Empresa chinesa inaugura fábrica na Bahia
Maior fabricante de
aerogeradores para energia eólica do mundo, a Goldwind inaugurou, nesta
terça-feira (27), a sua primeira unidade fora da China, com a presença de
autoridades nacionais e internacionais, além de clientes e parceiros. Com a
nova unidade, a empresa chinesa projeta uma participação consistente no mercado
nacional e deve distribuir suas turbinas eólicas para todas as Américas a
partir da Bahia.
Com investimentos de
mais de R$100 milhões, incluindo a aquisição da fábrica e o desenvolvimento da
cadeia de suprimentos, a unidade, localizada em Camaçari, tem a capacidade de
produzir cerca de 150 turbinas por ano, com potencial para dobrar este número
em dois a três anos, sempre seguindo padrões de qualidade internacional. Além
disso, criará mais de 100 empregos diretos e, aproximadamente, 5.000 empregos
indiretos em toda a cadeia de fornecimento no Brasil, impactando o
desenvolvimento econômico e social na região.
Para o CEO da Goldwind
no Brasil, Liang Xuan, o país está bastante engajado no desenvolvimento verde,
com o objetivo de atingir emissões líquidas zero até 2050. “A Goldwind contou
com forte apoio do governo federal, do governo do estado da Bahia e da prefeitura
de Camaçari para trazer esta unidade fabril para o estado. Por isso, estamos
certos de que seremos um parceiro estratégico e player relevante no mercado
brasileiro de fornecimento de turbinas eólicas, auxiliando na transição
energética do país”, destaca Liang.
A fábrica brasileira
começará a montar turbinas eólicas a partir de setembro de 2024. Será uma
família da plataforma GWH 182, que vai de 5.3 MW a 7.5 MW.
CRIAÇÃO DE UM CLUSTER
INDUSTRIAL DE TECNOLOGIA DE PONTA
Mais que a instalação
de uma unidade fabril, a Goldwind projeta criar um hub de empresas que
completem a cadeia de produção dos componentes para as torres de energia
eólica, com padrões de sustentabilidade que confiram competitividade ao setor
de energia eólica brasileiro.
Além disso, a Goldwind
credenciou os seus equipamentos no BNDES FINAME, permitindo aos seus clientes a
possibilidade de financiar seus investimentos junto ao banco.
INAUGURAÇÃO
O início das
atividades na planta foi marcado por um evento para cerca de 150 convidados,
incluindo visita às instalações da unidade. A cerimônia contou com a presença
do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e do ministro de Minas e Energia,
Alexandre Silveira.
• Sudene aprova liberação de R$ 267
milhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para projetos de infraestrutura
A Diretoria Colegiada
da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) autorizou a
liberação de R$ 264 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste
para quatro projetos de geração de energia eólica e solar localizados nos
estados de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. O montante constitui parcelas
de financiamento contratados junto à autarquia para viabilizar a instalação dos
empreendimentos. A decisão foi anunciada na última sexta-feira (23).
Na ocasião, o
superintendente Danilo Cabral destacou o papel do fundo regional administrado
pela Sudene como instrumento estratégico para a agenda da sustentabilidade
ambiental. “O FDNE já apoiou a instalação de vários empreendimentos do setor de
energia e saneamento básico. São agendas importantes para melhorar o ambiente
de negócios na região e, principalmente, gerar mais qualidade de vida para o
povo nordestino”, afirmou o gestor.
A Elawan Eólica
Passagem S/A, empresa de divisão de energias da Elawan Energy que integra a
ORIX Corporation, receberá R$ 50,4 milhões referentes à terceira parcela da
contratação de crédito. O investimento total da empresa é de quase R$ 367
milhões, dos quais R$ 220 milhões são financiados com recursos do FDNE. A
empresa é titular de projeto instalado em Santana dos Matos, no Seridó
potiguar. O empreendimento ocupa uma área de 8,5 hectares e possui capacidade
instalada de 52 MW. Durante a implantação, o projeto gera 100 empregos diretos.
Também estão
localizados no Rio Grande do Norte outros dois projetos que terão os primeiros
aportes do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste. Ambos os empreendimentos são
de controle da EDP Renováveis do Brasil. A Central Geradora Fotovoltaica Monte
Verde Solar II S.A. - presente nos municípios de Lajes, Pedro Avelino e
Jandaíra – receberá R$ 75,4 milhões de um total de R$ 102,7 milhões. O
empreendimento está dimensionado para 41,8 MW de potência e produção anual
estimada em 116.000 MWH. A empresa investiu, no total, R$ 228,6 milhões na
instalação do empreendimento.
Em Pedro Avelino
também está localizado o empreendimento Monte Verde Solar III S.A., com 40,2 MW
de capacidade instalada e produção anual semelhante ao projeto anterior. A
liberação para este parque é um pouco maior: R$ 76,9 milhões, correspondente à
primeira parcela do financiamento total de R$ 102,7 milhões. Nesta central de
geração de energia, o orçamento total do investimento supera os R$ 228 milhões.
Outro empreendimento
que foi objeto de aprovação para o recebimento de recursos do FDNE foi o UFV
Serrita II, que integrará o complexo Solar Serrita. Instalado em Salgueiro, no
sertão central pernambucano, o empreendimento tem capacidade instalada de 30 MW.
Foram liberados R$ 64,5 milhões, correspondente à primeira parcela do crédito
de R$ 114 milhões com recursos do FDNE. O grupo Elecnor, responsável pelo
parque, informou R$ 191 milhões em investimentos totais.
Diretor-substituto de
Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, o economista
Wandemberg Almeida destacou que os projetos avaliados mostram a confiança do
mercado no papel do FDNE, consolidando-o como vetor de atração de
empreendimentos para o Nordeste. “Isso colabora para que tenhamos uma região
mais atrativa para novos investimentos, gerando sustentabilidade e bons
resultados para a população”, comentou.
¨
Superintendente
defende integração de ações para fortalecer competitividade econômica dos
estados nordestinos
É preciso construir
uma política de integração para consolidar os estados do Nordeste como
protagonistas do novo processo de industrialização em curso no país. A
estratégia foi defendida pelo superintendente Danilo Cabral durante entrevista concedida
nesta quarta-feira (28) sobre a Nova Indústria Brasil (NIB), proposta pelo
Governo Federal para estimular setores estratégicos do setor, aprimorando o
ambiente de negócios e promovendo a inovação.
“Territorializar a
política industrial é o nosso maior desafio. Este é uma das ações da Sudene,
que volta a exercer este papel de integrar os estados e mobilizar parceiros que
conhecem o cenário e podem nos ajudar a criar este cenário de oportunidades para
a região”, afirmou o superintendente. Incentivar o desenvolvimento do
Complexo Industrial da Saúde foi uma das frentes destacas pelo gestor que
poderão consolidar o Nordeste como protagonista na redução da dependência
brasileira de insumos externos na produção de fármacos.
A Sudene é uma das
instituições nomeadas pelo Governo para propor atividades de territorialização
e desenvolvimento regional considerando as estratégias propostas pela Nova
Indústria Brasil. Neste sentido, Danilo Cabral destacou algumas das ações já em
execução pela autarquia para reposicionar o Nordeste no debate da
neoindustrialização. Entre as medidas lideradas pela autarquia vinculada ao
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, está a formação da rede
de instituições de ciência e tecnologia, que irá alinhar pesquisas e
iniciativas dessas instituições às missões da Nova Indústria Brasil (NIB) e às
cadeias produtivas da nossa região. “São elas que conhecem o território”,
afirmou.
O grupo está em fase
final de consolidação e deve apresentar, como primeiro trabalho conjunto, um
mapeamento das pesquisas em curso nas instituições de ciência e tecnologia da
região alinhadas com as missões da NIB.
<><> Fontes
de financiamento
Aumentar a
participação do Nordeste nos programas de financiamento oferecido pelas
instituições de fomento também foi uma das ações tidas como cruciais pelo
superintendente da Sudene. “Tem avanços do governo Lula. Embora sejamos quase
30% da população do Brasil, ainda representamos uma participação de 12%, 13% do
PIB do país. Para diminuir as desigualdades regionais, precisamos integrar e
adotar novas estratégias de alocação de recursos, que considerem, por exemplo,
o fator populacional e não a representatividade do PIB. Precisamos construir
uma unidade política para a região”, comentou o superintendente.
O restabelecimento do
comitê de instituições financeiras vinculado ao Conselho Deliberativo da Sudene
foi mencionado por Danilo Cabral como exemplo de avanço da autarquia na
construção de uma maior unidade de diálogo para atrair investidores e apoiar a
instalação de projetos em sintonia com as missões estabelecidas pela NIB. “É um
ambiente para integrar os instrumentos de financiamento em favor da região”,
disse o superintendente.
Retomado durante a 34ª
reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, o grupo de agentes financeiros, que
já conta com a participação dos bancos federais, ganhou novos integrantes: o
Consórcio Nordeste, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e os bancos
estaduais de Sergipe (Banese) e Minas Gerais (BDMG).
O debate ocorrido na
rádio CBN Recife contou com a participação do ex-ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Armando Monteiro Neto e do professor Otto Benar, titular
da Universidade de Pernambuco (UPE) e especialista em administração.
Fonte: Tribuna da
Bahia/Ascom Sudene
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