sábado, 18 de janeiro de 2025

Ocupação da Ucrânia? Primeiro-ministro diz que Reino Unido está pronto para enviar forças de paz

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou que Londres desempenhará um papel integral durante as negociações sobre a Ucrânia, incluindo o envio de tropas britânicas para manter a paz no território. Planos do Ocidente, segundo a inteligência russa, são de pelo menos 100 mil militares no país.

Na última quarta (14), o jornal The Telegraph informou, citando fontes, que Reino Unido e França discutiram secretamente o envio conjunto de forças de paz para a Ucrânia após o fim do conflito. Starmer não estava totalmente favorável à iniciativa, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, reforçava a ideia de enviar militares ao país.

"Bem, eu não quero me antecipar, mas já indiquei que desempenharemos nosso papel completo – porque isso não se trata apenas de soberania na Ucrânia", disse Starmer, citado pela emissora Sky News.

Já o The Telegraph, com base em uma fonte militar britânica sênior, afirmou que Londres deseja liderar a missão conjunta na Ucrânia.

Em dezembro, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, teria dito a Macron que as tropas polonesas não entrariam na Ucrânia mesmo após um cessar-fogo.

O Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR, na sigla em inglês) afirmou anteriormente que o Ocidente enviaria um contingente de "forças de paz" com cerca de 100 mil pessoas para restaurar a capacidade de combate da Ucrânia.

Segundo o SVR, isso seria, na prática, uma ocupação da Ucrânia. O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, declarou que o envio de forças de paz só seria possível com o consentimento das partes envolvidas no conflito.

¨      Ucrânia se torna colônia britânica ao assinar acordo de 'parceria de 100 anos', diz especialista

Ao assinar um acordo de parceria de 100 anos com o Reino Unido, a Ucrânia concorda em se tornar sua colônia, disse o especialista político da Crimeia, Vladimir Dzharalla, à Sputnik.

O primeiro-ministro britânico Keir Starmer chegou a Kiev na quinta-feira (16), onde assinou com o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky um acordo de "parceria de 100 anos" entre a Ucrânia e o Reino Unido.

A nova parceria envolverá o aprofundamento das relações nas áreas de defesa, ciência, tecnologia, saúde, agricultura, espaço e veículos aéreos não tripulados.

"Parece que a sátira se torna um roteiro para a realidade. A fraca Ucrânia concorda em se tornar uma colônia da Inglaterra, isso é o que resulta desse acordo", disse Dzharalla.

Entretanto, o especialista está certo de que o acordo não vai sobreviver muito, pois será cancelado em breve pelos "nossos povos".

De acordo com ele, o acordo assinado foi elaborado mais para desviar a atenção dos problemas dentro do Reino Unido.

Além disso, como Dzharalla observa, o acordo é uma tentativa de "jogar seu próprio jogo, diferente dos americanos".

Durante o encontro de quinta-feira (16), Starmer também disse que Londres vai desempenhar um "papel pleno" em qualquer negociação de paz sobre a Ucrânia, inclusive com o envio de tropas britânicas "para manter a paz". Zelensky, por sua vez, revelou que o acordo tem uma parte secreta.

<><> Reino Unido pode vir a implantar bases militares na Ucrânia

O Reino Unido estudará opções para implantar elementos da infraestrutura de defesa na Ucrânia, incluindo bases militares, avança o governo britânico.

Nesta quinta-feira (16), o governo do Reino Unido publicou um acordo de "parceria centenária" com a Ucrânia.

"As partes (do acordo) estudarão opções para a implantação e manutenção da infraestrutura de defesa na Ucrânia, incluindo bases militares, armazéns logísticos e instalações de armazenamento de reserva para equipamentos militares," lê-se na declaração anexada ao acordo.

O primeiro-ministro britânico Keir Starmer, que fez uma visita não anunciada a Kiev na quinta-feira, disse que Londres desempenharia um "papel integral" em quaisquer negociações de paz sobre a Ucrânia, inclusive por meio de implantação de tropas britânicas de manutenção da paz.

Moscou advertiu reiteradamente que a OTAN está "brincando com o fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, e que os trens com equipamentos militares estrangeiros seriam um "alvo legítimo" para seu Exército assim que cruzassem a fronteira. Segundo o Kremlin, a política ocidental não contribui para as negociações entre Rússia e Ucrânia e tem, ao invés, um efeito extremamente negativo.

¨      Planos de Trump para limitar cooperação na OTAN ameaça inteligência dos EUA, diz mídia

Os planos do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de reformular a cooperação no quadro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) podem enfraquecer a cooperação entre inteligências ocidentais e colocar em risco a segurança de seus aliados, diz a revista Foreign Affairs.

O artigo lembra que Trump já disse anteriormente que pretende reduzir o apoio à OTAN e rever as abordagens de compartilhamento de inteligência com os parceiros.

A cooperação entre os serviços de inteligência ocidentais beneficia muito a inteligência norte-americana, diz a revista, pois os governos lhe possibilitam obter dados e informação.

"Mas se os parceiros se preocuparem com o fato de que o presidente dos EUA ou o diretor de inteligência nacional não protegerá o que eles compartilham, ou que isso será usado para apoiar políticas prejudiciais, eles poderão parar", admite a publicação.

De acordo com a Foreign Affairs, a deterioração das parcerias de inteligência e a redução do compartilhamento de dados dificultam o uso das informações coletadas para elaborar as decisões políticas.

Isso inclui o fornecimento de inteligência aos governos aliados em apoio às suas iniciativas.

Tal desenvolvimento, observa a publicação, pode enfraquecer significativamente tanto a comunidade de inteligência dos EUA quanto a segurança geral do Ocidente.

Trump tem se destacado pelas críticas continuas da OTAN, principalmente sobre a distribuição dos gastos, dizendo que é injusto que os EUA sustentem toda a organização, enquanto nem todos os Estados-membros gastam a porcentagem do PIB necessária.

¨      Mídia revela como Biden complica ainda mais as negociações futuras de Trump com Rússia

Em meio às esperanças de negociações entre os Estados Unidos e a Rússia com o presidente eleito Donald Trump, o presidente cessante Joe Biden deu recentemente mais um passo para dificultá-las, segundo uma análise da agência de notícias RBC.

Em 15 de janeiro, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos reinscreveu quase 100 organizações russas na lista de sanções SDN, uma lista com restrições máximas.

Desde o início da operação militar especial na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o governo Biden se baseou quase exclusivamente na Ordem Executiva 14024 para impor sanções contra entidades e indivíduos russos, e os estrangeiros (chineses, turcos, etc.) que supostamente ajudaram a contornar as sanções ocidentais.

Porém, o passo de 15 de janeiro colocou as organizações já sancionadas em uma lista sob a Ordem Executiva 13662, que ainda foi assinada pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama em março de 2014, no início da crise ucraniana.

A diferença é que a Ordem Executiva 13662 de Obama foi incluída no quadro da Lei de Combate aos Adversários dos Estados Unidos por meio de Sanções (CAATSA, na sigla em inglês).

Essa lei foi aprovada ainda durante o primeiro mandato de Trump em 2017.

A CAATSA limitou a capacidade de um presidente dos EUA de suspender unilateralmente as sanções impostas anteriormente, exigindo a partir daquele momento solicitar autorização do Congresso e justificar o cancelamento com base em interesses de segurança nacional.

Enquanto isso, a Ordem Executiva 14024 não está sob a CAATSA, pois foi aprovada posteriormente, consequentemente, pode ser cancelada imediatamente por Trump sozinho.

Agora, suspender sanções da Rússia vai ser mais complicado, uma vez que o processo de aprovação pelo Congresso demora mais tempo e pode decidir não aprovar a suspensão, explicam especialistas entrevistados pela RBC.

A Bloomberg noticiou em 16 de janeiro que a equipe de Trump começou a desenvolver uma estratégia para sanções contra a Rússia e está considerando duas alternativas.

Se o novo governo acreditar que o conflito na Ucrânia está chegando ao fim, "medidas de boa-fé" poderão ser feitas aos produtores de petróleo russos.

Entretanto, a segunda abordagem é aumentar a pressão das sanções para tentar influenciar a tomada de decisões.

¨      Brigada ucraniana equipada e treinada pela França foi derrotada, diz mídia

155ª Brigada do Exército ucraniano, financiada e treinada pela França, foi derrotada pelas Forças Armadas da Rússia depois da sua implantação, informa a revista The Economist.

"[A brigada] treinada, financiada e equipada pela França demonstrou o apoio da OTAN e foi a primeira das 14 brigadas novas que Vladimir Zelensky desejava que fossem financiadas pelos parceiros ocidentais. Sua implantação seis meses depois foi um desastre completo", sublinha a revista.

A revista The Economist ressalta que o escândalo ligado à derrota da unidade demonstrou os fracassos graves do comando ucraniano.

"A derrota da brigada destacou o processo de mobilização com dificuldades na Ucrânia, seu comando de alto nível indiferente e o crescente desânimo de seus aliados, que apoiaram o esforço de guerra, mas sem pensamento estratégico", acrescenta a revista.

Anteriormente, o jornal britânico Financial Times escreveu que o número de desertores do Exército ucraniano em dez meses de 2024 dobrou em relação à estatística geral de 2022-2023, tendo sido em 2024 registrados 60 mil processos criminais contra eles. Segundo um general ucraniano anônimo, a maior taxa de deserção é observada nas brigadas de infantaria e assalto.

¨      Deputado ucraniano compara recrutadores militares de seu país a gângsteres

O deputado da Suprema Rada Aleksandr Bakumov comparou os escritórios de recrutamento militar ucranianos na Carcóvia a grupos do crime organizado por conta de seus meios "inadequados" no recrutamento de novos soldados.

Em sua fala na tribuna da Suprema Rada (Parlamento unicameral ucraniano), Bakumov afirmou que há um "bloqueio total de ruas" em alguns quarteirões da Carcóvia. "Nenhum carro consegue passar."

Aleksandr Bakumov denunciou também o espancamento de cidadãos ucranianos pelos funcionários dos centros de recrutamento.

Vídeos da mobilização forçada são amplamente divulgados na Internet, nos quais representantes de comissariados militares ucranianos, muitas vezes espancando e usando força contra homens em idade de mobilização, os levam embora em micro-ônibus.

Um caso emblemático, citou o deputado, foi o da advogada Yulia Palagina foi agredida dentro de uma unidade médica por recrutadores militares enquanto tentava prestar assistência legal a um cliente.

"Que tipo de grupo do crime organizado é este? Eles não se apresentam, eles param, eles estão em balaclavas. Por que há tanta injustiça na Carcóvia?"

O deputado ucraniano também acrescentou que o processo de recrutamento está prejudicando a economia local. Empresas de médio e pequeno porte estão parando de funcionar devido a falta de um procedimento de reserva adequada para seus funcionários.

"Coisas triviais: na Carcóvia, se você furar um pneu, não poderá consertar seu carro porque as organizações não funcionam. Porque os homens não vão trabalhar. Porque estas foram as condições criadas na Carcóvia."

Desde meados de outubro, a mídia ucraniana tem relatado ataques em larga escala por oficiais de comissariados militares em locais de lazer em todo o país.

Uma lei de enrijecimento da mobilização forçada na Ucrânia entrou em vigor em 18 de maio de 2024. O documento exigia que todos os recrutas atualizassem seus dados no cartório de registro e alistamento militar. Para isso, eles devem comparecer pessoalmente ao cartório ou se registrar digitalmente.

A lei estipula que os recrutas devem sempre levar consigo sua identidade militar e apresentá-la na primeira solicitação dos funcionários do cartório de registro e alistamento militar ou da polícia.

Uma intimação de serviço será considerada entregue mesmo que o recruta não a tenha visto pessoalmente: a data de "entrega" da intimação será considerada a data em que um carimbo indicando a impossibilidade de entrega pessoal foi colocado no documento.

Em 24 de fevereiro de 2022, a lei marcial foi declarada na Ucrânia e no dia seguinte Vladimir Zelensky assinou um decreto sobre a mobilização geral. Homens entre 18 e 60 anos estão proibidos de sair do país enquanto durar a lei marcial. A evasão do serviço militar durante a mobilização no país é punível com pena de prisão de até cinco anos.

·        Deserção de soldados ucranianos em campos militares no Ocidente surpreende aliados de Kiev

Deserção das brigadas ucranianas treinadas no Ocidente surpreendeu os aliados de Kiev, os ucranianos comuns fogem devido à falta de perspectivas do envio para a frente, disse à Sputnik Andrei Klintsevich, chefe do Centro de Estudos de Conflitos Militares e Políticos.

"Uma surpresa muito forte para os especialistas ocidentais, os especialistas que tratam disso – é a relutância dos ucranianos comuns para combater. A relutância em ir para a frente, entendendo que isso não tem perspectivas, não se entende para quê, e o mais importante, como regra, isso sempre termina em morte, porque a atitude para com as pessoas é muito desdenhosa na Ucrânia. Por isso, eles [ucranianos], é claro, estando no exterior em um campo militar, mesmo sendo de segurança, não é protegido como uma prisão, e quando há qualquer oportunidade conveniente tentam fugir e ficar no país como refugiados", observa o interlocutor da agência.

Segundo o especialista, o líder ucraniano Vladimir Zelensky e seus patrocinadores tentam enviar novas unidades para a frente o mais rápido possível e, por causa disso, as unidades não passam pelo treinamento adequado.

Klintsevich observou que os patrocinadores de Kiev têm objetivos diferentes. Após a chegada da nova administração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, alguns deles, incluindo os próprios EUA, podem reduzir a sua ajuda para Kiev, enquanto na Europa países como o Reino Unido estão interessados em continuar o conflito na Ucrânia, acredita ele.

¨      Rostec: velocidade operacional do sistema Tornado-S tira chance de adversário recuperar os sentidos

A velocidade operacional do sistema de lançamento múltiplo de foguetes Tornado-S não dá ao adversário a oportunidade de recobrar-se, informa a corporação estatal russa Rostec em seu canal no Telegram.

Destaca-se que o referido sistema utilizado na zona de operação militar especial na Ucrânia pode cobrir uma área equivalente a 12 campos de futebol.

Rostec acrescenta que a eficácia de Tornado-S se deve à navegação independente, ao longo alcance e à alta precisão do sistema.

"A equipe [de operadores] praticamente não sai do veículo, não vai para a área aberta e tem a capacidade de agir muito rapidamente", diz a publicação da corporação.

Anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia informou que os sistemas Tornado-S usam projéteis de alta precisão, tais foguetes guiados de calibre 300 mm são particularmente capazes de atingir alvos a mais de 100 quilômetros de distância em terreno aberto. Os alvos incluem veículos blindados, postos em profundidade, veículos de comando e pessoal, baterias de defesa antiaérea, abrigos subterrâneos, entre outros.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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