Prefeitura de Feira de Santana tem dívida
de R$ 850 mil com Policlínica Regional
A Prefeitura de Feira
de Santana, sob a gestão do prefeito Colbert Martins (MDB), tem uma dívida
ativa de pelo menos R$ 850 mil com o Consórcio Público Interfederativo de Saúde
que admnistra a Policlínica Regional de Saúde do município.
De acordo com a
informação divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a
gestão de Colbert não efetuou o pagamento de qualquer valor neste ano de 2024 e
é o único dos 29 municípios consorciados que não tem cumprido com as obrigações
financeiras "sobrecarregando outros municípios que, apesar de também
enfrentarem dificuldades, honram seus compromissos
"A consequência
direta dessa inadimplência é uma pressão financeira sobre os demais municípios
consorciados, que se veem obrigados a cobrir os custos operacionais da unidade.
Esses custos incluem o pagamento de salários de médicos, enfermeiros e técnicos,
além da manutenção essencial dos equipamentos médicos", avalia o
coordenador dos Consórcios Estaduais de Saúde, Marcos Pereira.
Marcos apontou ainda
que o Governo do Estado já arca com 50% do custeio e os municípios rateiam o
restante, proporcional a população. A unidade já realizou mais de 445 mil
atendimentos entre consultas e exames.
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Reincidência
Essa é a segunda vez
que a Prefeitura de Feira é apontada publicamente pelo "calote" no
sistema de saúde do estado. Em 2023, a dívida com o consórcio chegou a
ultrapassar R$ 1,6 milhão.
A restrição
orçamentária provocada pela inadimplência da prefeitura causou um atraso
significativo inclusive na substituição de equipamentos, como um tubo de
tomografia computadorizada, cujo custo superava R$ 500 mil.
"A falta de
pagamento por parte da Prefeitura de Feira de Santana não pode ser vista como
um problema isolado; ela reflete uma gestão descomprometida com a saúde pública
e com o bem-estar de sua população", avalia o médico e superintendente da rede
estadual, Karlos Figueiredo.
• Líder religioso acusa Prefeitura de
Feira de fornecer alimento vencido
O líder religioso,
Aristides Maltez, que representa a Associação Unzó Itakayango, denunciou na
Câmara Municipal de Feira de Santana, uma doação de alimento com data de
validade vencida feita pela Prefeitura, na gestão Colbert Martins (MDB), a um
evento da instituição, no último mês de janeiro. De acordo com Maltez, foram
repassados, para a alimentação dos participantes do “Encontro das N’danjis do
Axé”, pelo menos100 pacotes de biscoitos, com prazo de consumo expirado em 16
de novembro de 2022.
A Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Social (Sedeso) foi responsável pela doação ao evento.
Esse formato de lanche
é destinado ao povo candomblecista. Enquanto recepcionam os ricos em
restaurantes de luxo, isto é o que nos é oferecido. Tenho certeza que nenhum
secretário oferece este tipo de comida para convidados”, protestou Maltez.
Outra situação criada
pela Prefeitura, de acordo com relato do líder religioso aponta a dificuldade
de acesso à distribuição de cesta básica por integrantes do culto de matriz
africana. Mesmo após cadastro das famílias junto ao Centro de Referência da Assistência
Social (CRAS) e a respectiva entrega de documentações à Sedeso, todos receberam
cesta básica, colchão e cobertor.
"Quanto a mim, a
servidora do órgão disse que devido ser agente de endemias, não teria direito a
receber”, relatou.
Maltez solicitou ainda
uma fiscalização mais rigorosa quanto à quantidade de itens que integram a
cesta básica, doada pelo Município.
“São apenas cinco
itens. É bom começar a observar”, finalizou.
• Jerônimo critica Colbert por falta de
decreto de emergência em Feira
O governador Jerônimo
Rodrigues (PT) criticou o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB),
por não decretar o estado de emergência e calamidade para ajudar a comunidade
afetada pela perda de safra.
“O prefeito de Feira
decretou o estado de emergência e calamidade? Não. Eu não sei porque essa
dificuldade para a comunidade receber o garantia safra”, afirmou Jerônimo.
Ele ressaltou que a
ausência do decreto está dificultando o acesso aos recursos federais, estaduais
e municipais para os agricultores que perderam suas colheitas de milho e
feijão.
“O prefeito precisa
decretar para receber as ajudas e dar um sinal de solidariedade às pessoas em
dificuldade. Não sei porque ele está fazendo isso, mas ele não pode castigar o
povo”, enfatizou o governador.
• Jerônimo autoriza ampliação do aeroporto
de Feira de Santana
A cidade de Feira de
Santana, no Portal do Sertão, vai receber um pacote de obras de mobilidade e
drenagem, da gestão estadual. O governador Jerônimo Rodrigues assinou as ordens
de serviço para a restauração do pavimento e a implantação de macro e microdrenagem
urbana no Sistema Viário do Centro Industrial Subaé - Feira de Santana (CIS),
no trecho Avenida Sudene e vias adjacentes, dentro do perímetro do FCIS Tomba.
Também foi autorizada a licitação das obras de ampliação da pista de pouso e
decolagem do Aeroporto João Durval Carneiro.
“Espero que até
outubro eu possa já ter uma noção de como é que vai ser o fechamento do ano. Se
eu tiver a certeza que eu terei o dinheiro, eu volto para dar uma segunda ordem
de serviço para poder adiantar o lado das empresas que atuam no Centro Industrial
do Subaé”, destacou o governador, reforçando que só nessa primeira etapa da
pavimentação e drenagem serão investidos quase R$ 18 milhões, e se
comprometendo com as próximas fases da obra.
Com o valor de R$ 17,8
milhões vai ser realizada a primeira etapa da restauração da pavimentação e
implantação de macro e microdrenagem urbana no Sistema Viário do FCIS. O
serviço será executado pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). O trecho
que vai ser recuperado tem quase 6 km , e compreende as Avenidas Sudene,
Vicente de Paula, BNDES, Mathias, Bombeiro e da Imprensa, além das Ruas Quadra
J, Lenobetão, Rua Desenbanco, dos Freitas e Tetê. Após essa fase, o projeto vai
alcançar mais duas etapas, que pode chegar a R$ 55 milhões de investimento.
“Nós temos 153
empresas funcionando no CIS, dessas, cerca de 94 serão beneficiadas com essa
primeira etapa. É um projeto bastante robusto porque nós estamos falando de
refazer a malha de drenagem e microdrenagem que foi construída na década de
1970, então toda ela está comprometida”, acrescentou o secretário de
desenvolvimento econômico, Angelo Almeida.
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Aeroporto
A mobilidade da
“Princesinha do Sertão” também vai ser facilitada com a extensão da pista de
pouso e decolagem do Aeroporto Governador João Durval Carneiro. O processo
licitatório com esta finalidade foi autorizado pelo chefe do Executivo baiano.
A obra será realizada pela Seinfra. Pelo projeto, a pista sairá de 1,5 km para
1,8 km. Também será construída uma área de giro na cabeceira, dedicada às
manobras das aeronaves. O custo estimado dessa intervenção é de R$ 8,2 milhões.
“Ampliar a pista dá
margem às companhias aéreas colocar Feira de Santana na escala e conexões dos
voos nacionais. E, com isso, terá capacidade de pouso do Boeing 737-800 com 200
passageiros”, pontuou Saulo Pontes, superintendente de Infraestrutura de Transportes.
A Secretaria de
Desenvolvimento Urbano (Sedur), através da Companhia de Desenvolvimento Urbano
(Conder), recebeu a autorização para reformar e requalificar o Complexo Carro
de Boi. O custo desta obra é de aproximadamente R$ 7 milhões.
• Governador participou da abertura do
Festival Literário e Cultural de FSA
O governador Jerônimo
Rodrigues participou da abertura do evento, acompanhado por Bruno Monteiro,
titular da cultura, e de secretários de estado, prestigiando os estandes de
livro e cordel e o show da banda Quixabeira da Matinha — grupo de samba de roda
de Feira de Santana.
“Essa é uma festa
literária que, na Bahia e no Brasil, inspirou várias outras. No começo, era uma
coisa muito inovadora e hoje muitas das metodologias de leitura e escrita saem
daqui e vão para as escolas, com o estímulo à criação de clubes de leitura, por
exemplo. Por isso, também temos incentivado a leitura através do vale-livro nas
escolas, para que alunos e professores possam desfrutar da oportunidade de
adquirir livros nas feiras literárias”, acrescentou o chefe do executivo.
Estudante de
psicologia e leitora assídua, Beatriz Ferreira foi no primeiro dia para não
perder a oportunidade de adquirir os melhores títulos. “Eu venho logo no
primeiro dia, para conseguir alguns livros, que é quando tem tudo. Pensei logo:
vou lá caçar. A Flifs é incrível. Valoriza a cultura. Eu venho todo ano”,
compartilhou.
O Governo do Estado
destinou esse ano R$ 24 milhões para a execução de 81 festas, feiras e
festivais literários. Secretário da cultura, Bruno Monteiro enfatiza que os
investimentos no programa ‘Bahia Literária’ visam a transformação social por
meio da educação e da cultura.
“Nosso foco é a
transformação social e, para isso, a educação e a cultura são fundamentais. Por
isso, nós trabalhamos de forma tão integrada, entendendo o papel essencial da
cultura na educação e da educação na cultura, especialmente para a formação de
uma nova geração de leitores, de escritores, e de seres humanos que se
reconheçam nas suas identidades, conheçam as suas histórias e possam ser donos
da sua própria trajetória”.
Com o tema ‘Narrativas
femininas, histórias para resistir’, a Flifs acontece até domingo (1º), na
Praça Padre Ovídio, e em espaços itinerantes, como a Univesidade Estadual de
Feira de Santana (Uefs), o Sesc Feira e escolas municipais e estaduais. A programação
conta com lançamento de livros, contações de histórias, apresentações musicais,
saraus, fanfarras e atividades infantis centradas em histórias de resistência
femininas.
A programação completa
está no site www.flifsoficial.uefs.br.
Fonte: A Tarde/Tribuna
da Bahia
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