sexta-feira, 30 de agosto de 2024

'Liga da Justiça': juízes acusados de grilagem têm mais de 100 imóveis no sul da Bahia

Os três juízes que atuam na Justiça da Bahia e foram afastados dos seus cargos por corrupção possuem mais de 100 casas e terrenos em seus nomes. Os imóveis estão situados em Porto Seguro, no sul do estado, e envolve investimentos de alto padrão, com casas valendo mais de R$ 3 milhões. O grupo foi nomeado de "Liga da Justiça". As informações são do Fantástico.

O trio suspeito foi identificado como Fernando Machado Paropat, titular da 1ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis, Comerciais e Registros Públicos; Rogério Barbosa de Sousa e Silva, titular da Vara da Infância e Juventude e Execução de Medidas Sócio-educativas; e André Marcelo Strogenski, titular da 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais.

A Corregedoria-Geral da Justiça aponta que o grupo emitia documentos em que apareciam como proprietários de áreas que já tinham dono. O esquema não era descoberto porque o responsável pela fiscalização era um dos juízes. Um promotor, empresários, advogados e um secretário do município são suspeitos dos crimes.

A reportagem entrou em contato com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para ter posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.

Já o Tribunal de Justiça (TJ-BA) informou que o Processo está em segredo de justiça, mas confirmou que a ocorrência se trata de uma apuração iniciada pela Corregedoria Geral de Justiça, diante de denúncias sobre o envolvimento de juízes em práticas dissonantes com o exercício da magistratura.

O afastamento dos magistrados ocorreu em sessão do Pleno em procedimento cautelar, de forma unânime, visando a preservação da investigação.

Em nota, os advogados de defesa do trio de juízes negaram as acusações.

<><> Polícia Federal e MPF deflagram fases V e VI da Operação Patronos

Na noite de terça e na manhã desta quarta-feira (28/08), a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou as fases V e VI da OPERAÇÃO PATRONOS, que investiga a participação de advogados em negociações de decisões judiciais de desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia.

Nesta fase da investigação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em desfavor de advogado investigado. Foi determinada ainda, por um dos Ministros Relatores, o bloqueio de, aproximadamente, R$ 37 milhões em bens e valores dos investigados, em razão das suspeitas de sua origem ilícita. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais.

 

        Condenado por homicídio, alunos de escola estadual em Ubaitaba comentam prisão de diretor

Diretor de escola usou documentação falsa para prestar concurso de professor na rede estadual

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Após a prisão do diretor do Colégio Estadual Octacílio Manoel Gomes, em Ubaitaba, os alunos da escola se organizaram e emitiram uma nota de repúdio sobre o caso. No texto, eles dizem que estão envergonhados por um criminoso ter ocupado a direção da instituição e afirmam que estão preocupados em voltar à escola.

"Nós, alunos do Colégio Estadual de Tempo Integral Octacílio Manoel Gomes, estamos profundamente chocados e envergonhados com a recente prisão do nosso diretor, acusado de crimes graves", diz um trecho da nota, que cita crimes que não foram confirmados. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, ele é condenado por homicídio e estava foragido desde 2009.

Os estudantes reclamam que Élio Camilo, que usava o nome de Geraldo Dantas, tenha chegado ao cargo de direção. "É inaceitável que uma pessoa com o histórico tão criminoso tenha liderado nossa escola por tantos anos", diz o texto.

Eles dizem ainda que não se sentem confortáveis para voltar a frequentar a escola antes que haja uma resposta sobre o assunto. "A falta de comunicação e a tentativa de esconder os fatos são uma falta de respeito para com todos os alunos, que merecem saber a verdade".

<><> Prisão

Segundo informações da Polícia Civil de Minas Gerais, o homem de 56 anos é ex-policial militar de Minas Gerais, e também tinha um mandado de prisão expedido pela Justiça de Rondônia contra ele, por práticas de estelionato.

Antes de se mudar para a Bahia, o investigado chegou a morar na cidade de Vilhena, em Rondônia. Para não ser encontrado, ele passou a viver com outra identidade e prestou concurso público para a Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Segundo informações da TV Bahia, Élio Camilo passou a se apresentar como Geraldo Dantas Silva.

Ainda segundo a polícia, no momento da prisão, ele não apresentou resistência e afirmou ter consciência de que um dia poderia ser encontrado.

Em nota, a Polícia Civil da Bahia informou que três mandados de busca e apreensão foram cumpridos no município, onde foram apreendidas duas motocicletas e um carro. Ele também foi autuado em flagrante por falsificação de documentos e foi encaminhado para uma unidade policial, onde está custodiado à disposição da Justiça. O material apreendido foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).

A prisão foi realizada em conjunto com apoio operacional da 7ª Coordenação Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus). A ação de hoje é resultado de um trabalho conjunto do Laboratório de Inteligência Cibernética (Ciberlab) da Superintendência de Informações e Inteligência Policial da PCMG e da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da Polícia Federal (PF).

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação (SEC) informou que o servidor foi exonerado do cargo e "e está adotando todas as medidas cabíveis à situação".

 

        Garimpeiros são alvos da PF em operação contra mineração ilegal de ouro na Bahia

Uma pessoa foi presa e dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na manhã desta segunda-feira (26), durante ação da Polícia Federal contra a mineração ilegal de ouro na cidade de Nordestina, região sisaleira da Bahia.

Denominada Lixiviação, a operação contou com a participação de cerca de 20 policiais e é um desdobramento de outra, Operação Garça Dourada, inicialmente deflagrada em 6 de junho do ano passado e que continuou em outros meses.

As investigações apontam que os suspeitos realizavam extração ilegal de ouro há anos e, posteriormente, passaram a construir laboratórios para receber e refinar rejeitos de garimpos clandestinos.

De acordo com a PF, esse processo utilizava o método de lixiviação, com grandes quantidades de Cianeto de Potássio ou Sódio, substâncias altamente tóxicas e controladas pelo Ministério do Exército, por conta do alto risco à saúde e ao meio ambiente.

Mesmo após mandados judiciais terem sido cumpridos em fases anteriores, os investigados continuaram a operar ilegalmente, enviando ouro refinado para outros estados, tanto em barras quanto transformado em joias.

Ainda segundo informações da Polícia Federal, os suspeitos vão responder por crimes como usurpação de bens da União, associação criminosa, posse de explosivos, extração ilegal de recursos minerais, uso e armazenamento ilícito de substâncias tóxicas e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de reclusão.

 

Fonte: Correio/CNN Brasil

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