quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Cresce entre jovens índice de ansiedade no Brasil

De acordo com análise da Folha de S.Paulo a partir de dados da Raps (Rede de Atenção Psicossocial) do SUS de 2013 a 2023,  pela primeira vez no Brasil, os números de casos entre pessoas com 10 a 19 anos superaram os dos adultos. Enquanto a incidência de transtornos de ansiedade entre pessoas com mais de 20 anos está 112,5 a cada 100 mil habitantes, este número salta para 125,8 entre jovens de dez a 14 anos e alcança 157 entre adolescentes. Essa mudança coloca os jovens na dianteira de uma crise de saúde mental que escalou de forma alarmante, superando os adultos em 2022.

A psicóloga Laryssa Galvão ressalta que o quadro é responsável por afetar, não apenas o bem-estar emocional dos jovens, mas também seu desempenho acadêmico e suas relações pessoais. Por conta deste quadro, a especialista aponta que entender as causas e os impactos desse fenômeno é crucial para oferecer o suporte necessário e promover um desenvolvimento saudável durante a adolescência.

"Embora a maioria dos adolescentes desfrute de boa saúde mental, diversas transformações físicas, emocionais e sociais, como exposição à pobreza, abuso ou violência, podem aumentar a vulnerabilidade deles a problemas de saúde mental. Por isso, é essencial promover o equilíbrio psicológico e protegê-los de experiências adversas e fatores de risco que possam prejudicar sua capacidade de se desenvolver plenamente", alerta.

Os adolescentes podem experimentar uma variedade de sintomas ao lidar com a ansiedade, como dificuldades para adormecer ou insônia, sentimentos frequentes de inquietação ou nervosismo, dores de cabeça, dificuldade de concentração, desconfortos abdominais ou sensação de náusea.

"Além disso, você pode se sentir irritável, suar excessivamente, ter batimentos cardíacos acelerados, formigamento nas mãos ou sensação de tontura. Outro sintoma comum é a dificuldade em controlar preocupações persistentes ou pensamentos intrusivos, além de evitar situações cotidianas por causarem ansiedade. Esses sinais indicam a importância de buscar apoio para gerenciar a ansiedade e promover o bem-estar mental", pontua a psicóloga.

De acordo com o último grande mapeamento global de transtornos mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde, o Brasil possui a população com a maior prevalência de transtornos de ansiedade do mundo. Aproximadamente 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica. Em seguida, aparece o Paraguai (7,6%), Noruega (7,4%), Nova Zelândia (7,3%) e Austrália (7%).

A especialista esclarece que a ansiedade frequentemente surge de uma combinação entre fatores genéticos (histórico familiar) e ambientais (eventos de vida). "Os transtornos de ansiedade são comuns e afetam muitas pessoas. A melhor atitude que você pode tomar é compartilhar seus sentimentos com alguém de confiança. Conversar com pais ou responsáveis, professores, amigos ou outro adulto próximo, além de consultar um médico. Eles podem oferecer suporte e ajudá-lo a encontrar estratégias para lidar com isso", observa.

Já sobre o tratamento, Laryssa explica que deve existir a oferta de serviços por equipes supervisionadas e treinadas para lidar com as necessidades específicas dos adolescentes, enquanto a prescrição de medicamentos psicotrópicos deve ser cuidadosa e reservada apenas para casos de saúde mental moderada a grave.

"Quando as intervenções psicossociais se mostrarem ineficazes e forem clinicamente recomendadas, sempre com consentimento informado. O tratamento deve ser supervisionado por especialistas e acompanhado de perto para mitigar potenciais efeitos adversos", alerta.

 

•        Transformação digital na saúde revoluciona a divulgação de médicos com novas estratégias de marketing

Impactando os mais diversos setores do mercado, a transformação digital está transformando a área da saúde. Com a criação de novas tecnologias e o aumento do uso da internet, médicos e clínicas passaram a adotar novas estratégias para se conectar com pacientes e promover seus serviços.

Consultas online, telemedicina e agendamentos digitais tornaram-se comuns, criando uma demanda por maior presença online por parte dos profissionais de saúde. A adaptação a essas mudanças não é apenas uma questão de conveniência, mas uma necessidade para manter a competitividade e atrair novos pacientes.

Segundo um levantamento do New York Times, em 2022, os gastos em publicidade de saúde nos EUA foram de US$22,4 bilhões. Espera-se que esse valor aumente para US$29,2 bilhões até 2028.

De acordo com Eduardo Rodriguez, CEO da M.SEO Marketing, agência com foco na área da saúde, o marketing digital oferece uma variedade de ferramentas e estratégias que podem ajudar médicos a se destacarem no mercado. “A criação de sites otimizados para motores de busca como Google, a produção de páginas informativas para o público em geral, blogs educativos e o uso de mídias sociais para engajamento com pacientes são apenas algumas das inúmeras possibilidades. Essas estratégias aumentam a visibilidade, além de estabelecer credibilidade e confiança entre os pacientes”, revela.

<><> A nova fronteira da divulgação

O especialista em marketing e comunicação acredita que as redes sociais têm um papel crucial na divulgação de médicos e clínicas. “Plataformas como Instagram, Facebook e LinkedIn permitem que os profissionais de saúde compartilhem informações, publiquem depoimentos de pacientes e interajam diretamente com o público. Postagens regulares, vídeos educativos e lives atraem seguidores e transformam visitantes em pacientes”, afirma.

O SEO (search engine optimization) é uma estratégia fundamental para que médicos sejam encontrados facilmente em buscas online. “Produzir conteúdo de qualidade, como artigos para blogs e vídeos informativos, além de implementações de tecnologia e códigos específicos aplicados estrategicamente ao site, ajudam a melhorar o seu posicionamento nos motores de busca e atrai tráfego orgânico para os sites dos profissionais de saúde. Além disso, responder a perguntas frequentes e fornecer informações úteis estabelece o médico como uma autoridade no assunto”, declara.

Para Eduardo, as avaliações online são um fator decisivo na escolha de um profissional de saúde. “Sites de avaliação e feedback de pacientes são consultados por muitos antes de agendar uma consulta. Incentivar pacientes satisfeitos a deixarem avaliações positivas pode aumentar significativamente a credibilidade e atrair novos usuários”, pontua.

<><> O futuro do marketing na medicina

Segundo o CEO, a transformação digital na saúde é uma realidade inevitável, e o marketing digital está no centro dessa mudança. “Médicos e clínicas que adotam essas estratégias se adaptam às novas demandas, encontrando novas oportunidades de crescimento e engajamento com pacientes. Implementar de vez essas ferramentas é um movimento indispensável para o sucesso no setor”, finaliza.

 

Fonte: Carmen Comunicação/Carolina Lara Comunicação

 

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