A reação de
palestinos ao acordo de cessar-fogo em Gaza
"Esperamos por
isso há muito tempo", diz Sanabel, de 17 anos. "Finalmente, vou
colocar minha cabeça no travesseiro sem me preocupar." Ela é uma entre
milhões de palestinos em Gaza que
celebram o acordo de
cessar-fogo que
os Estados Unidos e os
mediadores do Catar dizem ter
sido acertado entre Israel e Hamas na
quarta-feira (15/1), após 15 meses de guerra.
Parte da primeira fase do
acordo,
que entra em vigor em 19 de janeiro, verá as forças israelenses se retirarem
das áreas povoadas de Gaza, o que permitirá o retorno dos palestinos deslocados
às suas casas. Centenas de caminhões de ajuda também serão autorizados a entrar
no território todos os dias.
Os moradores de
Gaza celebraram com alegria e alívio, mas também mostraram tristeza e
preocupação enquanto lamentam a morte de entes queridos e começam a reconstruir
o território após mais de um ano de devastação. Os termos ainda precisam ser
aprovado pelo governo de Israel antes de entrarem em vigor. Uma votação era
esperada na manhã desta quinta-feira (16/1), mas foi adiada, com o gabinete do
primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusando o Hamas de renegar o acordo.
Também nesta
quinta, a agência de Defesa Civil de Gaza afirmou que dezenas de palestinos foram
mortos em ataques israelenses antes dos termos entrarem em vigor. Segundo o
órgão controlado pelo Hamas, ao menos 73 pessoas teriam morrido em Gaza desde o
anúncio do cessar-fogo, a maioria mulheres e crianças.
Em entrevista ao
Serviço Mundial da BBC após a divulgação do cessar-fogo, mas antes das notícias
sobre os ataques mais recentes, Sanabel, que está na Cidade de Gaza, disse:
"Finalmente! Conseguimos o que queríamos! Todos nós estamos felizes
agora!" Ela disse que sua família planejava voltar para casa ainda
"no meio da noite" no carro recém-consertado de seu pai.
Tanto o Catar
quanto os EUA confirmaram o acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns após
as negociações progredirem nas últimas semanas, o que gerou comemorações tanto
em Gaza quanto das famílias dos reféns israelenses. Um representante do Hamas
disse anteriormente que havia aprovado o rascunho do acordo elaborado pelos
mediadores. O gabinete do primeiro-ministro israelense declarou que havia
"várias cláusulas não resolvidas", mas esperava que os detalhes
pudessem ser finalizados em breve.
O acordo entrará em
vigor no domingo (19/1), desde que seja aprovado pelo gabinete israelense. "Eu
me sinto ótima, nunca estive tão feliz", afirmou Dima Shurrab, de 19 anos,
à BBC em uma mensagem de WhatsApp. "Não consigo acreditar no que está
acontecendo ao meu redor agora. Estou sonhando?", questionou ela. "Aqui
em Gaza, estamos felizes, mas temos medo. O medo desaparecerá quando o acordo
entrar em vigor." Há apenas dois meses, Shurrab encerrou uma entrevista
com a frase: "Reze para que continuemos vivos."
A família de
Shurrab vive atualmente em uma casa parcialmente destruída após precisar fugir
diversas vezes. Eles sobreviveram com pão, nozes, ervilhas, feijões e alguns
vegetais muito caros. Ela andou até dois quilômetros para pegar água e acendeu
fogueiras porque não tinha gás de cozinha.
Shurrab ganhou uma
bolsa para estudar Medicina na Argélia, mas a guerra começou dois dias depois
que ela enviou o passaporte para obter um visto. Ela não tinha condições de
pagar cerca de US$ 5 mil (R$ 30 mil) a um intermediário para sair por Rafah — a
única opção até maio, quando a travessia foi fechada completamente. "Senti
que meu futuro e meus sonhos foram bloqueados", disse ela. Agora, porém,
um cessar-fogo renova as ambições de estudar para se tornar uma médica no
futuro.
A primeira fase do
acordo, com duração de seis semanas, também verá 33 dos quase 100 reféns
mantidos pelo Hamas trocados por detentos palestinos que estão em prisões
israelenses. As negociações para a segunda fase começariam no 16º dia do
cessar-fogo. Essa nova etapa deve ser marcada pela libertação dos demais
reféns, uma retirada total das tropas israelenses de Gaza e uma "paz
sustentável".
O terceiro e último
estágio envolverá a reconstrução de Gaza, o que poderia levar anos, e o retorno
dos corpos de quaisquer reféns restantes.
·
'Oscilação
entre alegria e tristeza'
Farida, uma
professora deslocada do norte de Gaza, disse que não vê a mãe, o pai e os
irmãos há mais de um ano. Em entrevista direto de Deir al-Balah, que fica no
centro de Gaza, ela disse à BBC: "Atualmente, vivenciamos um estado de
antecipação, medo e ansiedade. Também passamos por sentimentos de
impaciência... Tentamos respirar a liberdade que nos foi negada. Não importa o
quanto eu fale, não serei capaz de descrever os sentimentos mistos que me
dominam e a felicidade que sinto agora por retornar ao norte."
Reem, uma mãe que
também foi deslocada do norte, onde perdeu a casa, afirmou: "Graças a
Deus, finalmente vivemos este momento que nunca esperávamos."
"Meu
sentimento agora oscila entre alegria e tristeza." Já Hashim Adel Abu
Eiala disse à BBC que vivenciava "o melhor sentimento do mundo. Esperamos
há mais de um ano e três meses em meio ao sofrimento, morte, destruição,
matança e fome. Temos sido pacientes e demonstramos firmeza como nenhum outro
povo no mundo ou na região árabe." Ele vive em uma tenda há 15 meses e vai
"ajoelhar-se, para agradecer a Deus" quando retornar para casa. "Desejamos
que essa alegria termine bem", acrescentou Abu Eiala.
O exército
israelense lançou uma campanha contra o Hamas em resposta ao ataque sem
precedentes do grupo no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, no qual cerca de
1.200 pessoas foram mortas e outras 251 acabaram reféns. Mais de 46.700 pessoas
foram mortas em Gaza desde então, de acordo com o Ministério da Saúde do
território administrado pelo Hamas. A maior parte da população de Gaza,
estimada em 2,3 milhões de pessoas, também foi deslocada. Há destruição
generalizada no local, com uma escassez severa de alimentos, combustível,
remédios e abrigo.
¨
Entenda a origem do
conflito e por que já dura décadas
Israel e Hamas
fecharam um acordo de cessar-fogo e para a libertação de reféns em poder do
grupo palestino, anunciaram os negociadores do Catar. O entendimento visa
paralisar a guerra em Gaza que já dura 15 meses e faz parte do longo conflito
entre Israel e o povo palestino, que é uma das
disputas mais longas e violentas do mundo. Suas origens remontam há mais de um
século.
Houve uma série de
guerras entre Israel e nações árabes. Revoltas - chamadas intifadas - contra a
ocupação israelense, e represálias e
ataques por
Israel também ocorreram.As consequências da disputa histórica sobre questões
como terra, fronteiras e direitos continuam sendo sentidas. Entenda:
<><> O
que havia no território onde hoje está Israel antes de 1948 e como o país foi
criado?
O Reino Unido
assumiu o controle da área conhecida como Palestina na Primeira Guerra Mundial,
após a derrota do Império Otomano, que havia governado aquela parte do Oriente
Médio. Uma maioria árabe e uma minoria judeus viviam na região, assim como
outros grupos étnicos. As tensões entre as populações judaica e árabe se
aprofundaram quando o Reino Unido concordou em princípio com o estabelecimento
de uma "nação" na Palestina para o povo judeu, apesar de dizerem que
os direitos dos árabes palestinos que já viviam lá tinham que ser protegidos.
Os judeus tinham
laços históricos com a terra, mas os árabes palestinos também tinham uma
reivindicação que remontava há séculos e se opunham à mudança. Entre as décadas
de 1920 e 1940, o número de judeus chegando cresceu, com muitos fugindo da
perseguição na Europa. O genocídio de seis milhões de judeus durante o Holocausto deu urgência
adicional às demandas por um refúgio seguro. A população judaica chegou a 630
mil, pouco mais de 30% da população, em 1947.
Em 1947, em um cenário
de crescente violência entre judeus e árabes - e contra o domínio britânico - a
Organização das Nações Unidas (ONU) votou para que a Palestina fosse dividida
em estados judeus e árabes separados. Jerusalém se tornaria uma cidade
internacional. Nenhuma nação árabe apoiou isso. Eles argumentaram que o plano
daria aos judeus mais terras, embora sua população fosse menor. O Reino Unido
se absteve. O país decidiu se retirar e entregar o problema à ONU em 14 de maio
de 1948. Os líderes judeus na Palestina declararam um estado independente
conhecido como Israel horas antes do fim do domínio britânico. Israel foi
reconhecido pela ONU no ano seguinte.
<><> O
que foi a primeira guerra árabe-israelense de 1948?
No dia seguinte à
declaração de independência de Israel, o país foi atacado e cercado pelos
exércitos de cinco nações árabes. O conflito ficou conhecido em Israel como sua
guerra de independência. Quando a luta terminou com um armistício em 1949,
Israel controlava a maior parte do território.
Os acordos deixaram
o Egito ocupando a Faixa de Gaza, a Jordânia ocupando a Cisjordânia e Jerusalém
Oriental, e Israel ocupando Jerusalém Ocidental. Cerca de 750 mil palestinos
fugiram ou foram forçados a deixar suas casas em terras que se tornaram Israel,
formando um grupo enorme de refugiados. O evento é conhecido em árabe como
Nakba (Catástrofe). Nos anos que se seguiram, centenas de milhares de judeus
deixaram ou foram expulsos de países de maioria muçulmana no Oriente Médio e
Norte da África, muitos deles indo para Israel.
<><> O
que foi a guerra dos seis dias de 1967?
O conflito que
ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias mudou as fronteiras no Oriente Médio
e teve grandes consequências para os palestinos. A guerra foi uma luta de
Israel contra o Egito, a Síria e a Jordânia. Começou quando Israel lançou um
ataque à força aérea egípcia após uma escala de tensões.
Quando a luta
terminou, Israel havia capturado e ocupado a Península do Sinai e Gaza do
Egito; a maior parte das Colinas de Golã da Síria; e Jerusalém Oriental e a
Cisjordânia da Jordânia. Cerca de um milhão de palestinos na Cisjordânia, Gaza
e Jerusalém Oriental ficaram sob o controle de Israel. A ocupação israelense
dessas áreas continua até hoje.
Israel assinou um
tratado de paz com o Egito em 1979 e devolveu o Sinai. Anexou Jerusalém
Oriental e as Colinas de Golã, tornando-as parte de Israel, embora isso não
tenha sido reconhecido pela maioria da comunidade internacional.
<><> Qual
a situação na Cisjordânia hoje?
A Cisjordânia -
terra entre Israel e o Rio Jordão - é o lar de cerca de três milhões de
palestinos. Junto com Jerusalém Oriental e Gaza, faz parte do que é amplamente
conhecido como territórios palestinos ocupados. Além da ocupação militar,
assentamentos ilegais israelenses foram tomando cada vez mais terras dos
palestinos.
Os palestinos
sempre se opuseram à presença de Israel nessas áreas e querem que elas façam
parte de um Estado independente, algo apoiado pela vasta maioria da comunidade
internacional.
Israel ainda tem o
controle geral da Cisjordânia, mas desde a década de 1990, um governo palestino
- conhecido como Autoridade Palestina - administra a maioria de suas cidades. Existem
cerca de 150 assentamentos israelenses, abrigando cerca de 700 mil judeus, na
Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Os palestinos querem que todos os
assentamentos israelenses, ilegais pela lei internacional, sejam removidos.
No entanto, o
governo de Israel contesta. Ele diz que os maiores assentamentos são
permanentes e estão "enraizados em seus direitos históricos."
O atual governo
israelense não reconhece o direito dos palestinos de ter seu próprio Estado e
argumenta que a Cisjordânia é parte da pátria israelense. O governo israelense
anunciou planos para expandir os assentamentos após chegar ao poder em 2022.
Ele diz que a criação de um estado palestino seria uma ameaça à segurança
israelense. Em julho de 2024, o tribunal superior da ONU, o Tribunal
Internacional de Justiça (CIJ), disse que a presença contínua de Israel nos
territórios palestinos ocupados é ilegal. A Corte disse que Israel deveria
retirar todos os colonos e que estava violando acordos internacionais sobre
racismo e apartheid.
<><> Qual
a disputa sobre Jerusalém?
Tanto Israel e
quanto os palestinos reivindicam Jerusalém como sua capital.
Israel, que já controlava
Jerusalém Ocidental, ocupou Jerusalém Oriental na guerra de 1967 e mais tarde
declarou a cidade inteira como sua capital permanente. O país diz que Jerusalém
não pode ser dividida. Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a
capital de um futuro Estado palestino. A maioria da população de Jerusalém
Oriental é palestina, apenas uma pequena minoria escolheram se tornar cidadãos
israelenses.
Locais considerados
sagrados por diferentes religiões em Jerusalém estão no centro do conflito
palestino-israelense. O local mais sagrado - conhecido pelos muçulmanos como
complexo da Mesquita de Al Aqsa, ou Haram al-Sharif (Santuário Nobre), e pelos
judeus como Monte do Templo - fica em Jerusalém Oriental. A ONU e a maioria dos
países consideram Jerusalém Oriental como território palestino ocupada por
Israel.
<><> O
que aconteceu na faixa de Gaza?
A Faixa de Gaza é
um território palestino cercado por Israel, pelo Egito e pelo Mar Mediterrâneo.
Tem 41 km de comprimento e 10 km de largura. Com cerca de 2,3 milhões de
pessoas, é um dos lugares mais densamente povoados da Terra. Mesmo antes da
guerra atual entre Israel e Hamas, Gaza tinha uma das maiores taxas de
desemprego do mundo. Muitas pessoas viviam abaixo da linha da pobreza e
dependiam de ajuda alimentar para sobreviver.
Os limites de Gaza
foram traçados como resultado da guerra do Oriente Médio de 1948, quando a
faixa foi ocupada pelo Egito. O Egito foi expulso de Gaza na guerra de 1967 e a
faixa foi ocupada por Israel, que construiu assentamentos e colocou a população
palestina de Gaza sob o domínio de um regime militar.
Em 2005, Israel
retirou unilateralmente suas tropas e colonos de Gaza, embora tenha mantido o
controle de sua fronteira compartilhada, espaço aéreo e litoral, dando-lhe
controle, na prática, do movimento de pessoas e bens. A ONU ainda considera
Gaza como território ocupado por Israel devido ao nível de controle que Israel
tem.
O Hamas venceu as
eleições palestinas em 2006 e expulsou seus rivais do território após intensos
combates no ano seguinte. Israel e Egito impuseram um bloqueio em resposta, com
Israel controlando a maior parte da entrada de pessoas e bens no território. Nos
anos que se seguiram, o Hamas e Israel lutaram em vários conflitos importantes
- incluindo em 2008, 2012 e 2014.
O último grande
conflito entre os dois lados foi em maio de 2021, que terminou em um
cessar-fogo após 11 dias. Cada rodada de combates viu pessoas mortas em ambos
os lados, com a grande maioria delas sendo palestinos em Gaza. Em 7 de outubro
de 2023, os combatentes do Hamas lançaram um ataque de Gaza, matando cerca de
1.200 pessoas em Israel e fazendo mais de 250 reféns. Isso desencadeou uma
ofensiva militar israelense massiva em Gaza. Mais de 46 mil pessoas foram
mortas, a maioria delas mulheres e crianças, de acordo com o ministério da
saúde administrado pelo Hamas. Pouco antes do conflito completar um ano,
agências humanitárias da ONU assinaram uma declaração exigindo o fim do
"terrível sofrimento humano e catástrofe humanitária em Gaza".
·
Quais
países reconhecem o Estado palestino?
Em maio de 2024,
143 dos 193 membros da Assembleia Geral das Nações Unidas votaram a favor de
uma candidatura palestina para a filiação plena à ONU, algo que está aberto
apenas a Estados. Conhecido como Estado da Palestina na ONU, o país tem um
status oficial de "Estado Observador Permanente", o que lhe dá um
assento, mas não um voto.
Alguns países
europeus, juntamente com os EUA, não reconhecem um estado palestino e dizem que
só o farão como parte de uma solução política de longo prazo para o conflito no
Oriente Médio. No Reino Unido, os parlamentares votaram a favor do
reconhecimento em 2014, mas o governo se recusou a reconhecer o país. "O
Reino Unido reconhecerá um estado palestino no momento de nossa escolha e
quando melhor servir ao objetivo da paz", disse o governo em 2021, na
época dominado pelo partido conservador.
O atual governo de
Israel alega que tem um "direito histórico" à Cisjordânia e se opõe a
um estado palestino independente, dizendo que isso representaria uma
"ameaça inaceitável". Embora não tenha uma embaixada oficial nos
territórios palestinos, o Brasil reconhece o Estado Palestino desde 2010 com as
fronteiras anteriores à guerra de 1967. O país tem um escritório de
representação em Ramalá, na Cisjordânia. O Brasil patrocinou e votou a favor da
moção para o reconhecimento do Estado Palestino na ONU em maio de 2024.
·
E
quanto aos refugiados palestinos?
Há cerca de 5,9
milhões de palestinos registrados pela ONU como refugiados. Há descendentes dos
palestinos que fugiram ou foram forçados a deixar suas casas em terras que se
tornaram Israel na guerra de 1948 e refugiados sobreviventes de guerras
subsequentes. A maioria vive na Jordânia, na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, na
Síria e no Líbano. Os palestinos insistem no direito dos refugiados de
retornar, mas Israel se recusa a permitir isso. O país critica a agência de
refugiados palestinos da ONU, a Unrwa, por permitir que o status de refugiado
seja herdado por gerações sucessivas.
·
O
que é a solução de dois Estados?
A "solução de
dois estados" é um caminho apoiado internacionalmente como solução para a
paz entre Israel e os palestinos. Ela propõe um Estado palestino independente
na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental como sua capital.
Israel continuaria existindo e poderia manter sua capital em Jerusalém
Ocidental. Israel rejeita uma solução de dois estados. O país diz que qualquer
acordo final deve ser o resultado de negociações com os palestinos, e a criação
de um Estado não deve ser uma pré-condição.
A Autoridade
Palestina apoia uma solução de dois estados, mas o Hamas não - o grupo se opõe
à existência de Israel. O Hamas diz que poderia aceitar um estado palestino
provisório com base nas fronteiras de 1967, sem reconhecer oficialmente Israel,
se os refugiados tivessem o direito de retornar. Os esforços anteriores para
resolver o conflito quase tiveram sucesso quando Israel e os líderes palestinos
assinarem um acordo chamado Acordos de Paz de Oslo, em 1993, com intermediação
dos EUA. A intenção de fornecer uma estrutura para negociações de paz. No
entanto, as negociações acabaram fracassando e nunca mais voltaram ao mesmo
patamar após o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin ser assassinado por
radicais de direita israelenses em 1995.
Fonte: BBC News
Mundo
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