quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Chefe da OTAN pede que Estados-membros 'mudem para mentalidade de guerra'

O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, disse nesta quarta-feira (15) que a melhor maneira de evitar a guerra é se preparar para ela, e que os Estados da Aliança Atlântica devem mudar sua mentalidade para uma "de guerra".

"Para evitar a guerra, precisamos nos preparar para ela. É hora de mudar para uma mentalidade de guerra. E isso significa que precisamos tornar nossas defesas ainda mais fortes, gastando mais em defesa e produzindo mais e melhores capacidades de defesa", disse Rutte em uma reunião do Comitê Militar dos chefes de defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Bruxelas.

Durante os dias 15 e 16 de janeiro, a mais alta autoridade militar da OTAN, o Comitê Militar, se reúne no formato de Chefes de Defesa na sede da aliança em Bruxelas. A reunião se concentra em fortalecer ainda mais a dissuasão e a defesa, fortalecendo as parcerias da OTAN em todo o mundo, bem como para apoiar Kiev no conflito da Ucrânia, de acordo com a Aliança Atlântica.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Grushko, observou que a Rússia foi declarada "a ameaça mais significativa e direta à segurança dos aliados da OTAN" a longo prazo. Ao mesmo tempo, a OTAN está:

# Esforçando-se para obter maestria em todos os domínios operacionais;

# Expandindo contingentes militares perto das fronteiras da Rússia;

# Conduzindo exercícios que simulam ações ofensivas;

# Desenvolvendo infraestrutura logística para rápida implantação de tropas e equipamentos.

# Grushko enfatizou que Moscou visa evitar um confronto direto demonstrando suas capacidades militares como um impedimento.

¨      OTAN está reforçando infraestrutura militar para combater Rússia no mar Báltico, diz mídia

A aspiração da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de aumentar a infraestrutura militar no mar Báltico sob o pretexto de proporcionar mais segurança é, na realidade, dirigida contra a Rússia, escreve o jornal Die Junge Zeitung.

"A Aliança já chegou a um acordo sobre isso em 30 de dezembro em Bruxelas [...]". Isso parece estar criando uma segunda suborganização da NATO na região do mar Báltico, especificamente dirigida contra a Rússia", diz o artigo.

De acordo com a publicação, a Força Expedicionária Conjunta, que está em operação desde 2018, deverá reforçar o monitoramento da infraestrutura crítica no mar Báltico.

"Eles iniciaram a operação Nordic Warden e usam inteligência artificial para monitorar navios e avaliar riscos", escreve o autor do artigo.

Recentemente, o primeiro-ministro polonês Donald Tusk disse aos jornalistas que a OTAN decidiu aumentar radicalmente sua presença militar no Báltico, chamando essa decisão de "sem precedentes".

¨      OTAN usa métodos ultrapassados ​​para treinar tropas ucranianas, revela militar capturado

Os instrutores ocidentais utilizam métodos ultrapassados, que não atendem aos requisitos da guerra moderna, ao treinar os militares ucranianos, afirmou à Sputnik um guarda de fronteira capturado. Além disso, eles próprios tentam aprender com os alunos.

Um grupo de seis funcionários do Serviço Estatal de Fronteiras da Ucrânia se rendeu à Rússia perto da região de Belgorod, na direção de Carcóvia, na véspera do Natal ortodoxo, noticiou a Sputnik anteriormente.

Entre os que se renderam estava Aleksandr Bychko, nascido em 2001, um inspetor de 2ª categoria no serviço de fronteira que passou por treinamentos no Reino Unido, em Warcop, e na França, em La Courtine.

"Minha primeira sessão de treinamento foi em setembro de 2023 no Reino Unido, na base de Warcop. O treinamento era comandado por instrutores britânicos e o programa foi projetado para cerca de 300 participantes", disse Bychko.

"O treinamento em si foi abaixo da média, para dizer o mínimo. Foi apenas um curso básico de treinamento militar", acrescentou.

"La Courtine é o principal centro de treinamento do Exército francês. Lá, passamos por um curso de treinamento de infantaria aprimorado. Mas, essencialmente, apenas vagueávamos pelos campos de treinamento. Eles nos deram cartuchos de festim, corríamos e atirávamos com eles", contou.

De acordo com Bychko, o treinamento que é feito nesses centros da OTAN não corresponde às realidades do conflito na Ucrânia, principalmente em relação ao uso de drones. "Os europeus e os britânicos [...] eles não entendem como trabalhar com isso", acrescentou.

"Eles não entendem. Ataques, invasões — esse é o antigo sistema deles", disse o prisioneiro de guerra.

"Quando você tenta explicar as realidades modernas da guerra para eles, é chocante para eles — eles não entendem. No Reino Unido e na França, eles até nos disseram: 'Vocês vieram mais para nos ensinar do que nós viemos para compartilhar experiências com vocês', disseram eles", revelou Bychko.

Apesar da ineficácia dos instrutores da OTAN, os membros da aliança anunciaram sua intenção de continuar fornecendo suporte militar à Ucrânia na reunião de janeiro do Grupo de Contato para a Defesa da Ucrânia da base aérea de Ramstein na Alemanha.

A Espanha, por exemplo, propôs novos cursos de treinamento para soldados ucranianos como parte de seu apoio à Ucrânia, de acordo com a ministra da Defesa Margarita Robles.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, confirmou um pacote de US$ 500 milhões para a Ucrânia, incluindo mísseis de defesa aérea, equipamentos para caças F-16 e munição.

A Alemanha planeja treinar 10 mil tropas ucranianas em 2025, disse o ministro da Defesa alemão Boris Pistorius antes da reunião do Grupo de Contato.

Comentando a reunião de Ramstein, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, observou que as divergências entre os participantes estão crescendo, com muitas divisões surgindo sobre as perspectivas de assistência adicional.

¨      'Roteiro para o futuro': Irã e Rússia vão reforçar laços de cooperação abrangente, diz MRE iraniano

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, enfatizou em um artigo para a Sputnik que um componente-chave do novo acordo estratégico entre o Irã e a Rússia é o aprimoramento da cooperação em segurança e defesa.

"Um dos aspectos importantes do acordo é o fortalecimento da cooperação no campo de segurança e defesa. O Irã e a Rússia têm experiência valiosa no combate ao terrorismo e ao extremismo. Essa parceria que visa fortalecer a estabilidade regional e global atende não apenas aos interesses dos dois países, mas também aos interesses da paz mundial", disse Araghchi.

Ao mesmo tempo, Araghchi destacou que o acordo não implica uma união militar.

"É um acordo totalmente abrangente. Por exemplo, não é um acordo sobre uma união militar, com um alvo específico, mas totalmente abrangente e cobre todos os aspectos", disse Araghchi.

A interação entre a Rússia e o Irã na esfera de defesa não ameaça ninguém, ele acrescentou.

"Ao contrário das alegações de alguns meios de comunicação, essa interação não visa ameaçar, mas fortalecer a segurança comum e proteger os valores humanos", disse Araghchi.

Na segunda-feira (13), o Kremlin disse que o presidente russo Vladimir Putin e o presidente iraniano Masoud Pezeshkian assinariam o acordo após as negociações na próxima sexta-feira (17).

Em junho de 2024, a Rússia e o Irã concordaram com um tratado abrangente de parceria estratégica, que busca garantir uma cooperação equilibrada entre os dois países. O acordo contém 47 artigos e abrange todas as áreas das relações bilaterais, disse o embaixador iraniano na Rússia, Kazem Jalali. O novo acordo substituirá o tratado existente entre Moscou e Teerã, que foi assinado em 2001.

"A assinatura do acordo entre o Irã e a Rússia por 20 anos não é apenas um documento político, mas também um roteiro para o futuro. Este acordo abrange todos os aspectos da cooperação entre os dois países", disse Araghchi.

O documento vai incluir aspectos como economia, tecnologia e cooperação humanitária, explicou o ministro. O acordo também busca simplificar as condições de viagem para turistas a fim de fortalecer a cooperação cultural.

"Um dos aspectos subestimados das relações internacionais é a importância dos intercâmbios culturais. O acordo estratégico simplificará as condições de viagem para turistas e criará programas culturais conjuntos, permitindo que os dois países se entendam melhor", disse Araghchi.

<><> Corredor de Transporte Norte-Sul será concluído sob o acordo Irã-Rússia

O novo acordo estratégico entre a Rússia e o Irã prevê a conclusão do corredor de transporte Norte-Sul e o aumento do volume de comércio como parte do fortalecimento dos laços econômicos entre os dois países, disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi.

"Esse enorme projeto de transporte conecta o Irã à Rússia e de lá à Europa e à Ásia. Com a conclusão desse corredor, as rotas comerciais entre os dois países ficarão mais curtas e os custos serão reduzidos", disse o ministro.

Ainda de acordo com o chanceler, o novo acordo também visa acelerar o crescimento do volume de comércio entre o Irã e a Rússia, que aumentou 15% no ano passado, acrescentando que o documento abrange todos os aspectos econômicos, incluindo o desenvolvimento de mercados comuns e investimentos em projetos de infraestrutura e cooperação na produção energética.

"O Irã e a Rússia, como duas grandes potências na indústria de petróleo e gás, podem cooperar entre si na produção, transmissão e exportação de energia", disse Araghchi.

¨      Rússia tem 2º Exército mais poderoso do mundo, diz ranking norte-americano

As Forças Armadas da Rússia ficaram em segundo lugar no ranking dos exércitos mais fortes do mundo, cedendo às Forças Armadas dos EUA, de acordo com o ranking Global Firepower de 2025.

No âmbito do ranking para o cálculo do índice de poder militar dos 145 países do mundo, mais de 60 fatores individuais são avaliados, incluindo a situação financeira no país, localização geográfica, oportunidades logísticas e outros, na sua pesquisa para 2025.

Os EUA são os líderes do ranking atual, com a Rússia em segundo lugar, seguida por China, Índia e Coreia do Sul. Os cinco principais países não mudaram desde o ano anterior.

O Reino Unido, a França, o Japão, a Turquia e a Itália também estão entre os dez primeiros. O Brasil ficou em 11º lugar. A Ucrânia fecha a segunda dezena da classificação.

Além disso, o site Global Firepower apresentou o ranking das forças navais de 47 países por tonelagem de 2025. De acordo com essa classificação, a Marinha russa está em terceiro lugar no mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

O Global Firepower é uma classificação que vem sendo compilada desde 2005. Ele faz parte da rede Military Factory, que fornece dados sobre os armamentos dos países do mundo.

¨      Analista britânico destaca capacidades da defesa antiaérea da Rússia contra mísseis ATACMS

A decisão da administração do presidente Joe Biden de permitir que a Ucrânia ataque o território da Rússia com mísseis ATACMS acabou sendo um fracasso para os EUA, afirmou o analista militar britânico Alexander Mercouris em seu canal no YouTube.

"Esta é uma decisão desastrosa, quebrando as linhas vermelhas russas, [...] apenas demonstrou as capacidades do sistema de defesa antiaérea russo e a completa incapacidade dos mísseis ATACMS para derrotá-lo", disse ele.

De acordo com o analista, o uso dos ATACMS pela Ucrânia também forçou a Rússia a demonstrar as capacidades do novo sistema de mísseis balísticos Oreshnik.

"Este passo dado pela administração [de Joe] Biden, e que foi recebido com tanto horror por muitos, provou ser um fracasso abjeto e um fiasco humilhante", disse o analista britânico.

Em 21 de novembro, as Forças Armadas da Rússia testaram com sucesso em condições de combate um dos sistemas avançados de mísseis de alcance intermediário Oreshnik com um míssil balístico hipersônico em versão não nuclear. O alvo era a fábrica de defesa Yuzhmash na cidade ucraniana de Dnepropetrovsk.

¨      Alemanha não dá indicações de retomar compras de gás através do Nord Stream, diz diplomata russo

A Alemanha ainda não deu nenhuma indicação sobre uma possível retomada do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte) para fornecer gás natural da Rússia, disse o chefe do Ministério das Relações Exteriores da Rússia para cooperação econômica, Dmitry Birichevsky.

"Até agora, não recebemos nenhum sinal de prontidão de nossos parceiros europeus, particularmente da Alemanha, para retomar as compras de gás pelo gasoduto Nord Stream", disse o diplomata à Sputnik.

Birichevsky salientou que parece que "a cooperação construtiva e mutuamente benéfica, sobre a qual o bem-estar da economia europeia foi baseado, foi sacrificada pelas forças ideológicas do Ocidente, que estão dominando de forma descontrolada através de uma campanha russofóbica em prol de uma 'derrota estratégica' a nosso país"

A Alemanha, antes considerada o motor econômico da Europa, está abalada pela crise que deixou milhares de empresas falidas até 2024, segundo relatos da imprensa local. Uma crise agravada em particular pelos altos custos de energia após a interrupção do fornecimento de gás da Rússia através do gasoduto Nord Stream, que conecta diretamente os dois países ao longo do fundo do mar Báltico.

Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin disse que a Alemanha tinha a possibilidade de continuar recebendo gás natural por meio de uma das quatro linhas que não foram danificadas na sabotagem dessa infraestrutura em setembro de 2022.

Em 26 de setembro de 2022, três das quatro linhas dos gasodutos russos Nord Stream 1 e 2 foram alvo de sabotagem com cargas explosivas no fundo do mar Báltico, perto de uma ilha dinamarquesa e ao largo da costa sueca, áreas sob controle da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o bloco militar liderado pelos Estados Unidos.

Uma investigação do renomado jornalista norte-americano Seymour Hersh, vencedor do Prêmio Pulitzer, revelou que mergulhadores militares dos EUA colocaram cargas explosivas sob os gasodutos russos em junho de 2022, durante os exercícios Baltops da OTAN.

Citando fontes com conhecimento direto do planejamento operacional dos ataques, Hersh acusou os militares noruegueses de detonar os explosivos três meses depois, causando sérios danos aos gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha ao longo do fundo do mar Báltico.

Hersh enfatizou que o presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou a sabotagem após mais de nove meses de discussões secretas com sua equipe de segurança nacional.

Os preparativos para a sabotagem foram coordenados pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, que convocou uma equipe interinstitucional para elaborar o plano, acrescentou o jornalista investigativo. Segundo Hersh, a sabotagem dos gasodutos russos pelos EUA é um assunto tabu para a mídia dominante em seu país.

Alemanha, Dinamarca e Suécia se recusaram a conduzir uma investigação conjunta com a Rússia sobre a sabotagem de gasodutos.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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