Chefe da OTAN pede
que Estados-membros 'mudem para mentalidade de guerra'
O secretário-geral
da OTAN, Mark Rutte, disse nesta quarta-feira (15) que a melhor maneira de
evitar a guerra é se preparar para ela, e que os Estados da Aliança Atlântica
devem mudar sua mentalidade para uma "de guerra".
"Para evitar a
guerra, precisamos nos preparar para ela. É hora de mudar para uma
mentalidade de guerra. E isso significa que precisamos tornar nossas defesas
ainda mais fortes, gastando mais em defesa e produzindo mais e melhores
capacidades de defesa", disse Rutte em uma reunião do Comitê Militar dos
chefes de defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em
Bruxelas.
Durante os dias 15
e 16 de janeiro, a mais alta autoridade militar da OTAN, o Comitê Militar, se
reúne no formato de Chefes de Defesa na sede da aliança em Bruxelas. A reunião
se concentra em fortalecer ainda mais a dissuasão e a defesa, fortalecendo
as parcerias da OTAN em todo o mundo, bem como para apoiar
Kiev no conflito
da Ucrânia,
de acordo com a Aliança Atlântica.
O vice-ministro das
Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Grushko, observou que a Rússia
foi declarada "a ameaça
mais significativa e direta à segurança dos aliados da OTAN" a longo
prazo. Ao mesmo tempo, a OTAN está:
# Esforçando-se
para obter maestria em todos os domínios operacionais;
# Expandindo
contingentes militares perto das fronteiras da Rússia;
# Conduzindo
exercícios que simulam ações ofensivas;
# Desenvolvendo
infraestrutura logística para rápida implantação de tropas e equipamentos.
# Grushko enfatizou
que Moscou visa evitar um confronto direto demonstrando suas capacidades
militares como
um impedimento.
¨ OTAN está reforçando infraestrutura militar para
combater Rússia no mar Báltico, diz mídia
A aspiração da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de aumentar a infraestrutura
militar no mar Báltico sob o pretexto de proporcionar mais segurança é, na
realidade, dirigida contra a Rússia, escreve o jornal Die Junge Zeitung.
"A Aliança já
chegou a um acordo sobre isso em 30 de dezembro em Bruxelas [...]". Isso
parece estar criando uma segunda suborganização da NATO na
região do mar Báltico,
especificamente dirigida contra a Rússia", diz o artigo.
De acordo com a
publicação, a Força Expedicionária Conjunta, que está em operação desde 2018,
deverá reforçar o monitoramento da infraestrutura crítica no mar Báltico.
"Eles
iniciaram a operação Nordic Warden e usam inteligência artificial para monitorar
navios e
avaliar riscos", escreve o autor do artigo.
Recentemente, o
primeiro-ministro polonês Donald Tusk disse aos jornalistas que a OTAN decidiu
aumentar radicalmente sua presença
militar no Báltico,
chamando essa decisão de "sem precedentes".
¨ OTAN usa métodos ultrapassados para treinar tropas
ucranianas, revela militar capturado
Os instrutores
ocidentais utilizam métodos ultrapassados, que não atendem aos requisitos da guerra
moderna, ao treinar os militares ucranianos, afirmou à Sputnik um guarda de
fronteira capturado. Além disso, eles próprios tentam aprender com os alunos.
Um grupo de seis
funcionários do Serviço Estatal de Fronteiras da Ucrânia se
rendeu à Rússia perto da região de Belgorod, na direção de Carcóvia, na véspera
do Natal ortodoxo, noticiou a Sputnik anteriormente.
Entre os que se
renderam estava Aleksandr Bychko, nascido em 2001, um inspetor de 2ª categoria
no serviço de fronteira que passou por
treinamentos no Reino Unido, em Warcop, e na França, em La Courtine.
"Minha
primeira sessão de treinamento foi em setembro de 2023 no Reino Unido, na base
de Warcop. O treinamento era comandado por instrutores britânicos e o programa
foi projetado para cerca de 300 participantes", disse Bychko.
"O treinamento
em si foi abaixo da média, para dizer o mínimo. Foi apenas um curso básico de
treinamento militar", acrescentou.
"La Courtine é
o principal centro de treinamento do Exército francês. Lá, passamos por um
curso de treinamento de infantaria aprimorado. Mas, essencialmente, apenas
vagueávamos pelos campos de treinamento. Eles nos deram cartuchos de
festim, corríamos e atirávamos com eles", contou.
De acordo com
Bychko, o treinamento que é feito nesses centros da OTAN não corresponde às
realidades do conflito na Ucrânia, principalmente em relação ao uso de
drones. "Os europeus e os britânicos [...] eles não entendem como
trabalhar com isso", acrescentou.
"Eles não
entendem. Ataques, invasões — esse é o antigo sistema deles", disse o
prisioneiro de guerra.
"Quando você
tenta explicar as realidades modernas da guerra para eles, é chocante para eles
— eles não entendem. No Reino Unido e na França, eles até nos
disseram: 'Vocês vieram mais para nos ensinar do que nós viemos para
compartilhar experiências com vocês', disseram eles", revelou Bychko.
Apesar da
ineficácia dos instrutores da OTAN, os membros da aliança anunciaram sua
intenção de continuar fornecendo suporte militar à Ucrânia na reunião de
janeiro do Grupo de Contato para a Defesa da Ucrânia da base aérea de
Ramstein na Alemanha.
A Espanha, por
exemplo, propôs
novos cursos de treinamento para soldados ucranianos como parte de
seu apoio à Ucrânia, de acordo com a ministra da Defesa Margarita Robles.
O secretário de
Defesa dos EUA, Lloyd Austin, confirmou um pacote de US$ 500 milhões
para a Ucrânia, incluindo mísseis de defesa aérea, equipamentos para caças F-16
e munição.
A Alemanha planeja
treinar 10 mil tropas ucranianas em 2025, disse o ministro da Defesa
alemão Boris Pistorius antes da reunião do Grupo de Contato.
Comentando a
reunião de Ramstein, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov,
observou que as
divergências entre os participantes estão crescendo, com muitas
divisões surgindo sobre as perspectivas de assistência adicional.
¨ 'Roteiro para o futuro': Irã e Rússia vão reforçar
laços de cooperação abrangente, diz MRE iraniano
O ministro das
Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, enfatizou em um artigo para a
Sputnik que um componente-chave do novo acordo estratégico entre o Irã e a
Rússia é o aprimoramento da cooperação em segurança e defesa.
"Um dos
aspectos importantes do acordo é o fortalecimento da cooperação no campo
de segurança e defesa. O Irã e a Rússia têm experiência valiosa no combate ao
terrorismo e ao extremismo. Essa parceria que visa fortalecer a estabilidade
regional e global atende
não apenas aos interesses dos dois países, mas também aos interesses da paz
mundial", disse Araghchi.
Ao mesmo tempo,
Araghchi destacou que o acordo não implica uma união militar.
"É um
acordo totalmente
abrangente.
Por exemplo, não é um acordo sobre uma união militar, com um alvo específico,
mas totalmente abrangente e cobre todos os aspectos", disse Araghchi.
A interação entre a
Rússia e o Irã na esfera de defesa não ameaça ninguém, ele acrescentou.
"Ao contrário
das alegações de alguns meios de comunicação, essa interação não visa
ameaçar, mas fortalecer a segurança comum e proteger os valores
humanos", disse Araghchi.
Na segunda-feira
(13), o Kremlin disse que o presidente
russo Vladimir
Putin e o presidente iraniano Masoud Pezeshkian assinariam o acordo após as
negociações na próxima sexta-feira (17).
Em junho de 2024, a
Rússia e o Irã concordaram com um tratado abrangente de parceria estratégica,
que busca garantir uma cooperação
equilibrada entre
os dois países. O acordo contém 47 artigos e abrange todas as áreas das
relações bilaterais, disse o embaixador iraniano na Rússia, Kazem Jalali. O
novo acordo substituirá o tratado existente entre Moscou e Teerã, que foi
assinado em 2001.
"A assinatura
do acordo entre o Irã e a Rússia por 20 anos não é apenas um documento
político, mas também um roteiro para o futuro. Este acordo abrange todos os
aspectos da cooperação entre os dois países", disse Araghchi.
O documento vai
incluir aspectos como economia, tecnologia e cooperação humanitária, explicou o
ministro. O acordo também busca simplificar as condições de viagem para
turistas a fim de fortalecer a cooperação
cultural.
"Um dos
aspectos subestimados das relações internacionais é a importância dos
intercâmbios culturais. O acordo estratégico simplificará as condições
de viagem para
turistas e criará programas culturais conjuntos, permitindo que os dois
países se entendam melhor", disse Araghchi.
<><> Corredor
de Transporte Norte-Sul será concluído sob o acordo Irã-Rússia
O novo acordo
estratégico entre a Rússia e o Irã prevê a conclusão do corredor
de transporte Norte-Sul e o aumento do volume de comércio como parte
do fortalecimento dos laços
econômicos entre
os dois países, disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas
Araghchi.
"Esse enorme
projeto de transporte conecta o Irã à Rússia e de lá à Europa e à Ásia. Com a
conclusão desse corredor, as rotas comerciais entre os dois países ficarão
mais curtas e os custos serão reduzidos", disse o ministro.
Ainda de acordo com
o chanceler, o novo acordo também visa acelerar o crescimento do volume de
comércio entre o Irã e a Rússia, que aumentou 15% no ano passado, acrescentando
que o documento abrange todos os aspectos econômicos, incluindo o
desenvolvimento de mercados comuns e investimentos em projetos de
infraestrutura e cooperação na produção
energética.
"O Irã e a
Rússia, como duas grandes potências na indústria de petróleo e gás,
podem cooperar entre si na produção, transmissão e exportação de
energia", disse Araghchi.
¨ Rússia tem 2º Exército mais poderoso do mundo, diz
ranking norte-americano
As Forças Armadas
da Rússia ficaram em segundo lugar no ranking dos exércitos mais fortes do
mundo, cedendo às Forças Armadas dos EUA, de acordo com o ranking Global
Firepower de 2025.
No âmbito do ranking para o
cálculo do índice de poder militar dos 145 países do mundo, mais de 60
fatores individuais são avaliados, incluindo a situação
financeira no
país, localização geográfica, oportunidades logísticas e outros, na sua
pesquisa para 2025.
Os
EUA são os
líderes do ranking atual, com a Rússia em segundo lugar, seguida por China,
Índia e Coreia do Sul. Os cinco principais países não mudaram desde o ano
anterior.
O Reino Unido, a
França, o Japão, a Turquia e a Itália também estão entre os dez primeiros.
O Brasil ficou em 11º lugar. A Ucrânia fecha a segunda dezena da
classificação.
Além disso, o site
Global Firepower apresentou o ranking das
forças navais de 47 países por tonelagem de 2025. De acordo com essa
classificação, a Marinha russa está em terceiro lugar no mundo, atrás
apenas da
China e
dos Estados Unidos.
O Global Firepower
é uma classificação que vem sendo compilada desde 2005. Ele faz parte da rede
Military Factory, que fornece dados sobre os armamentos dos países do
mundo.
¨ Analista britânico destaca capacidades da defesa
antiaérea da Rússia contra mísseis ATACMS
A decisão da
administração do presidente Joe Biden de permitir que a Ucrânia ataque o
território da Rússia com mísseis ATACMS acabou sendo um fracasso para os EUA,
afirmou o analista militar britânico Alexander Mercouris em seu canal no
YouTube.
"Esta é uma
decisão desastrosa, quebrando as linhas
vermelhas russas,
[...] apenas demonstrou as capacidades do sistema de defesa antiaérea russo e a
completa incapacidade dos mísseis ATACMS para derrotá-lo", disse ele.
De acordo com o
analista, o uso
dos ATACMS pela Ucrânia também forçou a Rússia a demonstrar as
capacidades do novo sistema de mísseis balísticos Oreshnik.
"Este passo
dado pela administração [de Joe] Biden, e que foi recebido com tanto horror por
muitos, provou ser um fracasso abjeto e um fiasco humilhante", disse
o analista britânico.
Em 21 de novembro,
as Forças Armadas da Rússia testaram com sucesso em condições de combate um
dos sistemas
avançados de mísseis de
alcance intermediário Oreshnik com um míssil balístico hipersônico em versão
não nuclear. O alvo era a fábrica de defesa Yuzhmash na cidade ucraniana de
Dnepropetrovsk.
¨ Alemanha não dá indicações de retomar compras de gás
através do Nord Stream, diz diplomata russo
A Alemanha ainda
não deu nenhuma indicação sobre uma possível retomada do gasoduto Nord Stream
(Corrente do Norte) para fornecer gás natural da Rússia, disse o chefe do
Ministério das Relações Exteriores da Rússia para cooperação econômica, Dmitry
Birichevsky.
"Até agora,
não recebemos nenhum sinal de prontidão de nossos parceiros europeus,
particularmente da Alemanha, para retomar
as compras de gás pelo
gasoduto Nord Stream", disse o diplomata à Sputnik.
Birichevsky
salientou que parece que "a cooperação construtiva e mutuamente benéfica,
sobre a qual o bem-estar da economia europeia foi baseado, foi sacrificada
pelas forças ideológicas do Ocidente, que estão dominando de forma
descontrolada através de uma campanha russofóbica em prol de uma 'derrota
estratégica' a nosso país"
A Alemanha, antes
considerada o motor econômico da Europa, está abalada
pela crise que
deixou milhares de empresas falidas até 2024, segundo relatos da imprensa
local. Uma crise agravada em particular pelos altos custos de
energia após a interrupção
do fornecimento de
gás da Rússia através do gasoduto Nord Stream, que conecta diretamente os dois
países ao longo do fundo do mar Báltico.
Anteriormente, o
presidente russo Vladimir Putin disse que a Alemanha tinha
a possibilidade de continuar
recebendo gás natural por meio de uma das quatro linhas que não foram
danificadas na sabotagem dessa infraestrutura em setembro de 2022.
Em 26 de setembro
de 2022, três das quatro linhas dos gasodutos russos Nord Stream 1 e 2
foram alvo de sabotagem com cargas explosivas no
fundo do mar Báltico,
perto de uma ilha dinamarquesa e ao largo da costa sueca, áreas sob controle da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o bloco militar liderado
pelos Estados Unidos.
Uma investigação do
renomado jornalista norte-americano Seymour Hersh, vencedor do Prêmio Pulitzer,
revelou que mergulhadores militares dos EUA colocaram cargas explosivas
sob os gasodutos russos em junho de 2022, durante os exercícios Baltops da
OTAN.
Citando fontes com
conhecimento direto do planejamento
operacional dos
ataques, Hersh acusou os militares noruegueses de detonar os explosivos três
meses depois, causando sérios danos aos gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha
ao longo do fundo do mar Báltico.
Hersh enfatizou que
o presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou a sabotagem após mais de nove
meses de discussões
secretas com
sua equipe de segurança nacional.
Os preparativos
para a sabotagem foram coordenados pelo conselheiro de Segurança Nacional dos
EUA, Jake Sullivan, que convocou uma equipe interinstitucional para elaborar o
plano, acrescentou o jornalista investigativo. Segundo Hersh, a sabotagem
dos gasodutos russos pelos EUA é um assunto tabu para a mídia dominante em
seu país.
Alemanha, Dinamarca
e Suécia se recusaram a conduzir
uma investigação conjunta
com a Rússia sobre a sabotagem de gasodutos.
Fonte: Sputnik
Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário