Como foi criado o
pilates? Qual é a sua origem?
A importância da
atividade física para
uma rotina saudável já está comprovada cientificamente em diversos
estudos científicos. Mas qual tipo de exercício é mais adequado e
interessante para cada um é algo muito particular. Entre as várias
opções existentes, há uma que tem se destacado e crescido ao
longo das últimas décadas nas mais variadas parcelas da população: o
pilates.
Criado com o foco
em ser um sistema de exercícios para alongar, promover
mobilidade, fortalecer os
músculos e
restaurar o equilíbrio do corpo, o pilates ganhou adeptos no
mundo todo e sua criação está ligada ao nome de seu
inventor.
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Quem
criou o pilates?
O método
de exercícios que hoje é
conhecido como pilates foi criado em meados do século
20 por Joseph H. Pilates – que era
um ginasta, fisiculturista e empresário naturalizado
norte-americano, mas de origem alemã. Ele foi aperfeiçoado por seus
alunos e discípulos nas décadas seguintes, tendo evoluções, como conta a Encyclopaedia
Britannica (plataforma de conhecimento e educação do Reino Unido).
Joseph H. Pilates
nasceu em 9 de dezembro de 1883, na pequena cidade de
Mönchengladbach, na Alemanha, e alegava ter sofrido desgaste muscular
na infância por conta de doenças que sofria como asma, febre
reumática e raquitismo. Segundo a Britannica, para combater os efeitos
debilitantes de suas doenças, na juventude ele passou a se dedicar à
ginástica e outras atividades físicas, inclusive musculação e ioga.
Pilates então estudou vários tipos de exercícios e se encantou
pelo ideal grego
clássico de
equilíbrio do corpo, mente e espírito.
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Como
Joseph Pilates desenvolveu seu método de exercícios
Pilates mudou-se
da Alemanha para a Inglaterra em 1912 e por lá trabalhou como artista
de circo, boxeador e instrutor de defesa pessoal, como conta o
site oficial da Fundação Pilates. Após a eclosão da Primeira Guerra
Mundial,
ele foi preso como um estrangeiro inimigo junto com outros
alemães.
Em seguida, acabou
exilado na Ilha de Man e lá começou a trabalhar como auxiliar em
um hospital onde ajudou pacientes debilitados pela guerra e que
tinham dificuldades para andar.
Foi
quando Joseph Pilates teve a ideia de fixar molas nas camas do
hospital para ajudar a apoiar os membros dos pacientes e também
estimular que eles fizessem alguma mobilização e movimentação física.
Nessa época, Pilates ajudou a reabilitar os feridos ao elaborar exercícios que poderiam
ser realizados nas camas de hospital, alguns dos quais envolviam segurar
molas de cama fixadas na parede para criar resistência nos
movimentos.
Posteriormente, essa
experiência inspirou Pilates a projetar e patentear todo
um conjunto de aparelhos com molas especificamente para seu programa
de exercícios, como conta o site da fundação.
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Como
o método pilates se espalhou pelo mundo
De acordo com
a Britannica, em 1926 Joseph Pilates mudou-se para a cidade de Nova
York, nos Estados Unidos. Lá, juntamente com sua esposa e sócia Clara
Zuener abriram um estúdio dedicado ao seu novo método, o qual chamavam de
“academia de condicionamento corporal”.
Na época, seu
método era baseado na reunião de diversas técnicas de exercícios e em
seus estudos de disciplinas orientais, como a milenar ioga.
A notícia
do estúdio inovador de Pilates se espalhou rapidamente por Nova York
e muitas celebridades da época visitaram o local. As
propriedades de alongamento e fortalecimento muscular dos exercícios
atraíram muitos artistas, especialmente lendas da dança que se
apresentavam na cidade, como Ruth St. Denis, Ted Shawn, Jerome
Robbins e Martha Graham.
Em 1934, Joseph
Pilates publicou um livro intitulado “Your Health: A Corrective System of
Exercising That Revolutionizes the Entire Field of Physical Education” (algo
como "Sua Saúde: Um sistema corretivo de exercícios que revoluciona todo o
campo da educação física"). Já em 1945, Pilates publicou outra obra sobre
seu método, que até então era chamado por ele de Contrologia: “Return to
Life Through Contrology” ("Retorno à vida por meio da Contrologia",
em tradução livre). Este segundo livro apresenta 34 exercícios, muitos dos
quais seguem fazendo parte da prática contemporânea.
Pilates certificou
vários de seus alunos e discípulos como professores do método. Conhecidos
como os “Elders” (ou os “anciãos”, em tradução livre para o
português), eles posteriormente abriram estúdios em diversas partes
dos Estados Unidos e do mundo, perpetuando e expandindo o método ao
ministrar cursos para os interessados.
O próprio Pilates
continuou ensinando até morrer em 1967, aos 83 anos de idade.
Foi somente após sua morte que sua prática ficou conhecida
como método pilates.
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Como
os exercícios de Pilates funcionam e de que maneira impactam o corpo?
Criado com o foco
em ser um sistema de exercícios para alongar, promover
mobilidade, fortalecer os
músculos e
restaurar o equilíbrio do corpo, o Pilates ganhou adeptos no
mundo todo.
Mas o que faz
desse exercício algo tão diferente? A seguir, conheça melhor como
funcionam os exercícios de pilates no corpo.
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Qual
é o conceito dos exercícios de pilates?
A maioria
dos exercícios originais criados por Joseph Pilates envolvia
movimentos para frente e para trás ao longo da linha central do corpo.
A precisão e o controle eram mais enfatizados do que a repetição
e a velocidade, como conta a Encyclopaedia Britannica.
Em sua técnica,
Pilates considerava o abdômen humano de
“casa de força”, focando os exercícios na região abdominal, na parte
inferior das costas e nos músculos glúteos.
A respiração combinada aos
exercícios, também faz parte do método desde sua criação. “Acima de
tudo, aprenda a respirar corretamente”, dizia Pilates, segundo o site de
sua fundação. Outros pontos principais da prática até hoje são
a concentração, a centralização, o controle corporal, a precisão
dos movimentos e a movimentação em fluxo.
Ao longo dos anos,
o método pilates evoluiu gradualmente e integrou a biomecânica
atual, incluindo a utilização de equipamentos modernos. No entanto, as
raízes da técnica estão mergulhadas na filosofia e nos padrões de
movimento criados por Joseph Pilates há quase 100 anos.
Como relata a
enciclopédia inglesa, mais de 11 milhões de pessoas praticavam o
método Pilates ao redor do mundo em meados da primeira década
do século 21. O pilates vem sendo cada vez mais integrado aos programas
de treinamento de atletas e aos programas de reabilitação.
Nas Olimpíadas de 2024, por exemplo,
algumas atletas do Brasil revelaram que usam o método em
seus treinamentos, como as jogadoras da Seleção Brasileira de Vôlei
Femino e o surfista Gabriel Medina.
¨ Calistenia: como
funciona esse exercício e quais são seus benefícios para a saúde?
O exercício físico regular é fundamental
para melhorar a saúde e reduzir o risco de doenças crônicas,
reconhece o MedlinePlus (um recurso de informações on-line da Biblioteca
Nacional de Medicina dos Estados Unidos).
A fonte afirma
que há diferentes tipos de exercícios, e a combinação deles
é a melhor maneira de manter o condicionamento físico adequado.
A calistenia, um método de treinamento que está ganhando
popularidade, pode ajudar nesse objetivo.
<><> Que
tipo de exercício é a calistenia
Calistenia é um
tipo de exercício que se baseia em movimentos
corporais realizados sem a necessidade de equipamentos pesados,
embora às vezes possa incluir aparelhos leves, como anéis ou bastões,
afirma a Encyclopaedia Britannica, uma prestigiada plataforma de
conhecimento geral.
Essa atividade
física envolve uma ampla variedade de movimentos, incluindo flexões, alongamentos,
torções, balanços, chutes e saltos. Ela também incorpora exercícios
específicos, como abdominais e flexões.
De acordo com
a Britannica, essa atividade promove
força, resistência, flexibilidade e coordenação. Além disso, “aumenta
o bem-estar geral do corpo ao colocar demandas regulares e
controláveis no sistema
cardiovascular”.
<><> Quais
são as origens da calistenia?
Ainda segundo
a Britannica, as origens da calistenia remontam ao século
19, quando os ginastas alemães Friedrich Ludwig Jahn e Adolf
Spiess promoveram a atividade como um método para melhorar a saúde e a
educação física.
Já Per Henrik Ling,
um instrutor de ginástica sueco, foi fundamental na promoção da
disciplina ao enfatizar a importância desses exercícios para as
mulheres.
Outro nome ligado
ao treinamento de calistenia é o de Catharine Beecher, educadora e autora
estadunidense do século 19, que foi uma das primeiras
defensoras da prática, promovendo a atividade e destacando seu valor no
livro “Physiology and Calisthenics for Schools and Families” (“Fisiologia
e calistenia para escolas e famílias”, em tradução livre), em 1856.
Em seu trabalho,
Beecher define a atividade argumentando que se trata de “um programa
de exercícios destinados a promover a saúde e, assim, garantir a beleza e
a força”.
Embora
inicialmente tenha sido considerada uma atividade exclusiva
para mulheres,
com o tempo sua prática se espalhou para ambos os sexos. Hoje, a
calistenia é uma forma de exercício classificada como treinamento de
resistência e que ganhou popularidade nos últimos anos, indica
um artigo de pesquisa publicado no “Journal of Strength and Conditioning
Research”, em 2018, uma publicação científica da área.
Fonte: National
Geographic Brasil
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