Economia russa mostra crescimento sólido,
apesar das sanções ocidentais, analisa agência britânica
A economia russa
mostrou crescimento sólido em muitos setores, enquanto o desemprego permanece
em baixa recorde, levando autoridades a sugerirem uma perspectiva melhor para o
ano, apesar das sanções ocidentais devido ao conflito na Ucrânia, escreve a Reuters.
Segundo dados citados
pela mídia nesta quarta-feira (28), a produção industrial russa aumentou 3,3%
em julho, em comparação ao aumento de 2,7% no mês anterior, e 4,8% desde o
início do ano, em comparação ao crescimento de 3,1% no mesmo período em 2023, informa
a mídia.
As autoridades
atribuíram esse crescimento ao forte investimento de capital, inclusive do
setor privado, que no segundo trimestre aumentou 8,3% em relação ao ano
anterior para US$ 92 bilhões (R$ 510 bilhões), após um crescimento de 14,5% no
primeiro trimestre do ano.
"Considerando
resultados tão altos no primeiro semestre do ano, esperamos números ainda
maiores para todo o ano de 2024 do que projetamos inicialmente na previsão
econômica publicada em abril", disse Polina Kryuchkova, vice-ministra da
Economia russa.
Uma estimativa
preliminar para o crescimento do produto interno bruto (PIB) no primeiro
semestre do ano foi de 4,6%, em comparação a 1,8% no mesmo período do ano
passado.
Os dados sugerem que a
economia estava se mantendo, apesar das sanções econômicas ocidentais e dos
problemas com pagamentos internacionais com os principais parceiros comerciais
da Rússia, como a China, por causa das sanções — o que levou à queda de 9% nas
importações gerais no primeiro semestre do ano.
Novas estatísticas
mostraram que os salários reais aumentaram 6,2% ano a ano em junho, após um
aumento de 8,8% no mês anterior, enquanto os salários nominais médios
aumentaram 15,3% ano a ano.
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Rússia mantém liderança mundial na exportação de gás em 2023, mostra pesquisa
A Rússia manteve sua
liderança global em exportações de gás em 2023, apesar das sanções ocidentais e
da diminuição dos fornecimentos via gasodutos, de acordo com o relatório Global
Gas Report 2024 divulgado nesta terça-feira (27) pela União Internacional do
Gás (IGU, sigla em inglês).
O Catar e os Estados
Unidos ocuparam o segundo e terceiro lugares, respectivamente.
"Quando se
agregam os fluxos de gasodutos e GNL, os cinco maiores exportadores líquidos de
gás em 2023 foram a Rússia, Catar, EUA, Noruega e Austrália. A Rússia liderou
com uma exportação líquida de 139 bilhões de metros cúbicos", disse a
organização.
O Catar forneceu 128
bilhões de metros cúbicos de gás ao mercado mundial, os Estados Unidos 127
bilhões, a Noruega exportou 120 bilhões, enquanto a Austrália completou o top 5
dos maiores fornecedores globais com 110 bilhões de metros cúbicos, conforme o
comunicado.
O relatório também
revelou que, em 2023, a Rússia se manteve como o segundo maior exportador
mundial de gás via gasoduto, com a maior parte das exportações sendo destinada
à China (26 bilhões de metros cúbicos), Turquia (21 bilhões de metros cúbicos)
e Belarus (18 bilhões de metros cúbicos).
"A China foi o
maior importador líquido, com um déficit de 160 bilhões de metros cúbicos. O
Japão segue com 91 bilhões de metros cúbicos, a Alemanha com 77 bilhões, o
México com 64 bilhões e a Coreia do Sul com 61 bilhões", acrescentou a
IGU.
Reduzir a dependência
energética da Rússia se tornou uma das principais prioridades da União Europeia
após o início da operação militar especial de Moscou na Ucrânia em fevereiro de
2022, quando o bloco decidiu eliminar gradualmente as importações de combustível
russo. A decisão levou a um aumento acentuado nos preços do gás na União
Europeia.
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EUA aliviam sanções contra diamantes da Rússia em favor da Índia, diz
especialista
O alívio das sanções
dos EUA sobre a importação de diamantes da Rússia representa uma concessão em
favor da Índia, considerado o centro global de lapidação de pedras preciosas,
afirmou Vasily Danilov, analista sênior da Veles Capital, à Sputnik.
Na última sexta-feira
(23), os EUA permitiram a importação de várias categorias de diamantes de
produção russa até 1º de setembro de 2025, conforme indicado em um decreto do
Departamento do Tesouro.
"Acreditamos que
o alívio na importação de diamantes de origem russa e joias com diamantes
russos até 1º de setembro de 2025 pode ser uma concessão à Índia, cujo setor de
lapidação depende fortemente da importação de pedras russas e da exportação de
diamantes para países desenvolvidos, principalmente para os EUA, que
representam cerca de um terço do consumo global de joias com diamantes",
disse o especialista.
"As negociações
com a Índia sobre mecanismos de certificação das pedras para evitar que elas
cheguem a países hostis foram um dos principais obstáculos das sanções de
fevereiro impostas pelos membros do G7 ao setor de diamantes russo. É bastante
provável que a Índia precise de um longo período de adaptação às novas
condições do comércio mundial de diamantes, o que os EUA concederam até 1º de
setembro de 2025", esclareceu Danilov.
Além disso, o
especialista acredita que as atuais flexibilizações não terão um impacto
significativo sobre os produtores russos e os preços globais dos diamantes
devido à ausência dos EUA no comércio global de pedras brutas, já que o país
não são nem grandes lapidadores como a Índia, nem um intermediário
significativo como a Bélgica.
As restrições à
importação de diamantes da Rússia para os países da União Europeia (UE) e do G7
entraram em vigor em 1º de janeiro de 2024, e a partir de março, os países do
"grupo dos sete" deveriam começar a restringir gradualmente a
importação do produto da Rússia processado em terceiros países.
Em junho, a UE adiou
por seis meses a implementação do sistema de certificação de diamantes, que
deve garantir o cumprimento da proibição.
¨ Prisão de Durov é um mau presságio para o toncoin e as
criptomoedas vinculadas ao Telegram, diz analista
A prisão de Pavel
Durov é um mau presságio para o toncoin (TON) vinculado ao Telegram e para o
reino das criptomoedas em geral, disse Paul Goncharoff, gerente-geral da
empresa de consultoria Goncharoff LLC, à Sputnik.
O TON, vinculado ao
Telegram, caiu drasticamente em meio a vendas de pânico depois que as
autoridades francesas prenderam o fundador do Telegram, Pavel Durov, no sábado
(24), sob acusações relacionadas a usos criminosos de seu aplicativo, incluindo
terrorismo, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e fraude.
"A facilidade com
que a França (leia-se G7) simplesmente prendeu e encarcerou Pavel Durov como um
meio de pressioná-lo a 'abrir um backdoor' [porta dos fundos] da proteção de
confidencialidade não é um bom presságio para os reinos das criptomoedas, pois
é um ataque aos princípios de transações sem confiança e à confidencialidade
dos participantes, como o fechamento de contas bancárias numeradas anônimas do
passado", disse ele.
Os sistemas sem
confiança permitem que os participantes realizem transações em um ambiente
ponto a ponto (P2P) e são o oposto de sistemas centralizados, como bancos.
À medida que a
detenção de Pavel Durov continua, gerando protestos sobre o que é percebido
como um ataque aos direitos de liberdade de expressão, o futuro do toncoin
dependerá até certo ponto do que acontecer com o Telegram, especulou
Goncharoff.
Embora o toncoin tenha
sido criado inicialmente independente do Telegram, "seus casos de uso e
futuro estão intimamente ligados aos aplicativos do Telegram", observou.
"Quando Pavel
Durov foi preso na França, um dos primeiros efeitos foi um minidescarte de TON.
Como será no futuro? Isso depende um pouco do futuro do Telegram e se ele pode
manter sua operação independente sem sacrificar a segurança do usuário para órgãos
governamentais de controle. É um caso de uma criptomoeda desconectada que, no
entanto, depende para um rápido crescimento do desempenho de um papel no
ecossistema do Telegram."
O preço do TON caiu
até 25% atingindo US$ 5,24 (R$ 28,87) no domingo (25), um dia após a notícia da
detenção de Durov. Às 20h20 GMT (17h20, horário de Brasília) de sábado (24),
antes da detenção do fundador do Telegram, a taxa de câmbio do TON era de US$
6,79 (R$ 37,45). Durov é acusado de supostamente permitir atividades criminosas
por meio de moderação insuficiente da plataforma. Além disso, as acusações
estão relacionadas às ferramentas fornecidas pelo aplicativo para vender
criptomoedas, informou o canal de televisão TF1.
Nesta quarta-feira
(28), o blockchain TON anunciou que estava passando por uma interrupção na
produção de blocos. A Bybit, uma grande bolsa de criptomoedas, suspendeu todos
os depósitos e retiradas de toncoin devido à instabilidade da rede.
Para Goncharoff, é
"muito cedo para dizer qual inter-relação evoluirá, pois a questão-chave é
a confidencialidade e a propriedade segura de um criptoativo", disse o
especialista.
Agora que a prisão de
Durov desencadeou inúmeras discussões sobre a liberdade de expressão,
privacidade do usuário e sua responsabilidade, Paul Goncharoff expressou a
opinião de que o Telegram "se tornará o padrão de liberdade para o mundo
não-G7, leia-se BRICS".
"Isso pode muito
bem se transformar em um exemplo muito visível da liberdade democrática sob o
slogan do G7 'as regras são para você, mas não para nós' ou 'faça do nosso
jeito ou pegue a estrada'. Isso pode evoluir para uma questão muito maior do que
ela mesma, e tem todas as chances de mostrar ainda mais a hipocrisia política e
apoiada por regras que corre solta por todo o mundo ocidental. Não é como se
todos fossem completamente limpos, no entanto, a dissonância é muito pior
quando se pregam 'valores' democráticos e, ao mesmo tempo, os pisoteiam até o
esquecimento — é uma ladeira muito escorregadia em que estamos", concluiu.
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Legislador alemão: admiração de Durov pelo Ocidente resultou na restrição de
seus direitos na Europa
O entusiasmo do
fundador do Telegram, Pavel Durov, pelo Ocidente se voltou contra ele enquanto
a Europa reage às liberdades civis "em nome da democracia e da
tolerância", usando táticas semelhantes às de regimes autoritários, disse
um legislador alemão à Sputnik nesta quarta-feira (28).
Nesta quarta-feira,
uma fonte do gabinete do promotor de Paris disse à Sputnik que o fundador do
Telegram agora está diante de um juiz de instrução na França que pode decidir
se o acusa ou não.
"O próprio Durov
estava cheio de entusiasmo sobre o Ocidente, chamando-o de baluarte contra
regimes autoritários. Mas, agora, seu amor pelo Ocidente está pregando uma peça
cruel em Durov. Sob o disfarce de palavras como 'democracia' e 'tolerância', a
Europa liberal está restringindo severamente as liberdades civis e usando
métodos não diferentes dos regimes autoritários", disse o legislador
alemão do partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Eugene Schmidt,
à Sputnik.
De acordo com o
legislador, a prisão de Durov por se recusar a censurar sua plataforma e
cumprir com as exigências da União Europeia (UE) é vista como um ataque à
liberdade de expressão.
"Durov foi preso
por se recusar a censurar sua plataforma e se submeter aos burocratas da UE.
Ele pode pegar até 20 anos de prisão. Antigamente, os governos ocidentais o
celebravam por se recusar a cooperar com o governo russo", disse Schmidt.
Durov que é nascido na
Rússia, tem cidadania em vários países incluindo a França. Ele foi detido em um
aeroporto de Paris no sábado (24) por acusações relacionadas ao uso criminoso
de seu aplicativo Telegram, incluindo terrorismo, tráfico de drogas, lavagem de
dinheiro e fraude.
¨ Parlamentar alemão diz que verdadeiro motivo da prisão de dono
do Telegram é a luta contra oposição
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O verdadeiro motivo da
detenção do fundador do aplicativo Telegram, Pavel Durov, na França é combater
a oposição, disse Steffen Kotre, deputado do parlamento alemão do partido de
direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), à Sputnik.
O parlamentar disse
que não sabia quais eram as acusações formais contra Durov, mas que,
normalmente, em tais situações, buscam pretextos para agir.
"As grandes
mídias alemãs dizem com frequência surpreendente que o Telegram é uma
plataforma para os chamados extremistas de direita e apoiadores de teorias da
conspiração. Ao mesmo tempo, o Telegram protege seus usuários e oposicionistas.
Esse será o verdadeiro motivo do julgamento de Pavel Durov. Eles querem tomar
medidas contra a oposição", disse Kotre.
No sábado (24) à
noite, a mídia francesa informou que o fundador do Telegram, Pavel Durov, que
nasceu e começou sua carreira na Rússia, foi detido no aeroporto de Le Bourget,
ao sair de seu jato.
De acordo com a
imprensa francesa, Durov, que tem, entre outras, cidadania francesa, estava na
lista de procurados do país.
A Justiça francesa
considera que Durov está envolvido em crimes por uma série de razões, incluindo
a recusa do Telegram em cooperar com as autoridades do país.
O fundador do
aplicativo de mensagens pode enfrentar acusações de terrorismo, tráfico de
drogas, fraude e lavagem de dinheiro, entre outras. De acordo com o jornalista
francês Cyril Amursky, o empresário pode pegar até 20 anos de prisão.
Por sua vez, a
embaixada russa na França disse à Sputnik que as autoridades francesas até
agora têm se recusado a cooperar com a Rússia nessa questão.
Fonte: Sputnik Brasil
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