalmente de programas hipoteticamente capazes de aprender de modo geral, não seguindo apenas princípios indutivos ou dedutivos, encadeamentos lógicos ou análises estatísticas massivas e automatizadas. 

Desde o ano passado, Zuckerberg anunciou as AGIs como objetivo da Meta, entrando na corrida onde já encontrava-se tanto Google quanto a OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT – essa última que tem uma definição muito mais objetiva das AGIs: “sistemas extremamente autônomos que superam humanos na maioria dos trabalhos com valor econômico”. Zuckerberg não apresenta uma definição tão direta: “Eu não tenho uma definição em uma frase, concisa. Você pode questionar se a inteligência geral é semelhante à inteligência de nível humano, ou se é como um mais-humano [human-plus], ou se é alguma superinteligência de um futuro distante. Mas, para mim, a parte importante na verdade é a amplitude disso, que é a inteligência tendo todas essas capacidades diferentes, onde você tem que ser capaz de raciocinar e ter intuição.” 

Para além do sonho futuro das AGIs, há também o anúncio de um novo centro de dados para treinamento de IAs na Louisiana. O que talvez tenha passado um tanto despercebido foi o anúncio de um projeto para a construção de usinas nucleares voltadas ao suprimento energético no desenvolvimento de IAs, o que adicionaria de um a quatro gigawatts de capacidade nuclear aos EUA, projeto que a Meta pretende implantar por volta de 2030, juntando-se à tendência de investimento na energia atômica por parte das big techs, com gigantes como Microsoft, Google e Amazon. Entre o treinamento de IAs “realmente existentes” até o alcance das IAs gerais, existem não apenas impasses físicos, tecnológicos, matemáticos, mas também político-econômicos. O que farão tais gigantes?

Apesar de análises que apontam para a dimensão de engenharia social das Big Techs estarem corretas em muitos sentidos – especialmente ao alertarem sobre os efeitos subjetivos e ideológicos do processo de digitalização no capitalismo tardio –; e apesar de outras, que apontam para uma mudança na própria estrutura social – em uma nova era tecno ou neofeudal — estarem corretas na ênfase em uma virada radical do nosso tempo, talvez valha insistir que todas as chamadas big techs estão profundamente ligadas ao movimento do capital; que a organização do capital não se limita à sua forma industrial, mas estende-se ao capital financeiro e fictício; e que, no fim do dia, as big techs, que arquitetam algoritmos tão abstratos e de efeitos cada vez mais concretos e em larga escala, são também organizadas por abstrações fundamentais que percorrem da esfera da troca à valorização do valor; e seu poder deriva tanto dos efeitos objetivos e subjetivos que engendram no social quanto do seu “valor de mercado”. Ou, antes, ambos são inseparáveis.  

Com isso quero apenas indicar que, para compreendermos o sentido das novas políticas da Meta recém anunciadas, precisamos não só compreender o alinhamento com a extrema-direita, mas o que a extrema-direita indica como movimento do próprio capital. A nova política de Zuckerberg aponta para uma aliança de intervenção imperial estadunidense a nível global, tendo as mídias digitais como espaço do acirramento – seja com a demagogia progressista liberal, seja com discursos críticos dissidentes –, dando adeus a qualquer ilusão de pacto social mínimo por parte de sua empresa, além de um evidente tensionamento geopolítico com China, América Latina e Europa. Obviamente, precisamos debater regulamentação das redes e soberania nacional, mas também questionar se o sentido das declarações de Zuckerberg seria realmente “pós-capitalistas” ou, antes, fundamentalmente orientado pelo capital em nosso atual momento histórico. 

 

¨      O alvo real do ataque de Zuckerberg. Por Renata Mielli

E não demorou mais do que 24 horas da cerimônia de confirmação da eleição de Trump pelo Congresso americano para que Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciasse mudanças nas políticas de suas plataformas. Em pronunciamento veiculado por vídeo na manhã no dia 3 de janeiro, ele afirma que a Meta vai restaurar a liberdade de expressão e acabar com a escalada de censura que vinha sendo imposta por governos na Europa, Ásia, América e até mesmo pelo governo estadunidense, como lamentou.

Zuckerberg foi explícito ao dizer que o apoio do governo Trump será decisivo para que sua companhia retome as rédeas e corrija a rota de suas políticas para que a missão messiânica de suas criações seja cumprida – dar voz às pessoas. “Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos ao redor do mundo que estão impondo às plataformas mais censura”, disse Zuckerberg. E o argumento da liberdade de expressão é mais uma vez usado como cortina de fumaça para defender o modelo de negócios das plataformas e uma visão ultraliberal que protege discursos de ódio, misoginia, racismo, negacionismo climático, sanitário, científico e que tem promovido a ascensão da extrema direita no mundo. O CEO da Meta acusa a Comunidade Europeia de promover censura, ataca os países da América Latina (implicitamente o Brasil) que usa “cortes secretas” para impor medidas de remoção de conteúdos às plataformas, numa menção indireta ao STF e às ações contra o X e Elon Musk, e ataca a China que proíbe o uso de seus apps.

Zuckerberg sai do armário e assume sua posição politica de forma explícita no novo contexto internacional. Sobe o tom, atacando a soberania dos países e se sente “protegido” pela nova política do governo estadunidense, que empodera Elon Musk e outros expoentes da extrema direita mais agressiva em seu governo.

Tudo em nome da Liberdade de Expressão, será?

Ele apontou cinco medidas que serão implementadas, primeiro nos Estados Unidos, mas que em seguida serão adotadas também em outros países. Abaixo aponto cada medida com uma breve análise.

MEDIDA 1

 – Vão acabar com a política de checagem de fatos e instaurar as notificações da comunidade, semelhante ao que faz o X.

ANÁLISE

– E qual o motivo apresentado para substituir a atuação do trabalho de jornalistas em empresas reconhecidas de checagem de fatos para notificações de usuários? Para Zuckerberg, as checagens de fatos possuem viés político e estão impondo uma restrição à pluralidade de visões políticas no âmbito das plataformas. Ele ataca os meios de comunicação de forma explicita, mostrando que a Meta entra em uma nova etapa de contra-ataque contra os questionamentos que vem sendo feitos sobre a circulação de desinformação, fake news e discurso de ódio. O grave deste argumento é que ele reforça uma visão de questionamento da atividade jornalística, de ataque aos veículos de comunicação e contribuem para o empobrecimento da circulação de informações minimamente lastreadas em apuração, checagem e tratamento profissional, que inclusive são justificadas e tornadas públicas para poderem ser questionadas, caso haja erro. No lugar disso, Zuckerberg vai empoderar as vozes da comunidade, que podem notificar a plataforma sobre quaisquer conteúdos, movidos por sabe-se lá quais interesses políticos e econômicos e tudo isso sem que haja transparência e supervisão da sociedade.

MEDIDA 2 

– Simplificação da política de conteúdos e acabar com as restrições para conteúdos sobre imigração e gênero.

ANÁLISE 

– Zuckerberg argumenta que começou sua plataforma para ser mais inclusiva e, portanto, ele vai acabar com as restrições que vinham sendo impostas aos discursos que vão de encontro às posições majoritárias, calando vozes e ideias dissonantes. Por mais aparentemente correto que seja o argumento, é preciso compreender que a liberdade de expressão não é um direito absoluto e que tampouco se coloca acima de outros direitos. Moderar conteúdos que fazem apologia ao genocídio promovido por Israel em Gaza, pessoas comemorando a morte de mulheres e crianças não deve ser protegido em nome da liberdade de expressão. Supremacia racial, racismo, homofobia, ou conteúdos que atentam contra a saúde pública, como no caso dos tratamentos “alternativos” contra a covid, também não. A ideia de simplificação das políticas de conteúdo é uma cortina de fumaça para frear o mínimo de obrigações que foram conquistadas por legislações nacionais para impedir a circulação desse tipo de conteúdo. Ou seja, essa medida é um ataque às iniciativas soberanas de regulação das plataformas, que endossa práticas como as que ocorreram no Brasil durante as tentativas de votação do PL 2630/2020, que visava a regulação dessas empresas.

Do ponto de vista do argumento, ele usa o senso comum em torno da ideia de empoderar todas as vozes, em nome da liberdade de expressão. O problema de fundo aqui é que essa ideia messiânica de que dar vozes a todos, a qualquer custo, como garantia de uma liberdade individual, na verdade é um ataque violento à dimensão coletiva do direito à liberdade de receber informações confiáveis. Essa ideia de uma ágora digital totalmente livre resulta, na prática, numa cacofonia, numa babel de pessoas falando ao mesmo tempo. Nesse ambiente, o agente mediador, os algoritmos de aprendizagem de máquina cada vez mais sofisticados, distribuem e dão mais alcance aos conteúdos de caráter moral-emocional, de disparo rápido no nosso sistema cognitivo, empobrecendo a discussão baseada em argumentos, cujo resultado é o esfacelamento do debate público, ambiente propício para a formação de crenças baseadas em argumentos de autoridade, por busca de aceitação em grupos e viés de confirmação, campo no qual a extrema direita goza de grande vantagem.

MEDIDA 3 

– Nova abordagem para a política de enforcement para reduzir os erros cometidos pelos sistemas complexos de moderação, desenvolvidos para atender às demandas de restrição de circulação de conteúdos.

ANÁLISE

 Aqui o argumento usado é acabar com a censura. Ele reconhece que os filtros (sistemas automatizados) usados para escanear as violações de suas políticas por parte de usuários, removem, também, conteúdos legítimos. De fato, isso é algo que vem sendo apontado por pesquisadores e ativistas há bastante tempo. Mas o problema não é a existência dos filtros e da moderação. O problema de fundo é a completa ausência de obrigações de transparência sobre a atividade realizada pelas plataformas. Quais são as intervenções ativas que as plataformas fazem sobre os conteúdos, perfis, contas, páginas de terceiros? Em que situações essas intervenções são feitas, com quais parâmetros esses algoritmos são desenhados? Existe possibilidade de contestação dessas intervenções? E de revisão? Pior, não existe um relatório detalhado que permitam à sociedade e ao Estado terem acesso ao que foi removido, rotulado. E, mais grave, as plataformas não têm um ambiente, algo como um repositório ou biblioteca, para onde são direcionados os conteúdos removidos. E isso é grave porque impede pesquisadores e reguladores de verificar, auditar, estudar o que está sendo alvo de moderação. Além de apagar uma parte da história do debate público da sociedade.

MEDIDA 4 

– Retomar os conteúdos cívicos para a plataforma.

ANÁLISE 

– Há alguns anos, a Meta proibiu o impulsionamento de conteúdos políticos e reduziu o alcance e distribuição dos mesmos. Zuckerberg argumenta que a comunidade quer voltar a ver esses conteúdos e exemplifica com o processo eleitoral norte-americano. “Estamos entrando em uma nova era agora”, diz. E que nova era é essa? A de Trump e um governo alinhado com valores políticos ultraliberais, valores culturais reacionários e uma ideológica autoritária de extrema direita. Já disse, e muitos outros pesquisadores e ativistas também, que as plataformas não são empresas política e ideologicamente neutras. A mensagem de Zuckerberg, menos de 24 horas após a confirmação da eleição de Trump e há exatos 13 dias de sua posse, deixam isso explícito. O CEO da Meta se posiciona politicamente diante do mundo, se alinhando exatamente aos discursos e valores da extrema direita que cresce em muitos países, impulsionada exatamente pelos novos fluxos informacionais impostos pelas Big Techs.

MEDIDA 5 

– Mudança da sede de trabalho dos times de conteúdo e moderação, que deixarão de atuar na Califórnia e passarão a ter sede no Estado do Texas.

ANÁLISE

 O argumento de Zuck foi que, já que eles estão mudando suas políticas para ampliar a liberdade de expressão, o ideal é que sua equipe trabalhe em locais que estejam menos preocupados com os vieses do seu time. Bom, não é mera coincidência que a equipe deixe o Estado da Califórnia, governado por um Democrata, e migre para o Texas, governado por um Republicano. Ou seja, a mudança explicita o engajamento político de Zuckerberg. A mensagem de Zuckerberg é apenas o início de uma contraofensiva das Big Techs contra as medidas de regulação, contra as tentativas de a sociedade ter maior agência sobre o debate público que está sendo completamente fragmentado pela arquitetura, design e moderação do fluxo informacional por modelos de Inteligência Artificial.

Entre as muitas consequências desse cenário destaco a completa erosão da esfera pública, como espaço social onde ocorrem as trocas simbólicas na sociedade visando a construção de sínteses para o funcionamento dos Estados Democráticos de Direito.No fundo, o que estamos vivendo é uma etapa do capitalismo no qual o que está em xeque é exatamente a democracia e as instituições e procedimentos que lhe dão suporte. Nessa etapa, o modelo político da democracia é um entrave aos propósitos de acumulo de capital. Trump, Musk, Zuckerberg e companhia são os três cavaleiros deste apocalipse informacional.

¨      Crescem nos EUA buscas sobre como excluir contas nas redes da Meta

Após o anúncio de mudanças significativas nas práticas de moderação de conteúdo da Meta, realizado pelo CEO Mark Zuckerberg na última terça-feira (7), houve um aumento expressivo nas buscas por instruções sobre como excluir contas nas redes sociais da empresa, como Facebook, Instagram e Threads, com base em análises do Google Trends. Segundo a Folha de S. Paulo, as pesquisas relacionadas a como deletar contas nas redes da Meta atingiram o pico nesta segunda-feira (13) e seguem em crescimento. Entre os termos mais procurados estão "como deletar permanentemente a conta do Facebook" e "como sair do Facebook". Esse comportamento também se estendeu ao Threads, a rede social lançada recentemente pela empresa. Paralelamente, houve um aumento nas buscas por plataformas alternativas ao Facebook. O Bluesky, por exemplo, registrou crescimento de interesse desde que Elon Musk adquiriu o Twitter e o rebatizou como X. A migração de usuários insatisfeitos com as novas diretrizes da Meta reforça a busca por ambientes digitais considerados mais seguros e transparentes.

O descontentamento dos usuários ganhou força após Zuckerberg anunciar o encerramento do programa de checagem de fatos, criado em 2016 para combater a disseminação de desinformação nas plataformas da Meta. Em vídeo publicado no Instagram, o empresário criticou o que chamou de "decisões secretas" de tribunais latino-americanos. Embora não tenha mencionado diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF), Zuckerberg afirmou que o governo dos Estados Unidos deveria se posicionar contra ações judiciais na região. As declarações de Zuckerberg e as mudanças anunciadas levantaram preocupações sobre o aumento de desinformação nas redes sociais, gerando críticas de especialistas e ativistas digitais. A decisão da Meta pode impactar diretamente a confiança dos usuários e reacender debates sobre a responsabilidade das plataformas no combate às fake news.

 

Fonte: Opera Mundi/Outras Palavras/Brasil 247

 

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