Lula: 'se não
enfrentarmos mentiras, a democracia pode cair em nome do fascismo e do nazismo'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (16)
que não se deve temer o enfrentamento às mentiras e aos golpistas, ao alertar
para os riscos que as democracias sofrem ao redor do mundo.
Em cerimônia de sanção da regulamentação da reforma tributária, no
Palácio do Planalto, Lula afirmou: "temos que fazer a disputa pela
democracia, sistema que está correndo risco no mundo todo".
Ele também critcou as "pessoas travestidas de políticos" e
alertou que, caso o enfrentamento seja abandonado, há o risco de democracias
serem derrubadas em nome do "fascismo e do nazismo".
As declarações surgem após a Receita Federal recuar e revogar normas que
ampliariam a fiscalização sobre a plataforma Pix de pagamentos. A decisão se
deu em meio à divulgação de notícias falsas envolvendo a suposta cobrança de
impostos sobre o Pix e o desgaste do governo em razão das mentiras.
Entraram em vigor, em 1º de janeiro de 2025, normas, posteriormente
anuladas, da Receita Federal que ampliavam a fiscalização sobre o uso da
plataforma Pix de pagamentos.
De acordo com as regras, publicadas pelo governo federal em setembro de
2024, bancos e outras instituições financeiras passariam a informar ao Fisco
dados básicos referentes a algumas movimentações financeiras, definidas em
níveis mais elevados de renda para pessoas físicas e jurídicas. O Ministério da
Fazenda previu uma queda no volume de informações enviadas à Receita Federal
devido ao alívio concedido aos clientes de menor renda dos bancos tradicionais.
No entanto, o governo federal foi acusado de supostamente aumentar os
impostos sobre a classe média, em meio à disseminação de notícias falsas pela
extrema-direita sobre uma suposta tributação do Pix.
A Receita Federal negou as acusações e reiterou a importância da
regularização fiscal para o combate à lavagem de dinheiro.
¨ César Fonseca:
Fake-terror contra pix denuncia medo bolsonarista de derrota em 2026
A mentira como
arma política, marca registrada do bolsonarismo, inventou mais uma enganação
para a opinião pública cair e ficar irritada com o governo, uma falsidade que
visa desgastá-lo para tentar derrotá-lo eleitoralmente em 2026.
A Receita
Federal normatiza regra para os bancos serem melhor fiscalizados na sua relação
com o Estado, e os bolsonaristas aproveitam para inverter a realidade,
inventando mentiras, sua especialidade.
No fundo, a
fake News do PIX, fake-terror, é a confissão inconsciente do medo-pavor da
oposição fascista de perder novamente para Lula na disputa eleitoral.
O jogo baixo
fascista da mentira já ensina por si mesmo o que o governo deve fazer: expor o
contrário do que diz a oposição, como estratégia de comunicação.
Remédio
homeopático: veneno de cobra contra veneno de cobra.
Os
oposicionistas tentam destruir o governo com mentiras para ele não alcançar
popularidade em sua política, que se esforça para ser antineoliberal, de modo a
não alcançar aprovação popular.
Espalhar a
mentira de que Lula taxará o PIX, como foi aquela outra de que o ministro da
Fazenda encarnou o ministro Taxad, para dar entender que o presidente só pensa
em prejudicar a população, para fazer ajuste fiscal neoliberal, é puro
terrorismo como arma política.
Tentam os
bolsonaristas espalhar o medo na população ao governo, quando na verdade essa
mentira expressa o medo da oposição de perder novamente a eleição.
O medo da
derrota é o fato implícito que a oposição comunica.
Como não
comunica certo, se trumbica.
Então, o papel
da comunicação do governo é taxar a mentira com a tributação mais alta
praticada pela oposição bolsonarista em sua tarefa de sonegadora da verdade, na
tentativa de transferir sua culpa ao outro, rasgando sua máscara de mentirosa.
Efeito
transferência do pecado original de si para o outro para desviar atenção sobre
atos criminosos.
Freud explica
DENÚNCIA DE SI COMO INCONFIÁVEL
Fake news
bolsonarista comprova: governo é superior à oposição na sua relação com a
sociedade, evidenciando responsabilidade e compromisso contra enganação e
manipulação.
A utilização
sistemática da oposição em inventar mentiras para falsificar a verdade mostra
seu caráter essencial: não ter caráter, carência de proposta para o povo
brasileiro.
A falta de
proposta aumenta a falta de confiança do povo em quem mente.
Quem não tem o
que apresentar diz que o que o outro apresenta não é verdade, é falso, quando a
falsidade é de quem fala mentira.
Por isso, a
sabedoria popular diz que a mentira tem perna curta.
Sem dispor da
confiança popular por só falar mentira para tentar combater irracionalmente a
verdade, o bolsonarismo mentiroso condena a si próprio.
O mentiroso,
portanto, é essencialmente, irracional.
Seria até uma
agressão aos animais, considerados irracionais, por serem, meramente,
instintivos; no entanto, não mentem.
Cachorro
mente?
Não!
Os animais,
nesse sentido, são superiores aos seres mentirosos, porque eles, como o
cachorro, o mais chegado ao homem, são, sobretudo, confiáveis.
O mentiroso é
um ser tão desprezível que pode ser classificado na escala zoológica como
animal irracional
inconfiável.
Conclusão:
pode-se considerar o ser irracional mentiroso inferior ao cachorro por ser
fundamentalmente inconfiável.
PLANO DE FUGA ABOMINÁVEL
A mentira
repetida por quem não é de confiança não vira nunca uma verdade, como se tenta
vender os bolsonaristas, adoradores de Hitler.
Ao contrário,
o mentiroso, o inconfiável, é abominável.
Vira praga
social.
Essa de
espalhar que Lula vai taxar o PIX sem dispor de nenhuma prova é abominável.
Terrorismo!
Inventa-se o
terror com mentiras para destruir verdades: não há provas concretas dessa
acusação.
Apenas,
ilação!
O terror é o
recurso do mentiroso diante da falta do que fazer que o domina diante da ação
correta do outro.
A correção do
outro incomoda o mentiroso que transforma seu incômodo em arma terrorista por
meio da mentira.
A falsificação
é outra arma do inconfiável que somente cuida de aterrorizar pela mentira.
Veja o caso do
falso convite de Trump para o inominável ir à posse nos Estados Unidos no
próximo dia 20.
Verdade ou
mentira?
Para começo de
conversa, apresenta-se como falsa verdade um endereço eletrônico não
identificável como origem do convite.
Baaaa... tchê!
Depois, esse
tal convite não contém as especificações de praxe normais em tais
circunstâncias que cercam solenidade de celebração da entronização ao poder do
imperador todo poderoso.
Que
esculhambação seria essa, indagaria o próprio cerimonial imperial!
Tradução da
peça mentirosa, terrorista: não seria um plano de fuga?
E por aí vai!
A terra é
plana!
Mamadeira de
piroca!
Vacina é
enganação!
São tantas
mentiras e falsificações!
O resultado é
um só: por mentir tanto – e por praticar tantos crimes, até agora, impunes, até
quando? – deixou de ser levado a sério!
Virou moeda
falsa.
O bolsonarismo
é pura falsidade.
¨ Repúdio
popular à taxação do Pix é reação ao excesso de impostos que reclama isenção de
IR para classe média
O sentimento
mais profundo da população contra o excesso de impostos principalmente sobre os
mais pobres explica a reação de repúdio instantâneo à notícia falsa de que o
governo planejava taxar o PIX sobre movimentação financeira acima de R$ 5 mil.
A mentira
ganhou ares de verdade e o governo teve que recuar, diante de uma iniciativa
mal calculada.
A pretensão
governamental era de elevar de R$ 2,6 mil para R$ 5 mil o volume movimentado na
rede bancária a ser fiscalizado por pessoa física e de R$ 6 mil para R$ 18 mil
por pessoa jurídica, excluída hipótese de taxação de PIX sobre elas, mas a
ultradireita foi mais esperta, vinculando uma coisa à outra, causando desastre
político monumental ao governo, enquanto ela faturou alto.
Foi,
realmente, uma pancada federal.
Mas, o fato
concreto que está por trás da irritação popular capitalizada pela oposição é
que a insatisfação social já é generalizada, há tempos, pelos assalariados de
poder aquisitivo mais baixo, por serem excessivamente taxados por carga
tributária elevada.
Os mais pobres
sofrem com os impostos indiretos, expressos em tarifas elevadas incidentes sobre
os produtos da cesta básica, como arroz, feijão, farinha, macarrão e carne(de
pescoço, porque é a que sobra para quem ganha muito pouco).
Já os mais
ricos pagam menos pelos produtos supérfluos que consomem subtaxados em relação
aos consumidores pelos mais pobres.
Além dos
impostos indiretos para as classes baixas, a classificação social que considera
classe média quem ganha de R$ 3,4 mil a R$ 8 mil habilita-a ao pagamento de IR
com alíquota de 27%, na declaração anual.
Cria-se, para
ela, punição tributária adicional, configurando injustiça social, pois os mais
ricos são taxados com a mesma alíquota, sem sofrer a punição draconiana da
regressão tributária dos impostos indiretos incidentes sobre produtos mais
sofisticados que consomem.
E A ISENÇÃO DE
IR PARA ATÉ R$ 5 MIL QUANDO VEM?
Tudo ficaria
mais aliviado para essa classe média que ganha muito pouco, se o presidente
Lula decidisse, desde já, cumprir sua promessa de campanha eleitoral de isentar
do pagamento de IR quem ganha até R$ 5 mil, o que daria alívio no bolso da
maioria da população, afetada pela elevada carga tributária.
No entanto, ao
que parece, a promessa presidencial não será cumprida, pois, como disse o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 2025, estarão isentos apenas os que
ganham até R$ 2,8 mil; assim, a classe média que ganha R$ 3,4 mil pode se
preparar para pagar IR na declaração anual de rendimentos.
Essa
informação adiantada pelo titular da Fazenda, certamente, guarda relação com as
dificuldades para o cumprimento do déficit zero ou superávit primário de 0,5%
do PIB para o orçamento do governo em 2025, conforme estabelece o arcabouço
fiscal neoliberal aprovado no Congresso por proposta governamental.
Se não for
possível cumprir o déficit subordinado a essa forte restrição fiscal, o mercado
pressionaria por juros mais altos como arma que defende para combater a
inflação.
Não há punição
mais draconiana sobre os pobres do que os juros altos que não deixam os
investimentos e os empregos deslancharem para valer.
A carga
tributária sobre a classe média, em 2025, portanto, estará sendo
proporcionalmente mais elevada, porque o arcabouço fiscal neoliberal tem que
ser cumprido em nome do combate à inflação, fato que eleva insatisfação social
contra o governo.
Desse modo,
para reverter o prejuízo violento que o fake News da taxação do PIX provoca, o
governo está obrigado a fazer algo concreto que muda as expectativas negativas,
o que poderá acontecer, apenas, se ele cumprir a promessa de campanha de
isentar do IR até R$ 5 mil.
Caso
contrário, o desgaste popular continuará crescente, como já demonstram
pesquisas de opinião no início deste ano, véspera de eleição presidencial em
2026.
¨ Depois do Pix,
mais e piores fakes virão. Por Paulo Henrique Arantes
Fidelizam-se à estratégia global de destruição da democracia, calcada em
fake news, personas pouco aprazíveis. Gente como o deputado Nikolas Ferreira
(PL), ponta-de-lança da onda deturpadora acerca do Pix, que, se não mentiu,
semeou medo com a famigerada postagem viralizada. Trata-se de um aperitivo no grande
cardápio de factoides a ser servido pelos próximos dois anos, até a eleição de
2026.
O Brasil compõe uma fatia do cenário internacional em que prepondera uma
estratégia política baseada na exploração de costumes, em regras morais
hipócritas e na disseminação despudorada de mentiras. Essa forma de fazer
política – portanto, de fazer marketing político - sempre foi corriqueira nos
Estados Unidos. Depois de um século importando geladeiras e comida processada,
agora importamos dos americanos esse péssimo hábito.
Não é segredo que essa escola possui um mestre global, de quem figuras
como Eduardo Bolsonaro são próximas. Steve Bannon paira sobre políticos,
marqueteiros e influencers pouco afeitos à democracia. A onda fake sobre o Pix
é Bannon puro, com pitadas de Duda Lima, aquele que foi socado por um assessor
de Pablo Marçal na campanha para prefeito de São Paulo (ele trabalhava para
Ricardo Nunes).
No caso brasileiro, o método Bannon ancora-se em órgãos de imprensa de
direita, que respaldam teses descoladas da realidade, redes sociais e crenças
arraigadas na própria família brasileira. Importante salientar que não se trata
de um simples movimento conservador, mas anticivilizatório.
Há tempos circulam boatos de que Steve Bannon quer aportar no Brasil. De
certa forma, já aportou. O sujeito e seus métodos comprometem a imagem dos
marqueteiros em geral, entre os quais há muita gente boa, profissionais que se
recusam a comandar campanhas baseadas em fake news.
Sabe-se que Lula e Sidônio Palmeira ouvirão o prefeito de Recife, João
Campos, tido como dono de estratégia de comunicação saudável e eficiente. Pode
ser, mas seguir modelos de marketing propositivos e honestos não vencerá as
campanhas destrutivas da extrema-direita. Não se deve jogar o mesmo jogo sujo dessa
turma, mas sim buscar punição exemplar para os criminosos da comunicação. Nunca
foi tão urgente a criação de uma lei específica contra as fake news.
Fonte: Brasil 247
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