sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Lula: 'se não enfrentarmos mentiras, a democracia pode cair em nome do fascismo e do nazismo'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (16) que não se deve temer o enfrentamento às mentiras e aos golpistas, ao alertar para os riscos que as democracias sofrem ao redor do mundo. 

Em cerimônia de sanção da regulamentação da reforma tributária, no Palácio do Planalto, Lula afirmou: "temos que fazer a disputa pela democracia, sistema que está correndo risco no mundo todo". 

Ele também critcou as "pessoas travestidas de políticos" e alertou que, caso o enfrentamento seja abandonado, há o risco de democracias serem derrubadas em nome do "fascismo e do nazismo". 

As declarações surgem após a Receita Federal recuar e revogar normas que ampliariam a fiscalização sobre a plataforma Pix de pagamentos. A decisão se deu em meio à divulgação de notícias falsas envolvendo a suposta cobrança de impostos sobre o Pix e o desgaste do governo em razão das mentiras.

Entraram em vigor, em 1º de janeiro de 2025, normas, posteriormente anuladas, da Receita Federal que ampliavam a fiscalização sobre o uso da plataforma Pix de pagamentos.

De acordo com as regras, publicadas pelo governo federal em setembro de 2024, bancos e outras instituições financeiras passariam a informar ao Fisco dados básicos referentes a algumas movimentações financeiras, definidas em níveis mais elevados de renda para pessoas físicas e jurídicas. O Ministério da Fazenda previu uma queda no volume de informações enviadas à Receita Federal devido ao alívio concedido aos clientes de menor renda dos bancos tradicionais.

No entanto, o governo federal foi acusado de supostamente aumentar os impostos sobre a classe média, em meio à disseminação de notícias falsas pela extrema-direita sobre uma suposta tributação do Pix.

A Receita Federal negou as acusações e reiterou a importância da regularização fiscal para o combate à lavagem de dinheiro. 

 

¨       César Fonseca: Fake-terror contra pix denuncia medo bolsonarista de derrota em 2026

A mentira como arma política, marca registrada do bolsonarismo, inventou mais uma enganação para a opinião pública cair e ficar irritada com o governo, uma falsidade que visa desgastá-lo para tentar derrotá-lo eleitoralmente em 2026.

A Receita Federal normatiza regra para os bancos serem melhor fiscalizados na sua relação com o Estado, e os bolsonaristas aproveitam para inverter a realidade, inventando mentiras, sua especialidade.

No fundo, a fake News do PIX, fake-terror, é a confissão inconsciente do medo-pavor da oposição fascista de perder novamente para Lula na disputa eleitoral.

O jogo baixo fascista da mentira já ensina por si mesmo o que o governo deve fazer: expor o contrário do que diz a oposição, como estratégia de comunicação.

Remédio homeopático: veneno de cobra contra veneno de cobra.

Os oposicionistas tentam destruir o governo com mentiras para ele não alcançar popularidade em sua política, que se esforça para ser antineoliberal, de modo a não alcançar aprovação popular.

Espalhar a mentira de que Lula taxará o PIX, como foi aquela outra de que o ministro da Fazenda encarnou o ministro Taxad, para dar entender que o presidente só pensa em prejudicar a população, para fazer ajuste fiscal neoliberal, é puro terrorismo como arma política.

Tentam os bolsonaristas espalhar o medo na população ao governo, quando na verdade essa mentira expressa o medo da oposição de perder novamente a eleição.

O medo da derrota é o fato implícito que a oposição comunica.

Como não comunica certo, se trumbica.

Então, o papel da comunicação do governo é taxar a mentira com a tributação mais alta praticada pela oposição bolsonarista em sua tarefa de sonegadora da verdade, na tentativa de transferir sua culpa ao outro, rasgando sua máscara de mentirosa.

Efeito transferência do pecado original de si para o outro para desviar atenção sobre atos criminosos.

Freud explica

DENÚNCIA DE SI COMO INCONFIÁVEL

Fake news bolsonarista comprova: governo é superior à oposição na sua relação com a sociedade, evidenciando responsabilidade e compromisso contra enganação e manipulação.

A utilização sistemática da oposição em inventar mentiras para falsificar a verdade mostra seu caráter essencial: não ter caráter, carência de proposta para o povo brasileiro.

A falta de proposta aumenta a falta de confiança do povo em quem mente.

Quem não tem o que apresentar diz que o que o outro apresenta não é verdade, é falso, quando a falsidade é de quem fala mentira.

Por isso, a sabedoria popular diz que a mentira tem perna curta.

Sem dispor da confiança popular por só falar mentira para tentar combater irracionalmente a verdade, o bolsonarismo mentiroso condena a si próprio.

O mentiroso, portanto, é essencialmente, irracional.

Seria até uma agressão aos animais, considerados irracionais, por serem, meramente, instintivos; no entanto, não mentem.

Cachorro mente?

Não!

Os animais, nesse sentido, são superiores aos seres mentirosos, porque eles, como o cachorro, o mais chegado ao homem, são, sobretudo, confiáveis.

O mentiroso é um ser tão desprezível que pode ser classificado na escala zoológica como animal irracional

inconfiável.

Conclusão: pode-se considerar o ser irracional mentiroso inferior ao cachorro por ser fundamentalmente inconfiável.

PLANO DE FUGA ABOMINÁVEL

A mentira repetida por quem não é de confiança não vira nunca uma verdade, como se tenta vender os bolsonaristas, adoradores de Hitler.

Ao contrário, o mentiroso, o inconfiável, é abominável.

Vira praga social.

Essa de espalhar que Lula vai taxar o PIX sem dispor de nenhuma prova é abominável.

Terrorismo!

Inventa-se o terror com mentiras para destruir verdades: não há provas concretas dessa acusação.

Apenas, ilação!

O terror é o recurso do mentiroso diante da falta do que fazer que o domina diante da ação correta do outro.

A correção do outro incomoda o mentiroso que transforma seu incômodo em arma terrorista por meio da mentira.

A falsificação é outra arma do inconfiável que somente cuida de aterrorizar pela mentira.

Veja o caso do falso convite de Trump para o inominável ir à posse nos Estados Unidos no próximo dia 20.

Verdade ou mentira?

Para começo de conversa, apresenta-se como falsa verdade um endereço eletrônico não identificável como origem do convite.

Baaaa... tchê!

Depois, esse tal convite não contém as especificações de praxe normais em tais circunstâncias que cercam solenidade de celebração da entronização ao poder do imperador todo poderoso.

Que esculhambação seria essa, indagaria o próprio cerimonial imperial!

Tradução da peça mentirosa, terrorista: não seria um plano de fuga?

E por aí vai!

A terra é plana!

Mamadeira de piroca!

Vacina é enganação!

São tantas mentiras e falsificações!

O resultado é um só: por mentir tanto – e por praticar tantos crimes, até agora, impunes, até quando? – deixou de ser levado a sério!

Virou moeda falsa.

O bolsonarismo é pura falsidade.

¨       Repúdio popular à taxação do Pix é reação ao excesso de impostos que reclama isenção de IR para classe média

O sentimento mais profundo da população contra o excesso de impostos principalmente sobre os mais pobres explica a reação de repúdio instantâneo à notícia falsa de que o governo planejava taxar o PIX sobre movimentação financeira acima de R$ 5 mil.

A mentira ganhou ares de verdade e o governo teve que recuar, diante de uma iniciativa mal calculada.

A pretensão governamental era de elevar de R$ 2,6 mil para R$ 5 mil o volume movimentado na rede bancária a ser fiscalizado por pessoa física e de R$ 6 mil para R$ 18 mil por pessoa jurídica, excluída hipótese de taxação de PIX sobre elas, mas a ultradireita foi mais esperta, vinculando uma coisa à outra, causando desastre político monumental ao governo, enquanto ela faturou alto.

Foi, realmente, uma pancada federal.

Mas, o fato concreto que está por trás da irritação popular capitalizada pela oposição é que a insatisfação social já é generalizada, há tempos, pelos assalariados de poder aquisitivo mais baixo, por serem excessivamente taxados por carga tributária elevada.

Os mais pobres sofrem com os impostos indiretos, expressos em tarifas elevadas incidentes sobre os produtos da cesta básica, como arroz, feijão, farinha, macarrão e carne(de pescoço, porque é a que sobra para quem ganha muito pouco).

Já os mais ricos pagam menos pelos produtos supérfluos que consomem subtaxados em relação aos consumidores pelos mais pobres.

Além dos impostos indiretos para as classes baixas, a classificação social que considera classe média quem ganha de R$ 3,4 mil a R$ 8 mil habilita-a ao pagamento de IR com alíquota de 27%, na declaração anual.

Cria-se, para ela, punição tributária adicional, configurando injustiça social, pois os mais ricos são taxados com a mesma alíquota, sem sofrer a punição draconiana da regressão tributária dos impostos indiretos incidentes sobre produtos mais sofisticados que consomem.

E A ISENÇÃO DE IR PARA ATÉ R$ 5 MIL QUANDO VEM?

Tudo ficaria mais aliviado para essa classe média que ganha muito pouco, se o presidente Lula decidisse, desde já, cumprir sua promessa de campanha eleitoral de isentar do pagamento de IR quem ganha até R$ 5 mil, o que daria alívio no bolso da maioria da população, afetada pela elevada carga tributária.

No entanto, ao que parece, a promessa presidencial não será cumprida, pois, como disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 2025, estarão isentos apenas os que ganham até R$ 2,8 mil; assim, a classe média que ganha R$ 3,4 mil pode se preparar para pagar IR na declaração anual de rendimentos.

Essa informação adiantada pelo titular da Fazenda, certamente, guarda relação com as dificuldades para o cumprimento do déficit zero ou superávit primário de 0,5% do PIB para o orçamento do governo em 2025, conforme estabelece o arcabouço fiscal neoliberal aprovado no Congresso por proposta governamental.

Se não for possível cumprir o déficit subordinado a essa forte restrição fiscal, o mercado pressionaria por juros mais altos como arma que defende para combater a inflação.

Não há punição mais draconiana sobre os pobres do que os juros altos que não deixam os investimentos e os empregos deslancharem para valer.

A carga tributária sobre a classe média, em 2025, portanto, estará sendo proporcionalmente mais elevada, porque o arcabouço fiscal neoliberal tem que ser cumprido em nome do combate à inflação, fato que eleva insatisfação social contra o governo.

Desse modo, para reverter o prejuízo violento que o fake News da taxação do PIX provoca, o governo está obrigado a fazer algo concreto que muda as expectativas negativas, o que poderá acontecer, apenas, se ele cumprir a promessa de campanha de isentar do IR até R$ 5 mil.

Caso contrário, o desgaste popular continuará crescente, como já demonstram pesquisas de opinião no início deste ano, véspera de eleição presidencial em 2026.

 

¨       Depois do Pix, mais e piores fakes virão. Por Paulo Henrique Arantes

Fidelizam-se à estratégia global de destruição da democracia, calcada em fake news, personas pouco aprazíveis. Gente como o deputado Nikolas Ferreira (PL), ponta-de-lança da onda deturpadora acerca do Pix, que, se não mentiu, semeou medo com a famigerada postagem viralizada. Trata-se de um aperitivo no grande cardápio de factoides a ser servido pelos próximos dois anos, até a eleição de 2026.

O Brasil compõe uma fatia do cenário internacional em que prepondera uma estratégia política baseada na exploração de costumes, em regras morais hipócritas e na disseminação despudorada de mentiras. Essa forma de fazer política – portanto, de fazer marketing político - sempre foi corriqueira nos Estados Unidos. Depois de um século importando geladeiras e comida processada, agora importamos dos americanos esse péssimo hábito. 

Não é segredo que essa escola possui um mestre global, de quem figuras como Eduardo Bolsonaro são próximas. Steve Bannon paira sobre políticos, marqueteiros e influencers pouco afeitos à democracia. A onda fake sobre o Pix é Bannon puro, com pitadas de Duda Lima, aquele que foi socado por um assessor de Pablo Marçal na campanha para prefeito de São Paulo (ele trabalhava para Ricardo Nunes). 

No caso brasileiro, o método Bannon ancora-se em órgãos de imprensa de direita, que respaldam teses descoladas da realidade, redes sociais e crenças arraigadas na própria família brasileira. Importante salientar que não se trata de um simples movimento conservador, mas anticivilizatório.

Há tempos circulam boatos de que Steve Bannon quer aportar no Brasil. De certa forma, já aportou. O sujeito e seus métodos comprometem a imagem dos marqueteiros em geral, entre os quais há muita gente boa, profissionais que se recusam a comandar campanhas baseadas em fake news.

Sabe-se que Lula e Sidônio Palmeira ouvirão o prefeito de Recife, João Campos, tido como dono de estratégia de comunicação saudável e eficiente. Pode ser, mas seguir modelos de marketing propositivos e honestos não vencerá as campanhas destrutivas da extrema-direita. Não se deve jogar o mesmo jogo sujo dessa turma, mas sim buscar punição exemplar para os criminosos da comunicação. Nunca foi tão urgente a criação de uma lei específica contra as fake news.

 

Fonte: Brasil 247

 

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