'Liga da Justiça': juízes acusados de
grilagem têm mais de 100 imóveis no sul da Bahia
Os três juízes que
atuam na Justiça da Bahia e foram afastados dos seus cargos por corrupção
possuem mais de 100 casas e terrenos em seus nomes. Os imóveis estão situados
em Porto Seguro, no sul do estado, e envolve investimentos de alto padrão, com
casas valendo mais de R$ 3 milhões. O grupo foi nomeado de "Liga da
Justiça". As informações são do Fantástico.
O trio suspeito foi
identificado como Fernando Machado Paropat, titular da 1ª Vara dos Feitos
Relativos às Relações de Consumo, Cíveis, Comerciais e Registros Públicos;
Rogério Barbosa de Sousa e Silva, titular da Vara da Infância e Juventude e
Execução de Medidas Sócio-educativas; e André Marcelo Strogenski, titular da 1ª
Vara Criminal, Júri e Execuções Penais.
A Corregedoria-Geral
da Justiça aponta que o grupo emitia documentos em que apareciam como
proprietários de áreas que já tinham dono. O esquema não era descoberto porque
o responsável pela fiscalização era um dos juízes. Um promotor, empresários,
advogados e um secretário do município são suspeitos dos crimes.
A reportagem entrou em
contato com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para ter posicionamento sobre
o caso e aguarda retorno.
Já o Tribunal de
Justiça (TJ-BA) informou que o Processo está em segredo de justiça, mas
confirmou que a ocorrência se trata de uma apuração iniciada pela Corregedoria
Geral de Justiça, diante de denúncias sobre o envolvimento de juízes em
práticas dissonantes com o exercício da magistratura.
O afastamento dos
magistrados ocorreu em sessão do Pleno em procedimento cautelar, de forma
unânime, visando a preservação da investigação.
Em nota, os advogados
de defesa do trio de juízes negaram as acusações.
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Polícia Federal e MPF deflagram fases V e VI da Operação Patronos
Na noite de terça e na
manhã desta quarta-feira (28/08), a Polícia Federal, em conjunto com o
Ministério Público Federal, deflagrou as fases V e VI da OPERAÇÃO PATRONOS, que
investiga a participação de advogados em negociações de decisões judiciais de
desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia.
Nesta fase da
investigação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em desfavor de
advogado investigado. Foi determinada ainda, por um dos Ministros Relatores, o
bloqueio de, aproximadamente, R$ 37 milhões em bens e valores dos investigados,
em razão das suspeitas de sua origem ilícita. Os investigados poderão responder
pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais.
• Condenado por homicídio, alunos de
escola estadual em Ubaitaba comentam prisão de diretor
Diretor de escola usou
documentação falsa para prestar concurso de professor na rede estadual
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Após a prisão do
diretor do Colégio Estadual Octacílio Manoel Gomes, em Ubaitaba, os alunos da
escola se organizaram e emitiram uma nota de repúdio sobre o caso. No texto,
eles dizem que estão envergonhados por um criminoso ter ocupado a direção da instituição
e afirmam que estão preocupados em voltar à escola.
"Nós, alunos do
Colégio Estadual de Tempo Integral Octacílio Manoel Gomes, estamos
profundamente chocados e envergonhados com a recente prisão do nosso diretor,
acusado de crimes graves", diz um trecho da nota, que cita crimes que não
foram confirmados. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, ele é condenado por
homicídio e estava foragido desde 2009.
Os estudantes reclamam
que Élio Camilo, que usava o nome de Geraldo Dantas, tenha chegado ao cargo de
direção. "É inaceitável que uma pessoa com o histórico tão criminoso tenha
liderado nossa escola por tantos anos", diz o texto.
Eles dizem ainda que
não se sentem confortáveis para voltar a frequentar a escola antes que haja uma
resposta sobre o assunto. "A falta de comunicação e a tentativa de
esconder os fatos são uma falta de respeito para com todos os alunos, que
merecem saber a verdade".
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Prisão
Segundo informações da
Polícia Civil de Minas Gerais, o homem de 56 anos é ex-policial militar de
Minas Gerais, e também tinha um mandado de prisão expedido pela Justiça de
Rondônia contra ele, por práticas de estelionato.
Antes de se mudar para
a Bahia, o investigado chegou a morar na cidade de Vilhena, em Rondônia. Para
não ser encontrado, ele passou a viver com outra identidade e prestou concurso
público para a Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Segundo informações
da TV Bahia, Élio Camilo passou a se apresentar como Geraldo Dantas Silva.
Ainda segundo a
polícia, no momento da prisão, ele não apresentou resistência e afirmou ter
consciência de que um dia poderia ser encontrado.
Em nota, a Polícia
Civil da Bahia informou que três mandados de busca e apreensão foram cumpridos
no município, onde foram apreendidas duas motocicletas e um carro. Ele também
foi autuado em flagrante por falsificação de documentos e foi encaminhado para
uma unidade policial, onde está custodiado à disposição da Justiça. O material
apreendido foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).
A prisão foi realizada
em conjunto com apoio operacional da 7ª Coordenação Regional de Polícia do
Interior (Coorpin/Ilhéus). A ação de hoje é resultado de um trabalho conjunto
do Laboratório de Inteligência Cibernética (Ciberlab) da Superintendência de Informações
e Inteligência Policial da PCMG e da Diretoria de Inteligência Policial (DIP)
da Polícia Federal (PF).
Em nota, a Secretaria
Estadual da Educação (SEC) informou que o servidor foi exonerado do cargo e
"e está adotando todas as medidas cabíveis à situação".
• Garimpeiros são alvos da PF em operação
contra mineração ilegal de ouro na Bahia
Uma pessoa foi presa e
dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na manhã desta
segunda-feira (26), durante ação da Polícia Federal contra a mineração ilegal
de ouro na cidade de Nordestina, região sisaleira da Bahia.
Denominada Lixiviação,
a operação contou com a participação de cerca de 20 policiais e é um
desdobramento de outra, Operação Garça Dourada, inicialmente deflagrada em 6 de
junho do ano passado e que continuou em outros meses.
As investigações
apontam que os suspeitos realizavam extração ilegal de ouro há anos e,
posteriormente, passaram a construir laboratórios para receber e refinar
rejeitos de garimpos clandestinos.
De acordo com a PF,
esse processo utilizava o método de lixiviação, com grandes quantidades de
Cianeto de Potássio ou Sódio, substâncias altamente tóxicas e controladas pelo
Ministério do Exército, por conta do alto risco à saúde e ao meio ambiente.
Mesmo após mandados
judiciais terem sido cumpridos em fases anteriores, os investigados continuaram
a operar ilegalmente, enviando ouro refinado para outros estados, tanto em
barras quanto transformado em joias.
Ainda segundo
informações da Polícia Federal, os suspeitos vão responder por crimes como
usurpação de bens da União, associação criminosa, posse de explosivos, extração
ilegal de recursos minerais, uso e armazenamento ilícito de substâncias tóxicas
e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de reclusão.
Fonte: Correio/CNN
Brasil
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