segunda-feira, 7 de julho de 2025

Ressaca do 2 de Julho: O protesto fake dos sindicatos pelegos baiano e a cara amarrada de Jerônimo

Sindicatos aliados do PT no estado faziam protestos contra a prefeitura no 2 de Julho, mas se calaram ao lado do governador Jerônimo, que, quando o assunto é valorização do servidor público, não tem moral para posar de exemplo.

O governador ainda não enviou nenhuma proposta de reajuste para os trabalhadores estaduais, nem mesmo aquele mínimo de 4% para repor a inflação, como nos anos anteriores. E por outro lado convive com um Planserv - que é o principal plano de assistência médica dos servidores - em estado crítico, com um financiamento deficitário, depois que o próprio governo desidratou a contribuição que fazia para manter o plano de pé.

¬¬¬ Preferência junina

Em outra ponta, o gasto parcial do governador neste São João já chegou a R$ 180 milhões - montante que praticamente equivale ao necessário para fazer o Planserv parar de agonizar. A fatura não inclui os contratos ainda não pagos, que devem inflar a conta. Pelo visto, a prioridade de Jerônimo está bem definida, e não é com o servidor público.

<><> Fora Jerônimo. Tchau PT

Mesmo contando com o apoio dos sindicatos, que ao longo destes 19 anos do PT no poder na Bahia, sempre tiveram os seus dirigentes como fiéis aliados e que tudo fazem e agem diariamente para desmobilizar qualquer ação de insatisfação dos servidores públicos contra o atual estágio de desmando em que se encontram, sem incentivo funcional e desmotivados em razão de 11 anos de arrocho salarial, sem qualquer reajuste que sequer cubram os índices inflacionários ( 0% nos 8 anos do indigitado Rui Costa e 4+4% nos 3 anos do pau mandado Jerônimo), cujas perdas salariais já ultrapassam a 70% no período de Rui(m) e Jerônimo, porém, diante da situação reinante dentro da categoria dos servidores já se observa o clima de FORA JERÔNIMO! RUI NUNCA MAIS E TCHAU PT!, seguindo a tendência das pesquisas eleitorais, onde o índice de rejeição ao atual governo só faz crescer.

Apenas para relembrar. Este nível de insatisfação também era observado no governo de Paulo Soutto, a única diferença à época era que os servidores contavam com a mobilização dos sindicatos que os representavam. Hoje representam unicamente o governo de plantão.

<><> Cara amarrada

A cara de poucos amigos do governador Jerônimo Rodrigues (PT) chamou a atenção nas celebrações do 2 de Julho. Tanto na cerimônia de hasteamento das bandeiras quanto na saída do percurso em direção ao Terreiro de Jesus, o petista ficou com feição amarrada, talvez pelas sonoras vaias com as quais foi recebido na chegada à Lapinha - e que continuaram ao longo do cortejo. Inclusive, quem estava do lado dele durante a cerimônia ficou com a nítida impressão de que o governador Jerônimo Rodrigues não sabe a letra do Hino Nacional, uma vez que se perdeu do início ao fim.

<><> Advogado das vaias

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), decidiu sair em defesa do governador Jerônimo Rodrigues em função das vaias recebidas durante o 2 de Julho. Segundo Rui, "se só quiser ser aplaudido é melhor escolher outra carreira". O problema, ministro, é que Jerônimo tem ouvido muitas vaias recentemente, vide os diversos eventos que participou pelo interior do estado durante os festejos juninos, como em Mucugê, Livramento de Nossa Senhora, Jequié, e Itabuna.

<><> Meme ambulante

O podcast do governador Jerônimo Rodrigues, chamado de PodJero, se tornou um verdadeiro fracasso de audiência, mas é, por outro lado, um sucesso de memes. Ele chegou a ser aconselhado a não iniciar o projeto, no entanto, insistiu e tem colhido frutos indigestos do produto midiático. O programa tem rendido diversos cortes nas redes sociais, como a gafe recente do governador em relação ao Parque São Cristóvão.

<><> Birra petista

Ainda sobre o 2 de Julho, o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder de Jerônimo na Assembleia Legislativa (Alba), protagonizou cenas lamentáveis durante a festa. Barrado pela segurança do próprio governo no cercadinho das autoridades que participavam da cerimônia de hasteamento das bandeiras, o parlamentar fez o maior escândalo e chegou a dizer que, se ele não tivesse acesso, ninguém mais iria entrar. A cena chamou a atenção e causou constrangimento até mesmo entre a cúpula governista.

<><> Estelionato cívico

Petistas e radicais de esquerda do Brasil inteiro passaram a usar imagens do cortejo cívico do 2 de Julho para simular que a multidão presente nas ruas do Centro Histórico de Salvador foi um episódio espontâneo de consagração popular ao presidente Lula, que vive seus piores momentos de desaprovação. Mas quem foi à festa, ou ao menos viu o noticiário, sabe bem que o cortejo arrasta milhares de baianos e turistas, com ou sem a presença de Lula - que por sinal ouviu muitos gritos de protestos e gestos de baianos contrariados com seu terceiro governo. Usar a celebração cívica para vender adesão a Lula foi um estelionato de rede social digno de nota.

<><> Vale Tudo

Não é de hoje que a imprensa aponta a guerra fria que está em curso entre deputados e secretários do governo Jerônimo, todos de olho em 2026. Agora, quem entrou na mira foi a secretária de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira (PSD), alvo de críticas diretas de lideranças do Subúrbio de Salvador, onde o governo planeja construir o VLT. A sigla do modal ganhou o apelido adaptado de “Vale Tudo” diante da conduta da secretária de tentar obter apoios eleitorais em meio ao andamento da obra. Antes, deputados já haviam reclamado de condicionantes políticas impostas por Jusmari, que parece pavimentar estradas não só com asfalto, mas também com interesses eleitorais.

<><> Desconfiança

A passagem de Lula pela Bahia, por sinal, deixou um rastro de prejuízo com declarações desastrosas, especialmente no campo da segurança pública, o que causou constrangimento na cúpula do governo de Jerônimo. Durante uma entrevista, o presidente chegou a dizer que o crime organizado cresce porque, em alguns estados, parte da polícia é conivente e ainda afirmou que, pela Constituição, a segurança é de responsabilidade dos Estado, claramente jogando a batata no colo de Jerônimo. O governador, por sua vez, frequentemente costuma dizer que a violência é um problema nacional, transferindo a responsabilidade para Lula. Não custa lembrar que a Bahia é o estado mais violento do Brasil e tem a maior concentração de facções do país. Lula não só fugiu do problema como também colocou desconfiança sobre o trabalho da polícia baiana.

¬¬¬ Meme de luxo

A passagem do presidente Lula (PT) rendeu muitos memes. Nas redes sociais, o presidente, que outrora gozava de elevadíssima popularidade em terras baianas, viu sua campanha pela "taxação dos super ricos" virar piada. Em uma das publicações, usuários lembram que o próprio Lula foi ao STF contra uma cobrança de R$ 18 milhões em impostos que ele devia. Recordam, ainda, das viagens do presidente ao exterior, sempre com uma imensa comitiva, e da recente viagem da primeira-dama Janja em um avião da FAB para ir a uma consulta em São Paulo.

¨      Deputado acusa militância de Jerônimo de agressões no 2 de Julho

O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) atribuiu a militantes ligados ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT) a responsabilidade pela confusão registrada durante o cortejo cívico do 2 de Julho, em Salvador. A situação envolveu apoiadores do parlamentar e resultou em empurrões e trocas de acusações ao longo do trajeto. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento da confusão.

“É muita gente, aquele empurra-empurra normal, que às vezes é até pior do que na caminhada do Bonfim. Mas o que vimos foi uma ação coordenada de militantes do governo, que foram preparados para a agressão”, declarou Alan Sanches, ao Bahia.ba.

O deputado afirmou que até banners foram usados como instrumento de ataque pelos envolvidos. “Eles se travestem de servidores, mas são agressores. Não estão ali para lutar por pauta sindical, estão para agredir moral e fisicamente”, acusou.

Aliado do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), Alan Sanches ressaltou a importância da liberdade de expressão, mas criticou o comportamento dos manifestantes e apontou a necessidade de respeito durante as manifestações políticas.

“Eu acho que a gente tem que ter a liberdade de expressão, cada um vai defender o que acredita, o projeto que acredita, mas você tem uma linha que não deve ultrapassar. É a linha da civilidade. Não precisa agredir as pessoas", disse.

"E aí, em um momento desses em que você empurra, agride, fala uma palavra mais agressiva, o pessoal, se estiver com sangue quente, pode reagir. Eu não concordo com nenhum tipo de agressão. Sou a favor sempre da discussão, do diálogo, mas achei que esses militantes que se travestem de sindicalizados foram ali com o objetivo de agredir o nosso grupo político, seja verbalmente, seja fisicamente”, emendou.

Segundo Alan Sanches, "nunca se viu tanta agressividade por parte da militância do governo". "Parece que já percebem que vão perder a disputa ao governo do Estado, e que também não vão conseguir reeleger o presidente Lula”, cutucou.

¨      Velório particular e refeições especiais: veja regalias dadas por ex-diretora em presídio de Eunápolis

As irregularidades na administração de Joneuma Silva Neres, ex-diretora presa por facilitar fuga no Conjunto Penal de Eunápolis, não se limitam ao envolvimento amoroso com um líder de facção que estava preso na unidade. No local, de acordo com informações de detentos ouvidos na investigação movida contra ela, havia regalias que iam de refeições especiais e até velório particular para um dos custodiados no presídio.

Segundo a TV Bahia, que teve acesso à denúncia contra Joneuma, alguns detentos tiveram refeições especiais, como moquecas de camarão e lasanhas, além de uma comemoração do Dia da Consciência Negra, que incluiu a distribuição de acarajés e uma roda de capoeira. Além disso, um dos presos chegou a velar o corpo da avó dentro da própria unidade, em uma cerimônia particular.

As regalias são detalhadas em denúncia apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) à Justiça em março deste ano. Os fatos ocorreram durante a gestão de Joneuma, que foi presa em janeiro, suspeita de facilitar a fuga de 16 presos em dezembro de 2024. Além das refeições e do velório, havia mais concessões feitas pela diretora.

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Um dos detentos detalhou ainda que a fuga teve um plano com participação de Joneuma. A ex-diretora do Conjunto Penal, o ex-coordenador de segurança Wellington Oliveira Sousa e o suspeito de liderar uma facção criminosa na cidade, Ednaldo Pereira de Souza, conhecido como Dadá, são apontados pelo MP-BA como responsáveis por planejar a fuga.

A operação tinha o intuito de libertar Dadá e outros 15 presos. Em janeiro, um dos detentos que fugiu acabou morrendo em confronto com a polícia na cidade. Nenhum outro foi alcançado.

<><> Regalias oferecidas por Joneuma:

Acesso irrestrito a freezers, autorizados por Dada, um preso foragido apontado como amante de Joneuma;

Refeições especiais, como moquecas de camarão, lasanhas e chesters;

Uso de equipamentos de som e caixas de som;

Visitas íntimas dentro dos pavilhões.

¨      Mesmo com péssima gestão e avaliação, Colbert assume função em Salvador

Mesmo com péssima gestão e avaliação negativa durante seu mandato, o ex-prefeito de Feira de SantanaColbert Martins Filho, foi nomeado para o cargo de assessor especial da Secretaria de Governo de Salvador (Segov). A admissão foi publicada na edição desta sexta-feira, 4, do Diário Oficial do Município (DOM).

Colbert, que é professor assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), foi cedido pelo governo do Estado para a gestão municipal até dezembro de 2026.

Colbert foi prefeito de Feira entre 2018 e 2024, chegando ao cargo pela primeira vez com a renúncia de José Ronaldo (ex-.DEM).

<><> Pretensões políticas

Colbert Martins, que já foi deputado federal, tem articulado nos bastidores, segundo apuração do Portal A TARDE, uma nova candidatura à Câmara Federal nas eleições de 2026. Emedebista histórico, o político deixou recentemente os quadros do partido, após divergências políticas.

<><> Histórico negativo

Colbert Martins, que permaneceu na prefeitura de Feira de Santana entre 2018 e 2024, teve um histórico de escândalos, denúncias e polêmicas. Além disso, o município acumulou dívidas milionárias.

Somente na Previdência Social, conforme denúncia feita pelo Portal A TARDE, Colbert deixou um débito de mais de R$ 83 milhões.

Durante a campanha eleitoral de 2024, o atual prefeito, José Ronaldo (União Brasil), chegou a ser aconselhado a se distanciar do aliado, que foi alçado ao Executivo por suas mãos, para evitar herdar a impopularidade e as críticas à sua gestão.

 

Fonte: Correio/Tribuna da Bahia/A Tarde

 

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